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PROFESSORA: GISELLE FREIMAN
UNESA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
ENSINO CLÍNICO TEÓRICO IV
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é composto pelo trato respiratório superior (nariz, seios nasais, faringe, tonsilas e adenóide, laringe e traqueia); e inferior (brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões). Juntos, são responsáveis pela ventilação.
O trato respiratório superior aquece e filtra o ar inspirado de modo que o trato respiratório inferior possa realizar a troca gasosa. A troca gasosa compreende a entrega de oxigênio para os tecidos através da corrente sanguínea e a excreção dos gases residuais, tais como o dióxido de carbono durante a expiração. O oxigênio é fornecido para as células e o dióxido de carbono é removido delas por meio de sangue circulante.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
TERMOS/PARÂMETROS
Frequência respiratória normal: 16 a 20 irpm.
Eupneia: frequência respiratória normal.
Bradipneia: frequência respiratória abaixo dos parâmetros normais.
Taquipneia: frequência respiratória acima dos parâmetros normais.
Apneia: ausência de respiração.
MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS
EPISTAXE: é causada por ruptura de pequenos vasos distendidos na mucosa do nariz, ou ainda por traumatismos do nariz, câncer, sinusite, doenças hematológicas e HAS. 
O tratamento deve ser feito com o paciente ereto e por constrição na mucosa nasal, o paciente deve evitar falar e respirar pela boca e ainda comprimir o nariz por dez minutos continuamente. Não se deve assoar o nariz durante ou após o sangramento e nunca colocar a cabeça virada para trás para evitar a broncoaspiração devido a quantidade de sangue expelida.
Continuação...
Se ocorrer crostas de sangue na cavidade nasal deve-se fazer um amolecimento com vaselina e oferecer lenços descartáveis para que ele possa aparar o sangramento. No caso do sangramento não melhorar dessa forma pode-se aplicar adrenalina em chumaço de algodão, se o sangramento for muito volumoso pode ser necessário fazer uma cauterização do local por um médico ou um tamponamento e explicar ao paciente sobre a dificuldade respiratória que o mesmo pode ter. devemos observar este paciente, pois o mesmo pode vir a apresentar hipóxia devido a dificuldade respiratória.
HEMOPTISE
É a expectoração de escarro sanguinolento proveniente do trato respiratório. Suas principais causas podem ser bronquite crônica, tumor, infecções, condições cardiovasculares e tuberculose.
Devemos sempre observar de onde vem o sangramento, se é nasal, do estômago ou pulmonar.
No nariz (epistaxe) – o paciente pode engolir ou aspirar o sangue durante um episódio de epistaxe intensa e ser confundido com sangue pulmonar, para diferenciá-lo devemos observar a presença de sangue seco no nariz ou na nasofaringe.
No TGI (hematêmese) – geralmente é precedida de náuseas e acompanhada de vômitos, sua coloração é vermelho escura podendo conter partículas de alimentos.
No pulmão (hemoptise) – o sangue é expectorado pelo paciente e o mesmo pode sentir irritação na garganta, gosto salgado e ter sensação de borbulhamento no tórax e queimação. O sangue é vermelho espumoso.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter repouso no leito;
Administrar sedativo leve conforme prescrito;
Promover ambiente tranquilo e calmo para evitar que o paciente hiperventile;
Registrar a cor, quantidade e característica do sangue, se vem com muco, etc.;
Preparar o paciente para uma broncoscopia de urgência para retirada de coágulos e identificação do local do sangramento;
Deixar à mão material para aspiração traqueal e entubação traqueal, caso seja necessário.
PNEUMONIA
A pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar (o parênquima pulmonar representa o setor de troca de gases do sistema respiratório) causada por um agente microbiano. As bactérias geralmente penetram na via área inferior, mas não causam pneumonia na presença de um mecanismo de defesa do hospedeiro intacto. 
PNEUMONIA
CAUSAS
Streptococcus pneumoniae (bactéria Gram-positiva);
 Staphylococcus aureus (bactéria Gram-positiva);
Klebsiella pneumoniae (KPC, é uma bactéria Gram – negativa restrita a ambiente hospitalar);
 Legionella pneumophyla (bacilo Gram-negativo que se propaga através dos sistemas de ar condicionado, doença do legionário);
 Mycoplasma pneumoniae (é um gênero de bactérias da família Mycoplasmataceae);
Fungos: Pneumocystis carinii (Pneumocistose – acomete imunodeprimidos, HIV +).
DIFERENÇA GRAM (COLORAÇÃO)
SINAIS E SINTOMAS
Febre;
Tosse;
Dor torácica;
Ruídos adventícios;
Alterações da pressão arterial;
Dispneia;
Confusão mental;
Mal estar generalizado;
Secreção muco purulenta ou mucopiosanguinolenta de cor amarelada ou esverdeada;
Cefaleia;
Fadiga;
Prostração;
Toxemia;
Mialgias;
Astenia;
Taquipneia.
