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Questões Comentadas OAB Érico Teixeira
http://ericoteixeira.com.br/blog/?p=1412
DA OAB – Direito Tributário COMENTADA (Caderno Branco) 17.12.12
17 de dezembro de 2012 por Érico Teixeira | 5 Comentários
Prezados amigos, seguem meus comentários sobre a PROVA de DIREITO TRIBUTÁRIO e as questões que envolveram DIREITO TRIBUTÁRIO DA OAB (17/12/2012) – CADERNO BRANCO:
 Questão 16 João ingressa com ação individual buscando a repetição de indébito tributário, tendo como causa de pedir a inconstitucionalidade da Lei Federal “X”, que criou o tributo. Sobre a demanda, assinale a afirmativa correta.
A) João não possui legitimidade para ingressar com a demanda, questionando a constitucionalidade da Lei Federal “X”, atribuída exclusivamente às pessoas e entidades previstas no art. 103 da Constituição.
B) Caso a questão seja levada ao Supremo Tribunal Federal, em sede de recurso extraordinário, e este declarar a inconstitucionalidade da Lei Federal “X” pela maioria absoluta dos seus membros, a decisão terá eficácia contra todos e efeitos vinculantes.
C) O órgão colegiado, em sede de apelação, não pode declarar a inconstitucionalidade da norma, devendo submeter a questão ao Pleno do Tribunal ou ao órgão especial (quando houver), salvo se já houver prévio pronunciamento deste ou do plenário do STF sobre a sua inconstitucionalidade.
D) O juiz de primeiro grau não detém competência para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, mas somente o Tribunal de segundo grau e desde que haja prévio pronunciamento do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Gabarito: C
Comentários: A questão no seu enunciado menciona “ação individual”, bem como que a alegação de inconstitucionalidade é a causa de pedir e não o pedido da ação judicial. No Brasil, há tanto o controle concentrado quanto o controle difuso de constitucionalidade. No controle difuso, qualquer Juiz ou Tribunal pode acolher a alegação de inconstitucionalidade de uma lei, desde que esta seja a causa de pedir para o acolhimento de um determinado pedido formulado pela parte. Sendo assim, por exemplo, o juiz pode, com fundamento na inconstitucionalidade da lei, declarar a inexistência de  relação jurídica tributária que obrigue o contribuinte a pagar o tributo (ação declaratória) ou condenar um ente político a restituir uma quantia paga indevidamente (ação condenatória). Por outro lado, no controle concentrado, a declaração de inconstitucionalidade é o pedido principal e, nessa hipótese, a legitimidade é exclusiva das pessoas e entidades mencionadas no art. 103 da CRFB/1988 e a competência é do Supremo Tribunal Federal (quando o parâmetro for a Constituição da República de 1988).
– A letra “A” está equivocada, pois o pedido é de restituição do indébito e não de declaração de inconstitucionalidade;
– A letra “B” está equivocada. Não obstante a tendência de abstrativização do controle difuso, não há previsão na Constituição nesse sentido;
– A letra “C” está correta. Em que pese a possibilidade do controle difuso de constitucionalidade ser feito pelos Tribunais, a Constituição e o CPC exigem, em regra, a observância da cláusula da reserva de plenário (Vide art. 97 da CRFB/1988 e art. 480 e seguintes do CPC). De acordo com o art. 481, parágrafo único do CPC, os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998);
– A letra “D” está equivocada, pois a questão envolve controle difuso, que pode ser feito pelo juiz ou pelo Tribunal, devendo o Tribunal observar a reserva de plenário.
Questão 25. Acerca do Imposto sobre Produtos Industrializados, de competência da União, assinale a afirmativa que contempla duas de suas características.
A) É imposto ordinário e caracterizado pela seletividade.
B) É imposto real e caracterizado por ser direto.
C) É imposto monofásico e qualificado como indireto.
D) É imposto interno e lançado por declaração.
Gabarito: Letra “A”
Comentários:
– A letra “A” está correta. O IPI é um imposto ordinário, pois, ao contrário do imposto extraordinário de guerra, por exemplo, não demanda nenhuma situação excepcional ou especial para a sua instituição e cobrança. O IPI também é seletivo conforme a essencialidade do produto sobre o qual incide (art. 153, §3º, I da Constituição);
– A letra “B” está equivocada, pois, embora real (incide sobre a circulação de produtos), o IPI, exceto na importação, é um imposto indireto, pois o montante cobrado é repassado ao adquirente do produto industrializado;
– A letra C” está equivocada. O IPI é não cumulativo (o contribuinte tem o direito de compensar em cada operação o montante cobrado nas operações anteriores), mas não é monofásico, pois incide em cada etapa do processo produtivo e comercialização de produtos industrializados;
– A letra “D” está equivocada, pois o lançamento se dá por homologação.
