Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* ENZIMAS E CINÉTICA ENZIMÁTICA * CONCEITOS GERAIS As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo Enzimas são, geralmente, proteínas especializadas em atividade catalítica. Praticamente todas as reações do metabolismo celular são catalisadas por enzimas As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações Não são consumidas na reação Atuam em pequenas concentrações * Catálise biológica - reconhecida no início dos anos 1800 - estudos de digestão de carne em sucos gástricos e amido na saliva 1926 - obtenção de cristais de urease - constatação de que era proteína – postulou-se que todas as enzimas eram proteínas Pouco depois, foi aceito que todas as enzimas são proteínas. Hoje sabe-se também que um pequeno grupo de RNAs possuem atividade catalítica - Ribozimas HISTÓRICO BREVE * INTRODUÇÃO À CATÁLISE BIOLÓGICA O que é um catalisador? - Um catalisador aumenta a velocidade de reações químicas, sem participar como reagente ou produto. A + B C As enzimas são catalisadores biológicos Muito da históriA da bioquímica está associado ao estudo de enzimas. Enzima * CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES ESPECIAIS DE ENZIMAS - Grande eficiência catalítica (catalisadores extremamente poderosos) - Alto grau de especificidade (reconhecimento) por seus substratos - Funcionam em condições brandas: em soluções aquosas em pH e temperaturas fisiológicas * Condições da Reação Energia livre de Ativação kj/mol kcal/mol Velocidade Relativa Sem catalisador Platina Enzima Catalase 75,2 18,0 48,9 11,7 23,0 5,5 1 2,77 x 104 6,51 x 108 Ex: Decomposição do H2O2 PODER CATALÍTICO Aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação – podendo chegar a 1016 vezes !! * Algumas enzimas necessitam de outros grupos químicos Porção protéica APOPROTEÍNA Composto não protéico HOLOPROTEÍNA Cofator * Atuam em pequenas concentrações 1 molécula de Catalase decompõe 5 000 000 de moléculas de H2O2 pH = 6,8 em 1 min * NOMENCLATURA DAS ENZIMAS Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática: Nome Recomendado: Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Século XIX - poucas enzimas identificadas Adicionava-se sufixo ASE ao nome do substrato-enzima que hidrolisam: gorduras (lipo - grego) - LIPASE amido (amylon - grego) - AMILASE proteínas - PROTEASE Outros exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc. * Nome Usual ou Arbitrário: Consagrados pelo uso Exs: Tripsina e pepsina – proteases Catalase - H2O2 Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase * COMPONENTES DA REAÇÃO ENZIMÁTICA E + S ES E + P E - Enzima S - Substrato(s) ES - Complexo Enzima -Substrato P – Produto(s) CENTRO ATIVO * CENTRO CATALÍTICO / SÍTIO ATIVO Região da molécula enzimática que participa da reação com o substrato Pode possuir componentes não protéicos cofatores * O que as enzimas fazem Energia de ligação permite: redução do movimento relativo de duas moléculas; favorece a orientação correta dos reagentes distorção estrutural ou eletrônica da estrutura do substrato solvação do substrato - substituição das pontes de H entre água e o substrato - grupos catalíticos específicos (geralmente envolve interação covalente entre enzima e substrato) Enzima tem maior afinidade pelo estado de transição REAGENTES ENZIMA PRODUTO ESTADO DE TRANSIÇÃO = COMPLEXO ENZIMA- SUBSTRATO * 1. Modelo Chave-Fechadura Ligação da Enzima ao Substrato – 2 modelos 2. Modelo Encaixe Induzido * 1. Modelo Chave-Fechadura 2. Modelo Encaixe Induzido * * FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE DE REAÇÕES ENZIMÁTICAS: Fatores externos - pH - Temperatura Fatores envolvendo componentes da reação - Concentração do substrato - Concentração da enzima Presença de inibidores * INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DO MEIO SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Condições: - pH (ótimo) - [Substrato] - [Enzima] Temperatura ótima Ativação Térmica VELOC. * INFLUÊNCIA DO pH DO MEIO SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Condições: - temperatura ótima - [substrato] - [enzima] Cada enzima tem seu pH ótimo Veloc. pH ótimo * INFLUÊNCIA DA [ENZIMA] E [SUBSTRATO] SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Condições: - temperatura (ótima) - pH (ótimo) - [substrato] em excesso [E] Velocidade da reação Condições: - temperatura (ótima) - pH (ótimo) - [enzima] [S] Cinética de 1a ordem Cinética de ordem zero Velocidade da reação * * INTRODUÇÃO À CINÉTICA ENZIMÁTICA Estudo da velocidade da reação (V): S P - Quantidade de produto formado - Quantidade de substrato transformado (sempre na unidade de tempo) Atividade enzimática pode ser medida pela velocidade da reação catalisada Pode ser medido por: * CINÉTICA ENZIMÁTICA Representaram uma reação enzimática em 2 etapas: constantes de velocidade * EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN - EQUAÇÃO DA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA Onde Vmax é a velocidade máxima da reação * CINÉTICA ENZIMÁTICA Km= [S] Propriedades importantes de Km: É a [substrato] numericamente igual a metade da Vmax Característico de cada enzima Reflete a afinidade da enzima pelo seu substrato * CINÉTICA ENZIMÁTICA Variação da velocidade da reação enzimática (v0) em função da concentração do substrato (S) para duas concentrações de enzima (E, 3E). * * INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Quanto ao tipo: competitiva não-competitiva inibidor a atividade de todas as enzimas ex: agentes desnaturantes inespecífica - específica - * IMPORTÂNCIA Por ex: Toxicologia, Farmacologia e Ambiente * INIBIÇÃO ENZIMÁTICA IRREVERSÍVEL inibidor se combina com um grupo funcional (sítio ativo) da enzima inibidor se liga à enzima formando um complexo ESTÁVEL forma-se uma ligação COVALENTE entre o inibidor e a enzima Ex: A aspirina promove inibição irreversível da enzima ciclooxigenase 1 (COX-1) nas plaquetas, inibindo, assim, a produção de agentes trombóticos e seus metabólicos. Baixas dose de aspirina (80mg) bloqueiam mais de 95% da atividade COX-1 da plaquetas e reduzem eventos cardiovasculares em cerca de 25% dos pacientes com doença vascular arterial. * inibidor forma com a enzima um composto INSTÁVEL inibição NÃO envolve modificação COVALENTE Tipos de inibidores reversíveis competitivos não competitivos INIBIÇÃO ENZIMÁTICA REVERSÍVEL * INIBIÇÃO COMPETITIVA INIBIDOR COMPETITIVO - Estrutura semelhante à do substrato - Liga-se ao Sítio Ativo da Enzima EI + I * INIBIÇÃO COMPETITIVA Na presença do inibidor competitivo Aparente * * INIBIÇÃO COMPETITIVA EX: INTOXICAÇÃO POR METANOL Metanol Álcool desidrogenase Causa lesão tecidual cegueria formaldeído / acetaldeído * INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA Inibidor não-competitivo NÃO se liga ao sítio ativo da enzima COMPLEXO TERNÁRIO * Inibidor não tem semelhança estrutural com o substrato NÃO se liga no sítio ativo da enzima Aumento da [substrato] não diminui a inibição Km da enzima NÃO se altera A VELOCIDADE máxima DIMINUI na presença do inibidor INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA * INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA Diminui a concentração de enzima ativa Velocidade Máxima da Reação * * INIBIÇÃO NÃO COMPETITIVA EX: INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS -Hg, Pb e Ag que reagem com os grupos –SH dos aminoácidos cisteínas das proteínas *
Compartilhar