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Direito das Obrigações 2 1425067644 (1)

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Direito das Obrigações
Classificação das Obrigações (Modalidade)
Obrigações de dar, fazer e não fazer
Obrigações alternativas, facultativas, cumulativas e genéricas
Obrigações divisíveis e indivisíveis
Obrigação natural
Obrigação de meio e de resultado
Obrigações solidárias
Obrigações de dar coisa certa e incerta e obrigação de restituir
Obrigação quanto à natureza do objeto
Obrigação de dar: 
Consiste em transmitir a propriedade ou outro direito real, na simples entrega de uma coisa. A entrega da coisa tem por escopo a transferência de domínio e de outros direitos reais; tal obrigação surge, por exemplo, por ocasião de um contrato de compra e venda em que o devedor se compromete a transferir o domínio para o credor do objeto da prestação, tendo este, então, direito à coisa, embora a aquisição do direito fique na dependência da tradição do devedor coisa móvel e registro se imóvel. 
Obrigação de restituir: não tem por escopo transferência de propriedade, destinando-se apenas a proporcionar o uso, fruição ou posse direta da coisa, temporariamente; se caracteriza por envolver uma devolução, como, por exemplo, a que incide sobre o locatário, o depositário, etc., uma vez findo o contrato, dado que o devedor deverá devolver a coisa a que o credor já tem direito de propriedade por título anterior à relação obrigacional. Art 238 CC ao art 242 CC
Obrigação de entregar: Há quem distinga obrigações de dar das obrigações de entregar, reservando a primeira para as relações jurídicas em que se objetive transferência do domínio, ou de outros direitos reais, e a segunda para simples concessão de uso temporário.� Outros consideram que obrigação de entregar é espécie de obrigação de dar.�
A obrigação positiva de dar assume as formas de entrega ou restituição de determinada coisa pelo devedor ao credor. 
Assim na compra e venda, que gera uma obrigação de dar para ambos os contratantes, a do vendedor é cumprida mediante entrega da coisa vendida, e a do comprador, com a entrega do dinheiro. Neste caso é considerada como obrigação complexa. 
No comodato, a obrigação de dar assumida pelo comodatário é cumprida mediante restituição da coisa emprestada gratuitamente. 
Obrigação de dar coisa certa: seu objeto é constituído por um corpo certo e determinado, estabelecendo entre as partes da relação obrigacional um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa certa e determinada. Coisa certa é coisa individualizada.
Obrigação de dar coisa incerta: consiste na relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica no início da relação, vem a ser determinado mediante um ato de escolha; deve ser indicado ao menos, pelo gênero e pela quantidade, sua prestação é indeterminada, porém suscetível de determinação, pois seu pagamento é precedido de um ato preparatório de escolha que a individualizará, momento em que se transmuda numa obrigação de dar coisa certa; a escolha não pode ser absoluta; deverá ser levado em conta as condições estabelecidas no contrato, bem como as limitações legais, uma vez que a lei, na falta de disposição contratual, estabelece um critério, segundo o qual o devedor não poderá dar a coisa pior, nem ser obrigado a prestar melhor (art. 244 CC). Ex: 20 sacas de café, dez cavalos, um livro de tal edição.
Obrigação de fazer: é a que vincula o devedor à prestação de um serviço ou ato positivo, em benefício do credor ou de terceira pessoa; tem por objeto qualquer comportamento humano, lícito e possível, do devedor ou de outra pessoa à custa daquele, seja a prestação de trabalho físico ou material, seja a realização de serviço intelectual, artístico ou científico, seja ele, ainda, a prática de certo ato que não configura execução de qualquer trabalho; 
Obrigação de Fazer Fungível ( 	(substituição) - o devedor se compromete a fazer um ato ou serviço; se ele não levar a cabo tal serviço ou ato, o credor pode pleitear uma indenização por perdas e danos ou contratar um 3º para realizar tal serviço ou ato (substituição) e cobrar do devedor originário (por motivo de inadimplemento do mesmo);
Obrigação de Fazer Infungível (	(personalíssimo) - intuitu personae (pelo próprio devedor) - não pode haver substituição do devedor. Se ocorrer inadimplemento do devedor, o credor pode pleitear indenização por perdas e danos .
Obrigação de não fazer: é aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de algum ato, que poderia praticar livremente se não se tivesse obrigado para atender interesse jurídico do credor ou de terceiro; caracteriza-se, portanto, por uma abstenção de um ato; 
Obrigações Reciprocamente Consideradas 
Obrigação principal: é a obrigação existente por si, abstrata ou concretamente, sem qualquer sujeição a outras relações jurídicas. 
Obrigação acessória: é aquela cuja existência supõe a da principal. 
Efeitos jurídicos: as obrigações principal e acessória regem-se pelos mesmos princípios norteadores das relações entre a coisa principal e a coisa acessória, produz, além de outros, os seguintes efeitos jurídicos: a extinção da obrigação principal implica o desaparecimento da acessória; a ineficácia ou nulidade da principal reflete-se na acessória; a prescrição da principal afeta a acessória, etc.; é preciso ressaltar que a sorte da obrigação acessória não atinge a principal. 
� MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Vol. IV. São Paulo: Saraiva, 2003, p.60.
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral das Obrigações. Vol.2. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 54.
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