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* Fisiologia Cardiovascular Profª Thayse Neves S. Silva * Introdução transporte de gases transporte de nutrientes transporte de resíduos metabólicos: transporte de hormônios intercâmbio de materiais transporte de calor distribuição de mecanismos de defesa coagulação sangüínea * Estrutura e Fisiologia Geral do Coração * Componentes a) coração; b) vasos arteriais (sistema vascular arterial); c) sistema tubular trocador (microcirculação); d) vasos venosos (sistema vascular venoso); e) vasos linfáticos (sistema vascular linfático). * Propriedades funcionais Excitabilidade Automatismo Condutibilidade Contratilidade Distensibilidade (Lusitropismo) * Excitabilidade É a capacidade que o músculo cardíaco tem de responder a determinados estímulos, gerando potenciais de ação e fazendo com que as miofibrilas do músculo se contraiam de acordo com o estímulo. O coração pode ser excitado por: estímulos elétricos mecânicos Químico térmicos. * Automatismo A atividade elétrica do coração O coração é um órgão auto-excitável (despolarização espontânea) pois não precisa de qualquer estímulo externo (nervoso ou outro) para se contrair. * Potencial de ação Retardo da transmissão do impulso elétrico do átrio ao ventrículo * A auto-excitação das fibras especializadas é influenciada por modificação: na concentração de íons, na temperatura no sistema nervoso autonômico: simpático – adrenalina e parassimpático – acetilcolina. * Condutibilidade As células miocárdicas possuem característica funcional de condutibilidade, isto é, são capazes de transmitir um estímulo gerado em uma parte do coração para o resto do miocárdio * Gap junctions * Contratilidade A contratilidade é uma resposta da fibra cardíaca a um estímulo * Potencial de ação * Excitabilidade versus contratilidade o coração tem sua capacidade máxima de bombeamento de grandes quantidades de sangue nas freqüências cardíacas compreendidas entre 100 a 150 bat/min ( em seres humanos ). Se a freqüência cardíaca se elevar acima de um nível crítico, a própria força de contração do coração diminui, além disso, o período da diástole entre as contrações pode ficar tão diminuído que o sangue não tempo para fluir adequadamente dos átrios para os ventrículos. * O ciclo cardíaco * Ciclo cardíaco: SÍSTOLE A sístole possui duas fases: 1.Contração isovolúmica: (1ª bulha=fechamento da Mitral) há um aumento na tensão ventricular não ocorre ejeção de sangue, as válvulas semilunares estão fechadas. 2.Ejeção: as válvulas semilunares se abrem sangue é ejetado durante a contração ventricular * Ciclo cardíaco: DIÁSTOLE A diástole possui quatro fases: 1.Relaxamento isovolúmico:(2ª bulha= fechamento da v. Ao) o ventrículo relaxa mas não ocorre entrada de sangue, as válvulas AV estão fechadas. 2.Enchimento rápido: (3ª bulha) ocorre abertura das válvulas AV o sangue acumulado nos átrios durante a sístole enche os ventrículos 3.Enchimento lento: fase de enchimento lento dos ventrículos, visto que o sangue flui diretamente das veias para os ventrículos 4.Sístole atrial: (4ª bulha=contração VIGOROSA x relaxamento atrial/PATOLÓGICA) última fase da diástole, os átrios se contraem para completar o enchimento ventricular * O ciclo cardíaco 2ª bulha 1ª bulha 3ª bulha 4ª bulha SÍSTOLE DIÁSTOLE Enchimento lento/sístole atrial Contração isovolúmica Ejeção Relaxamento isovolúmico Enchimento rápido * CIRCUITO CARDIOVASCULAR débito cardíaco(DC): é a intensidade ou velocidade/min pela qual o sangue é bombeado por qualquer dos ventrículos. DCVE = DCVD retorno venoso(RV): é a intensidade ou velocidade pela qual o sangue retorna aos átrios através das veias. RVE=RVD * * HEMODINÂMICA O termo hemodinâmica designa os princípios que governam o fluxo sangüíneo no sistema