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Vacinação pediatria

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TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
Tutoria – problema 3 – M3 
Discutir os diferentes tipos de vacina: 
Atenuada: 
As vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas enfraquecidos. A vacina 
atenuada é aquela em que o vírus se encontra ativo, porém, sem capacidade de produzir a 
doença (exemplos: caxumba, febre amarela, poliomielite oral - VOP, rubéola, sarampo, 
varicela). Raras vezes, estes vírus podem reverter para a forma selvagem causando a 
doença. Estas vacinas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. Vírus 
atenuados levam esta denominação pois passam por um processo no qual sua virulência é 
reduzida a níveis considerados seguros para a aplicação clínica (vacinação). Quando 
aplicado no corpo de um indivíduo, o vírus atenuado é capaz de se replicar, porém de 
maneira lenta, sem causar maiores danos ao organismo. A prolongada exposição ao vírus 
durante a lenta replicação viral induz uma resposta imune. Esta resposta leva à produção 
de células de memória (linfócito B e T), as quais garantem o estabelecimento de imunidade 
contra o vírus em questão. 
Inativada: 
Já as vacinas inativadas e de subunidades usam agentes mortos ou apenas partículas 
deles. A vacina inativada contém o vírus inativado por agentes químicos ou físico. As 
vacinas inativadas e de subunidade não chegam a “imitar” a doença como as atenuadas, o 
que fazem é “enganar” o sistema imune, pois este acredita que o agente infeccioso morto, 
ou uma partícula dele, representa perigo real e desencadeia o processo de proteção. 
São vacinas sem risco de causar infecção em pessoas imunodeprimidas ou em gestante e 
seu feto. Exemplos de vacinas inativadas: poliomielite injetável (VIP), hepatite A, gripe e raiva. 
Por trabalhar com microrganismos completamente incapacitados de provocar sintomas de 
uma doença, as vacinas inativadas, que de modo geral são formuladas com adjuvantes 
(componentes que ajudam na estimulação do sistema) e tendem a ter esquemas vacinais 
multidoses, como as vacinas de poliomielite injetável (VIP) e de subunidades da hepatite B. 
Conjugada: 
Criadas para combater diversos tipos de doenças causadas por bactérias encapsuladas 
(ou seja, que possuem uma capa de polissacarídeos). Nelas, é necessária a adição de uma 
proteína. A Prevenar (Pneumocócica 13) é um exemplo de vacina conjugada. 
São aquelas nas quais os antígenos bacterianos são ligados a carregadores proteicos 
(polissacarídeos) gerando uma resposta de longa duração dos anticorpos. Por exemplo, as 
vacinas antipneumococos (contra o Haemophilus influenzae tipo B) 
Combinada: 
São diversas imunizações reunidas em uma única dose de vacina, criada para proteger de 
várias doenças ao mesmo tempo. Elas substituem as aplicações separadas de vacinas. 
A Pentavalente e a Hexavalente são exemplos de vacina combinada. 
Recombinante: 
Vacina recombinante é obtida por engenharia genética, por inserção de um gene que 
produz uma proteína imunogênica em um microrganismo. Por exemplo, a vacina contra a 
Hepatite B que contém o antígeno da superfície do vírus dessa hepatite. 
http://previnna.com.br/vacina/prevenar/
http://previnna.com.br/vacina/pentavalente/
http://previnna.com.br/vacina/hexavalente/
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
 
