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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL AULAS

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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Aula 1
CONCEITOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, CARÁTER, DEVER MORAL, DIREITOS HUMANOS
ÉTICA é uma área de concentração de origem filosófica que tem por fim estudar, refletir o sentido do agir humano.
O dicionário de Ética e Filosofia Moral a define da seguinte forma:
FILOSOFIA é uma das cinco leituras que se pode fazer do real ao lado do senso comum,da arte, da religião e da ciência. Sua importância consiste na capacidade de abstração, ou seja, na reflexão sobre os objetos no âmbito do pensamento. FILOSOFIA é uma forma de pensar que toma a razão como fundamento e analisa em que medida algo pode ser falso ou verdadeiro (lógica) , certo ou errado (ética), conhecido ou ideológico (teoria do conhecimento) , belo ou não (estética) , e por fim, em que medida a existência pode espelhar a essência.
ÉTICA é uma área de concentração de origem filosófica que tem por fim estudar, refletir o sentido do agir humano. A ÉTICA enquanto matéria filosófica busca compreender em que medida um ato é justo ou não, uma intenção é virtuosa ou não, ou mesmo em que consiste a virtude. Nesse sentido, a ÉTICA não nivela as pessoas, apenas pensa o sistema moral como válido ou não a partir de uma razão suficiente, ou seja, será que tal moral é universal ou apenas um produto determinado por implicações histórico –culturais? Os objetos morais como intenção do ato, consciência do ato, voluntariedade, conseqüências do ato.,etc, são elementos de investigação da ÉTICA porque são postos em suspensão para verificar a validade e a universalidade dos atos humanos.
A moral, como um conjunto de regras determinantes de condutas, é uma produção socialmente determinada pelo ambiente cultural, por isso é datada historicamente, pois o que foi válido ontem pode deixar de ser hoje vice-versa. Ao contrário da ÉTICA que é atemporal porque não estabelece uma tábua de valores, mas apenas discute essa mesma tábua de valores para se certificar de sua universalidade. 
A palavra ética vem do grego ethos. Ética Socrática? Ética Platônica?? Ética Aristotélica???
No berço da cultura ocidental, na Grécia Antiga, nasceu a denominada Ètica Socrática. Expressões hoje usadas por todos nós, como “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a Ti mesmo”, são de autoria de Sócrates, o pai da filosofia ocidental. 
Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma humana. A verdade vive oculta no espírito humano. Diluindo os próprios erros, é possível a cada ser descobri-la. A missão do filósofo seria conduzir os homens ao conhecimento. O moralista seria o parteiro da alma.
Platão, como discípulo de Sócrates, desenvolveu o pensamento do mestre. A Ética Platônica estabelece uma hierarquia entre as ideias e reserva o lugar supremo ao "bem".
A Ética Aristotélica, por sua vez, tem por objetivo descobrir o bem absoluto, denominando-o "felicidade". Aristóteles entendia que a felicidade estaria no exercício firme e constante da virtude. Para ele, o homem virtuoso é aquele que mergulha no desenvolvimento integral das suas faculdades. A virtude é, portanto, o justo meio entre dois vícios extremos.
Segundo Thiry-Cherques (2008):
Ética é a parte da filosofia que trata das questões morais, das ideias morais do cotidiano humano.
O papel da Ética é fundamentar a Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com os seus respectivos dogmas.
Assim, podemos concluir que Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom.
O objetivo da Ética é facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize.
Naturalmente, a ética existe em todas as sociedades, respeitando as especificidades de cada cultura.
MORAL
A exemplo de Thiry-Cherques, estabelecemos para o nosso estudo que:
Ethos do grego modo de ser. Mos, mores do latim significa costume, que é a prática de determinados atos, que tem como características = a generalidade, publicidade e continuidade isto é , deve ser praticado por todos os membros da sociedade , ser do conhecimento de todos e ser continuo.
Moral significa o agir consciente do dever e de acordo com os valores contemplados pela sociedade contemporânea, onde a ação se realiza.
Ética tem com objetivo avaliar os atos morais, considerando-os certos ou errados. Portanto a Moral é como agimos, e a Ética é a recomendação de como devemos agir.
Tanto o termo grego ethos , como o termo latino mores dizem respeito a costumes.
A MORAL consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas. 
“Entende-se por instinto simpáticos aqueles que aproximam o individuo dos outros”.