DIAGNÓSTICO
Exame físico;
Raio x de tórax;
Teste de escarro.
TRATAMENTO
Antibioticoterapia, antimicóticos ou antivirais em caso de origem bacteriana, fúngica ou viral, respectivamente;
A melhora costuma ocorrer entre 3 a 4 dias;
A internação hospitalar pode-se fazer necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta dispneia intensa devido à baixa saturação de O2 porque o alvéolo está cheio de secreção impedindo a hematose (troca gasosa).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM (pneumonia)
Remover as secreções porque as secreções retidas interferem com a troca gasosa e podem diminuir a velocidade da recuperação;
Encorajar a hidratação, pois a mesma adequada liquefaz e amolece as secreções pulmonares;
Oferecer máscara umidificada com O2 para liberar ar aquecido e umidificado para a árvore traqueobrônquica, pois ajuda a liquefazer as secreções e alivia a irritação traqueobrônquica;
Elevar fowler ou semi fowler, segundo o conforto respiratório do paciente;
Manter o repouso para conservar a energia, mas orientar o paciente a mudar de decúbito para estimular a eliminação da secreção e ventilação/perfusão nos pulmões;
Solicitar avaliação nutricional, pois a dispneia e fadiga diminui o apetite (incentivar a ingerir bebidas com eletrólitos e calóricas, ex: gatorade, milk shake, etc.).
DERRAME PLEURAL
É o acúmulo do líquido em excesso entre as pleuras. Os pulmões ficam localizados dentro da caixa torácica e são recobertos por uma dupla e fina camada de uma membrana que se chama pleura. Entre a pleura e o pulmão existe apenas uma mínima lâmina de líquido que serve como lubrificante.
DERRAME PLEURAL
Normalmente o espaço pleural contém uma pequena quantidade de líquido (5 a 15 ml) que age como lubrificante permitindo que as superfícies pleurais se movam sem atrito.
DERRAME PLEURAL
Seu início é insidioso evoluindo durante anos, ataques persistentes de tosse e produção de catarro, infecções respiratórias agudas, de repetição acompanhada de tosse persistente, expectoração espessa, gelatinosa, sibilos e dispneia.
Ocorrem com mais frequência no inverno.
TIPOS DE DERRAME PLEURAL
HEMOTÓRAX: é a presença de sangue na cavidade pleural podendo ser causado por algum tipo de obstrução das vias aéreas, punção mal feita, acidentes e facadas.
HIDROTÓRAX: é a presença de água na cavidade pleural que pode ocorrer em patologias como ICC e tumores.
PIOTÓRAX: é a presença de secreção purulenta na cavidade pleural causado por infecção pulmonar.
QUILOTÓRAX: é a presença de linfa na cavidade pleural.
CAUSAS (derrame pleural)
Complicação da ICC (ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para satisfazer as necessidades do corpo. O resultado disso é que pode haver concentração de fluido nas pernas, pulmões e outros tecidos através do corpo); 
Tuberculose (em casos mais graves: colapso do pulmão acúmulo de pus na pleura);
Pneumonia;
Embolia pulmonar;
Tumores.
SINAIS E SINTOMAS (derrame pleural)
DOR do tipo pontada que se agrava com os movimentos respiratórios e com a tosse (dor pleurítica);
TOSSE geralmente seca e dolorosa;
DISPNEIA inicialmente ligada à dor torácica, relaciona-se posteriormente com a rapidez de
formação e volume de líquido, pode ser muito intensa, acompanhada de cianose quando o derrame se forma rápido e extensamente.
FEBRE;
RUÍDOS RESPIRATÓRIOS DIMINUÍDOS OU AUSENTES;
SUDORESE NOTURNA;
ANOREXIA.
TRATAMENTO (derrame pleural)
Desinfecção da cavidade pleural com antibioticoterapia e drenagem torácica, e fisioterapia respiratória.
A fisioterapia respiratória deve ser instituída o mais precocemente possível de forma a minimizar o aparecimento de sequelas a nível pulmonar (aderências pleurais).
DIAGNÓSTICO (derrame pleural)
Exame físico;
Raio x de tórax;
Exames laboratoriais;
Toracocentese.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM (derrame pleural)
Manter a permeabilidade das vias aéreas;
Facilitar a remoção das secreções;
Incentivar o paciente a expelir as secreções pulmonares para evitar obstrução brônquica, retenção de ar, hipoxemia e infecção localizada.
ASMA
Asma: é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar.
 
Causas: Ela se manifesta como crises de dispneias devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição do broncoespasmo. 
Sinais e Sintomas: dispneia, tosse e sibilos, principalmente à noite.