Analisar as principais contraindicações e falsas contraindicações as 
vacinas: 
É importante conhecer as principais contraindicações da vacinação por vírus vivos 
atenuados ou bactérias vivas atenuadas. São elas: 
 Imunodeficiência congênita ou adquirida 
 Gestantes (exceto se situação de alto risco para algumas doenças, como febre 
amarela, poliomielite, sarampo) 
 Neoplasias malignas 
 Terapia imunossupressora (radioterapia, quimioterapia, uso de imunossupressores). 
 Uso de corticosteroides em altas doses (equivalente a 2 mg/ kg/dia ou ≥ 20 mg/dia de 
prednisona em crianças), por mais de 15 dias. 
Além disso, é importante reconhecer quando a vacinação deve ser adiada 
temporariamente: 
 Episódios de doenças agudas febris (principalmente para evitar confusão entre os 
eventos adversos de algumas vacinas e a evolução clínica da doença) 
 Até 30 dias após o término de corticoterapia em dose imunossupressora 
 Até 90 dias após o uso de outros medicamentos ou tratamentos que provoquem 
imunossupressão 
 Até no mínimo 3 meses (variação de acordo com a vacina de 3 a 12 meses) após 
transplante de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea) para vacinas com 
microrganismos não vivos e 2 anos para vacinas com microrganismos vivos; 
 De 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulinas, para vacinas 
com vírus vivos, em razão da possibilidade de neutralização do antígeno vacinal por 
anticorpos presentes nesses produtos. 
Contraindicações da BCG 
 Relativas: RN com peso < 2.000g e lesões dermatológicas extensas afetando o local de 
aplicação da vacina. 
 Absolutas: imunodeficiências congênitas e adquiridas. Crianças com exposição 
perinatal ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) devem receber a vacina ao 
nascimento, porém, aquelas que chegam ao serviço ainda não vacinadas, devem 
receber a BCG somente se sintomáticas e sem sinais de imunodepressão. 
Contraindicações da Hepatite B 
 Reação anafilática prévia a qualquer componente da vacina e púrpura 
trombocitopênica pós-vacinal. 
Contraindicações da Hib (vacina Haemophilus influenzae tipo b) 
 Doenças febris agudas. 
 Hipersensibilidade aos componentes vacinais. 
Contraindiações VIP/VOP: 
 VIP: em casos de reação alérgica grave prévia aos produtos contidos na vacina. 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
 VOP: não deve ser administrada em pacientes imunodeprimidos e seus comunicantes 
e em indivíduos que desenvolveram pólio vacinal associados a doses anteriores da 
vacina. Os vírus da VOP podem sofrer mutações a nível intestinal, podendo provocar 
poliomielite paralítica pelo vírus da vacina – VAPP. Além disso, caso os vírus mutantes 
não sejam eliminados do intestino, eles continuam circulando na comunidade e 
aumentam seu grau de virulência. Caso as coberturas vacinais não sejam adequadas 
e elevadas, os vírus podem causar poliomielite em surtos na população - poliovírus 
circulante derivado da vacina – cVDPV. 
Contrainidcações da penumococica conjugada: 
 Reações anafiláticas com doses anteriores. 
Contrainidicações da meningocócica conjugada: 
 Reações anafiláticas com doses anteriores 
Contraindicações Rotavirus: 
 Imunodeficiências congênitas e adquiridas (as crianças expostas ao HIV no período 
perinatal e as infectadas que não têm sintomas e sinais de imunodepressão devem 
receber a vacina) 
 Alergia a algum componente da vacina 
 Doença gastrointestinal crônica 
 Malformação congênita do trato digestivo ou história prévia de invaginação 
intestinal. 
 Em casos de doença febril aguda e em caso de vômitos e/ ou diarreia grave, a 
vacinação deve ser adiada. 
Contrainidcações Influenza: 
 Reações anafiláticas aos componentes da vacina 
 Reações anafiláticas a proteínas do ovo. 
Contraindicações à triplice viral e à tetraviral: 
 Uso de sangue e derivados ou imunoglobulina anterior ou nos 15 dias seguintes à 
aplicação da vacina 
 Gravidez 
 Reação anafilática à neomicina e gelatina 
 Doenças imunossupressoras, como leucemias e linfomas 
 Corticoterapia em altas doses ou outras drogas utilizadas na terapêutica de 
neoplasias 
 Imunodeficiência celular congênita ou adquirida (exceto crianças infectadas pelo HIV 
assintomáticas e com percentual de linfócitos T CD4+ > 15%) 
Contraindicações Hepatite A: 
 Hipersensibilidade aos componentes da vacina. 
Contraindicações da febre amarela: 
 Imunodeficiências congênitas ou adquiridas 
 Situações que levem a imunossupressão 
 Reações anafiláticas a ovo 
 Gravidez 
Contrainidicações HPV: 
 Hipersensibilidade aos componentes da vacina 
 Gestantes (caso a paciente engravide após o início do esquema vacinal, as doses 
subsequentes deverão ser adiadas até o período pós-parto) 
Contraindicaçõesda vacina da dengue: 
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 imunodeficiências. 
 A vacina não deve ser administrada simultaneamente com outras vacinas do 
calendário. 
Falsas contraindicações: 
 doenças benignas comuns, tais como afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas 
das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada, 
doenças da pele (impetigo, escabiose etc); 
 desnutrição; 
 aplicação de vacina contra a raiva em andamento; 
 doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou 
pregressa, com seqüela presente; 
 antecedente familiar de convulsão; 
 tratamento sistêmico com corticosteróide durante curto período (inferior a duas 
semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas 
ou moderadas; 
 alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a 
componentes de determinadas vacinas; 
 prematuridade ou baixo peso no nascimento. As vacinas devem ser administradas na 
idade cronológica recomendada, não se justificando adiar o início da vacinação. 
(Excetuam-se o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com >2kg). 
 internação hospitalar - crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta 
e, em alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para 
prevenir a infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de 
permanência no hospital. 
Conhecer o atual Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde 
Vacinas Combate Composição Doses Reforço Idade 
Recomen
dada 
Intervalo 
Recomenda
do 
Vias de 
Administração 
 