cardiovascular. Conceitos de fluxo, pressão, resistência e capacitância ao fluxo sangüíneo para o coração e do coração aos vasos sangüíneos. * Tipos de vasos sanguíneos * * HEMODINÂMICA Tipos e características dos vasos sangüíneos: Artérias: paredes grossas tecido elástico volume de sangue pressão Arteríolas: desenvolvimento de músculo liso resistência inervado por fibras nervosas simpáticas * HEMODINÂMICA Arteríolas: - receptores - adrenérgicos cutâneo esplâncnico - receptores - adrenérgicos - receptores colinérgicos muscarínicos músculo esquelético * HEMODINÂMICA Capilares - parede delgada/ local de troca - a perfusão nos capilares ocorre dependendo das necessidades metabólicas perfusão seletiva dilatação ou constrição * HEMODINÂMICA Vênulas e veias: - paredes finas - menos tecido elástico que as artérias capacitância - maior porcentagem de sangue de todo sistema cardiovascular - volume de sangue submetido pressão * * HEMODINÂMICA Velocidade do fluxo sangüíneo: É a velocidade com que o sangue se desloca por unidade de tempo. v = Q/A Relações entre fluxo sangüíneo, pressão e resistência: Q = P/R * HEMODINÂMICA Resistência ao fluxo de sangue: Os vasos sangüíneos e o próprio sangue compõem a resistência ao fluxo sangüíneo. A relação entre a resistência, diâmetro dos vasos sangüíneos e a viscosidade do sangue é descrita pela equação de Poiseuille: R= 8l r4 * HEMODINÂMICA Fluxo laminar: - idealmente no sistema cardiovascular o fluxo de sangue é laminar. - no fluxo laminar existe perfil parabólico de velocidade em um vaso sangüíneo, e a velocidade do fluxo é máxima no centro do vaso e mínima junto à parede vascular * * * HEMODINÂMICA Circulação: Lei da pressão: é máxima nas artérias, cai bruscamente nos capilares e diminui mais nas veias, é mínima nos átrios. - Lei da velocidade: a velocidade com a qual o sangue se desloca no interior dos vasos depende da amplitude do leito vascular. * HEMODINÂMICA Complacência dos vasos sangüíneos: A complacência ou capacitância de um vaso sangüíneo descreve o volume de sangue que este vaso pode conter sob determinada pressão. C= V/P * * HEMODINÂMICA Pressões no sistema cardiovascular: - as pressões não são iguais em todo o sistema - para o sangue fluir deve existir uma força propulsora diferença de pressão entre o coração e vasos sangüíneos * * EDEMA AGUDO DE PULMÃO infarto agudo do miocárdio crise hipertensiva, ICC descompensada estenose mitral severa A pressão capilar pulmonar normal está em torno de 8-10 mmHg. Na vigência do EAP ela atinge 25-30 mmHg. MECANISMOS Aumento da pressão hidrostática capilar Alteração da permeabilidade alvéolo-capilar Redução da pressão caloidosmótica do plasma Alteração da drenagem linfática Elevação da pressão negativa intersticial * RX DO TÓRAX * * * * HEMODINÂMICA Pressão arterial na circulação sistêmica: Embora a pressão arterial média seja alta e constante existem oscilações ou pulsações. pulsações atividade pulsátil do coração sístole diástole * HEMODINÂMICA Pressão sistólica: é a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria após o sangue ter sido ejetado pelo ventrículo esquerdo. DEPENDE DO DÉBITO CARDÍACO * HEMODINÂMICA Pressão diastólica: é a mais baixa pressão arterial que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria durante o relaxamento. DEPENDE DA RVP * HEMODINÂMICA Pressão de pulso: é a diferença entre as pressões sistólicas e diastólicas. Pode ser usada com indicador do débito sistólico. PRESSÃO DE PULSO= PAS-PAD * HEMODINÂMICA Pressão arterial média: é a média das pressões durante o ciclo cardíaco. PAM = (2PAD + PAS)/3 * * HEMODINÂMICA Estenose aórtica: se a válvula aórtica sofrer uma estenose o sangue a ser ejetado pelo ventrículo esquerdo será menor. - débito sistólico - pressão sistólica - pressão de