AUGUSTO COMTE , criador do positivismo, discípulo e colaborador de Saint-Simon, nascido em Montpelier, França, pode ser considerado não só filósofo como reformador social. A reforma que defende pressupõe, por sua vez, a reforma do saber, já que a sociedade se caracteriza exatamente pela etapa de desenvolvimento espiritual que atingiu. O termo “positivismo” deriva a lei 	dos três estados que Comte formula em sua teoria da história, designando as características globais da humanidade em seus períodos históricos básicos: o teológico, o metafísico e o positivo. A característica essencial do estado positivo é ter atingido a ciência, quando o espírito supera toda a especulação e toda a transcendência, definindo-se pela verificação e comprovação da leis que se originam na experiência. 
Comte é considerado um dos criadores da sociologia, procurando conciliar em sua proposta política da reforma social elementos da política conservadora, como a defesa da ordem, e da corrente liberal ou progressista, como a necessidade de progresso. Daí o famoso lema do positivismo comtiano, “o amor por principio, a ordem por base e o progresso por fim”, as idéias de Comte tiveram grande influência no Brasil na formação do pensamento republicano a partir da segunda metade do século XIX , e muitas das idéias positivistas foram incorporadas à Constituição Brasileira de (1850). 
È interessante o que diz Piaget:
Toda moral é um sistema de regras e a essência de toda a moralidade consiste no respeito que individuo sente por tais regras.
MORAL É O OBJETO DA ÉTICA.
MORALIDADE Caráter do que se conforma às normas morais, Kant contrapôs a Moralidade. À Legalidade. A última é a simples concordância ou discordância de uma ação em relação a lei moral , sem considerar o móvel da ação. A moralidade, ao contrário, consiste em assumir como móvel de ação a ideia dever Crítica. Razão. Pratica 
No sentido hegeliano a Moralidade , distingue-se da eticidade, por ser a vontade subjetiva, ou seja, individual e desprovida de bem, enquanto a eticidade é a realização do bem em instituições históricas que o garantam. Eticidade á verdade da moralidade.
Do ponto de vista ético os valores são os fundamentos da moral, das normas e regras que prescrevem a conduta correta.
Na prática, quando nos indignamos, por exemplo, ao vermos na televisão nossos semelhantes passando fome, levando uma vida subumana, sentimos responsabilidade e um desejo enorme de contribuir de alguma forma para que esta situação seja revertida. 
Exatamente em função deste tipo de sentimento participamos de campanhas contra fome. Isto nos leva a concluir que nossos sentimentos e nossas ações exprimem o nosso senso moral.
Quando sentimos remorso por alguma coisa feita no passado e gostaríamos de fazer diferente no presente, exprimimos o nosso senso moral. 
Da mesma forma, quando ficamos admirados com alguém cujas palavras e ações denotam honestidade, integridade, honradez e outros valores, e chegamos mesmo a tentar imitá-las, também exprimimos nosso senso moral.
Podemos concluir que 	a moral diz sempre respeito a valores que temos em relação aos outros. 
VALOR 
Valor é um bem subjetivo. Logo, é o que desperta interesse ou estima. 
A palavra vem do grego àksios, que significa o que é valioso , o que merece o seu preço.
Qualifica aquilo que é bom e que tem utilidade. 
A história do conceito de valor é longa e interessante: Protágoras entendia que o homem é a medida de todas as coisas, que os valores são conferidospelos homens.
Platão entendia que o valor deriva de uma apreciação absoluta. Para ele, teria valor o que fosse bom, belo e verdadeiro.
Já Hobbes vaticinou que o valor de um homem é o preço que se paga para ter o poder.
Lock foi o primeiro pensador a relacionar valor e trabalho. Tal noção persistiu com Adam Smith e outros economistas da época, destacando o valor da mercadoria, o valor da troca de mercadorias e o valor da utilidade.
Kant defendia o valor absoluto: o bem.
Para Weber, os valores valem como referência do agir e se concretizam em diversas medidas ao longo da história da humanidade. Weber entendia que o ser humano tem que escolher entre os valores contrastantes.
Nietzsche entendia valor como a interpretação da vontade de poder.
* Podemos concluir que o conceito de valor nos dá a noção de um atributo das coisas que merecem mais ou menos estima por parte do indivíduo ou de um grupo.
Direitos Humanos
Declarações dos Direitos Humanos 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das Nações Unidas. Foi assinada em 1848 e enumera todos os direitos de todos os seres humanos.
