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DIREITO TRIBUTÁRIO - COMENTADAS

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@ G U I A D A O A B
Questões para
TRIBUTÁRIO
Comentadas
 
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1 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 01 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Lucas, menor de oito anos de idade, é proprietário de um imóvel (recebido por herança de seu avô), o qual 
foi alugado por seus pais, João e Maria, representando-o. Contudo, o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Urbana (IPTU) referente a este imóvel não está sendo pago pelo locatário, conforme havia sido 
pactuado no contrato de locação. 
Em razão do inadimplemento, foi enviada notificação de lançamento do crédito tributário em nome de 
Lucas como devedor do tributo, para seu domicílio tributário, a fim de que pagasse o débito. A notificação 
foi recebida via Correios por seus pais, que residem junto com seu filho. Os pais, por entenderem que esta 
obrigação era do locatário, recusam-se a pagar. O Fisco Municipal está agora a cobrar judicialmente o valor 
da dívida de IPTU. Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Lucas, embora absolutamente incapaz, pode figurar como contribuinte devedor do IPTU, inclusive 
podendo constar seu nome na notificação de lançamento do crédito tributário. 
B) Em razão da menoridade de Lucas, apenas seus pais serão considerados contribuintes deste IPTU. 
C) Lucas e seus pais são contribuintes do IPTU, mas os bens dos pais devem ser executados antes dos bens 
de Lucas. 
D) Lucas é o contribuinte do IPTU, sendo o locatário o responsável tributário pelo pagamento do mesmo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Com base no enunciado é correto afirmar que Lucas, embora absolutamente incapaz, pode figurar como 
contribuinte devedor do IPTU, inclusive podendo constar seu nome na notificação de lançamento do crédito 
tributário. 
 
O artigo 126, I, do CTN dispõe que: 
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I - Da capacidade civil das pessoas naturais; 
 
Ou seja, apesar de Lucas ser absolutamente incapaz, ele poderá figurar como contribuinte do IPTU, inclusive 
podendo constar seu nome na notificação de lançamento do crédito tributário. 
 
O locatário não é responsável tributário. 
 
Apesar de ser uma prática comum convencionar no contrato de aluguel que o responsável pelo IPTU é o 
inquilino, essa imposição NÃO pode ser imputada à Fazenda, eis que se trata de convenção particular. Em 
caso de débito, a Fazenda irá executar O PROPRIETÁRIO, que é o real legitimado passivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 02 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
João e José constituíram uma sociedade empresária por quotas de responsabilidade limitada com capital 
social de R$ 50.000,00, sem optarem pelo regime tributário do Simples Nacional, para formalmente 
exercerem a atividade de comércio varejista de fogos de artifício (considerada atividade de alto risco e 
periculosidade), sendo ambos residentes e domiciliados no Distrito Federal, mesmo local onde será 
instalado seu estabelecimento. 
Surpreendidos com a exigência do pagamento de uma Taxa de Licenciamento e Alvará calculada em função 
do capital social da sociedade empresária, indagam a você, como advogado(a), se a referida taxa é 
realmente devida. 
Diante deste cenário, a referida taxa, tal como prevista, 
 
A) não é devida, pois o Distrito Federal não possui competência tributária para a sua cobrança. 
B) não é devida, pois não poderia ser calculada em função do capital social da empresa. 
C) é devida, por ter como fato gerador o exercício regular do poder de polícia distrital sobre atividades 
econômicas exercidas em seu território, especialmente as de alto risco e periculosidade. 
D) é devida, por ter como fato gerador a utilização efetiva de serviço público, específico e divisível, prestado 
ao contribuinte. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Com base no enunciado é correto afirmar que a taxa não é devida, pois não poderia ser calculada em função 
do capital social da empresa. 
 
Art. 77, parágrafo único do CTN: 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a 
imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 03 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Depois de citado em Ação de Execução Fiscal movida pelo Estado Alfa, João não pagou o crédito tributário 
constante da Certidão de Dívida Ativa no valor de R$ 100.000,00 e nem ofereceu voluntariamente qualquer 
bem para garantir a execução. 
Em seguida, foi decretada e cumprida a penhora on line em dinheiro do valor total cobrado, que foi 
encontrado em uma de suas contas bancárias, constrição realizada através do SISBAJUD. 
João, por seu advogado(a), pretende oferecer em sua defesa os Embargos do Devedor, dentro do prazo 
legal. Para tal, ele terá 30 (trinta) dias para oferecer os Embargos do Devedor, contados 
 
A) da sua citação para oferecer os Embargos do Devedor. 
B) do despacho do juiz que deferiu a inicial da ação de execução fiscal. 
C) da efetiva intimação da penhora. 
D) da juntada aos autos do mandado de intimação da penhora devidamente cumprido. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Com base no enunciado é correto afirmar que ele terá 30 (trinta) dias para oferecer os Embargos do Devedor, 
contados da efetiva intimação da penhora. 
 
Lei nº 6.830/80: 
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: 
I - Do depósito; 
II - Da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; 
III - Da intimação da penhora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 04 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária ABCJ Ltda., surpreendida com a notificação de um auto de infração da Secretaria 
da Fazenda do Município Alfa cobrando o Imposto sobre Serviços (ISS) dos anos de 2020 a 2022, e diante 
da urgência em obter certidões para participar de uma concorrência para a contratação de serviços de 
limpeza no hospital municipal, ajuizou uma ação anulatória e requereu uma tutela antecipada para 
suspender a exigibilidade do crédito tributário, que foi deferida pelo juiz. 
Como não possuía qualquer outro débito perante a Fazenda Municipal, requereu àquela repartição 
administrativa uma certidão fiscal. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A obtenção da decisão judicial suspendendo a exigibilidade do crédito tributário em cobrança não tem 
efeito na esfera administrativa tributária e por isso a sociedade empresária não terá direito à certidão 
pretendida. 
B) Com a decisão que suspendeu a exigibilidade do crédito tributário, a sociedade empresária terá direito a 
obter uma Certidão Negativa (CN). 
C) Não possuindo qualquer outro débito perante a Fazenda Municipal e graças à decisão quesuspendeu a 
exigibilidade do crédito tributário, a sociedade empresária terá direito a uma Certidão Positiva com Efeitos 
de Negativa (CEPEN). 
D) Para obter a certidão fiscal pretendida, a sociedade empresária terá que depositar judicialmente o 
montante em cobrança, independentemente da referida decisão obtida. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Com base no enunciado é correto afirmar que não possuindo qualquer outro débito perante a Fazenda 
Municipal e graças à decisão que suspendeu a exigibilidade do crédito tributário, a sociedade empresária 
terá direito a uma Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (CEPEN). 
 
Fundamento: Arts. 151, v, 205 e 206 todos da lei nº 5.172/1966, vejamos: 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento. 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por 
certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações 
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período 
a que se refere o pedido. 
 Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de 
créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja 
exigibilidade esteja suspensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 05 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
A instituição assistencial sem fins lucrativos Quero-Te-Bem, apesar de atender há muitos anos a todos os 
requisitos legais e constitucionais para ter direito ao seu enquadramento como detentora da imunidade 
tributária de impostos das entidades beneficentes de assistência social (Art. 150, inciso VI, alínea c, da 
CRFB/88), foi surpreendida, em dezembro de 2022, com uma notificação de lançamento tributário 
referente ao Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) dos anos de 2018 a 2021. 
Ao consultar seu advogado, este solicita todos os livros contábeis, documentos societários e demais 
certidões, todos desde a sua constituição, a fim de desconstituir judicialmente a cobrança, com o auxílio 
de parecer de empresa de auditoria e de perito judicial a serem indicados e produzidos como meios de 
provas no processo. Diante desse cenário, assinale a opção que indica a medida judicial cabível. 
 