pulso - pressão arterial média * Pré-carga É a pressão que distende a parede ventricular durante a diástole (pressão diastólica ventricular final) e é determinada pelo retorno venoso Venodilatação periférica aumenta a capacitância venosa e reduz o retorno venoso e a pré-carga Diminuindo o retorno venoso também reduz o volume diastólico ventricular final o qual reduz a tensão da parede ventricular (Lei de Laplace: Tensão=PressãoXRaio) ANGINA – Fatores que afetam a demanda de O2 * Pós-carga É a resistência contra a qual o ventrículo precisa bombear Diminuindo a resistência arteriolar periférica reduz o trabalho cardíaco e, portanto, o consumo de oxigênio ANGINA – Fatores que afetam a demanda de O2 * Lei da pressão A pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos depende da descarga de sangue do coração por unidade de tempo (débito cardíaco) e da resistência que se opõe a esta circulação (RVP): PA = DC x RVP * * Mecanismos reguladores da PA Controle neural Controle renal hemodinâmico Controle hormonal Controle miogênico inibição da adevisidade e agregação plaquetárias * BAROCEPTORES * Centro desacelerador Centro acelerador Centro vasoconstrictor * Medida da PA PAS: PAD: * Controle renal * * Óxido Nítrico Liberação de NO pelo endotélio; O VLDL e LDL depositam colesterol (CH) e, numa situação de stress tecidual, aumenta o VO2 das células lisas musculares, aumentando a formação de radicais livres de O2 (RLO); Os RLO provocam a oxidação deste colesterol no espaço subendotelial gerando sinais quimiotáxicos (sinais químicos à distância); Os sinais quimitáxicos atraem monócitos (cél. sangüíneas). Estes últimos modificam-se em macrófagos que geram mais quimiotaxia inibindo a NOsintase provocando vasoconstrição e o surgimento de moléculas de adesão. Os macrófagos modificam-se em “FOAM CELLS” (células espumosas) que deformam o endotélio com a formação do ateroma. * Válvulas cardíacas Função: - mitral - aórtica - tricúspide - pulmonar A-V SEMI-LUNARES * Valvulopatias Estenose aórtica ou pulmonar: Hipertrofia aumento MVO2 disfunção miocárdica- hipertrofia concêntrica Estenose mitral ou tricúspide: Hipertrofia menos intensa Dilatação dos átrios/ aumento das pressões venosas retrógradas ECOCARDIOGRAFIA / CATETERISMO CARDÍACO * Estenose mitral Fusão das comissuras (Ca) Evolue para insuficiência Aumento do AE e o VE normal Congestão pulmonar: dispnéia (paroxística), ortopnéia, aumento da RVP, PAP, hempotise, evoluir para ICC direita e FA * Estenose aórtica Caráter mais congênito, mas pode ser da FR. 3x mais em H Associado com lesão mitral Aumento da PSVE, hipertrofia concêntrica, tenta manter DC (N) Estágios mais tardios: Aumento pressão Mim, MVO2, diminue fluxo coronariano, angina, síncope e morte súbita. * Estenose tricúspide Lesão rara de etiologia reumática, que não ocorre isoladamente. Pode congênitas Mais comum em M, sintomas meia-idade Dependem das anormalidades da mitral Ocorre: hipertrofia e aumento da pressão do AD Sintomas: fadiga, hepatomegalia, edema periférico, abdomem, diminuição do DC * Estenose pulmonar Geralmente congênito Sintomas: dispnéia, fadiga, cianose. Podem ser assintomáticos se o VD mantiver um DC normal por hipertrofia. Pode surgir insuficiência VD Dilatação por catéter balão * Febre reumática Crianças ( 5 a 15 anos) Faringite / Resposta imune / Nódulos miocárdio ( Aschoff) Manifestações : febre, artralgia, coréia, eritema, nódulos subcutâneos, cardite Preferencialmente : MITRAL, AÓRTICA, TRICÚSPIDE E PULMONAR Próteses valvulares Mecânicas e biológicas Riscos: endocardite / tromboembolismo * RC nas valvulopatias Dependerá : grau de disfunção miocárdica e pneumopatia Fase 1: decúbitos elevados, O2 suplementar, VNI ICC (D) pior que ICC (E) Evitar esportes competitivos, orientar exercícios