Aula 2 - AS TRÊS FASES DA ÉTICA EMPRESARIAL
Reflexão Ética
A ética é a parte intrínseca da conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. 
 Bem , certo, permitido
Mal, errado, proibido
ÉTICA EMPRESARIAL
Ética empresarial é a aplicação da ética ao ambiente das empresas, onde os colaboradores e os gestores devem interagir com os consumidores e os fornecedores, visando estabelecer relações de mercado transparente , que contemplem valores tais como fidelidade, sinceridade e autenticidade, a fim de preservarem o coletivo.
No mundo corporativo, as questões éticas são especialmente complexas.
Como a própria vida, a ética empresarial é feita de fases.
Fase 1 : A Era Industrial 
Segundo Cortina (2007:19), em 1970 surge com ímpeto o tema da ética dos negócios ou, como definida pelos europeus, da ética das empresas.
Em 1980, O tema propaga-se pela Europa.
Em 1990, Propaga-se pela América Latina e pelo Oriente.
Questões com certo grau de complexidade, como:
Cultura da empresa, Avaliações de qualidade, Recursos Humanos, Clima Ético, Responsabilidade Corporativa, Comunicação e Balanço Social.
Passaram a ter destaque, principalmente, no mundo reflexivo. Na verdade, um conjunto de dimensões que compõe o caráter de uma organização.
Adam Smith e Max Weber fizeram uma grande contribuição na era industrial ao garantir que existia uma conexão entre ética e empresa. Eles afirmaram que o sucesso empresarial seria alcançado quando a organização, dentro de sua estrutura, se preocupasse condições legais e morais.
Tanto Adam Smith como Max Weber sofreram duras críticas, mas nada que desmentisse o fato de que os dois marcaram a história da ética empresarial. 
Adam Smith escreveu Teoria dos sentimentos morais, antes de sua mais famosa e importante obra: 
Riqueza das nações, onde ressalta que, além do lucro de uma empresa, existem outros valores e sentimentos que envolvem a atividade econômica.
Max Weber com sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, também deu uma larga contribuição à ética empresarial. Com suas postulações a respeito da crença de que o empresário chamado a criar riqueza e a fomentar o bem-estar social agradava a Deus justificava a busca pela riqueza. Devido as idéias de Weber, houve mudanças nos hábitos relacionados à riqueza e à poupança.
Fase 2: A Era Pós-Industrial
Segundo Cortina (2007:28), novas razões surgem para o fortalecimento da ética empresarial na década de 70. Primeiro, a necessidade de se criar capital social ou a necessidade premente de redes de confiança. Depois de vários escândalos, principalmente na sociedade norte-americana, como o Watergate, a desconfiança passou a predominar em todo o mundo.
Making Democracy Work , onde procura mostrar como as redes de confiança contribuem para o funcionamento da economia. 
O fim das ideologias trouxe o interesse pelas boas práticas em todas as esferas, inclusive na esfera corporativa.
Em terceiro lugar, a concepção da empresa sofreu transformação em diversos pontos:
Dimensão cultural; Uma nova visão da empresa, não como máquina para obter o máximo de produção, mas sim como organização, como empresa; O modelo taylorista foi substituído pelo pós-taylorista; Todos os stakeholders ganhando e não somente os acionistas.
Em quarto lugar, novos desafios organizacionais levam a entender que a ética se fazia necessária na gestão.
A maturidade do mercado implica em uma postura mais exigente por parte das empresas, visando a sua própria sobrevivência em tal mercado. Valores – e não regras – deveriam delinear as regras dentro de um mundo globalizado e altamente competitivo. É preciso buscar a fidelidade do consumidor.
Em último lugar, Cortina chama atenção para a exigência cada vez maior advinda de uma ética cívica, configurada pelos valores compartilhados dentro de uma sociedade pluralista. Assim, a revitalização da ética empresarial depende de sua formulação.
Fase 3 : A Era da Informação
Esta Ética Empresarial revitalizada depara-se com novos desafios, como a passagem da economia velha para a chamada nova economia e a era da informação.
Vejamos alguns desses grandes desafios sob a ótica de Cortina (2007: 32-34):
Lideranças muito suscetíveis à questão financeira, trocando de empresa em curto espaço de tempo.
Os habitantes do ciberespaço têm sua moral individual, porém nada garante que será compartilhada.
Dificuldade da construção de uma ética global, em um universo com enormes diversidades culturais.
Trabalhador pouco qualificado, precariedade do trabalho e as justas exigências de um salário digno.
Nesta era da informação, as universidades vêm fomentando a necessidade de dois pilares vitais relativos à ética empresarial: integridade e transparência, para que haja viabilidade empresarial.
Na era da informação, uma coisa é latente: escândalos empresariais têm largos espaços nos veículos de comunicação, o que nos leva a reformular leis e, sobretudo, hábitos. 
A integridade e a transparência devem ser incorporadas ao caráter - das pessoas, do cidadão e da empresa. Somente assim haverá mudança de fato.
Aula 3 – EMPRESA E ÉTICA: O CARÁTER DAS ORGANIZAÇÕES
Com certeza, você já ouviu dizerem que o caráter do indivíduo que diz quem ele é. Muitas vezes, inclusive, quando um indivíduo tem um comportamento que foge ao padrão estabelecido pela sua comunidade, é considerado “sem caráter”.
Mas afinal, o que é caráter? 
Esta é a primeira pergunta sobre a qual devemos refletir. Aliás, refletir não é um hábito dos ocidentais. Somos pouco reflexivos. Mas, no mundo competitivo em que vivemos, precisamos exercer a capacidade de pensar, meditar e refletir. É isso que procuraremos fazer nesta aula, quando refletiremos sobre nós mesmos e sobre as organizações das quais fazemos parte.
Caráter é definido pelo dicionário Michaelis como:
“Caracteres somáticos adquiridos pelo indivíduo sob a ação de fatores ambientais e que não se tornam hereditários. Fatores que distinguem uma espécie de outra ou de todas as outras do mesmo gênero.”
Assim, podemos entender que caráter é um conjunto de fatores que incidem sobre cada indivíduo, tornando-o único dentro de sua própria espécie.
Na biologia diz-se de cada marco estrutural ou funcional que distingue um indivíduo, sejam caracteres congênitos ou adquiridos. É questão controvertida se os caracteres congênitos são suficientes para distinguir uma espécie de outras. Na lógica é cada atributo de uma noção que faz parte da sua compreensão e é um elemento constituinte, seja essencial ou acidental.Na psicologia a unidade e consistência que se manifesta na maneira de sentir e reagir de um indivíduo ou de um grupo como distinto de outros grupos. Kant define o caráter de conformidade com a sua definição de causa. "É necessário que cada causa, quando age, tenha um caráter, quer dizer uma lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria a ser causa".Ele distingue ademais um caráter empírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas "ações, enquanto fenômenos, são relacionados integralmente a outros, segundo as leis constantes da natureza", e um caráter inteligível, em virtude do qual não deixa de ser a
causa dessas ações, enquanto fenômenos, mas sem ser ele mesmo submetido às condições da sensibilidade e sem ser sequer um fenômeno.
 Na ética a palavra aceita um sentido laudativo quando significa personalidade completa e que revela autodomínio.
CARÁTER ADQUIRIDO - (Psicologia). Modificação que se apresenta no organismo com conseqüência da própria atividade ou da influência do meio.
CARÁTER CONGÊNITO - (Psicol.). a) É o que é herdado. Também indica o que é condicionado em parte pelo meio pré-natal.
Entendemos, que caráter de um indivíduo é a sua maneira de ser, suas características próprias, seus impulsos, seu temperamento.
É um traço de personalidade que mostra usual do agir de cada indivíduo. Este grupo de atributos, bons ou ruins, denota o comportamento, os valores morais e os princípios de cada indivíduo. 
DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO (EMPRESA)
Para compreendermos melhor as questões do cotidiano empresarial, vamos estudar primeiro o que é uma empresa:
• Semanticamente é um empreendimento, uma atividade produtiva, um negócio; 
• É uma sociedade organizada para a exploração de uma indústria, comércio ou serviços, tendo por objetivo final o lucro;
• No Direito Trabalhista, é a organização do capital e do trabalho, empenhada em atividade econômica.
Quando pensamos em economia, pensamos nas empresas, pois é através delas que a economia é ativada. 
Normalmente, diz-se que a economia está aquecida quando há demanda, isto é, quando há consumo significando que as empresas estão produzindo e colocando o seu produto no mercado, aquecendo assim a economia de um local, estado ou país.
Basta observarmos a questão de emprego. Ora, quem oferece o emprego? São as empresas, portanto é evidente a importância das empresas a nível mundial!
