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Professora Fabíola Braz Penna É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando protegido temporária e permanentemente. Os mecanismos de ação das vacinas variam segundo seus componentes antigênicos, que se apresentam sob a forma de: suspensão de bactérias vivas atenuadas (BCG); suspensão de bactérias mortas ou avirulentas (vacinas contra a coqueluche e a febre tifóide); componentes das bactérias (polissacarídeos da cápsula dos meningococos dos grupos A e C); toxinas obtidas em cultura de bactérias, submetidas a modificações químicas ou pelo calor (toxóides diftérico e tetânico); vírus vivos atenuados (vacina oral contra a poliomielite e vacinas contra o sarampo e a febre amarela); vírus inativados (vacina contra a raiva); frações de vírus (vacina contra a hepatite B, constituída pelo antígeno de superfície do vírus). Vários fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina podem interferir no processo de imunização, isto é, na capacidade desse organismo responder adequadamente à vacina que se administra: idade; doença de base ou intercorrente; tratamento imunodepressor. O antígeno encontra-se no agente ou na substância reconhecida como estranha pelo organismo, podendo ser componente de bactérias, vírus, etc. Depois de sua penetração, através da pele e/ou de mucosas (portas de entrada), atinge a circulação sangüínea e linfática e alcança os órgãos linfóides secundários (gânglios linfáticos, baço e nódulos linfóides). O antígeno sofre processamento inicial e, após esse processamento, o mesmo, agora fragmentado, é apresentado aos linfócitos envolvidos na fase efetora da resposta imune. Institui em todo o território nacional, os calendários de Vacinação da Criança, do Adolescente, do Adulto e do Idoso. Art. 4° - O cumprimento das vacinações será comprovado por meio de atestado de vacinação emitido pelos serviços públicos de saúde ou por médicos em exercício de atividades privadas, devidamente credenciados para tal fim pela autoridade de saúde competente, conforme o disposto no artigo 5° da Lei n° 6529/75. § 1º - O comprovante de vacinação deverá ser fornecido pelos médicos e/ou enfermeiros responsáveis pelas unidades de saúde. § 2º - As vacinas que compõem os calendários de vacinação da criança, do adolescente, do adulto e do idoso serão fornecidos gratuitamente pelas unidades de saúde integrantes do SUS. Art. 5º - Determinar que a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) adote as medidas necessárias à implantação e ao cumprimento do disposto desta Portaria. VACINA Preparação contendo microorganismos vivos ou mortos ou frações destes, possuidora de propriedades antigênicas. As vacinas são empregadas para produzir em um indivíduo atividade específica contra um microorganismo. SORO Preparação de fração do plasma que contém anticorpos de animais. Conferem imunização passiva, com efeito imediato, mas duração transitória. PODER IMUNIZANTE Capacidade de agente biológico de estimular a resposta imune do hospedeiro, conforme as características desse agente, a imunidade obtida pode ser de curta ou longa duração e de grau elevado ou baixo. DOSE IMUNIZANTE Quantidade de antígeno que se administra para produzir resistência, manter ou reavivá- la. As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não devem ser administradas, a princípio, em pessoas: a) com imunodeficiência congênita ou adquirida; b) acometidas por neoplasia maligna; c) em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores (por exemplo, 2mg/kg/dia de prednisona durante duas semanas ou mais em crianças ou doses correspondentes de outros glicocorticóides) ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc). Relativas a cada vacina. Não constituem contra-indicação à vacinação: a) doenças benignas comuns, tais como afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada, doenças da pele (impetigo, escabiose etc); b) desnutrição; c) aplicação de vacina contra a raiva em andamento; d) doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou pregressa, com seqüela presente; e) antecedente familiar de convulsão; f) tratamento sistêmico com corticosteróide durante curto período (inferior a duas semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas ou moderadas; g) alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a componentes de determinadas vacinas; h) prematuridade ou baixo peso no nascimento. As vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, não se justificando adiar o início da vacinação. (Excetuam-se o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com >2kg). i) internação hospitalar - crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta e, em alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para prevenir a infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de permanência no hospital. VACINAS COMPOSIÇÃO SABIN (Pólio) Vírus vivo atenuado D.P.T. Toxóide diftérico Bordetella perfussis inativado e Toxóide tetânico B.C.G. Microbactéria atenuada (Mycobacterium bovis) VACINAS COMPOSIÇÃO HEPATITE B Antígeno de superfície do vírus inativado SARAMPO Vírus vivos atenuados TRÍPLICE VIRAL Sarampo, Caxumba e Rubéola Vírus vivos atenuados VACINAS COMPOSIÇÃO DUPLA VIRAL Caxumba, Rubéola Vírus vivo atenuado FEBRE AMARELA Vírus vivo atenuado GRIPE Vírus purificado e inativado VACINAS COMPOSIÇÃO