A) Mandado de Segurança repressivo. 
B) Ação Anulatória de Débito Fiscal. 
C) Ação Declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. 
D) Medida Cautelar Fiscal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Com base no enunciado é correto afirmar que a medida judicial indicada é a Ação Anulatória de Débito Fiscal. 
 
Fundamento: Art. 38 da lei nº 6.830/1980: 
Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta 
Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato 
declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido 
e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 06 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
Uma ação de execução fiscal foi movida pela União em face de João para cobrança de crédito tributário 
referente ao Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF) dos exercícios de 2019 e 2020, conforme 
Certidão de Dívida Ativa (CDA) regularmente juntada. Na mesma data em que recebeu a citação enviada 
pelo correio com aviso de recepção, o executado entrou em contato com seu advogado, constituindo-o 
para defender os seus interesses. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A citação é inválida, pois deveria ter sido realizada exclusivamente por oficial de justiça ou por edital. 
B) Ao ser citado, João terá 5 dias para apresentar a sua contestação. 
C) Citado, João poderá, dentro do prazo legal, pagar a dívida com os acréscimos devidos ou garantir a 
execução. 
D) No prazo de 30 dias contados da citação, João poderá oferecer embargos à execução. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Analisando por alternativas: 
 
Alternativa A: 
A citação feita pelo correio é válida, nos termos do art. 8º, I, da Lei nº 6.830/80. 
 
Alternativa B: 
João, após citado, terá o prazo de 5 dias para pagar a dívida com os acréscimos devidos ou garantir a execução 
(art. 8º da Lei n. 6.830/80). 
 
Alternativa C: 
Nas ações de execução fiscal o executado será citado para, no prazo de 5 dias, pagar a dívida com os juros e 
multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução (art. 8º da Lei n. 
6.830/80). 
 
Alternativa D: 
João, após citado, terá o prazo de 5 dias para pagar a dívida com os acréscimos devidos ou garantir a execução 
(art. 8º da Lei n. 6.830/80). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 07 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
Em 10 de maio de 2020, a sociedade empresária ABC Ltda. sofre fiscalização federal e, ao final, é autuada 
em R$ 100.000,00, além de multa e respectivos encargos, a título de Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) devido referente ao exercício de 2019, por omissão do envio mensal das informações 
fiscais em DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais -, bem como por falta de pagamento 
daquele imposto. Em 20 de junho de 2020, a empresa recebe notificação de pagamento no prazo de 30 
dias. Você, como advogado(a) da sociedade empresária, é chamado(a) para defender os interesses da 
empresa nesse processo no mesmo dia da notificação, pretendendo adotar providências logo no dia 
seguinte e refletindo sobre a possibilidade de adotar o mecanismo da denúncia espontânea prevista no 
Código Tributário Nacional (CTN). 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Poderá ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea, já que ainda não foi ajuizada a ação de 
execução fiscal. 
B) Poderá ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea, já que ainda se está dentro do prazo de 
pagamento. 
C) Não poderá mais ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a infração. 
D) Não poderá mais ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea, pois o limite legal para adoção deste 
benefício é de 40 salários mínimos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Analisando por alternativas: 
 
Alternativa A: 
Não pode ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea uma vez que já houve o início do procedimento 
administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a infração (art. 138, parágrafo único, do CTN). 
 
Alternativa B: 
Não pode ser adotado o mecanismo de denúncia espontânea uma vez que já houve o início do procedimento 
administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a infração (art. 138, parágrafo único, do CTN). 
 
Alternativa C: 
Pela denúncia espontânea a responsabilidade pela infração éexcluída, ou seja, a multa é dispensada. Para 
que isso ocorra, no entanto, o contribuinte deve confessar a prática da infração, realizar o pagamento do 
tributo e dos juros, além do que não pode ter havido qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização. Nos termos do art. 138, parágrafo único, do CTN, “não se considera espontânea a denúncia 
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados 
com a infração”. 
 
Alternativa D: 
A denúncia espontânea não pode ser admitida pois já houve o início de procedimento administrativo ou 
medida de fiscalização relacionados com a infração (art. 138, parágrafo único, do CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 08 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
O Município Beta, após realizar uma grande obra pública de recuperação, ampliação e melhoramentos da 
praça central do bairro Gama, custeada com recursos próprios, no valor de quinhentos mil reais, e que 
promoveu uma valorização dos imóveis apenas nesse bairro, decidiu cobrar uma contribuição de melhoria. 
O referido tributo, instituído mediante lei ordinária específica, foi cobrado de todos os 5 mil proprietários 
de imóveis privados daquela cidade, em um valor fixo de 200 reais para cada um. José, advogado e morador 
do bairro Delta, bastante distante do bairro Gama, se insurge contra a referida contribuição de melhoria. 
Diante desse cenário, a referida contribuição de melhoria 
 
A) foi corretamente instituída, pois decorre de previsão legal específica, tendo como fato gerador a obra 
pública realizada. 
B) foi corretamente instituída, pois respeitou o princípio da igualdade tributária ao adotar o mesmo valor 
para todos os contribuintes da cidade. 
C) foi incorretamente instituída, por ter atingido imóveis que não se valorizaram por decorrência da obra 
pública e por ter cobrado valor cujo somatório é superior ao custeio da obra. 
D) foi incorretamente instituída, pois só pode ser cobrada nos casos em que a obra pública seja 
exclusivamente para abertura, alargamento, pavimentação ou iluminação de vias públicas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Analisando por alternativas: 
 
Alternativa A: 
A contribuição de melhoria atingiu imóveis que não se valorizaram por decorrência da obra pública, motivo 
pelo qual foi incorretamente instituída. 
 
Alternativa B: 
Não se aplica, no caso, o princípio da igualdade tributária, uma vez que a contribuição de melhoria só pode 
atingir imóveis que se valorizaram por decorrência da obra pública realizada. 
 
Alternativa C: 
A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81 do CTN). Além disso, um dos requisitos a serem 
observados para instituição da contribuição de melhoria é a delimitação da zona beneficiada (art. 82, I, “d”, 
do CTN). 
 
Alternativa D: 
A contribuição de melhoria pode ser instituída para fazer face ao custo de quaisquer obras públicas, desde 
que decorra valorização imobiliária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 09 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
A Secretaria da Receita Federal do Brasil lavrou, em 2022, auto de infração de um milhão de reais em face 
da sociedade empresária Maçã Ltda. por não ter recolhido o Imposto de Importação (II) e a Contribuição 
Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) referentes ao ano de 2021, incidentes sobre a comercialização de livros 
eletrônicos (e-books) por ela importados e comercializados no país. O departamento jurídico da sociedade 
autuada contrata você, como advogado(a), para emitir parecer para fundamentar sua defesa. Diante desse 
cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O II e a CSLL são indevidos, pois os livros eletrônicos (e-books) se enquadram na imunidade tributária dos 
livros. 
B) Apenas o II é indevido, pois os livros eletrônicos (e-books) se enquadram na imunidade tributária dos 
livros. 
C) Apenas a CSLL é indevida, pois os livros eletrônicos (e-books) se enquadram na imunidade tributária dos 
livros. 
D) O II e a CSLL são devidos, pois os livros eletrônicos (e-books) não se enquadram na imunidade tributária 
dos livros. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Analisando por alternativas: 
 
Alternativa A: 
Apenas o II é indevido, conforme comentário à alternativa B. 
 
