Buscar

TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES- PARTE 1 INTRODUÇÃO E OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA E OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES 
I INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
O DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
O termo OBRIGAÇÃO, em sentido amplo, exprime qualquer tipo de vínculo ou se sujeição da 
pessoa a algo, seja esse algo de natureza moral, intelectual ou religiosa. 
O Direito das Obrigações, entretanto, emprega tal termo de maneira mais restrita. O direito 
das obrigações consiste num complexo de normas que regem relações jurídicas de ordem 
patrimonial, que têm por objeto prestações de um sujeito em proveito de outro. Assim, rege 
as relações jurídicas de ordem patrimonial e de natureza pessoal, tendo seu conteúdo 
prestações de natureza patrimonial. Sua principal finalidade consiste exatamente em 
fornecer meios ao credor para exigir do devedor o cumprimento da prestação, abrangendo 
todas as atividades de natureza patrimonial. 
Sua importância se baseia na intensificação das atividades econômicas, provocada pela 
urbanização, pelo progresso tecnológico, pela comunicação permanente e pela globalização 
no geral. O direito creditório equilibra as relações entre credor e devedor, pois é nele que a 
atividade econômica do homem encontra sua ordenação. 
Suas características principais são: 
❖ Tem por objeto direitos de natureza pessoal; 
❖ Regem vínculos patrimoniais entre pessoas; 
❖ Direitos de crédito são relativos; 
❖ Envolve direitos a uma prestação positiva ou negativa; 
❖ Importância da patrimonialidade; 
❖ Configura exercício da autonomia privada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Código Civil, aos artigos compreendidos entre o 233 e o 480 serão objetos da Teoria 
Geral das Obrigações. 
 
NOÇÕES GERAIS DE OBRIGAÇÃO 
Obrigação é o vinculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir do devedor o 
cumprimento de determinada prestação. Observe algumas das principais características: 
 
DIREITOS OBRIGACIONAIS/PESSOAIS 
 Direito contra determinada 
pessoa 
 Vínculo jurídico pelo qual o 
sujeito ativo pode exigir do 
sujeito passivo determinada 
prestação 
 Há dualidade de sujeitos 
 O objeto é sempre uma 
prestação do devedor 
 Ilimitados, sensíveis à autonomia 
da vontade, permitindo a criação 
de novas figuras contratuais que 
não têm correspondente na 
legislação 
 Seu exercício exige 
intermediário 
 Extingue-se pela inércia 
DIREITOS REAIS 
 Poder jurídico do titular sobre a 
coisa 
 Relação entre sujeito ativo e a 
coisa sobre a qual tem domínio 
 Unidade de sujeito 
 O objeto pode ser coisa corpórea 
ou incorpórea 
 Não pode ser objeto de livre 
convenção, limitado e regulado 
expressamente por norma 
jurídica 
 Supõe exercício direto, pelo 
titular, do direito sobre a coisa 
 Conserva-se até que haja uma 
situação contrária em proveito 
de outro titular 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigação é a relação jurídica de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor, 
cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo 
primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio (Washington 
Monteiro de Barros). 
Obrigação é aa relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer 
alguma coisa economicamente apreciável, em proveito de alguém que, por ato nosso, ou de 
alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude de lei, adquiriu o direito de exigir 
de nós essa ação ou omissão (Clóvis Beviláqua). 
Em sentido técnico, a obrigação exprime a relação jurídica pela qual uma pessoa está adstrita 
a uma determinada prestação para com outra, que tem direito de exigi-la, obrigando a 
primeira a satisfazê-la. 
 
