Buscar

Trabalho Direito Processual Civil I CHAMAMENTO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Direito Processual Civil I
Chamamento ao Processo: Art. 77 ao 80 do CPC
Docente : Ricardo Domingues
Discentes: Andreza Gomes, Driele Nazário, João Prado, Jefferson Fragoso, Línniker Moreira, Marta Barboza, Tassiana Pereira, Sidcley 
A intervenção de terceiro ocorre quando alguém, autorizado por lei, ingressa em processo alheio, tornando complexa a relação jurídica processual. pode ser qualificado como o “incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito.
O CPC prevê casos de intervenção de terceiro, no processo de conhecimento: a assistência, a oposição, a nomeação à autoria, a denunciação da lide e o chamamento ao processo.
Do Chamamento ao Processo
A intervenção de terceiro pode ser provocada ou espontânea, de acordo com a voluntariedade de quem intervém. Desse modo, a primeira ocorre quando o terceiro ingressa no processo por provocação de uma das partes, como na nomeação e no chamamento ao processo, nos quais a intervenção é provocada pelo réu, bem como, na denunciação à lide, que pode ser provocada por qualquer das partes. Na intervenção espontânea, o terceiro intervém por iniciativa própria, como nas duas formas de assistência e na oposição.
Do Chamamento ao Processo
As pessoas que podem ser chamadas ao processo tem sempre alguma obrigação perante a parte contrária, tem consequentemente legitimidade passiva ordinária, poderiam até ter sido demandadas diretamente pelo AUTOR. É a contraposição da nomeação à autoria, que visa exatamente excluir uma parte ilegítima, ampliando subjetivamente o processo. (é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. ... levar em conta quanto dimensões nos processos de constituição da subjetividade).
Do Chamamento ao Processo
O CHAMAMENTO:
Só cabe o chamamento ao processo se, em face material deduzida em juízo, o pagamento da dívida pelo chamante dê a este direito de reembolso, total ou parcial, contra o chamado. 
Do Chamamento ao Processo
Ao processo, espécies de intervenção de terceiros prevista nos arts. 77 a 80, do CPC, pode ser qualificado como o “incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito”     
Do Chamamento ao Processo
O chamamento ao processo “uma
faculdade legal outorgada apenas aos réus, 
para que eles chamem à causa como seus litis-
consortes passivos, na demanda comum, ou os outros 
coobrigados, perante o mesmo devedor.
Do Chamamento ao Processo
Nos termos do art. 77 do CPC, é admissível o chamamento ao processo: I – do devedor, na ação em que o fiador for réu; II – dos outros fiadores, quando para a citação for citado apenas um deles; e III – de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.
Por se tratar o chamamento ao processo de uma faculdade do réu, no caso de omitir-se em promover o chamamento do coobrigado ou coobrigados, poderá posteriormente, em ação autônoma, exercer o direito de 
regresso contra o devedor principal ou co-devedores.
Do Chamamento ao Processo
A única “penalidade” decorrente da omissão do réu será a perda da vantagem processual prevista no art. 80 do CPC, além de “ficar sujeito, na ação regressiva posteriormente ajuizada, a que lhe sejam opostas objeções que, no plano do direito material, poderia o coobrigado apresentar contra o credor.
Do Chamamento ao Processo
CHAMAMENTO DO DEVEDOR PRINCIPAL  
Na ação promovida pelo credor diretamente contra o fiador, este poderá chamar ao processo o devedor principal da obrigação, para com ele formar litisconsórcio passivo.
Com tal medida, o fiador terá garantido a seu favor a vantagem do art. 80 do CPC, ou seja, se houver sucumbência dos devedores, a sentença “valerá como título executivo, em 
favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou 
de cada um dos co-devedores a sua cota parte, na proporção que lhe tocar”.
Do Chamamento ao Processo
  Além de tal vantagem, o chamante também poderá exercitar o benefício 
de ordem previsto no art. 827 do CC, segundo o qual o fiador demandado pelo pagamento da dívida tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor. Ou seja, o chamamento permitirá ao fiador a nomeação, na fase da execução, de bens livres e desembaraçados do devedor (art. 595 do CPC) antes de serem executados os seus.
Do Chamamento ao Processo
CHAMAMENTO DO CO-FIADOR
O fiador poderá, quando for o único demandado, chamar ao processo os 
demais co-fiadores solidários (art. 829 do CC), bem como o devedor principal, a fim de comporem o pólo passivo da lide em regime de litisconsórcio facultativo.
 A sentença que julgar procedente o pedido do credor e condenar os co-devedores (fiadores e devedor principal) permitirá ao co-fiador que pagar a dívida executar, nos mesmos autos, em razão da sub-rogação, os outros co-devedores para ressarcir-se de acordo com as respectivascotas (art. 831 do CC).
Do Chamamento ao Processo
CHAMAMENTO DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS
 A terceira e última hipótese da espécie de interven-
ção de terceiros ora em comento permite o chamamento de todos os devedores solidários, “quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum” (art. 77, III, do CPC).
De acordo com o CC (art. 275), o credor tem o direito de exigir apenas de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum solidária, sendo que o ajuizamento da ação apenas contra um ou alguns dos 
devedores não importa renúncia de solidariedade (parágrafo único do art. 275 do CC).
Do Chamamento ao Processo
Assim,o devedor solidário demandado individualmente poderá chamar os demais devedores a fim de que todos eles litiguem, em litisconsórcio passivo facultativo, contra o credor, quer estará forçado a demandar contra todos os co-obrigados.