Alternativa B: 
O STF decidiu, por unanimidade, que livros eletrônicos são alcançados pela imunidade de impostos prevista 
no art. 150, inciso VI, alínea “d”, da CF/88 (REs 330817 e 595676). 
 
Alternativa C: 
A imunidade tributária dos livros alcança os impostos (art. 150, inciso VI, alínea “d”, da CF/88), mas não se 
aplica aos casos de contribuição social. 
 
Alternativa D: 
O STF decidiu, por unanimidade, que livros eletrônicos são alcançados pela imunidade de impostos prevista 
no art. 150, inciso VI, alínea “d”, da CF/88 (REs 330817 e 595676). No entanto, essa imunidade tributária não 
se aplica aos casos de contribuição social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 10 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
A Assembleia Legislativa do Estado Beta irá votar, em 2022, um projeto de lei ordinária para a criação de 
sua própria contribuição social previdenciária, para custeio do regime próprio de previdência social 
estadual, a ser cobrada dos seus servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas. Antes, porém, 
submete o referido projeto de lei ordinária para análise da Comissão de Constituição e Justiça daquela 
Casa Legislativa, para emissão de parecer sobre a constitucionalidade daquele tributo. 
Diante desse cenário, a referida contribuição social previdenciária 
 
A) poderia ser criada por lei ordinária e ser cobrada de servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas. 
B) poderia ser criada por lei ordinária, mas só poderia ser cobrada de servidores ativos. 
C) não poderia ser criada por lei ordinária, mas poderia ser cobrada de servidores ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas. 
D) não poderia ser criada por lei ordinária e só poderia ser cobrada de servidores ativos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Analisando por alternativas: 
 
Alternativa A: 
Assim dispõe o art. 149, § 1º, da CF/88, verbis: “a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos 
servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com 
o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões”. 
 
Alternativa B: 
Poderia ser criada por lei ordinária e ser cobrada de servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas 
(vide comentário à alternativa A). 
 
Alternativa C: 
Poderia ser criada por lei ordinária, conforme dispõe o art. 149, § 1º, da CF/88. 
 
Alternativa D: 
Poderia ser criada por lei ordinária e poderia ser cobrada de servidores ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas (art. 149, § 1º, da CF/88). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Questões comentadas para OAB – Direito TributárioQUESTÃO 11 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
Marcelo, servidor do Estado X, verificando sua conta bancária, percebeu que houve a retenção a maior do 
imposto sobre a renda (IRRF) incidente sobre sua remuneração. Objetivando receber a quantia recolhida 
a maior de volta, Marcelo ajuizou ação de repetição de indébito, incluindo, no polo passivo, o Estado X. 
Sobre a hipótese descrita, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O imposto sobre a renda é um tributo de competência exclusiva da União, e, portanto, o polo passivo deve 
ser integrado pela União. 
B) Marcelo não possui legitimidade ativa para propor a ação de repetição de indébito, visto que não suportou 
o ônus tributário. 
C) Somente o Estado X tem legitimidade para figurar no polo passivo da ação de restituição de indébito do 
imposto sobre a renda retido na fonte proposta por seus servidores. 
D) Tanto o Estado X quanto a União deveriam figurar solidariamente no polo passivo da ação de repetição de 
indébito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Os Estados da Federação são partes legítimas para figurar como parte nas ações propostas por servidores 
públicos estaduais que visam o reconhecimento do direito à isenção ou à repetição do indébito relativo ao 
imposto de renda (IR) retido na fonte. 
 
Este é o entendimento pacífico da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o tema e deve 
orientar o julgamento dos demais processos que envolvam a questão, conforme o que determina a aplicada 
pelo Tribunal. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 
 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente 
na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que 
instituírem e mantiverem; 
 
Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na 
fonte proposta por seus servidores. (SÚMULA 447, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 
13/05/2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 12 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
A empresa pública estadual XYZ S.A., com imunidade tributária que a desonera do pagamento de Imposto 
sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) reconhecida desde o ano de 2020 por decisão do Supremo Tribunal 
Federal transitada em julgado, deixou de cumprir diversas obrigações acessórias relativas ao IRPJ referente 
ao ano-base de 2021. 
Em decorrência disso, foi autuada e recebeu multa pelo descumprimento de obrigações tributárias 
acessórias. A empresa procura você, como advogado(a), indagando sobre a validade da exigência desta 
penalidade pecuniária, uma vez que sua imunidade já foi reconhecida. 
Diante desse cenário, sobre a autuação fiscal e a respectiva cobrança de multa, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) São inválidas e ilegais, por inexistir a obrigação tributária principal, e aplica-se a regra de que a obrigação 
acessória segue a obrigação principal. 
B) São válidas e legais, porque o descumprimento da obrigação acessória, mesmo por empresa imune, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
C) Só poderiam ser exigidas caso a imunidade tributária daquela empresa não fosse reconhecida ou revogada. 
D) São inválidas e ilegais, porque a imunidade tributária veda, também, a exigência de cumprimento de 
obrigações acessórias. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Havendo descumprimento da obrigação acessória, ela se converte em principal relativamente à penalidade 
pecuniária, o que significa dizer que a sanção imposta ao inadimplemento é uma multa, que, como tal, 
constitui uma obrigação principal, sendo exigida e cobrada através dos mesmos mecanismos aplicados ao 
tributo. 
 
CTN: 
 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 13 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Comércio de Roupas ABC Ltda. deixou passar o prazo para a interposição dos 
embargos à execução em ação de execução fiscal ajuizada em agosto de 2021, relativa à cobrança de PIS e 
COFINS do período de janeiro a março do ano de 2010 não declarados nem pagos, objetos de lançamentos 
de ofício ocorridos em dezembro de 2014 e não impugnados. 
Sabendo que a sociedade pretende apresentar uma Exceção de Pré-Executividade visando a afastar a 
exigibilidade e extinguir a ação de cobrança, seu advogado, como argumento cabível para esta defesa, 
poderá requerer 
 
A) o arrolamento de testemunhas (ex-funcionários) para comprovar que não teria havido vendas no período 
alegado como fato gerador. 
B) a realização de perícia contábil dos seus livros fiscais para comprovar que não teria havido faturamento 
no período alegado como fato gerador. 
C) o reconhecimento da prescrição do crédito tributário apenas pela análise dos prazos de lançamento e 
cobrança judicial. 
D) a juntada da declaração de imposto sobre a renda da pessoa jurídica e a escrituração contábil do exercício 
fiscal do período alegado como fato gerador para comprovar que a sociedade empresarial teria tido prejuízo 
e, por isso, não teria ocorrido o fato gerador das contribuições sociais objeto da cobrança. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Já o prazo prescricional é o intervalo de tempo em que a Fazenda poderá realizar a ação de execução fiscal, 
após esse prazo o crédito não mais poderá ser cobrado. 
 
 Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua 
constituição definitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 14 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
O Estado Alfa concedeu por lei ordinária, observadas as regras orçamentárias, isenção de IPVA para 
automóveis exclusivamente elétricos, fundamentando que a tributação possui uma importante função 
extrafiscal e objetivos ecológicos. 
José é proprietário de um automóvel registrado perante o DETRAN do Estado Alfa, movido a biogás, 
combustível considerado inovador e não poluente, produzido a partir de resíduos orgânicos como lixo, 
cana, biomassa etc. e refinado em biometano para abastecer carros. 
Desejando José obter para si o mesmo benefício fiscal dos carros elétricos, ele contrata você, como 
advogado(a), para fins de requerimento administrativo da isenção. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É possível a concessão do benefício fiscal por analogia e interpretação extensiva aos automóveis movidos 
a combustível de biogás. 
B) É possível a concessão do benefício fiscal, tendo em vista a função extrafiscal e o objetivo ecológio do 
combustível de biogás. 
C) Não é possível a concessão do benefício fiscal aos automóveis movidos a biogás, pois deve ser interpretada 
literalmente a legislação que dispõe sobre a outorga de isenção. 
D) Não é possível a concessão do benefício fiscal aos automóveis movidos a biogás, tendo em vista ser 
necessário comprovar os benefícios ecológicos por meio de perícia técnica, procedimento vedado na esfera 
administrativa. 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacionale institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, 
Estados e Municípios. 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
II - Outorga de isenção; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 15 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária ABC Ltda. foi criada em janeiro de 2020 e estabelecida no município Alfa. É 
especializada em recauchutagem de pneus, atividade na qual o cliente entrega os pneus do seu automóvel 
ao estabelecimento para que esses passem por um complexo processo de recuperação da borracha e de 
sua forma (raspagem, colagem, vulcanização etc.), transformando o pneu velho e desgastado em um pneu 
novo para uso do respectivo cliente em seu automóvel. 
Antes de iniciar suas atividades, ainda na fase de regularização fiscal, você é chamado(a) para emitir 
parecer sobre qual imposto incidirá naquela operação. 
Diante desse cenário, incidirá 
 
A) o Imposto sobre Serviços (ISS), uma vez que a atividade da sociedade empresária é realizada por 
encomenda do proprietário do automóvel, dono dos pneus. 
B) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma vez que, na operação descrita, os pneus 
são considerados mercadorias. 
C) o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), uma vez que, na operação descrita, há um processo de 
industrialização na recauchutagem dos pneus, na espécie transformação. 
D) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma vez que, nessa operação, os pneus são 
considerados mercadorias, acrescido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), uma vez que há um 
processo de industrialização na operação. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
 LEI COMPLEMENTAR Nº 116/2003 - ISSQN 
 
Art.1º - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se 
constituam como atividade preponderante do prestador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 16 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Maria recebeu de seu tio, em 2019, a posse de um automóvel de alto valor para facilitar seu transporte até 
a faculdade. Em 2020, seu tio resolveu realizar, em favor de Maria, a doação do automóvel, sob condição 
suspensiva, por escritura pública. O evento previsto na condição era o de que Maria se formasse na 
faculdade até o fim do ano de 2021. Contudo, ela abandona a faculdade, escoando o ano de 2021 sem que 
se formasse. 
Diante desse cenário, à luz do CTN, o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 
 
A) é devido na data de efetiva transferência da posse do automóvel. 
B) é devido na data de efetiva lavratura da escritura pública de doação. 
C) não é devido, por se tratar de doação de bem móvel. 
D) não é devido, pois a doação não se tornou perfeita e acabada em virtude da ausência do implemento do 
evento previsto na condição. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A questão segue o disposto no CTN no tocante aos efeitos jurídico-tributários de negócios condicionais: 
 
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou 
negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: 
I - Sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; 
II - Sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. 
 
Nesse sentido: 
 
(...) em se tratando de negócios jurídicos condicionais, considera-se ocorrido o fato gerador: 
 
a) sendo a condição suspensiva (evento futuro e incerto, de cuja realização se faz depender os efeitos do 
ato), no momento de seu implemento, vale dizer, no momento em que se realiza a condição. Por exemplo: 
doação condicionada a um casamento. 
 
b) sendo a condição resolutória (evento futuro e incerto, de cuja realização se faz decorrer o desfazimento 
do ato), desde que o ato ou negócio jurídico foi celebrado, sendo, neste caso, inteiramente irrelevante a 
condição. Por exemplo: fim de casamento provoca o desfazimento da doação, a qual foi feita sob a condição 
de o donatário se casar (SABBAG, 2015, p. 710). 
 
No caso analisado, não houve a conclusão da situação definida como fato gerador do ITCMD, qual seja, a 
doação, em virtude da ausência do implemento do evento previsto na condição instituída pelo tio de Maria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 17 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Projeto de lei ordinária municipal deseja criar tributo para custear a prestação do serviço público de 
iluminação das vias e logradouros públicos do Município Alfa. O projeto prevê também que o tributo será 
cobrado na fatura de consumo de energia elétrica. 
Diante deste cenário, o tributo a ser criado poderá ser 
 
A) a taxa de iluminação pública, mas sua arrecadação não pode ser feita na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
B) a contribuição de iluminação pública e sua arrecadação pode ser feita na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
C) a taxa de iluminação pública e sua arrecadação pode ser feita na fatura de consumo de energia elétrica. 
D) a contribuição de iluminação pública, mas sua arrecadação não pode ser feita na fatura de consumo de 
energia elétrica. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Para resolver a questão é necessário conhecer o enunciado da súmula vinculante nº 41, que diz: "O serviço 
de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa." 
 
A título de explicação, as taxas só podem ser instituídas para custeio de serviços públicos ESPECÍFICOS e 
DIVISÍVEIS. O serviço de iluminação pública não atende a esses requisitos, já que não é possível mensurar o 
quanto cada pessoa utilizou da iluminação vinda de postes públicos; assim, este serviço enquadra-se como 
geral e indivisível (uti universi). 
 
Sabendo disso, já era possível excluir as alternativas A e C. Seguindo, para resolver a questão bastava lembrar 
do art. 149-A da CF, abaixo transcrito, ou, desconhecendo tal artigo, puxar na memória que na conta de 
energia vem uma cobrança relativa ao custeio da iluminação pública: 
 
CF, Art.149-A: Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de 
energia elétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 18 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Pequenos produtores rurais do interior do Estado Alfa vendem sua produção de leite para uma indústria 
de laticínios localizada no Município Beta, no mesmo Estado. Por determinação em lei do Estado Alfa, fica 
atribuída a tal indústria a responsabilidade tributária pelo pagamento do ICMS vinculado ao fato gerador 
da etapa de circulação da mercadoria dos pequenos produtores rurais para a indústria (excluindo-se a 
responsabilidade dos contribuintes produtores rurais). 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.A) A indústria é substituta tributária no âmbito de uma substituição tributária regressiva (substituição “para 
trás”). 
B) A indústria é substituta tributária no âmbito de uma substituição tributária progressiva (substituição “para 
frente”). 
C) A indústria realiza um fato gerador presumido. 
D) A indústria realiza um fato gerador fictício. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: Vamos partir do pressuposto de uma cadeia de produção. Por exemplo: LEITE. 
O leite é produzido pelo seu João, ruralista da região de mungunzá de perobinha, que cuida muito bem de 
suas vacas leiteiras pois fazem com que elas durmam ao som de Amado Batista. Ele tira o leite de suas vacas 
e revende para a indústria leite do bom, que aplica os processos químicos no leite tornando-o apto para o 
consumo. Por fim, a indústria leite do bom revende esse leite para os supermercados que farão a venda para 
o consumidor final. Nessa cadeia de comando, em suas etapas, podem incidir diversos FATOS GERADORES 
para o recolhimento de tributo. Para que não seja necessário ficar recolhendo o tributo devido aos poucos, 
a lei atribui à um dos membros dessa cadeia de produção a responsabilidade tributária, sendo esse membro 
o substituto dos demais membros, ficando responsável por recolher o tributo devido de uma só vez, ainda 
que haja diversos fatos geradores, como manda o Artigo 128 do Código Tributário Nacional. 
 