 Questão 26. De acordo com as regras contidas no Código Tributário Nacional, considera-se fraude à execução fiscal
A) a alienação dos direitos reais do patrimônio do devedor, efetivada a qualquer tempo, para terceiro de má-fé.
B) a alienação do patrimônio do devedor, feita após ciência inequívoca da regular inscrição de crédito da Fazenda contra si constituído.
C) a aquisição, de má-fé, por terceiro, de parte do patrimônio devedor, refletindo tal situação presunção absoluta de fraude.
D) a alienação de qualquer parcela do patrimônio do devedor, mesmo que feita a terceiro de boa-fé, após notificação do lançamento fiscal.
Gabarito: Letra B
Comentários: A fraude à execução fiscal está tratada no art. 185 do CTN, cuja redação atual assim dispõe: Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005).
– A letra “A” está equivocada, pois menciona a qualquer tempo. Na hipótese não haveria como se presumir a fraude à execução fiscal, embora, em tese, seja possível a discussão, em ação própria, de eventual fraude contra credores;
– A letra “B” está correta, de acordo com o art. 185 do CTN;
– A letra “C” está equivocada, pois a presunção é relativa e não há menção ao momento em que a alienação ocorre;
– A letra “D” está equivocada, pois a presunção de fraude à execução fiscal ocorre com a alienação posterior à inscrição em dívida ativa.
 Questão 27. Concessionária de veículos se insurge contra aumento da alíquota do IPI sobre automóveis nacionais e, antes mesmo da ocorrência do lançamento do tributo em questão, ajuíza ação declaratória e efetua o depósito judicial do montante do valor tributado que considera devido. Após cinco anos e oito meses, ocorre o trânsito em julgado da decisão judicial proferida em favor da Fazenda Pública, a qual entende como devido o IPI integral.
Considerando que a Fazenda Pública não adotou qualquer providência quanto ao lançamento do imposto devido durante o trâmite da ação judicial, tem-se que
A) o IPI é devido e coincide com o valor depositado.
B) o IPI é devido no valor cobrado pela Fazenda Pública.
C) o IPI não é devido, uma vez que ocorreu a prescrição.
D) o IPI não é devido, em razão da decadência.
Gabarito: Letra A
Comentários: A questão foi mal formulada. O IPI é devido pela montadora que promove o processo de industrialização e comercializa o veículo e não pela concessionária que, na maior parte das vezes, é mera revendedora, ou seja, comercializa o veículo sem promover qualquer novo processo de industrialização que a torne contribuinte do IPI. Não obstante, considerando os termos da questão, fica claro que o examinador pretende verificar se o candidato conhece o entendimento do STJ a respeito da matéria, segundo o qual, o depósito efetuado pelo contribuinte corresponde à quantia declarada por ele como devida (formalizada pelo contribuinte)e dispensa o Fisco de qualquer providência (constituição do crédito – lançamento) em relação à quantia depositada (já formalizada pelo contribuinte). 
– A letra “A” está correta e coincide com o entendimento do STJ a respeito da matéria;
– A letra “B” está equivocada. Caso a Fazenda não concorde com a quantia declarada e depositada pelo contribuinte terá que efetuar um lançamento de ofício para constituir e cobrar a diferença;
– A letra “C” está equivocada, pois a quantia declarada como devida pelo contribuinte e depositada não está sujeita a decadência e a prescrição no exemplo dado;
– A letra D” está equivocada, pois a quantia declarada como devida pelo contribuinte e depositada não está sujeita a decadência e a prescrição no exemplo dado.
Questão 28. O procurador do município Gama decide contestar judicialmente a cobrança do ICMS discriminada na fatura da conta de luz do imóvel onde funciona a sede da prefeitura, alegando a condição de ente político para livrar-se da exação.
A demanda da municipalidade deverá ser
A) acolhida, em razão da imunidade recíproca, que impede que os entes da federação instituam impostos sobre bens e serviços uns dos outros.
B) rejeitada, pois na situação apresentada o município se apresenta na condição de contribuinte de direito do ICMS.
C) acolhida, pois a empresa concessionária prestadora do serviço de fornecimento de energia não tem competência para cobrar ICMS.
D) rejeitada, pois o município não goza de imunidade com relação a imposto que incide apenas indiretamente sobre seus bens e serviços.
Gabarito: Letra D
Comentários: A resposta correta, segundo a jurisprudência atual do STF, é a letra D. A imunidade protege os entes políticos em relação aos tributos dos quais sejam contribuintes e não responsáveis tributários ou contribuintes de fato, como é o caso.