A sentença que condenar os devedores solidário que atuaram em litisconsórcio permitirá ao pagador da dívida a execução dos demais, nosmesmos autos, até o limite das respectivascotas, nos termos do art. 283 do CC e art. 80 do CPC.
Do Chamamento ao Processo
Vale ressaltar que a obrigação solidária poderá não se originar de um contrato, nos termos dos arts. 932 e 942, do CC, de modo que os co-responsáveis pela reparaçãodos danos 
 extracontratuais (responsabilidade civil) também podem 
exercer o direito do art. 77, III, do CPC entre si.
Do Chamamento ao Processo
PROCEDIMENTOS 
Nos termos do art. 78 do CPC, o réu deverá (poderá) promover o chamamento ao processo no prazo em que tiver para contestar.
Na hipótese do réu promover o chamamento, o juiz suspenderá o processo e determinará que se observe, quanto à citação e aos prazos, as disposições dos arts. 72 e 74 do CPC atinentes à denunciação da lide (art. 79 do CPC) – conforme item 2.d supra.
Conforme destaca Humberto Theodoro Junior, “haja ou não aceitação do chamamento, pelo terceiro (chamado), ficará este vinculado ao processo, de modo que a sentença que condenar o réu terá, também, força de coisa julgada 
contra o chamado”.
Do Chamamento ao Processo
Assim, havendo sucumbência dos devedores litisconsortes, a sentença valerá como título executivo em favor do que pagar a dívida para, então, exigi-la dos outros co-devedores até o limite das respectivas quotas-parte (art. 80 do CPC).
O chamamento ao processo será cabível, 
porém apenas nas ações do processo de conhecimento.
Do Chamamento ao Processo
Também não caberá o chamamento ao processo nas hipóteses de ações declaratórias, eis que, segundo esclarece Arruda Alvim, faltará ao réu interesse jurídico em promover o chamamento do co devedor, pois “não poderá ele ser executado 
sucessivamente ao término do processo de conhecimento, em que a ação 
declaratória seja 
procedente”; quanto ao reconvinte, ainda que 
se trate de ação condenatória, também não poderá 
chamar o terceiro
ao processo, “uma vez que o chamamento é faculdade deferida ao demandado enquanto réu”.
Do Chamamento ao Processo
CHAMAMENTO AO PROCESSO NAS AÇÕES DO CONSUMIDOR
Chamamento consiste numa vontade do réu, que, ao deparar-se em uma ação, “chama” alguém tão ou mais responsável que ele, com a finalidade de provocação de um litisconsórcio passivo. Nota-se que trata-se de uma exceção, já que, em um processo, a formação de um litisconsórcio geralmente cabe ao autor, e não ao réu.
É facultativo o exercício do chamamento ao processo, visto que não há uma necessidade de chamar ou não outras pessoas para configurar-se no pólo passivo da ação, e seu uso não configura como algo negativo ao réu.
Vale ressaltar que, mesmo sendo o réu o incentivador do chamamento, não é a ele que os terceiros inseridos na relação devem, mas sim ao autor da ação.
Do Chamamento ao Processo
Dentre as hipóteses em que o chamamento ao processo é permitido, faz-se presente o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que autoriza o chamamento ao processo em ações movidas por autores lesados. Faz-se isso porque, geralmente, o autor não sabe a quem processar, a quem instaurar o processo, e escolhe qualquer uma das partes envolvidas, que, para seu melhor estar e para ampliar as possibilidades de defesa, acaba por chamar as outras partes envolvidas.
Com isso, percebe-se a importância do chamamento ao processo nas ações de consumo. É notável a proteção do consumidor, mas também faz-se necessário aludir o princípio da igualdade, já que não e só aquele que fora citado na ação principal que deverá responde-la, mas também a todos os outros culpados pelo ferir do Direito.
Do Chamamento ao Processo
INTERVENÇÃO NAS AÇÕES DE ALIMENTOS
O chamamento ao processo trata-se de formação de litisconsórcio passivo por iniciativa do próprio réu, não havendo ampliação do objeto litigioso. Sua finalidade é alargar o campo de defesa dos fiadores e dos devedores solidários, possibilitando-lhes, diretamente no processo em que um ou alguns deles forem demandados, chamar o responsável principal, ou os corresponsáveis, para que assumam a posição de litisconsorte, ficando submetidos à coisa julgada
Do Chamamento ao Processo
Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Do Chamamento ao Processo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALVIM, Thereza. O Direito Processual de Estar em Juízo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1996.
2. ARMELIN, Donaldo. Ensaio Sobre a Legitimidade Para Agir no Direito Processual Civil Brasileiro. (Dissertação Mestrado em Direito PUC/SP),1970.
3. AROCA, Juan Montero. La Legitimación en el Proceso Civil. Madrid: Civitas,1994.
4. ASSIS, Araken de. Manual do Processo de Execução. 8ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
5. CARNEIRO, Athos Gusmão. Intervenção de Terceiros. 10º ed. São Paulo: Saraiva, 1998. 
6. DIAS, Maria Berenice. O Terceiro no Processo. Rio de Janeiro: Aide, 1993.
7. DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. São Paulo: Malheiros, 2001.
8. ______. Intervenção de Terceiros. São Paulo: Malheiros, 1997.
9. FREDIE DIDIER JR

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais