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AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO I Aula 04: Capilaridade, molhabilidade e compreensibilidade AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Conteúdo da aula 1. Capilaridade aplicada aos meios porosos; • Pressão capilar; • Ascensão Capilar; 2. Molhabilidade dos fluidos nos grãos sólidos dos reservatórios; • Tensão de adesão; 3. Compreensibilidade da formação; • Tipos; • Ordem de grandeza; • Compactação X Porosidade. AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Capilaridade Os fenômenos capilares resultam das atrações moleculares da massa fluída. As moléculas no interior do líquido sofrem atrações em todas as direções pelas moléculas em volta. Entretanto, na superfície, essa atração é desigual; Fenômenos são superficiais ou interfaciais em função dos tipos de fluídos: gás/líquido ou líquido/líquido; Moléculas próximas da interfase são atraídas de forma desigual dando origem a uma energia de superfície livre por unidade de área denominada tensão superficial ou interfacial (𝝈) que impede o rompimento da superfície; A força que tende a puxar uma superfície para o centro é a força capilar (Fc) e sendo por unidade de área é pressão capilar (pc). http://docplayer.com.br/173018-Mecanica-dos-fluidos.html • 1. Conceituação AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Capilaridade É a diferença entre a pressão entre os dois fluídos imiscíveis que estão em contato; A pressão capilar é inversamente proporcional ao raio de curvatura ou diretamente proporcional à curvatura da superfície ou interface dos dois fluídos imiscíveis. • Pc a pressão capilar e 𝜎 a tensão interfacial; • 𝑟₁ e r₂ raios de curvatura da superfície; • Esses raios poderão ser + ou – se medidos através do óleo ou da água respetivamente. http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/surten2.html#c • 1. Cálculo da pressão capilar. Equação de Plateau 𝑝𝑐 = 𝜎*1/𝑟₁ + 1/r₂ } http://docplayer.com.br/173018-Mecanica-dos-fluidos.html AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Capilaridade A distribuição dos fluídos no interior dos reservatórios de petróleo em parte tem relação com o comportamento dos poros como sendo vasos capilares; Nos vasos capilares, os fluídos atuam pela ação das tensões superficial e interfacial nas paredes; O ângulo de contato 𝜽 sendo menor do que 90º o fluído mais denso molha preferencialmente o sólido, e o fluído ascende é a ascensão capilar. docplayer.com.br/13867024-A-uma-gota-de-orvalho-... • 1. Ascensão Capilar AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Capilaridade No sistema óleo-água, os líquidos são imiscíveis, água molhando preferencialmente os poros que se comportam como capilares, haverá ascensão ou elevação dela no óleo; A altura dessa ascensão será proporcional à tensão interfacial desses fluídos e ao ângulo de contato 𝜽, e é proporcionalmente inversa à diferença das densidades dos fluídos e ao diâmetro do poro capilar. • 1. Ascensão capilar AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Molhabilidade É a tendência de um fluído de aderir à superfície de um sólido, em presença de outros fluídos imiscíveis. É uma medida sobre a qual fluído se adere preferencialmente à rocha; Essa tendência é medida de forma mais conveniente através do ângulo de contato (θ) que se mede no fluído ou líquido mais denso: • Ângulo <90º, o líquido mais denso molha o sólido; • Ângulo >90º, o líquido menos denso molha o sólido; Geralmente se distinguem duas fases: • Fase molhante aderida à rocha, usualmente a fase aquosa; • Fase não molhante, usualmente a fase orgânica: óleo e gás. http://www.pucrs.br/cepac/download/Eng_Reservatorio_CCS.pdf • 2. Conceituação AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Molhabilidade Discute-se se a maioria dos reservatórios de petróleo são molháveis à água, ao óleo ou tem molhabilidade intermediária; Como as rochas, reservatórios estão saturados com água conata ao receberam petróleo pelo processo de migração secundária. É provável que a molhabilidade à agua inicial se mantenha após concluída essa migração; A tensão de adesão (𝜎A = 𝜎s-𝜎w ) determina qual fluído 𝜎w molha preferencialmente o sólido 𝜎s; Molhabilidade e a tensão de adesão variam com os sólidos e com os fluídos envolvidos. Figura 2.27reproduzida de Adalberto J Rosa op. cit. em “saiba mais” • 2. Molhabilidade e Tensão de Adesão AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Molhabilidade A tensão de adesão (𝜎A = 𝜎s-𝜎w ) determina qual fluído 𝜎w molha preferencialmente o sólido 𝜎s; Molhabilidade e a tensão de adesão variam com os sólidos e com os fluídos envolvidos; A figura ao lado demostra essa variação em função fluídos X sólidos. Figura 2.28reproduzida de Adalberto J Rosa op. cit. em “saiba mais” • 2. Molhabilidade e Tensão de Adesão AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Molhabilidade Nos reservatórios de petróleo, a rocha é molhada pela água na presença do óleo e nunca pelo gás. Assim, a água estará nas paredes dos grãos, óleo e gás no interior dos poros, sendo o gás preferencialmente nas partes centrais dos poros, devido ao fato dele preferencialmente não molhar os grãos; Nos reservatórios de petróleo com grãos muito finos, a capilaridade dos poros pode ser heterogênea e os fenômenos de elevação da água podem resultar no contato gradacional ou zona de transição água e óleo ser espessa; A zona de transição do contato óleoe água pode alcançar dezenas de metros, explicada pelo fenômeno de capilaridade dos poros das rochas reservatórios. • 2. Grãos das rochas molhados e contato óleo água transicional AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Molhabilidade Mais frequente nos reservatórios de petróleo, a água molha os grãos de quartzo, visto que a água conata está nos poros