É importante destacar que algumas empresas chegam a um faturamento superior ao PIB de um país.
Formação do Caráter de uma Organização
Construir confiança. “Talvez porque o capitalismo renano , que conformava em tão alto grau o modo europeu de entender a empresa, induzisse a concebê-la não só como um negócio, mas como um grupo humano que leva adiante uma tarefa valiosa para a sociedade, a de produzir bens e serviços mediante a obtenção de benefício”. 
Veja, estamos falando em algo muito mais abrangente do que o marketing que objetiva apenas a imagem da empresa.
A ideia de caráter está intimamente ligada às pessoas que fazem parte da empresa. Logicamente, a alta direção da empresa, principalmente o seu CEO, terá influência decisiva na formação desse caráter. 
No fundo, é o somatório do caráter de cada componente da empresa que formará caráter geral da empresa. Normalmente, os iniciadores da empresa forjam o seu caráter que, ao longo do tempo, vai sendo modificado de acordo com o pensamento daqueles que fazem dela parte.
Assim, cada empresa tem a sua forma de tomar decisões, a sua maneira de fazer os seus negócios. Tem os seus hábitos, os seus costumes, que normalmente são identificados pelo mercado.
Podemos entender que a integridade de uma empresa está intimamente ligada ao seu caráter, isto é, à sua forma de conduta, pensamento e ação que farão com que ela tenha uma imagem no mercado.
 A ESCASSEZ DOS RECURSOS NATURAIS
Classificação dos recursos naturais - Os recursos naturais podem ser classificados em dois grandes grupos: os renováveis e os não renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais (água, ar, biomassa etc.). Os recursos não renováveis, como o próprio nome diz, são aqueles que, uma vez utilizados, não podem ser reaproveitados. Um exemplo é o combustível fóssil que, depois de ser disponibilizado para mover um automóvel, por exemplo, está perdido para sempre (como é o caso do petróleo).
Atenção: Dentro dos recursos não renováveis há duas classes: a dos minerais não energéticos (fósforo, cálcio etc.) e a dos minerais energéticos (combustíveis fósseis e urânio).
É importante ter o conhecimento de que há situações nas quais um recurso renovável passa a não ser mais renovável. Isso ocorre quando a taxa de utilização supera a capacidade máxima de sustentação do sistema. Veja o exemplo a seguir que ilustra bem esta situação:
Um campo de pastagem comum é utilizado coletivamente por alguns fazendeiros. O capim, evidentemente, é um recurso renovável (biomassa).
Entretanto, os fazendeiros, visando ao aumento de seus lucros imediatos, colocam o número máximo de cabeças de gado neste pasto, uma vez que o campo é comum a todos.
O resultado dessa atitude é a depleção de um recurso, que era renovável, até níveis que inviabilizam sua renovação.
A poluição é outro fator que mexe muito com os recursos naturais, tornando-os cada vez mais escassos. Poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que causa ou pode causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies. Pode ainda deteriorar materiais.
Por isso começamos a falar em Ética Ambiental. Assim, no mínimo, dirimimos os problemas gerados pela má administração do nosso planeta.
A partir da Revolução Industrial, o crescente número de indústrias e a aglomeração da população nos grandes centros provocou sérios problemas de poluição do ar, da água e do solo.
Entendendo a cultura ambiental no Brasil
Na década de 1970, o Brasil viveu o período conhecido como “milagre econômico”. As taxas de crescimento na economia eram da ordem de 10% ao ano.
No mundo, se instaurava a discussão sobre como seriam as consequências do desenvolvimento econômico a qualquer custo.
Cientistas americanos elaboravam um relatório denominado “Limites do Crescimento”, proliferando a ideia de que os países que não tivessem alcançado o desenvolvimento até então, deveriam “abrir mão” disso em favor da vida no planeta.
O Brasil, em defesa de sua economia, protestou o pensamento de estabelecer um limite para o seu crescimento. Sai vitorioso, porém sua imagem é seriamente abalada em função da falta de comprometimento com a saúde ambiental.
Os principais jornais da época (nacionais e internacionais) divulgaram a atitude do Brasil como um “elogio à poluição”.
Em entrevista, integrantes do ministério da economia declararam que “se os países ricos não queriam poluição, suas indústrias seriam bem-vindas no Brasil”.