BCG 
Formas graves 
de 
tuberculose 
 
Bactéria vivas 
atenuadas 
Única 
(0,1ml e 
0,5ml) 
 
----------- 
 
Ao nascer 
 
-------------------- 
Intradérmica 
(inserção inferior 
do deltoide direito) 
HB 
 Hepatite B 
Antígeno 
recombinante 
de superfície do 
vírus purificado 
Dose ao 
nascer 
(0,5ml) 
 
----------- 
 
Ao nascer 
 
-------------------- 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
Poliomielite 
1,2,3 (VIP - 
inativada) 
 
 
 
Poliomielite 
 
 
Vírus inativado 
(tipos 1, 2, e 3) 
 
 
3 doses 
(0,5 ml) 
 
 
 
2 reforços 
com a 
vacina 
VOP 
 
 
 
2 meses, 4 
meses e 6 
meses 
 
 
 
60 dias 
 
 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
 
Poliomielite 
1 e 3 (VOP - 
atenuada) 
 
 
Poliomielite 
 
Vírus vivo 
atenuado tipos 
1 e 3 
 
 
 
-------- 
(2 gotas) 
 
2 doses 
de reforço 
15 meses e 
4 anos 
1º ref. 6 meses 
após 3ª dose 
da VIP , 2º ref. 
6 meses após 
1º ref. 
 
 
Oral 
 
Rotavírus 
humano 
G1P1 (VRH) 
 
 
Diarreia por 
Rotavírus 
 
 
 
Vírus vivo 
atenuado 
 
 
2 doses 
(1,5 ml) 
 
 
 
 
----------- 
 
1ª dose: 2 
meses 
2ª dose: 4 
meses 
 
 
60 dias 
 
 
Oral 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
 
 
 
 
 
DTP+Hib+HB 
(Penta) 
 
 
 
Difteria, 
Tétano, 
Coqueluch, 
Haemophilus 
inflenzae B e 
Hepatite B 
Toxoides 
diftérico e 
tetânico 
purificados e 
bactéria da 
coqueluche 
inativada. 
Oligossacarídeo
s conjugados do 
HiB, antígeno 
de superfície de 
HB. 
 
 
 
 
 
3 doses 
(0,5ml) 
 
 
 
 
2 reforços 
com a 
vacina 
DTP 
 
 
 
1ª dose: 2 
meses 
2ª dose: 4 
meses 
3ª dose: 6 
meses 
 
 
 
 
 
60 dias 
 
 
 
 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
 
 
Pneumocócic
a 10 valente 
(Pncc 10) 
Pneumonias 
Meningites, 
Otites, 
Sinusites 
pelos 
sorotipos que 
compõem a 
vacina 
 
 
Polissacarídeo 
capsular de 10 
sorotipos 
pneumococos 
 
 
 
2 doses 
(0,5ml) 
 
 
 
Reforço 
 
1ª dose: 2 
meses 
2ª dose: 4 
meses 
Reforço: 
12meses 
 
 
 
60 dias 
 
 
 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
 
 
Meningocóci
ca C 
(conjugada) 
 
 
Meningite 
meningocócic
a tipo C 
 
Polissacarídeos 
capsulares 
purificados da 
Neisseria 
meningitidis do 
sorogrupo C 
 
 
2 doses 
(0,5 ml) 
 
 
 
1º reforço 
1ª dose: 3 
meses 
2ª dose: 5 
meses 
1º reforço: 
12 meses 
 
 
 
60 dias 
 
 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
 
Febre 
Amarela 
(Atenuada) 
 
Febre 
Amarela 
 
 
Vírus vivo 
atenuado 
 
1 dose 
(0,5 ml) 
 
 
Reforço 
Dose: 9 
meses 
Reforço: 4 
anos de 
idade 
 
 
-------------------- 
 
Subcutânea (região 
deltoideana) 
 
