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Ética no culto

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As bases bíblicas da ética cristã
A palavra “ética” vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados 
por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais 
o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra 
e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.
Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, 
entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.
A ética é importante para a vida diária do cristão. A cada momento precisamos tomar decisões 
que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a encarar seus valores e deveres 
de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus. Ela mostra ao ser humano o quanto está distante 
dos alvos de Deus para a sua vida, mas o ajuda a progredir em direção esse ideal.
Se fosse possível declarar em uma só sentença a totalidade do dever social e moral do ser 
humano, poderíamos fazê-lo com as palavras de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu 
coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento... e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. 
(Mt 22, 37 e 39).
A ÉTICA DO ANTIGO TESTAMENTO
O caráter ético de Deus
Esse Deus é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela 
em seus atributos morais. Deus é Santo (Lv 11, 45; Sl 99, 9), justo (Sl 11, 7; 145, 17), verdadeiro (Sl 
119, 160; Is 45, 19), misericordioso (Sl 103, 8; Is 55, 7), fiel (Dt 7, 9; Sl 33, 4).
A natureza moral do homem
A Escritura afirma que Deus criou o ser humano à sua semelhança (Gn 1, 26-27). Isso significa 
que a homem partilha, ainda que de modo limitado, do caráter moral de seu Criador. Embora o pecado 
haja distorcido essa imagem divina no ser humano, não a destruiu totalmente. Deus requer uma con-
duta ética das suas criaturas: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 19, 2; 20, 26).
A Lei de Deus
A lei expressa o desejo que Deus tem de que as suas criaturas vivam vidas de integridade. 
Há três tipos de leis no Antigo Testamento: cerimoniais, civis e morais. Todas visavam disciplinar o 
relacionamento das pessoas com Deus e com o seu próximo. A lei inculca valores como a solidarie-
dade, o altruísmo, a humildade, a veracidade, sempre visando o bem-estar do indivíduo, da família e 
da coletividade.
Os Dez Mandamentos
A grande síntese da moralidade bíblica está expressa nos Dez Mandamentos (Ex 20, 1-17; Dt 
5, 6-21). As chamadas “duas tábuas da lei” mostram os deveres das pessoas para com Deus e para 
com o seu próximo. O Reformador João Calvino falava nos três usos da Lei: judicial, civil e santifica-
dor. Todas as confissões de fé reformadas dão grande destaque à exposição dos Dez Mandamentos.
A contribuição dos profetas
Alguns dos preceitos éticos mais nobres do Antigo Testamento são encontrados nos livros dos 
Profetas, especialmente Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Sua ênfase está não só na ética individual, 
mas social. Eles mostram a incoerência de cultuar a Deus e oferecer-lhe sacrifícios, sem todavia ter 
um relacionamento de integridade com o semelhante. Ver Isaías 1, 10-17; 5, 7 e 20; 10 1-2; 33, 15; 
Oséias 4, 1-2; 6, 6; 10, 12; Amós 5, 12-15, 21-24; Miquéias 6, 6-8.
A ÉTICA DO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento, Jesus e os apóstolos inserem novas ênfases naquilo que já era fun-
damentado no antigo testamento. Jesus demostra essa ética pelos seus ensinamentos e pelo seu 
testemunho. O ponto central da vida de Jesus é demostrar ao mundo o reino de Deus. Jesus não 
apenas ensina, mas vive em tudo, essa nova realidade da vontade de Deus, que até então era de 
uma salvação conquistada apenas pelo cumprimento da Lei, a qual não foi suficiente para salvação 
de ninguém na história, mas agora traz a luz a graça e a misericórdia de Deus. O ponto chave dessa 
demonstração da vontade de Deus está contida no sermão da Montanha (MT caps 5 a 7), onde Jesus 
salienta que seus discípulos devem caracterizar-se pela humildade, mansidão, misericórdia, integrida-
de, busca da justiça e da paz, pelo perdão, pela veracidade, pela generosidade e acima de tudo pelo 
amor. A moralidade deve ser tanto externa como interna (sentimentos, intenções): Mt 5, 28. A fonte do 
mal está no coração: Mc 7, 21-23.
Ética no culto
A adoração a Deus e o zelo pela obra do Senhor
A adoração verdadeira exige um preço a ser pago (Davi, Jó, Moises, Abraão, etc).
O Culto a Deus não pode ser de qualquer maneira, exige sua ordem, decência, reverência e 
espiritualidade. O dirigente do culto, sob a direção do Espírito Santo, deve ter o cronograma de todo 
o andamento do culto. Devemos ser sucintos, diretos e objetivos naquilo que queremos trazer aos 
corações dos irmãos, sábios quanto a maneira de nos expressar, sempre lembrando que nem todos 
na igreja têm a mesma espiritualidade e que, por mais aplicados nos estudos bíblicos que sejamos, 
temos que sempre lembrar o que diz 1CO 1.19-25, também em 1Co 9.19-27.
Nossa posição, enquanto membros e obreiros na casa do Senhor, é de servos, ou seja, a 
postura de exortação e doutrinação é sempre do pastor, temos que cuidar do principal propósito de 
participarmos dos cultos, que é a adoração a Deus.