antes da migração do óleo; Nos reservatórios de petróleo, raramente o óleo molhas os grãos, havendo interpretações de alteração da condição original; As figuras ao lado reproduzem essas duas situações. • 2. Grãos das rochas molhados Figura 2.33 e 2.34 reproduzida de Adalberto J Rosa op. cit. em “saiba mais” AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compreensibilidade Uma rocha com volume inicial V₁ é submetida a aumentos de pressão, isto é, a um processo de compreensão, e seu volume inicial sofre diminuição. ΔV ( V₁ – V₂ ) A variação percentual desse volume denomina-se: Variação Fracional = ΔV/V A compreensibilidade é definida através da seguinte expressão: 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞𝐞𝐧𝐬𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 = − 𝟏 𝑽 ∆𝑽 ∆𝑷 • 3. Conceituação V ₂>V₁ AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compreensibilidade Os poros de uma rocha reservatório estão cheios de fluídosque exercem pressão sobre as paredes da mesma; O volume dos poros é função da pressão interna; Ao retirar-se uma quantidade de fluídos do interior das rochas, a pressão cai e os poros reduzem de volume; A relação entre a Variação Fracional dos volumes dos poros e a Variação de Pressão é denominada Compressibilidade Efetiva da Formação, de interesse particular na Engenharia de Reservatórios: 𝒄𝒇 = ∆𝑽𝒑 𝑽𝒑 ÷ ∆𝑷 cf compreensibilidade da formação 𝑽𝒑 volume poroso inicial ∆𝑽𝒑 variação do volume poroso ∆𝑷 variação da pressão • 3. Conceituação AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compressibilidade da rocha, dos poros. Os fluídos produzidos esvaziam os espaços porosos e, com a variação da pressão interna da rocha, provocam modificações nos grãos, nos poros e até no volume total da rocha. Compreensibilidade da rocha Matriz: variação do volume do material sólido; Compreensibilidade Total da Rocha: ΔV variação do volume total da rocha; Compreensibilidade dos Poros: ∆𝑽𝒑 variação do volume poroso da rocha. Outra expressão da compreensibilidade efetiva ce levando-se em consideração a compressibilidade da formação cf , a compressibilidade da água cw e a saturação em que se encontra o fluído na rocha Swi: cewf = ( cwSwi + cf) / 1 - Swi • 3. Tipos de Compressibilidades por unidade de pressão AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compreensibilidade ordem de grandeza Arenito friável Cr = 1.5 x 10-⁴ 1/kg/cm² Arenito consolidado Cr = 5 x 10-⁵1/kg/cm² Nos reservatórios de gás, os efeitos da compressibilidade da rocha e da água são desprezíveis, pois gás tem compressibilidade muito maior do que da rocha e da água; Reservatórios anormalmente pressurizados quando a rocha é inconsolidada e portanto altamente compressível; Nesses reservatórios altamente pressurizados, a compressibilidade do gás é menor do que a usual. • 3.- Grandeza da Compreensibilidade nas Rochas Gradiente pressão kgf/cm²/m Compressibilidade rocha (kgf/cm²)-1 anormal 0,20 430 x 10ˉ ⁶ milhões normal 0,10 70 x 10 ˉ⁶ milhões AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compactação VS Porosidade As rochas sometidas à sobrecarga se compactam e reduzem sua porosidade . Essa compactação natural é maior nos folhelhos e consequentemente maior a diminuição da porosidade; Nos arenitos, essa compactação natural se limita até o contato dos grãos, e a porosidade também se limita. • 3. Compressibilidade das rochas pela compactação X porosidade Figura 2.4 reproduzida de Adalberto J Rosa op.cit. Em “saiba mais” AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compactação VS Porosidade Desde a deposição, o soterramento dos sedimentos vai exercendo compactação gradacional afetando a porosidade das rochas que se formam durante o processo de litificação ou diagênese. Outros eventos podem aliviar a tensão entre os poros: soerguimento do reservatórios por problemas tectônicos; erosão de estratos de superfície e sobre pressurização do fluído. Esses fenômenos levarão ao reservatório a outra condição, C na figura; Na extração de hidrocarbonetos há depleção do reservatório e a pressão de sobrecarga conduz à condição C’ da figura. • 3. Compactação das rochas no processo diagenetico Figura 3.12 reproduzida de L.P.Dake 0p.cit. Em “saiba mais” AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I Compressibilidade função T e P A compressibilidade dos fluídos depende da temperatura e da pressão do reservatório. A expansão dos fluídos no reservatório atua como força motriz de parte da energia primária que o reservatório possui; O gás tem compressibilidade muito maior do que o óleo e a água e se expande várias vezes em volume; Durante o processo de extração dos fluídos, o gás livre se expande ocupando volumes mesmo com quedas de pressão pequenas. • 3. Compressibilidades relativas Fonte Frank Jahn el ali em op.cit em “saiba mais” Compressibilidades relativas em (lb/in²)⁻¹ Cₒ = de 10 x 10⁻⁶ ate 20 x 10 ⁻⁶ Cw = de 3x10⁻⁶ ate 5x10⁻⁶ Gg = de 500x10⁻⁶ ate 1500x10⁻⁶ AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I DARKE, L. P. Lei de Darcy e suas aplicações. In: Engenharia de reservatórios. Fundamentos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. JAHN, Frank et ali. Introdução à Exploração e Produção de Hidrocarbonetos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. ROSA, Adalberto Jose et ali. Propriedades físicas das rochas. In: Engenharia de reservatórios de petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. Saiba mais Capilaridade. Molhabilidade, Compressibilidade. AULA 04: CAPILARIDADE, MOLHABILIDADE E COMPREENSIBILIDADE Engenharia de reservatórios de petróleo I VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Propriedades dos Fluídos; Diagramas de Fase P T; Diagramas PVT; AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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