Ainda imersos neste tema, existem duas modalidades de substituição tributária: PARA FRENTE e PARA TRÁS. 
Essas duas modalidades serão determinadas pelo FATO GERADOR. Vejamos: 
 
PARA FRENTE: O substituto tributário será a Mãe Diná. Ele ficará responsável pelo recolhimento do imposto 
por fatos geradores que ainda não ocorreram e que ocorrerão. 
PARA TRÁS: O substituto tributário vai pagar assumir um filho que não é dele, isto é, ficará responsável pelo 
recolhimento do imposto por fatos geradores que já ocorreram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 19 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
José e João eram sócios da Sociedade Empresária XYZ Ltda. entre os anos de 2017 e 2019, cada um com 
50% do capital social e poderes de administração. 
Em janeiro de 2020, João se retira regularmente da sociedade, alienando suas cotas sociais para Joaquim, 
passando este a exercer a gestão juntamente com José. Em novembro de 2021 é ajuizada uma ação de 
execução fiscal contra a Sociedade Empresarial XYZ Ltda. para a cobrança de um crédito tributário relativo 
a fato gerador ocorrido no ano de 2018. No momento da citação, verifica-se que a empresa havia sido 
dissolvida irregularmente poucos meses antes, não possuindo mais bens. 
O procurador responsável pela ação decide requerer o redirecionamento da execução fiscal. 
Diante deste cenário e à Luz do CTN, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Apenas José e João respondem solidariamente em caso de redirecionamento da execução fiscal por 
dissolução irregular da sociedade. 
B) Apenas José responderá pessoalmente em caso de redirecionamento da execução fiscal por dissolução 
irregular da sociedade. 
C) Apenas a Sociedade Empresária XYZ Ltda. responderá pela dívida tributária, não sendo possível o 
redirecionamento da execução fiscal por dissolução irregular da socidade. 
D) Apenas José e Joaquim respondem pessoalmente em caso de redirecionamento da execução fiscal por 
dissolução irregular. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Para a solução da questão, valemo-nos da jurisprudência do STJ (Tema 981): 
 
À luz do art. 135, III, do CTN, o pedido de redirecionamento da Execução Fiscal, quando fundado na hipótese 
de dissolução irregular da sociedade empresária executada ou de presunção de sua ocorrência (Súmula 
435/STJ), pode ser autorizado contra: (i) o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em 
que configurada a sua dissolução irregular ou a presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), e que, 
concomitantemente, tenha exercido poderes de gerência, na data em que ocorrido o fato gerador da 
obrigação tributária não adimplida; ou (ii) o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em 
que configurada a sua dissolução irregular ou a presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), ainda que 
não tenha exercido poderes de gerência, na data em que ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido. 
 
Apenas Joaquim e José figuravam como sócios durante a dissolução irregular da empresa. Portanto, de 
acordo com a atual jurisprudência, apenas José e Joaquim respondem pessoalmente em caso de 
redirecionamento da execução fiscal por dissolução irregular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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20 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 20 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
O Município X, desejando fomentar os pequenos negócios de tinturaria e lavanderia na cidade (item 14.10 
da lista anexa à Lei Complementar 116/2003), editou, em 2018, Lei Ordinária que fixou a alíquota do 
Imposto sobre Serviços (ISS) em 1,5% sobre o preço desses serviços. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A referida alíquota de ISS não poderia ser fixada por lei ordinária, mas sim por lei complementar municipal. 
B) A referida alíquota de ISS foi fixada sobre base de cálculo equivocada, pois não deveria incidir sobre o 
preço do serviço. 
C) A referida alíquota de ISS não viola a alíquota mínima geral de ISS estabelecida em lei complementar 
federal, pois os serviços de tinturaria e lavanderia constituem uma das hipóteses de exceção à regra geral de 
alíquota mínima. 
D) A referida alíquota de ISS viola a alíquota mínima geral de ISS estabelecida em lei complementar federal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A alíquota de 1,5% viola a alíquota mínima geral de ISS estabelecida em lei complementar federal, que é de 
2% (Lei Complementar nº 116/2003): 
 
Art. 8º As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza são as seguintes: 
II – Demais serviços, 5% (cinco por cento). 
 
Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 21 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Panificadora Pães Fofos Ltda., tendo como sócio administrador José, alienou seu fundo de comércio à 
Panificadora Flor de Lisboa Ltda., deixando de atuar comercialmente. Contudo, 9 meses após a alienação 
do fundo de comércio, a Panificadora Pães Fofos Ltda. alugou um novo ponto comercial e retornou às 
atividades de panificação. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A Panificadora Flor de Lisboa Ltda. responde, integralmente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, 
devidos até à data do ato de aquisição. 
B) Ambas as panificadoras respondem, solidariamente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos 
até à data do ato de aquisição. 
C) A Panificadora Pães Fofos Ltda. responde, subsidiariamente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, 
devidos até à data do ato de aquisição. 
D) A Panificadora Pães Fofos Ltda. e José, seu sócio administrador, respondem, subsidiariamente, pelos 
tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Letra “A” correta. Diante desse cenário, é correto afirmar que a Panificadora Flor de Lisboa Ltda. responde, 
integralmente,pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. Para 
responder à questão temos que ter conhecimento do art. 133 e incisos do CTN, vejamos: 
 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de 
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob 
a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo 
ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
 
I - Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
 
II - Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a 
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
(Grifos nossos) 
 
Panificadora Pães Fofos Ltda parou por 09 meses sua atividade antes de recomeçar às atividades de 
panificação, logo não poderá responder pelos tributos devidos da alienação, vide inciso II do art. 133 do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 22 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Em 10/11/2020, foi publicada lei ordinária federal que majorava a alíquota de contribuição previdenciária 
a ser cobrada do empregador, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos 
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
Diante desse cenário, a nova alíquota poderá ser aplicada 
 
A) a partir da data da publicação da lei. 
B) noventa dias a contar da data da publicação da lei. 
C) a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte. 
D) a partir de noventa dias contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A Emenda Constitucional nº 42/2003 também instituiu uma nova regra a ser observada concomitantemente 
na instituição ou aumento de tributos: ficou proibida a cobrança de tributos antes de decorridos 90 (noventa) 
dias da data em que a lei que os instituiu ou aumentou foi publicada. Portanto, além da anterioridade quanto 
ao exercício, também deve ser respeitada a anterioridade de 90 dias. 
 