Agora, além da imagem de torturadores, por causa da ditadura militar, ainda éramos chamados de poluidores!
Em 1973, para nos livrar de tal acusação e para dar uma satisfação à opinião pública, criamos uma autarquia, subordinada ao Ministério do Interior, para cuidar da conservação do meio ambiente e do uso racional dos recursos naturais, a Sema - Secretaria Especial do Meio Ambiente. 
“É imprescindível que além das normas incriminadoras coexistam a fiscalização, a aplicação efetiva e consciente da população sobre a importância de preservar e tutelar esse recurso natural, enquanto não sobrevier este conjunto continuar-se-á a observar a impunidade e o aumento de animais em extinção”.
AULA 7 – A AÇÃO PREDATÓRIA DO HOMEM
Ações predadoras do homem agridem a natureza de tal forma que colocam em risco a própria espécie humana. Na atualidade, há uma divulgação maior dos graves problemas advindos dos males feitos pelo homem ao planeta.
No Brasil, a Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do planeta. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, somente as florestas de Madagascar estão mais ameaçadas. Apesar disso, a Mata Atlântica ainda mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do mundo). Uma grande diversidade biológica convive com uma grande ameaça .
A emissão e acumulação de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é conhecida mundialmentecomo efeito estufa. Entre suas principais causas, estão a queima de combustíveis fósseis, a devastação e a queima de áreas florestais, como a Floresta Amazônica etc.
Clima e efeito estufa
O clima da Terra é um produto de interações complexas da atmosfera, oceanos, calotas glaciais, seres vivos e até mesmo rochas e sedimentos. Nessa interação, estão presentes diversos gases naturais. Dentre estes, estão aqueles que provocam o famoso efeito-estufa em virtude de seu acúmulo (acúmulo este influenciado pela ação humana).
PRINCIPAIS GASES ESTUFAS DA TERRA
Vapor d´água constitui variável do ar atmosférico. As reservas de carbono liberam durante a fotossíntese a biota, o solo e os oceanos. Ou seja, 14por cento do total de CO 2. O metano é o segundo gás-estufa em importância , produzindo na decomposição anaeróbica. O óxido nitroso é ainda mais potente que o metano, e sua eficácia cerca de 230 vezes superior à do Co2.
Segundo Legget (1992), gases-estufa são aqueles que provocam a retenção da radiação infravermelha na atmosfera, aquecendo a superfície da Terra, além da camada inferior da atmosfera.
Nos últimos anos, a Amazonia se tornou a campeã mundial de queimadas.
Uma forma de se evitar tal dano pode ser a educação. Por isso passou-se a falar em Educação Ambiental.
Corrigindo pela Educação - Em razão desses fatos que corroem e depredam a natureza, entende-se que uma forma de evitar tal dano começa com a Educação Ambiental.
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988 diz que:
Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Em seu parágrafo VI encontramos que “é dever promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.”
A educação ambiental não é uma disciplina, mas um processo permanente que combina conhecimentos, atitudes e valores.
" Para ver o universal e o imanente Espírito da Verdade face a face é preciso ser capaz de amar a mais ínfima das criaturas como se ama a si próprio. E um homem que a isso aspira não pode ser omisso em nenhum aspecto da vida ".
Percebemos, então, que a Educação Ambiental é um processo permanente que articula conhecimentos, atitudes e valores, e não apenas uma transmissão de informações. Ela envolve a participação individual em processos coletivos, trabalhando desde a perspectiva local até a global.
AULA 8 – POLÍTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EM UMA EMPRESA
A Responsabilidade Social tem dois pilares básicos: preservação do meio ambiente e direitos dos consumidores. Isto porque envolve a sociedade como um todo. Nesta aula, veremos a importância e a formação de uma política social em uma organização.
O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE).
Forma de gestão que se define pela relação ética transparente da empresa em relação a todos os públicos com que se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
O Terceiro Setor é consitituido pelas Organizações não governamentais (ONGS), associações voluntárias ou organizações sem fins lucrativos.
Expressa uma alternativa para as desvantagens tanto do mercado, associadas à maximização do lucro, quanto a do governo, com sua burocracia inoperante. ( Tavares Coelho)
Peter Ducker caracterizou o surgimento do 3º setor como nova esfera econômica, denominada “economia social”.
Indubitavelmente, a Responsabilidade Social começou com ações filantrópicas mas avançou bastante. 
Via de regra, a filantropia desenvolve-se através das atitudes e ações individuais de empresários. 