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO 
A obrigação é composta por três elementos essenciais: 
a) Subjetivo: compreende os sujeitos da relação, classificados em ativos e passivos. Os 
sujeitos podem ser individuais ou coletivos. Pessoas naturais e jurídicas podem 
participar de relações obrigacionais, não tendo nenhuma estrição quanto à quais 
pessoas podem participar do polo ativo das obrigações. Caso sejam incapazes, devem 
OBRIGAÇÃO 
Vínculo Jurídico 
Relação de natureza pessoal 
Caráter transitório 
Seu objeto é uma prestação 
ser acompanhadas por responsáveis. Importante, porém, que os sujeitos sejam 
determináveis no momento de seu cumprimento. 
b) Objetivo: diz respeito à prestação. 
c) Imaterial: corresponde ao vínculo jurídico da 
obrigação. É o liame existente entre os 
sujeitos que confere ao credor o direito de 
exigir do devedor o cumprimento da 
prestação. 
 
Exemplo de relação obrigacional: 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS OBRIGAÇÕES (FERNANDO NORONHA) 
❖ Lei (fonte primária e imediata) 
❖ Fontes negociais 
❖ Fontes de responsabilidade civil 
❖ Enriquecimento injustificado 
❖ Boa-fé objetiva 
 
Prestação: ação ou omissão que o 
devedor fica adstrito e que o credor tem 
o direito de exigir. De acordo com o CC, 
pode ser de dar, de fazer ou de não fazer. 
Para ser validadas, devem seguir os 
seguintes requisitos: 
❖ Lícita 
❖ Possível 
❖ Patrimonial 
❖ Moral 
 
Vendedor Consumidor 
Prestação: entregar produto 
Prestação: pagar produto 
RESUMO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÃO 
DEFINIÇÃO: É a relação 
jurídica estabelecida entre 
devedor e credor. 
ELEMENTOS 
SUBJETIVO credor + devedor 
OBJETIVO prestação 
MATERIAL vínculo 
FONTES 
❖ Negociais 
❖ Fontes de Responsabilidade 
❖ Boa-fé objetiva 
❖ Enriquecimento injustificado 
Características Gerais 
II DAS MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES 
INTRODUÇÃO 
Modalidades = Espécies 
São várias as modalidades de obrigações. 
Quanto ao seu objeto, as obrigações podem ser divididas em: 
❖ Obrigações de Dar 
❖ Coisa Certa 
❖ Coisa Incerta 
❖ Obrigações de Fazer 
❖ Obrigações de Não Fazer 
Todas as obrigações, sem exceção, compreendem uma dessas modalidades. 
As obrigações podem ainda ser classificadas quanto aos seus elementos. 
❖ Obrigações Simples: não apresentam multiplicidade em nenhum de seus elementos 
❖ Obrigações Complexas ou Compostas: apresentam multiplicidade em algum ou alguns 
de seus elementos 
Com relação às obrigações complexas, é possível fazer mais uma subdivisão. Com relação à 
multiplicidade de objetos, elas podem ser classificadas em: 
❖ Cumulativas 
❖ Alternativas 
❖ Facultativas 
Já com relação à multiplicidade de sujeitos, elas são classificadas em: 
❖ Divisíveis 
❖ Indivisíveis 
❖ Solidárias 
Importante ressaltar que cada modalidade tem suas peculiaridades, como será visto adiante. 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR 
As obrigações positivas de dar assumem as formas de entrega ou restituição de coisa, certa 
ou não, ao credor. Nesse sentido, há na maioria das vezes uma intenção de transmissão de 
propriedade de uma coisa, móvel ou imóvel. 
Os atos de entregar ou de restituir podem ser resumidos com a palavra tradição. 
 
Importante ressaltar que, no direito brasileiro, o contrato por si só não basta para a 
transferência do domínio da coisa, uma vez que ele apenas estabelece direitos e obrigações 
entre as partes. A transferência do domínio apenas será feita após a tradição da coisa, como 
observado nos dispositivos assinalados. 
A obrigação de dar é aquela em virtude da qual o devedor fica jungido a promover, em 
benefício do credor, a tradição da coisa (Rubens França). É a obrigação de prestação de 
coisa, que pode ser certa ou incerta, determinada ou não. 
Essa modalidade de obrigação implica também a obrigação de conservar a coisa até que seja 
entregue ou restituída ao credor, sendo se responsabilidade do devedor qualquer dano 
causado. 
Tradição: é a entrega da coisa ao adquirente, com a intenção de lhe transferir a sua 
propriedade ou posse. É a entrega da coisa com o objetivo de transferir o direito real 
sobre ela. 
 