Assim, deve-se observar o princípio da anterioridade quanto ao exercício e ao prazo de 90 dias, observadas 
as exceções que constam da própria Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 23 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Lei municipal específica instituiu contribuição de melhoria para custeio de pavimentação asfáltica 
integralmente custeada pelo ente público na Rua ABC, localizada no Município X. Finalizada a obra e 
seguido o devido procedimento previsto na legislação para cálculo e cobrança deste tributo, Lucas, 
proprietário de imóvel substancialmente valorizado em decorrência da obra, recebeu notificação, em 
01/06/2021, para pagamento do tributo até 30/06/2021. Contudo, nem pagou nem impugnou o débito 
tributário. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O prazo decadencial para constituição deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir 
da data de 01/06/2021. 
B) O prazo decadencial para constituição deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir 
da data de 30/06/2021. 
C) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da 
data de 01/06/2021. 
D) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir 
da data de 30/06/2021. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
O STJ promoveu uma releitura da parte final do art. 174 do CTN, posto que, até o último dia estabelecido 
para o vencimento, é assegurado ao contribuinte realizar o recolhimento voluntário, sem qualquer outro 
ônus, por meio das agências bancárias autorizadas ou até mesmo pela internet, ficando em mora tão 
somente a partir do dia seguinte. 
Desse modo, tem-se que a pretensão executória da Fazenda Pública (actio nata) somente surge no dia 
seguinte à data estipulada para o vencimento do tributo. 
No caso em análise, a data estipulada para o vencimento consiste em 30 de junho de 2021, razão pela qual 
a pretensão executória inicia-se no dia 01 de julho de 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 24 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
A Assembleia Legislativa do Estado Alfa, castigado por chuvas torrenciais que causaram graves enchentes, 
aprovou lei complementar estadual de iniciativa parlamentar que instituiu empréstimo compulsório sobre 
a aquisição de veículos automotores no território estadual, vinculando os recursos obtidos ao combate dos 
efeitos das enchentes. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A iniciativa da lei que instituiu o empréstimo compulsório é privativa do chefe do Poder Executivo. 
B) O empréstimo compulsório necessita de lei complementar estadual para sua instituição. 
C) O Estado não pode instituir empréstimos compulsórios. 
D) A vinculação da receita de empréstimos compulsórios é inconstitucional. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Segundo o texto constitucional, em seu art. 148, somente a União, mediante lei complementar, poderá 
instituir a cobrança de empréstimos compulsórios. 
 
Portanto, o Estado Alfa não poderia ter instituído o referido empréstimo compulsório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 25 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Um carregamento de computadores foi abandonado no porto pelo importador, que não chegou a realizar 
o desembaraço aduaneiro dentro do prazo previsto na legislação tributária. Por isso, a autoridade 
tributária, após o devido processo legal, aplicou a pena de perdimento e realizou leilão para alienação dos 
computadores. 
Diante dessa situação, a base de cálculo do imposto sobre a importação incidente na hipótese será o valor 
 
A) de mercado dos bens. 
B) da arrematação. 
C) arbitrado pela autoridade tributária. 
D) estimado dos bens, deduzindo-se os custos com armazenagem e as comissões do leiloeiro público. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
O CTN, ao descrever a regra matriz de incidência tributária do imposto de importação, estabelece sua base 
de cálculo, isto é, seu critério quantitativo. Descreve ainda algumas situações nas quais serão consideradas 
bases de cálculo distintas, a depender do caso concreto. Conforme estabelecido na questão, houve a 
aplicação da pena de perdimento de bens, na qual a referida carga acabou sendo levada a leilão. Portanto, 
será considerada como base de cálculo: 
 
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: 
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 Questões comentadas para OAB – DireitoTributário 
QUESTÃO 26 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que 
instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; a quantia devida e a maneira de 
calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do decreto municipal em que está 
fundado; e a data em que foi inscrito. José oferece embargos à execução, atacando a CDA, que reputa 
incorreta. 
Diante desse cenário, José 
 
A) tem razão, pois cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos os requisitos 
obrigatoriamente exigidos por lei. 
B) tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está fundado. 
C) não tem razão, pois esta CDA goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez. 
D) não tem razão, pois esta CDA contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
1) Enunciado da questão 
A questão exige conhecimento sobre Certidão de Dívida Ativa (CDA). 
 
2) Base legal (Código Tributário Nacional) 
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará 
obrigatoriamente: 
I) o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou 
a residência de um e de outros; 
II) a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; 
III) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; 
IV) a data em que foi inscrita; 
V) sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. 
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da 
inscrição. 
 
3) Exame da questão e identificação da resposta 
José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. 
Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; 
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do 
decreto municipal em que está fundado; e a data em que foi inscrito. 
José oferece embargos à execução (defesa no processo de execução), atacando a CDA, que reputa incorreta. 
 
Diante desse cenário: 
a) Errado. José não tem razão, pois não cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos 
os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. Pelo contrário, cabe ao devedor, no caso José, demonstrar 
eventual ilegalidade na CDA ou irregularidade da própria petição de execução fiscal (cobrança do crédito 
tributário). 
 
b) Certo. José tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está 
fundado (e não o decreto municipal em que está fundado), nos termos do art. 202, inc. III, do CTN. 
 
c) Errado. A CDA não goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez, posto que o devedor 
pode comprovar ilegalidade na sua inscrição, tal como fez José na assertiva “b", ao argumentou que deveria 
constar o dispositivo de lei em que o crédito tributário estava fundado, o que não ocorreu. A CDA goza de 
presunção relativa de certeza e liquidez (presunção juris tantum). 
 
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27 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
 
d) Errado. A CDA não contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei, já que faltou mencionar 
o dispositivo de lei em que o crédito tributário estava fundado, bem como o número do processo 
administrativo de que se originou, nos termos do art. 202, incs. III e V, do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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28 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 27 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Decretado estado de calamidade pública financeira, o Presidente da República edita Medida Provisória 
(MP), instituindo, temporariamente, imposto extraordinário, incidente sobre os serviços de qualquer 
natureza, a ser suprimido, gradativamente, no prazo máximo de 5 (cinco) anos. Em seu último parágrafo, 
a MP prevê que entra em vigor e passa a gerar efeitos a partir da sua publicação, o que se dá em 
20/12/2019. 
Assinale a opção que apresenta o vício da referida Medida Provisória, tal como editada. 
 
A) À Lei Complementar, e não a uma MP, cabe instituir impostos extraordinários. 
B) A instituição de impostos extraordinários só é permitida na iminência ou no caso de guerra externa. 
C) À União é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou. 
D) A referida MP viola a competência constitucional privativa dos Municípios para instituir impostos sobre 
serviços de qualquer natureza. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
a) O Imposto Extraordinário de Guerra (IEG) não é instituído mediante lei complementar, e sim por Lei 
Ordinária; 
b) O art. 154, II, da CF/88 trata do chamado Imposto Extraordinário de Guerra (IEG) . A União pode, na 
iminência ou no caso de guerra externa, instituir Imposto Extraordinário de Guerra (IEG), estando ou não 
compreendidos dentro de sua competência tributária. Atenção: na hipótese do inciso II, dispensa-se lei 
complementar devido à urgência da situação de guerra externa. 
c) Não há impedimento, vide comentário anterior. 
d) Em razão da gravidade circunstancial, a União pode invadir as demais competências (dos Estados, DF e 
Municípios). 
 