livres, grandes grupos mm, em intensidades que não produzam sintomas * Orientações do Consenso EM leve/ritmo sinusal: at. física sem restrições EM leve/FA/moderada/PAP< 50: at. física de baixa intensidade estática e dinâmica EM mod/FA/PAP-50a80 : at. baixa a moderada intensidade estática e baixa dinâmica EM grave/ PAP>80 : restrição absoluta EA leve: qualquer atividade EA mod ( síncope): at. baixa nível de intensidade estática e dinâmica EA grave: CI atividade física * Todas as fibras pertencentes ao sistema condutor do coração são passíveis de auto-excitação, despolarizando espontaneamente. No entanto, nem todas elas possuem igual automatismo, o que acarreta em uma hierarquia no automatismo cardíaco: a fibra com capacidade de se despolarizar mais rapidamente irá assumir a função de marcapasso cardíaco, impondo ritmicidade ao batimento cardíaco. Este papel é assumido pelo nodo sinusal. * 0 - Abertura dos canais rápidos de Na+ (o Na+ entra rapidamente na célula, elevando o potencial de membrana) 1 - Abertura dos canais de K+ (o K+ sai da célula, repolarizando-a) 2 - Os canais lentos de Ca+2, que começaram a se abrir lentamente em -60 a -50 mV, abrem-se por completo, permitindo a saída do íon cálcio e interrompendo a queda do potencial causada pela saída de íons K+ 3 - Os canais lentos de Ca+2 se fecham e a saída de K+ leva o potencial de volta ao valor normal de repouso 4 - Os canais de K+ se fecham e a membrana permanece no seu potencial de repouso 3 ª Bulha Cardíaca Você está escutando um exemplo típico de uma terceira bulha, ou B3. Logo após segunda bulha ou B2, o fechamento das valvas semilunares, as valvas atrioventriculares abrem-se e a diástole começa.A fase tardia da diástole é dividida em várias subfases,sendo a primeira durante o enchimento rápido, onde 80% do sangue armazenado nos átrios durante a sístole é transferido ao ventrículos. Ao término desta fase, aproximadamente 140-160 msec depois de B2, um B3 pode ser ouvido se o volume que foi transferido é anormalmente grande, como em uma insuficiência mitral. Pode ser visto como um som que é gerado quando o ventrículo é forçado a dilatar-se além de sua gama normal devido a uma sobrecarga de volume no átrio. Um B3 normalmente é ouvido melhor com a campânula do estetoscópio colocado no apêndice xifóide enquanto o paciente estiver na posição de decúbito lateral esquerdo. A presença de um terceira bulha é geralmente normal nas crianças e adultos jovens, mas é patológico acima dos 40 anos. Uma boa forma de se lembrar da cadência e patologia subjacente de uma B3 é: TUM TA ta TUM TA ta B1 B2 B3 B1 B2 B3 Tente repetir a seqüência anterior no ritmo que você ouve agora. Compare à quarta bulha do coração. A presença de um terceira bulha é geralmente normal nas crianças e adultos jovens, mas é patológico acima dos 40 anos. Uma boa forma de se lembrar da cadência e patologia subjacente de uma B3 é: TUM TA ta TUM TA ta B1 B2 B3 B1 B2 B3 4ª Bulha Cardíaca Você está escutando um exemplo típico do quarta bulha, ou B4. A fase tardia da diástole é marcada pela contração atrial, onde os 20% finais do volume sanguíneo atrial são entregues aos ventriculos. Se o ventriculo é resistente e não-complascente, como em uma hipertrofia ventricular gerada por hipertensão de longa duração, a onda de pressão gerada com a contração atrial produz a quarta bulha. Esta é melhor audível com a campânula do estetoscópio no ápice. Uma forma de se lembrar da cadência e patologia de S4 é: tá-TUM TÁ tá-TUM TÁ S4 S1 S2 S4 S1 S2 Pratique dizendo esta seqüência em voz quando ouvir este ritmo Compare à terceira bulha cardíaca * * A pressão capilar pulmonar normal está em torno de 8 mmHg. Na vigência do EAP ela atinge 25-30 mmHg. * *
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