Art. 1226, CC: Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos ou transmitidos 
poratos entre os vivos, só se adquirem com a tradição. 
 
Art. 1267, CC: A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes 
da tradição. 
5 
 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 
As obrigações de dar coisa certa são tratadas a partir do art. 233 do Código Civil. 
 
 
Nessa modalidade de obrigação, o devedor está 
obrigado a entregar coisa específica ao credor, 
sendo vedada a entrega de coisa diversa (art. 
313). A entrega de coisa diversa implica na 
novação da obrigação, modificando a obrigação 
original, prática esta que só pode ser feita a partir do acordo entre ambas as partes. A 
recíproca, entretanto, também é verdadeira, já que o credor não pode exigir coisa diversa 
da obrigação estabelecida, ainda que menos valiosa. 
Pode, apesar disso, haver concordância do credor em receber uma coisa por outra, como 
por exemplo, nos casos de dação em pagamento. 
Como dito anteriormente, o domínio da coisa apenas será transferido através da tradição, 
se for coisa móvel, e do registro de título, se for coisa imóvel. 
 
Ressalta-se que, como disposto no art. 233 do CC, 
a obrigação de dar também abrange os 
acessórios da coisa certa, mesmo que estes não 
estejam expressamente indicados em contrato. 
Esse dispositivo é uma decorrência do princípio 
acessorium sequitur suum principale – os acessórios seguem o principal. 
Observe o disposto acerca dos acessórios da coisa: 
Coisa Certa: é a coisa individualizada, específica, que se distingue das demais. 
 
Art. 313, CC: O credor não é obrigado a 
receber prestação diversa da que lhe é 
devida, ainda que mais valiosa. 
 
Art. 233, CC: A obrigação de dar coisa 
certa abrange os acessórios dela embora 
não mencionados, salvo se o contrário 
resultar do título ou das circunstâncias do 
caso. 
 
 
 
 
MELHORAMENTOS E ACRESCIDOS 
 
Melhoramento é tudo aquilo que contribuir para uma alteração na coisa principal, de sorte 
a melhorá-la. Já o acrescido é o que se acrescenta ao bem. Frutos são as utilidades que 
uma coisa periodicamente produz. 
O disposto nesse artigo confere vantagem ao devedor, que pode facultar em aumentar o 
preço da coisa caso passe por melhoramentos ou seja acrescida de mais algo, em proporção 
ao valor do beneficiamento que se acresceu, podendo resolver a obrigação caso o credor 
não aceite as novas condições. 
O parágrafo único deste artigo indica que o devedor deve dar a prerrogativa de apropriar-
se de eventuais frutos da coisa que venha a perceber até o ato da tradição. Entretanto, os 
Art. 237, CC: Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o 
devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo Único: Os frutos percebidos são do devedor, cabendo resolver ao credor os 
pendentes. 
 
Art. 92, CC: Principal é o bem que existe sobre si; acessório é aquele cuja existência supõe 
a do principal. 
 
Art. 95, CC: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e os acessórios 
podem ser objeto de negócio jurídico. 
 
frutos pendentes, não percebidos até o momento da tradição, deverão ser entregues com a 
coisa. 
 
 
O art. 238, ao qual o dispositivo indicado se refere, trata das obrigações de restituir coisa 
certa. A obrigação de restituir caracteriza-se pela existência de coisa alheia em poder do 
devedor a quem cumpre devolvê-la ao dono. A coisa se encontra com o devedor para o seu 
uso, mas pertence ao credor, titular do direito real. Um exemplo é o caso de alguém de 
automóvel ou de imóveis. 
Nesses casos, como o disposto, o credor não será obrigado a indenizar o devedor caso os 
melhoramentos tenham sido realizados sem que este tenha tido prejuízos. 
Em contrapartida, o artigo seguinte, 242, indica: 
 
 
Assim, o devedor da obrigação de restituir coisa certa poderá pleitear ressarcimento por 
melhoramentos e acrescidos ao bem somente na hipótese de haver concorrido para eles 
com seu trabalho ou dispêndios e custos. Tal regra é lógica da vedação do sistema ao 
enriquecimento sem causa. 
 