 
SCR 
Sarampo, 
Caxumba e 
Rubéola 
 
Vírus vivo 
atenuado 
 
2 doses (1ª 
dose com SCR 
e 2ª dose com 
SCRV) 
 
----------- 
 
12 meses 
 
-------------------- 
 
Subcutânea (região 
deltoideana) 
 
 
 
SCRV 
 
Sarampo, 
Caxumba 
Rubéola e 
Varicela 
 
 
Vírus vivo 
atenuado 
1 dose 
(corresponde 
a segunda 
dose da SCR e 
primeira de 
varicela) 
 
 
----------- 
15 meses 
 
-------------------- 
 
 
Subcutânea (região 
deltoideana) 
 
HA 
 
Hepatite A 
Antígeno do 
vírus da 
hepatite A, 
inativada 
 
1 dose 
 
 
----------- 
 
15 meses 
 
-------------------- 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa) 
 
 
Difteria, 
Tétano, 
Pertussis 
(DTP) 
 
 
Difteria 
Tétano 
Coqueluche 
Toxoides 
diftérico e 
tetânico 
purificados e 
bactéria da 
coqueluche, 
inativada 
 
Considerar 
doses 
anteriores (3 
doses) 
 
 
 
2 reforços 
 
1º reforço: 
15 meses 
2º reforço: 
4 anos de 
idade 
 
1º ref. 9 meses 
após 3ª dose. 
2º ref. 3 anos 
após 1º ref. 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa em crianças < 
2 anos e deltóide 
em crianças ≥ 2 
anos) 
 
 
 
DT 
 
 
Difteria e 
Tétano 
 
Toxoides 
diftérico e 
tetânico 
purificados, 
inativada 
3 doses 
Considerar 
doses 
anteriores 
com penta e 
DTP 
A cada 10 
anos. Em 
caso de 
ferimento
s graves a 
cada 5 
anos 
 
 
 
A partir dos 
7 anos 
 
 
 
60 dias 
 
Intramuscular 
(deltoide, vasto 
lateral da coxa, 
dorsoglúteo ou 
ventroglúteo) 
 
 
 
 
HPV 
 
Papilomavírus 
Humano 6, 
11, 16 e 18 
recombinante 
 
Partícula da 
cápsula do vírus 
antígeno de 
superfície 
 
 
2 doses 
 
 
-------------- 
De 09 a 14 
anos para 
meninas; de 
11 a 14 
anos para 
meninos 
 
2ª dose: 6 
meses após 1ª 
dose 
 
 
Intramuscular 
(músculo deltoide) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma dose 
a 
depender 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
Pneumocócic
a 23-valente 
(Pncc 23) 
Meningites 
bacterianas, 
Pneumonias, 
Sinusite etc. 
Polissacarídeo 
capsular de 23 
sorotipos 
pneumococos 
1 dose da 
situação 
vacinal 
anterior 
com a 
PNM10v 
A partir de 5 
anos para 
os povos 
indígenas 
 
-------------------- 
Intramuscular 
(músculo deltoide) 
 
 
Varicela 
 
 
Varicela 
 
Vírus vivo 
atenuado 
1 dose 
(corresponde 
a segunda 
dose da 
varicela) 
 
 
-------------- 
4 anos 
 
 
 
 
-------------------- 
Subcutânea (região 
deltoideana ou 
Vasto lateral da 
coxa) 
 
Influenza 
 
Influenza 
Vírus 
fracionado, 
inativado 
1 dose ou 2 
doses 
Dose 
anual 
6 meses a 
menores de 
6 anos 
 
-------------------- 
Intramuscular 
(vasto lateral da 
coxa em crianças < 
2 anos e deltóide 
em crianças ≥ 2 
anos) 
 
 
Definir as principais campanhas nacionais de vacinação no Brasil e o 
Programa Nacional de Imunizações Especiais: 
 