– A letra “A” está equivocada, pois o contribuinte, na hipótese, é a concessionária de energia elétrica e não o município;
– A letra “B” está equivocada, pois o município é contribuinte de fato. Contribuinte de direito é a concessionária de energia elétrica;
– A letra “C” está equivocada, pois o ICMS é cobrado pelo Estado da concessionária que o repassa ao município, adquirente da energia e mero contribuinte de fato do tributo;
– A letra “D” está correta. A imunidade abarca os tributos dos quais o município seja contribuinte, ou seja, o sujeito passivo obrigado, por lei, ao pagamento do tributo.
 Questão 29. Acerca dos serviços considerados como serviços públicos uti singuli, assinale a afirmativa correta.
A) Serviços em que não é possível identificar os usuários e, da mesma forma, não é possível a identificação da parcela do serviço utilizada por cada beneficiário.
B) Serviços singulares e essenciais prestados pela Administração Pública direta e indireta.
C) Serviços em que é possível a identificação do usuário e da parcela do serviço utilizada por cada beneficiário.
D) Serviços que somente são prestados pela Administração Pública direta do Estado.
Gabarito: Letra C
Comentários: Os serviços públicos podem ser classificados como serviços prestados e utilizados uti singuli ou uti universi. Os primeiros são prestados de forma individualizada, sendo possível identificar a unidade de prestação, o usuário e a parcela do serviço prestada a cada cidadão. Podem ser remunerados mediante TAXAS. Nos serviços prestados de forma geral não é possível identificar a parcela do serviço utilizada por cada beneficiário, nem a respectiva unidade de prestação. Logo, não podem ser remunerados mediante TAXAS. De acordo com o CTN (art. 79, II): Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
 Questão 51. A respeito do processo de falência, assinale a afirmativa correta.
A) As restituições em dinheiro determinadas por sentença judicial poderão ser realizadas antes do pagamento de qualquer crédito.
B) Os créditos ao serem classificados, os créditos com garantia real terão preferência sobre os créditos tributários, independentemente do valor do bem dado em garantia.
C) Os créditos decorrentes das remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares serão pagos com preferência em relação aos credores concursais.
D) Os credores remanescentes da recuperação deverão habilitar seus créditos na falência, em qualquer hipótese, quando da convolação da recuperação judicial em falência.
Gabarito: Letra C
Comentários: A letra “B” está equivocada, pois o art. 186 do CTN estabelece que na falência o crédito tributário prefere os créditos com garantia real até o limite do valor do bem dado em garantia. Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005). 
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5 Comments
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Wagner
17 de dezembro de 2012 em 20:17 
Questão 27 – fala que o contribuinte depositou o valor considerado devido e não o IPI integral… muito estranho ser a alternativa “a”.
Essa eu vou estudar com mais calma pois não entendi bem.
Lembro de ter lido algo que ocorreu no RJ,era outro imposto o contribuinte depositou “o valor considerado devido” era a menor… no fim o judiciário foi a favor da Fazenda embora o Governador/Prefeito não tenha cobrado a diferença e TBM não houve decadência não houve Inércia da fazenda.
ericoteixeira
17 de dezembro de 2012 em 21:06 
Prezado Wagner, a questão é incompleta, mas, em suma, envolve o entendimento do STJ sobre a matéria e a solução dependerá do caso e de nuances não relatadas na questão. Várias situações podem ocorrer:
1) o contribuinte declara uma quantia nos livros e declarações do IPI e recolhe essa quantia. A formalização ocorreu com a declaração e o depósito substitui o pagamento antecipado, cabendo ao Fisco, no prazo decadencial, lançar eventuais diferenças que entenda cabíveis;
2) o contribuinte declara uma quantia (declaração) e deposita menos do que declarou. Nesse caso, cabe a Fazenda inscrever e cobrar o crédito não acobertado pelo depósito, sob pena de prescrião;
3) o contribuinte ajuiza a ação e deposita o montante que entende devido. Nesse caso, a única quantia formalizada é a depositada. como já se passou o prazo para lançar as diferenças – 5 anos do fato gerador (pois houve pagamento, ainda que a menor), o IPI é devido (mesmo não tendo havido auto de infração – foi formalizado com o depósito pelo contribuinte – é a quantia incontroversa a ser levantada em caso de improcedência – Lei 9703) e o montante a ser cobrado, convertido em renda, é o montante depositado, pois não cabe mais lançamento suplementar (ERA ISSO QUE O EXAMINADOR QUERIA);
Enfim, embora mal formulado, entendo que a questão está em consonância com o entendimento PACÍFICO do STJ a respeito da matéria!!!
jorge

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