PNEUMONIA Polissacarídeo purificado de Streptococus pneumonie HAEMÓPHILOS Pollissacarídeo purificado da membrana externa da bactéria RAIVA HUMANA Vírus inativado VACINAS COMPOSIÇÃO ROTAVÍRUS Vírus humano atenuado Pentavalente Toxóides de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis, antígeno de superfície de hepatite B (HBs-Ag), e oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenzae do tipo b) Idade Vacina Dose Doenças Evitadas Ao nascer BCG Hepatite B Dose Única 1ª dose Tuberculose Hepatite B 2 meses Pentavalente (DTP + Hib+ Hepatite B) 1ª dose Difteria, Tétano, Coqueluche, meningite e outras infecções por Haemophilus influenzae tipo B, Hepatite B. Idade Vacina Dose Doenças Evitadas 2 meses Poliomielite Inativada(VIP) Rotavírus Humano (VORH) 1ª dose 1ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil Diarréia por Rotavírus 2 meses Pneumocócica 10 1ª dose Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo 3 meses Meningocócica C 1ª dose Doença causada por Neisseria meningitidis do sorotipo C Idade Vacina Dose Doenças Evitadas 4 meses Pentavalente (DTP + Hib+ Hepatite B) Poliomielite (VIP) Rotavírus Humano (VORH) Pneumocócica 10 2ª dose 2ª dose 2ª dose Vide slide anterior 5 meses Meningocócica C 2ª dose Vide slide anterior Idade Vacina Dose Doenças Evitadas 6 meses Pentavalente Poliomielite(VOP) Pneumocócica 10 3ª dose 3ª dose 3ª dose Vide slide anterior 12 meses Tríplice Viral (SCR) Pneumocócica 1ª dose Reforço Sarampo, rubéola e caxumba Idade Vacina Dose Doenças Evitadas 15 meses Tríplice Bacteriana (DTP) Poliomielite (VOP) Meningocócica C 1º reforço Reforço Reforço Difteria, tétano e coqueluche 4 anos Tríplice Bacteriana (DTP) Tríplice Viral (SCR) 2º reforço 2ª dose Vide slide anterior - Administrar o mais precoce possível, preferencialmente após o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas administrar a vacina após completar 1 (um) mês de vida e atingir 2 Kg. - Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade (4 anos 11meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. - Contatos intradomicíliares de portadores de hanseníase menores de 1 (um) ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. Contatos de portadores de hanseníase com mais de 1 (um) ano de idade, sem cicatriz - administrar uma dose. Contatos comprovadamente vacinados com a primeira dose - administrar outra dose de BCG. Manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses da vacina. Contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Para criança HIV positiva a vacina deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível. Para as crianças que chegam aos serviços ainda não vacinadas, a vacina está contra-indicada na existência de sinais e sintomas de imunodeficiência, não se indica a revacinação de rotina. Administrar preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ou na primeira visita ao serviço de saúde. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir esquema de quatro doses. Intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etária: 1ª dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias. 2ª dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias. O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose. Idade Vacina Dose Doenças Evitadas 11 a 29 anos Hepatite B 3 doses Hepatite B De 10 em 10 anos dT (dupla adulto) 01 reforço a cada 10 anos Difteria e Tétano - Tríplice Viral 2 doses (***) Sarampo, rubéola e caxumba Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o primeiro trimestre de gestação. Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. Considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias. Grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior para Hepatite B: ● Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo; lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST. Vacina Via de Administração Dose indicada Agulha BCG Intradérmica (deltóide direito) 0,1 ml 13 x 4,5 Hepatite B Intramuscular em vasto lateral da coxa direita (menores de 2 anos) Deltóide (maiores de 2 anos) 0,5 ml ou 1 ml (acima de 19 anos) 20 x 5,5 ou 25 x 7 Poliomielite (VOP) Poliomielite (VIP) Oral Injetável Vasto Lateral da coxa direito 2 gotas 0,5 ml _ 20x5,5 DTP ou dT Intramuscular em vasto lateral da coxa esquerda (menores de 2 anos) Deltóide (maiores de 2 anos) 0,5 ml 20 x 5,5 ou 25 x 7 Vacina Via de Administração Dose indicada Agulha Pentavalente Vasto lateral da coxa esquerda (menores de 1 ano) 0,5 ml 20 x 5,5 Tríplice Viral Subcutânea (vasto lateral ou deltoide direito) 0,5 ml 13 x 4,5 Raiva Intramuscular (deltóide direito) 0,5 ml 25 x 7 Febre Amarela Subcutânea (deltóide esquerdo) 0,5 ml 13 x 4,5 Vacina Via de Administração Dose indicada Agulha Meningocócica Vasto lateral direito Unidose 20x5,5 Pneumocócica Vasto lateral esquerdo Unidose 20x5,5 Ver o esquema na folha. O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores envolvidos no programa uma avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos imunobiológicos aplicados e do quantitativo populacional vacinado, que são agregados por faixa etária, em determinado período de tempo, em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o controle do estoque de imunobiológicos necessários aos administradores que têm a incumbência de programar sua aquisição e distribuição.
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