Exemplo: o ICMS é um tributo estadual. No caso de guerra, pode a União instituir ICMS extraordinário de 
guerra, invadindo, assim, a competência tributária dos estados. 
 
Trata-se de um bis in idem autorizado pela CF/88, porque o fato gerador de um determinado imposto 
estadual ou municipal ensejará o pagamento do imposto ordinário e do imposto guerra, instituído pela 
União. Eis um caso de bitributação autorizada, uma vez que se tem pessoas jurídicas diversas cobrando o 
mesmo tributo por fato gerador idêntico, porém, com destinações diferentes. 
 
ATENÇÃO: 
Empréstimo compulsório: temporário, restituível; lei complementar; receita vinculada; 
Imposto Extraordinário de Guerra: não restituível; lei ordinária; receita não vinculada. Obs.: A ideia desse 
imposto é implementar a receita do Estado que está gastando muito com o esforço de guerra, para que 
outros serviços públicos não sejam afetados pela falta de recursos. 
 
Legislação: 
CRFB/88, Art. 154. A União poderá instituir: 
 I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os 
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 
 
 
 
 
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29 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 28 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Rodrigo, em janeiro de 2018, objetivando melhorar o seu inglês, mudou-se para a Austrália para realizar 
um intercâmbio de 5 (cinco) meses, sem, contudo, prestar qualquer tipo de informação à Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. 
Durante o seu intercâmbio, precisando aumentar sua renda, Rodrigo prestou alguns serviços no exterior, 
recebendo por mês o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) 
ao longo dos cinco meses. Tais valores foramtributados na Austrália. 
Em abril do ano seguinte, Rodrigo questiona você sobre se deve declarar tais rendimentos à Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, para fins de apuração do Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF). 
Sobre a hipótese formulada e considerando que o Brasil não possui convenção internacional com a 
Austrália para evitar a bitributação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Como os rendimentos foram obtidos no exterior, o Fisco Federal não possui competência para cobrá-los; 
sendo assim, Rodrigo não deve declará-los. 
B) Como os rendimentos foram tributados no exterior, Rodrigo não deve declará-los, sob pena de 
bitributação. 
C) Rodrigo não está obrigado a declarar e recolher o IRPF, uma vez que os rendimentos obtidos no exterior 
estão alcançados por imunidade. 
D) Os rendimentos de Rodrigo deverão ser declarados e tributados, uma vez que, tratando-se de residente 
fiscal no Brasil, a tributação do imposto sobre a renda independe da origem dos rendimentos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Artigo 43 CTN 
 
No que tange ao imposto de renda, o brasileiro que vai para o exterior com a intenção de permanecer por 
mais de 12 meses fora do Brasil, ou quando são completados 12 meses consecutivos, ainda que seja 
temporário, é indispensável preencher a declaração de saída definitiva, devendo ser entregue até o último 
dia de fevereiro do ano subsequente ao da saída definitiva, ao governo brasileiro, sob pena de multa. Se não 
entregar esse documento, mesmo morando fora do Brasil, SERÁ NECESSÁRIO DECLARAR O IMPOSTO DE 
RENDA! 
 
No caso apresentado, ele permaneceu por 5 meses na Austrália, portanto, ainda é considerado residente no 
Brasil. 
 
Em relação ao valor recebido de R$ 100.000,00 ao longo dos 5 meses, chegou a ultrapassar o limite de 
R$28.559,70, para fins de isenção de imposto de renda. 
 
Mesmo sendo tributado na Austrália, os rendimentos do Rodrigo deverão ser declarados e tributados no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 29 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Maria Silva, que, durante sua vida, foi domiciliada no Distrito Federal, faleceu deixando um apartamento 
no Rio de Janeiro e um automóvel que, embora registrado no DETRAN do Amazonas, atualmente está em 
uso por um de seus herdeiros no Ceará. O inventário está em curso no Distrito Federal. 
Quanto ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD devido, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O ITCMD referente ao apartamento compete ao Distrito Federal, local onde o inventário está sendo 
processado. 
B) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Ceará, local onde o bem está sendo usado. 
C) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Distrito Federal, local onde o inventário está sendo 
processado. 
D) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Amazonas, local onde o bem está registrado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A competência para o recolhimento do ITCMD dependerá da natureza do bem. 
Imóvel - Estado em que o imóvel está localizado (lembra do CPC? imóvel, competência absoluta… segue essa 
mesma lógica que você acerta). 
 
Móvel: 
Doação: Domicílio do Doador (DDD) 
Morte: você não lembra? Inventa uai! (Local onde se processa o inventário) 
Pato, mas e se o doador tiver domicílio no exterior ou a morte ocorrer fora do país? LC irá regulamentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 30 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Quitutes da Vó Ltda. teve sua falência decretada, tendo dívidas de obrigação 
tributária principal relativas a tributos e multas, dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de 
trabalho, bem como dívidas civis com garantia real. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O crédito tributário de obrigação principal tem preferência sobre as dívidas civis com garantia real. 
B) A dívida decorrente de acidente de trabalho tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação 
principal. 
C) O crédito tributário decorrente de multas tem preferência sobre a dívida de R$ 300.000,00 decorrente de 
acidente de trabalho. 
D) O crédito relativo às multas tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua 
constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
 Parágrafo único. Na falência: 
 I – O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de 
restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem 
gravado; 
 II – A lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação 
do trabalho; e 
 III – A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em 
falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, 
na seguinte ordem: 
 I - União; 
 II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; 
 III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
 
STF 2021: Não é compatível com a Constituição Federal de 1988 a preferência da União em relação a Estados, 
municípios e ao DF na cobrança judicial de créditos da dívida ativa. Com este fundamento, o plenário do STF 
cancelou o verbete 563 da Corte, que previa o concurso de preferência entre os entes federativos para 
execuções fiscais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 31 - (V EXAME DE ORDEM) 
 
Determinada Lei Municipal, publicada em 17/01/2011, fixou o aumento das multas e alíquotas relativo aos 
fatos jurídicos tributáveis e ilícitos pertinentes ao ISS daquele ente federativo. Considerando que 
determinado contribuinte tenha sido autuado pela autoridade administrativa local em 23/12/2010, em 
razão da falta de pagamento do ISS dos meses de abril de 2010 a novembro de 2010, assinale a alternativa 
correta a respeito de como se procederia a aplicação da legislação tributária para a situação em tela. 
 
a) Seriam mantidas as alíquotas nos valores previstos na data do fato gerador e as multas seriam aplicadas 
nos valores previstos de acordo com a nova lei. 
b) Seriam aplicadas as alíquotas e multas nos valores previstos de acordo com a nova lei. 
c) Seriam mantidas as alíquotas e multas nos valores previstos na data do fato gerador. 
d) Seriam aplicadas as alíquotas previstas na lei nova e as multas seriam aplicadas nos valores previstos na 
data do fato gerador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra c. 
 
a) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. 
b) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. 
c) Certa. Como a nova lei aumento as alíquotas e multas não haverá retroatividade da lei tributário a fatos 
pretéritos sendo aplicada a lei da data do fato gerador. Art. 150 III a CF. 
d) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. 
 