O Ministério da Saúde promove duas campanhas anuais de vacinação, junto com 
Secretarias de Saúde de estados, municípios e Distrito Federal. São as campanhas da 
gripe, realizada no primeiro semestre, antecedendo o período mais frio do ano, e de 
atualização da Caderneta de Vacinação. Além disso, a cada quatro anos, todas as 
crianças menores de cinco são também alvo da campanha de vacinação contra sarampo. 
Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza: 
A influenza é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta 
transmissibilidade. A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no 
Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, 
complicações e óbitos na população-alvo. Em 2021, será realizada a 23ª Campanha 
Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 12 de abril a 09 de julho de 2021. 
Acampanha de vacinação contemplará, em 2021, os seguintes grupos: 
 Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias): todas 
as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza sazonal em 
anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2021. Para a população 
indígena, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de nove 
anos de idade. 
 Deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças de 6 meses 
a menores de nove anos de idade, que serão vacinadas pela primeira vez, 
devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose. O grupo 
etário de crianças de 6 a 8 anos foi considerado devido a indicação da vacina 
para toda a população indígena a partir de seis meses de idade. 
 Trabalhador da Saúde: todos os trabalhadores da saúde dos serviços públicos e 
privados, nos diferentes níveis de complexidade. 
 Os trabalhadores da Saúde são aqueles que atuam em espaços e 
estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, 
clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais. Assim, compreende tanto 
os profissionais da saúde – como médicos, enfermeiros, nutricionistas, 
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, 
farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, 
profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos 
técnicos e auxiliares – quanto os trabalhadores de apoio, como recepcionistas, 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
seguranças, pessoal da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de 
ambulâncias e outros, ou seja, aqueles que trabalham nos serviços de saúde, 
mas que não estão prestando serviços diretos de assistência à saúde das 
pessoas. Incluem-se, ainda, aqueles profissionais que atuam em cuidados 
domiciliares como os cuidadores de idosos e doulas/parteiras. A vacina 
também será ofertada aos estudantes da área da saúde que estiverem 
prestando atendimento na assistência dos serviços de saúde. 
 Gestantes: em qualquer idade gestacional por apresentarem maior risco de 
doenças graves e complicações causadas pela influenza. Para o planejamento da 
ação, torna-se oportuna a identificação, localização e o encaminhamento dessas 
para a vacinação nas áreas adscritas de cada serviço de saúde dos municípios. Para 
este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, 
sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de 
gravidez. 
 Puérperas: todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas 
no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que 
comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do 
hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação. 
 Professores do ensino básico e superior: deverão receber a vacina influenza, 
mediante apresentação de documento que comprove sua vinculação ativa como 
professor dessas escolas. 
▪ Todos os professores das escolas do ensino básico (creche, pré-escolas, 
ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) e superior, 
de caráter público e privado. 
 Povos indígenas: toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A 
programação de rotina é articulada entre o PNI e a Secretaria Especial de Saúde 
Indígena (SESAI). 
 Idosos com 60 anos ou mais de idade: deverão receber a vacina influenza, mediante 
apresentação de documento que comprove a idade. 
 Forças de segurança e salvamento deverão receber a vacina influenza, mediante 
apresentação de documento que comprove sua vinculação ativa nas forças de 
segurança e salvamento. o Integram esse grupo: policiais federais, militares, civis e 
rodoviários; bombeiros militares e civis; e guardas municipais. 
 Forças Armadas: deverão receber a vacina influenza, mediante apresentação de 
documento que comprove a sua vinculação ativa com o serviço de forças armadas 
ou apresentação de declaração emitida pelo serviço em que atua. o Integram esse 
grupo: membros ativos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). 
 Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições 
clínicas especiais independentemente da idade 
 Pessoas com deficiência permanente 
 Caminhoneiros: deverão receber a vacina influenza, mediante apresentação de 
documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista profissional 
do transporte rodoviário de cargas (caminhoneiro). 
 Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo 
curso 
 Trabalhadores Portuários 
 População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, 
adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas 
Meta da Campanha: 
Vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação contra 
influenza: crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos e mais, povos indígenas, 
professores e trabalhadores da saúde. Para os demais grupos prioritários para vacinação 
contra influenza, serão disponibilizados os dados de doses administradas durante a 
campanha, considerando a indisponibilidade de denominadores para os referidos grupos. 
A estimativa de pessoas a serem vacinadas em cada grupo prioritário representa 
aproximadamente 79,7 milhões. No entanto, sabe-se que existem grupos que não 
apresentam denominadores definidos, o que pode levar à sobreposição da população em 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
diferentes categorias de modo simultâneo como observado em campanhas anteriores. Por 
conseguinte, serão adquiridas 80 milhões de doses para a vacinação da população-alvo. 
Esta medida tem como intuito alcançar a cobertura vacinal e otimizar o uso do 
imunobiológico nos grupos prioritário. 
Campanha de Multivacinação para a atualização da caderneta de vacinação: 
O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Multivacinação de 2021. O 
objetivo é atualizar a caderneta de vacinas de crianças e adolescentes menores de 15 
anos (14 anos 11 meses e 29 dias). 
 