Já a Responsabilidade Social diz respeito à consciência social e ao dever cívico. 
Assim, a ação de Responsabilidade Social não é individual, mas coletiva. Reflete a ação de uma empresa em prol da cidadania.
A prática da RSE demonstra uma atitude de respeito à cidadania corporativa; consequentemente, existe uma associação direta entre o exercício da Responsabilidade Social e o exercício empresarial.
A filantropia é assistencialista, procura auxiliar os pobres, os menos favorecidos, os excluídos etc.
Já a Responsabilidade Social é mais substancial e abrangente, buscando estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva. Suas ações são extensivas a todos que fazem parte da sociedade: indivíduos, governo, empresas, grupos sociais, movimentos sociais, igreja, partidos políticos etc.
Ações de Responsabilidade Social exigem periodicidade regular, método, sistematização e, principalmente, gerenciamento efetivo por parte das empresas-cidadãs.
AULA 9 - ISO 14000, NBR 16000 e SA 8000 e OHSAS
ISO – Breve Histórico
Origem da ISO
Desde o início do processo de industrialização, há uma preocupação com a padronização, a produtividade e a qualidade.
Ao estudarmos Administração, percebemos a contribuição de Taylor,  Fayol e outros que, ao longo da história, tiveram a preocupação de melhorar as condições de trabalho, aumentando a produtividade e mantendo a qualidade.
A preocupação com a qualidade levou ao surgimento, em 1947,  de uma entidade denominada International Organization for Standardization (Organização Internacional de Padronização). Sua sede fica na cidade de Genebra (Suíça). Ela é mais conhecida pela sua sigla ISO, que em grego significa "igualdade".
A principal atividade da ISO é elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho em várias áreas de conhecimento da sociedade.
O nome genérico ISO 9000 representa todo o conjunto de documentos relacionados à sistematização de atividade para garantia da qualidade.
A ISO ficou popularizada pela série 9000, ou seja, as normas que tratam de Sistemas para Gestão e Garantia da Qualidade nas Empresas.
ISO 14000 – Meio Ambiente
Agora que você já está familiarizado com a ISO, podemos conversar um pouco sobre a ISO 14000, que é específica sobre o meio ambiente.
ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental por parte das empresas, tanto privadas quanto públicas.  
Tais  normas  foram elaboradas objetivando diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais através de seus processos de produção.
A proposta é que as empresas sigam as normas ISO 14000, reduzindo significativamente os danos ao meio  ambiente.
A empresa que tiver por objetivo a certificação ISO 14000 deve seguir rigorosamente a legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para também seguirem as normas e diagnosticar os impactos ambientais das suas atividades, visando diminuir os prejuízos.
NBR 16000
Objetivos da normalização:
Economia: Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. 
Comunicação: Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços.
Segurança: Proteger a vida humana e a saúde.
Proteção do consumidor: Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos.
Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando o intercâmbio comercial.
A NBR 16000 é uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), lançada em 2004, que contém critérios no que tange à proteção da criança, ao trabalhador em regime semiescravo, à saúde, à segurança e à discriminação, de maneira sistêmica e bem planejada. Determina que a empresa crie um sistema de gestão de Responsabilidade Social eficaz.
SA 8000, elaborada pela organização não governamentalnorte-americana Council on Economic Priorities Accreditation Agency (Cepaa), atualmente Social Accountability International (SAI), foi o primeiro padrão passível de certificação elaborada por especialistas e representantes de stakeholders.
Baseia-se num sistema de gestão e estabelece requisitos baseados nas diretrizes internacionais de Direitos Humanos e da ONU, nas convenções da OIT e nas convenções da ONU sobre direitos das crianças. É adotada mundialmente por organizações que desejam ser reconhecidas pela manutenção de condições dignas de trabalho e respeito aos direitos fundamentais do trabalho.
Tem sido utilizada principalmente por empresas que possuem unidades de produção ou fornecedores em países onde a fiscalização e o controle das condições de trabalho são precários.
Uma comparação entre a SA 8000 e a NBR 16000, evidencia que:
A SA 8000 é restrita à relação da empresa com seu público interno, isto é, para aquelas empresas que ainda têm preocupação em resolver questões internas de Responsabilidade Social.
A NBR 16000 é mais completa, sistematizada e bem planejada.
ISSO 26000 surge para ser a 1ª norma internacional social empresarial.

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