PERECIMENTO E DETERIORIZAÇÃO 
Art. 241, CC: Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credo, desobrigado de indenização. 
 
Art. 242, CC: Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou 
dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias 
realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
 
As vezes, a obrigação de dar não é cumprida porque, antes da entrega ou da restituição, a 
coisa pereceu ou se deteriorou, com ou sem culpa do devedor. Nesses casos, o Código Civil 
segue princípio res perit domino – a coisa perece para o dono. 
Nos casos de obrigação de entregar, o Código Civil dispõe o seguinte: 
Perecimento
Sem culpa
Art. 234, CC: Se a coisa se 
perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, 
ou pendente a condição 
suspensiva, fica resolvida a 
orbigação para ambas as 
partes [...]
Obrigação 
resolvida
Devolução do 
valor pago 
Prejuízo do 
devedor
Com culpa
Art. 234, CC: [...] Se a perda 
resulta de culpa do devedor, 
responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e 
danos.
Deterioração
Sem culpa
Art. 235, CC: Deteriorada a 
coisa, não sendo o devedor 
culpado, poderá o credor 
resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu 
preço o valor que perdeu.
A obrigação 
pode ser 
resolvida ou o 
preço pode ser 
abatido.
Com culpa
Art. 236, CC: Sendo culpado o 
devedor, poderá o credor exigir 
o equivalente, ou aceitar a coisa 
no estado em que se acha, com 
direito a reclamar, em ou ou em 
outro caso, indenização das 
perdas e danos.
Já nos casos de obrigação de restituir, o Código Civil dispõe o seguinte: 
 
 
Perecimento
Sem culpa
Art. 238 CC: Se esta, sem 
culpa do devedor, se perder 
antes da tradição, sofrerá o 
credor a perda, e a 
obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos 
até o dia da perda.
Obrigação 
resolvida
Com culpa
Art. 239, CC: Se a coisa se 
perder por culpa do devedor, 
responderá este pelo 
equivalente, mais perdas e 
danos.
Deterioração
Sem culpa
Art. 240 CC:Se a coisa 
restituível se deteriorar 
sem culpa do devedor, 
recebê-la-à o credor, tal 
qual se ache, sem direito a 
indenização [....]
Obrigação 
resolvida
Prejuízo do 
credor
Com culpa
Art. 240, CC: [...]Se a coisa 
restituível se deteriorar por 
culpa do devedor, observar-
se-a o disposto no art. 239.
Pagamento 
de perdas e 
danos
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA 
 
 
A indicação do gênero e da quantidade é o mínimo 
necessário para que exista obrigação de dar coisa 
incerta, como o indicado no art. 243 do CC. 
Entretanto, sua determinação será feita por 
circunstâncias ou elementos de fato, como ainda por outras eventuais. 
A qualidade da coisa será feita por escolha, 
tornando a coisa certa. Após esse procedimento, 
denominado concentração, os dispositivos 
cabíveis à obrigação serão os referentes às 
obrigações de dar coisa certa. 
Importante ressaltar que o direito de escolha pertence ao devedor, no silêncio do contrato. 
 
Destaca-se, também, que antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou 
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito, uma vez que o gênero 
nunca perece. 
 
 
Coisa Incerta: é a coisa determinável, indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade. 
 
Art. 243, CC: A coisa incerta será 
indicada, pelo gênero e pela quantidade. 
 
Art. 244, CC: Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha 
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá 
dar coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor 
 
Art. 2435 CC: Cientificado da escolha o 
credor, vigorará o disposto na Seção 
antecedente.

Outros materiais