Com dia “D” marcado para o dia 16 de outubro, a Campanha será realizada de 1º a 29 de 
outubro de 2021. Cerca de 45 mil postos de vacinação estarão abertos para disponibilizar 
as doses dos 18 agentes imunizantes que compõem o Calendário Nacional de Vacinação 
da criança e do adolescente. 
Dentre as vacinas que estarão disponíveis nos postos na campanha estão: BCG, Hepatite A 
e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH 
(Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), 
Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), Tetraviral (Sarampo, rubéola, 
caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus 
Humano). 
Campanha de seguimento contra sarampo: 
O objetivo desta estratégia é resgatar menores de cinco anos ainda não vacinados e 
corrigir falha primária da vacinação contra sarampo e da rubéola, visando garantir a 
manutenção do estado de eliminação do sarampo e rubéola no país. 
A população alvo desta campanha são as crianças de um ano até quatro anos, 11meses e 
29 dias. 
Programa de Imunizações Especiais: 
Os Cries são unidades de vacinação públicas e gratuitas que oferecem produtos especiais 
a indivíduos que necessitam de imunobiológicos específicos, mediante prescrição médica. 
Já foram implantados 36 desses centros em todos os estados brasileiros e com importante 
papel para o Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais. Hoje, os Cries contam 
com um sistema informatizado para o controle e avaliação de suas ações, o SI-Crie. 
Beneficiam-se dos Cries pacientes que podem ser agrupados em três principais categorias: 
 profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos em determinados grupos de 
risco; 
 substituição de produtos disponíveis na rede básica do País, quando não puderem 
ser utilizados devido a motivos clínicos;imunização de imunodeficientes. 
O Ministério da Saúde implantou os Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais 
(CRIEs) em todo o território brasileiro com objetivo de beneficiar uma parcela especial da 
população brasileira que, por motivos biológicos, é impedida de usufruir dos 
imunobiológicos disponíveis na rede pública ou necessita de outros imunobiológicos 
especiais (pessoas com imunodeficiências congênita ou adquirida, tais como infectados 
pelo HIV, portadores de doenças neurológicas, cardiopatas, pneumopatas, doenças 
hematológicas, dentre outros). 
Imunodeprimidos são, nesse caso, aqueles que se distinguem da população geral por 
incapacidade de resposta a inúmeros estímulos antigênicos ou infecciosos, o que os torna 
mais suscetíveis a apresentar infecções das mais variadas naturezas, geralmente com 
maior gravidade que na população geral, bem como a responder de forma menos eficiente 
a estímulos vacinais. 
Condições clínicas como asplenia, câncer, transplantes, doenças inflamatórias crônicas, 
infecção por HIV e outras, com frequência induzem alterações qualitativas, quantitativas e 
TUTORIA Stefannie Novaes e Vinícius Polinski 
na persistência da resposta imune, quer seja frente à infecção natural ou às vacinas, 
deixando esses indivíduos mais vulneráveis a infecções que a população geral. 
Os indivíduos imunodeprimidos respondem melhor a antígenos já previamente conhecidos 
pelo sistema imune, quando vacinados na situação de imunodepressão, do que quando 
vacinados com antígenos novos, não conhecidos pelo sistema imune. 
Além disso, muitas condições crônicas, a exemplo de neoplasias e síndromes metabólicas, 
apresentam estado inflamatório contínuo quando estão em atividade, o que também pode 
interferir na resposta vacinal, que primariamente se constitui em uma resposta 
inflamatória. 
A literatura tem mostrado cada vez mais a importância de doses de reforço após o período 
de imunodepressão em algumas condições clínicas, na tentativa de fortalecer a resposta 
imune. 
- Participam da campanha: 
• Pessoas que convivem com pacientes portadores de doenças transmissíveis 
(familiares e profissionais da saúde); 
▪ Pessoas que convivem com doentes imunodeprimidos; 
▪ Profissionais de saúde expostos a riscos; 
▪ Viajantes para áreas endêmicas para doenças imunopreveníveis; 
▪ Pessoas que apresentaram eventos adversos pós-vacinais graves; 
▪ Pessoas alérgicas a soros heterólogos; 
▪ Gestantes; 
▪ Pessoas com doenças hemorrágicas; e 
▪ Recém nascidos.

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