Reverência no culto
Eclesiastes 5.1 “Guarda o teu pé quando entrares na casa do teu Deus; e inclina-te mais a 
ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos”
João 4.24 “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em ver-
dade”
Vivemos em um tempo que as pessoas procuram lazer, entretenimento e irreverência para se 
distrair e relacionar com pessoas interessantes. Mas quanto ao culto, até que ponto pode ser descon-
traído? Creio que o culto deve ser espontâneo e alegre sem perder o respeito que lhe é devido.
Quando você comparece diante de uma autoridade, se preocupa em como se comportar, não 
se atrasando, vestindo-se adequadamente, escolhendo palavras e cuidando do tom de voz. Será que 
diante do Rei dos reis não deveríamos ter ainda maior respeito? Claro que sim, pois Jesus merece 
sempre o melhor.
COMO SER REVERENTE NO CULTO?
Vamos aprender algumas coisas que precisamos num culto:
1- ORAÇÃO: Mateus 21.13 “A minha casa será chamada Casa de Oração”
A coisa mais importante num culto é a oração. Se não tiver oração é apenas uma reunião 
qualquer. A oração invoca a presença de Deus no culto e leva as pessoas a sentirem perto de Deus.
O propósito do culto é falar com Deus e ouvir sua voz. Quando outras atividades como apre-
sentações e piadinhas começam a ocupar muito tempo do culto, em detrimento ao tempo necessário 
de oração, o culto começa a perder seu propósito.
A oração é prioridade em seu culto? Um culto verdadeiro é cheio de oração!
2- SILÊNCIO: Habacuque 2.20 “O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante 
dele toda a terra”
A segunda coisa importante no culto é o silêncio. A palavra de Deus diz que há “tempo de estar 
calado e tempo de falar” (Eclesiastes 3.7). Durante o culto é desnecessário conversar com qualquer 
outra pessoa que não Aquele a quem você está orando que é Deus.
Interessante que num cinema ou teatro, incentiva-se o silêncio e as pessoas obedecem em 
respeito umas às outras. Na Igreja precisa-se de um respeito ainda maior. Evite conversas durante o 
culto, desligue seu celular ou qualquer outro meio de comunicação. Avise quem está perto de você 
que precisa estar ligado em tudo que acontecer.
Você conversa durante o culto? Dedique sua voz somente ao Senhor cultuando a Ele!
3- CONCENTRAÇÃO: 2 Coríntios 10.5 “e toda altivez que se levante contra o conhecimento 
de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”
Outra coisa muito importante no culto é a concentração. Para melhor aproveitamento do culto 
é preciso que todos estejam atentos num foco para a mensagem. Cada um deve esquecer umpouco 
as coisas que estão lá fora para sentir a presença de Deus.
O ambiente da Igreja deve ser tal que evite distrações. Como aconteceu com Isaías que che-
gou ao templo e viu que “as abas de suas vestes enchiam o templo” e “a casa se encheu de fumaça” 
(Isaías 6.1e 4), assim a presença de Deus deve preencher totalmente nossa atenção. É imprescindível 
que haja um clima de adoração.
Você consegue se concentrar no culto? Dedique toda sua atenção durante o culto!
4- REFLEXÃO: Romanos 12.1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que 
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”
Além da oração, do silêncio e da concentração também é importante a reflexão durante o 
culto. Quando vamos ao culto, devemos aprender alguma coisa útil para a vida. Muitas pessoas não 
conseguem lembrar o que o pregador falou mesmo após o culto. Isso é porque deixam sua mente 
adormecer durante a mensagem.
O psicólogo Augusto Cury argumenta que a geração moderna sobre de SPA – Síndrome do 
Pensamento Acelerado. As pessoas são ativistas, mecânicas e não conseguem ficar paradas e refletir.
Você medita durante o culto? Aproveite para refletir e ouvir a voz de Deus! Seja reverente no 
culto!
Algumas considerações quanto a reverência no culto
1. Chegue mais cedo à igreja e procure se assentar no melhor lugar.
2. Não se esqueça de cumprimentar aos irmãos.
3. Dobre seus joelhos e ore em antes de tudo.
4. Esteja em oração e reflexão antes de começar o culto.
5. Não ande no templo durante a oração ou leitura da Bíblia.
6. Evite conversar durante o culto.
7. Desligue o celular ou no mínimo coloque no silencioso. Se realmente precisar atender, 
saia do templo.
8. Não leia revista, jornal e nem mesmo a Bíblia enquanto o pregador ou dirigente estiver 
falando a menos que este peça para ler.
9. Siga as orientações do dirigente, se levantando ou se ajoelhando quando for pedido. Se 
esforce para cantar mesmo que a música não seja conhecida.
10. Evite sair antes de terminar. Peça aos familiares e amigos para não te chamar durante 
o culto.
11. Ajude as crianças e entenderem a seriedade do que está sendo feito no culto. Ensinan-
do-as a prestar a devida atenção assentadas junto com os pais.
12. Seja receptivo aos visitantes cumprimentando-os, se assentando junto e compartilhando 
a Bíblia e hinário.

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