 
QUESTÃO 32 - (V EXAME DE ORDEM) 
 
No exercício de 1995, um contribuinte deixou de recolher determinado tributo. Na ocasião, a lei impunha 
a multa moratória de 30% do valor do débito. Em 1997,houve alteração legislativa, que reduziu a multa 
moratória para 20%. O contribuinte recebeu, em 1998, notificação para pagamento do débito, acrescido 
da multa moratória de 30%. A exigência está 
 
a) correta, pois o princípio da irretroatividade veda a aplicação retroagente da lei tributária. 
b) errada, pois a aplicação retroativa da lei é regra geral no direito tributário. 
c) errada, pois aplica-se retroativamente a lei que defina penalidade menos severa ao contribuinte. 
d) correta, pois aplica-se a lei vigente à época de ocorrência do fato gerador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra c. 
 
a) Errada. No caso de redução de multa com processo em curso haverá retroatividade da lei. 
b) Errada. A retroatividade da lei é medida excepcional e não regra. 
c) Certa. Art. 106 II c CTN. 
d) Errada. Aplica-se a nova lei que reduziu a penalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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33 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 33 - (V EXAME DE ORDEM) 
 
A obrigação tributária principal tem por objeto 
 
a) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
b) a escrituração de livros contábeis. 
c) a inscrição da pessoa jurídica junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. 
d) a prestação de informações tributárias perante a autoridade fiscal competente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra a. 
 
a) Certa. Art. 113 § 1o CTN. Obrigação tributária principal e uma obrigação em pagar tributos e penalidades. 
b) Errada. Art. 113 § 2o CTN. Obrigação tributária acessória é uma obrigação de fazer ou não fazer, uma 
prestação positiva ou negativa. 
c) Errada. Art. 113 § 2o CTN. 
d) Errada. Art. 113 § 2o CTN. 
 
 
QUESTÃO 35 - (VI EXAME DE ORDEM) 
 
Em cumprimento de diligência na sede da gráfica Impressões Beta, empresa beneficiária de imunidade 
quanto aos impostos incidentes sobre sua atividade de impressão de periódicos, fiscais da Fazenda 
Estadual apreenderam notas e livros fiscais, sem terem apresentado mandado judicial com a previsão da 
medida. 
Com base no cenário acima, assinale a alternativa correta no que tange à conduta dos agentes do Fisco. 
 
a) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, conformando ato regular de fiscalização, representando um 
poder-dever da Administração. 
b) A ação é ilegal, pois a legislação que rege a fiscalização tributária não se aplica àqueles que gozam de 
imunidade tributária. 
c) A ação é ilegal, pois, para o cumprimento da diligência, era imprescindível a apresentação de mandado 
judicial. 
d) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, já que a função de fiscalização é ilimitada, tendo em vista a 
supremacia do interesse público. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra a. 
 
a) Certa. O fisco no exercício de seu poder de polícia poderá apreender notas fiscais, livros sem a necessidade 
de autorização judicial como medida de fiscalização. 
b) Errada. Inclusive que possui imunidade ou isenção deverá ser fiscalizado quanto ao cumprimento das 
obrigações acessórias. 
c) Errada. Por ser ato regular do exercício de poder de policial é dispensável a autorização judicial. 
d) Errada. A função de fiscalização deve ser pautada pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade 
sob pena de se tornar arbitrário. 
 
 
 
 
 
 
 
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34 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 35 - (VII EXAME DE ORDEM) 
 
A Lei X, promulgada em 20 de outubro de 2008, determinou a majoração do ISS. Já a Lei Y, promulgada em 
16 de novembro de 2009, reduziu o ICMS de serviços de telecomunicação. Por fim, o Decreto Z, de 8 de 
dezembro de 2007, elevou o IOF para compras no exterior. 
Diante dessas hipóteses, é correto afirmar que 
 
a) o ISS poderá ser cobrado somente quando decorridos 90 dias da publicação da Lei X, ao passo que os novos 
valores do ICMS e do IOF poderão ser cobrados a partir da publicação dos diplomas legais que os 
implementaram. 
b) todos os impostos mencionados no enunciado somente poderão ser cobrados no exercício financeiro 
seguinte à publicação do diploma legal que os alterou por força do princípio da anterioridade. 
c) na hipótese do enunciado, tanto o ISS como o ICMS estão sujeitos ao princípio da anterioridade 
nonagesimal, considerada garantia individual do contribuinte cuja violação causa o vício da 
inconstitucionalidade. 
d) o IOF, imposto de cunho nitidamente extrafiscal, em relação ao princípio da anterioridade, está sujeito 
apenas à anterioridade nonagesimal, o que significa que bastam 90 dias da publicação do decreto que alterou 
sua alíquota para que possa ser cobrado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra a. 
 
a) Certa. O ISS deve obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Dessa forma, como a lei 
que determinou a majoração do ISS foi editada em 20 de outubro de 2008 a mesma só poderá produzir 
efeitos após 90 dias de sua edição por ser a data mais distante e benéfica ao contribuinte. Com relação a 
redução do ICMS esta poderá ocorrer de imediato uma vez que a aplicação dos princípios da anterioridade 
anual e nonagesimal ocorre para os casos de instituição e majoração dos tributos e não para os casos de 
redução. Por fim, com relação ao IOF este poderá ser cobrado de imediato tendo vista ser exceção a ambos 
os princípios em decorrência de seu caráter extrafiscal – Art. 150 § 1o da CF. 
b) Errada. Explicação do item A. 
c) Errada. Explicação do item A. 
d) Errada. Explicação do item A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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35 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário 
QUESTÃO 36 - (X EXAME DE ORDEM) 
 
Suponha que determinada Medida Provisória editada pela Presidenta da República, em 29/09/2012, 
estabeleça, entre outras providências, o aumento para as diversas faixas de alíquotas previstas na 
legislação aplicável ao imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, com base no sistema tributário 
nacional, tal Medida Provisória 
 
a) não violaria o princípio da legalidade e produzirá efeitos a partir da data de sua publicação. 
b) violaria o princípio da legalidade, por ser incompatível com o processo legislativo previsto na Constituição 
Federal/88. 
c) não violaria o princípio da legalidade e produzirá efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a partir da 
data de sua publicação. 
d) não violaria o princípio da legalidade e só produzirá efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro 
subsequente à data de sua conversão em lei. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra d. 
 
a) Errada. Só produz efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte a data da conversão da 
Medida Provisória em lei. 
b) Errada. Não há violação ao princípio da legalidade tendo em vista que Medida Provisória pode legislar em 
matéria de Lei Ordinária como é o caso do IR. 
c) Errada. Só produz efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte a data da conversão da 
Medida Provisória em lei. 
d) Certa. Art. 62 § 2o da CF. 
 
 
QUESTÃO 37 - (XI EXAME DE ORDEM) 
 
Assinale a alternativa que indica os impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato do Poder 
Executivo, observados os parâmetros legais. 
 
a) Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural (ITR). 
b) Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). 
c) Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre Grandes 
Fortunas (IGF). 
d) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre 
a Importação (II). 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra d. 
 
a) Errada. O IR e o ITR somente podem ter as alíquotas alteradas por meio de Lei Ordinária. 
b) Errada. O

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