Tratamento: Broncodilatadores (aminofilina), corticosteróides (inalação), nebulização (berotec e atrovent) e medidas educativas.
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Envolvem 2 doenças: Enfisema Pulmonar e Bronquite Crônica
 ENFISEMA PULMONAR
É uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados, ou seja, muito distendidos.
Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo dióxido de carbono. Como resultado, a pessoa passa a sentir dispneia para realizar tarefas ou exercitar-se. 
A doença inicia com a destruição dos alvéolos. Nas áreas destruídas, não ocorrem às trocas gasosas de maneira satisfatória, fazendo com que diminua a quantidade de oxigênio circulante no sangue e, então, surge a dispneia. Os pulmões também perdem a elasticidade tornando mais difícil a saída do ar após cada inspiração. 
CAUSAS (enfisema pulmonar)
Tabagismo;
Deficiência de alfa-1-antripsina.
alfa-1-antripsina é uma glicoproteína produzida principalmente pelos hepatócitos que liberam diariamente cerca de 2g da proteína na circulação. Quando ocorre mutações em seu gene, elas perdem a capacidade inibitória (inibem a elastase neutrofílica que, quando ativada tem a capacidade de destruir o parênquima pulmonar através da hidrólise das fibras de elastina) e se agregam em forma de corpúsculos nos hepatócitos diminuindo os níveis séricos da alfa 1-antripsina na circulação. Essa deficiência é refletida no pulmão sob a forma de enfisema pulmonar ou bronquite crônica.
SINAIS E SINTOMAS (enfisema pulmonar)
Dispneia;
Tosse crônica;
Fadiga;
Anorexia;
Perda ponderal;
Cianose;
Hipercapnia (aumento anormal na quantidade de dióxido de carbono no sangue arterial);
Hipóxia;
Taquipneia.
TRATAMENTO (enfisema pulmonar)
Broncodilatadores;
Corticosteróides;
Antibioticoterapia;
Oxigenioterapia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM (enfisema pulmonar)
Eliminar os irritantes pulmonares, especialmente o cigarro;
Eliminar as secreções brônquicas;
Evitar narcóticos, sedativos e tranquilizantes, pois frequentemente causam insuficiência respiratória;
Instalar oxigenioterapia quando necessário e conforme prescrição médica, após avaliação dos resultados da gasometria;
Nebulizar o paciente se necessário (com medicação, só se prescrito);
Hidratar o paciente para facilitar a expectoração;
Realizar ausculta pulmonar frequentemente;
Verificar dispneia;
Elevar fowler;
Reconhecer as manifestações precoces de infecções respiratórias como: dispneia aumentada, febre, fadiga, irritabilidade, nervosismo, mudança na cor e quantidade do catarro;
Solicitar avaliação do nutricionista, já que a anorexia e perda ponderal são comuns;
Orientar o paciente que a disfunção sexual é comum em portadores de DPOC.
ENFISEMA PULMONAR
ENFISEMA PULMONAR
ENFISEMA PULMONAR
Bronquite Crônica
É a inflamação da árvore brônquica. Quando isso ocorre, os brônquios ficam edemaciados e produz muco espesso o que dificulta a respiração. Como o paciente não consegue realizar uma boa expansão pulmonar, há o acúmulo de secreções nas vias aéreas. É uma síndrome clínica caracterizada por tosse crônica com expectoração mucosa ou mucopurulenta, com duração de pelo menos 03 meses durante 02 anos consecutivos.
BRONQUITE CRÔNICA
BRONQUITE CRÔNICA
CAUSAS (bronquite crônica)
Tabagismo;
Poluição;
Poeira;
Pelo de animais;
Deficiência de alfa-1-antripsina.
SINAIS E SINTOMAS (bronquite crônica)
Tosse produtiva;
Febre;
Fadiga;
Dispneia;
Cianose;
Dificuldade ao falar.
TRATAMENTO (bronquite crônica)
Antibioticoterapia;
Broncodilatadores;
Corticosteróides;
Nebulização.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM (bronquite crônica)
Eliminar ou reduzir todos os irritantes pulmonares;
Monitorar dispneia e hipoxemia (os broncoespasmos com a produção aumentada de muco reduz o calibre dos brônquios resultando na redução do fluxo aéreo e troca gasosa diminuída);
Administrar corticosteróides e broncodilatadores prescritos (para aliviar os broncoespasmos, pois eles reduzem o calibre dos brônquios e provocam dispneia);
Eliminar as secreções brônquicas;
Nebulizar o paciente se necessário (com medicação, só se prescrito);
Hidratar o paciente para facilitar a expectoração.
REFERÊNCIAS
BRUNNER E SUDDARTH, Suzane C. Smeltzer; Brenda G. Bare. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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