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CASOS CONCRETOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 2

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CASOS CONCRETOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 2
1º CASO
A. Sim, o corte é possível visto que, nos termos do art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/95 não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção, após prévio aviso, quando houver inadimplemento do usuário. Isto porque não se pode olvidar que a remuneração do serviço público, prestado pela concessionária, advém como regra geral, da tarifa paga pelo usuário, tarifa esta que é parte essencial da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, garantido constitucionalmente pelo Art. 37, XXI da CF/88.
B. Não. A Lei n. 8.987/95 (Art. 6º) deve ser considerada norma especial em relação ao CDC, visto que disciplina relação especial de consumo (usuário de serviço público), razão pela qual o CDC (Art. 22) deverá ser aplicado apenas subsidiariamente.
2º CASO
A) A modalidade de licitação não é adequada, uma vez que a Lei prevê, obrigatoriamente, que a licitação ocorra na modalidade de concorrência. Já o tipo (critério de julgamento) está correto, uma vez que a Lei faculta a adoção desse critério de julgamento. 
B) Sim, considerando que a Lei nº 11.079/2004 veda expressamente à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de propósito específico criadas para implantar e geri r o objeto da parceria. 
3º CASO
A) A. Não é necessária a realização de procedimento formal licitatório, tendo em vista que o termo de parceria não possui a natureza jurídica de contrato, por não haver oposição entre as vontades das partes / inexistirem obrigações recíprocas, mas, sim, a conjunção de esforços para realização de objetivos comuns (art. 2º, § único, da Lei n. 8.666) (0,60). Contudo, deverá ser realizado procedimento seletivo simplificado a fim de garantir a observância dos princípios da Administração Pública, como forma de restringir a subjetividade na escolha da OSCIP a formalizar o “termo de parceria”
B) Não. Por não integrarem a Administração Pública, as OSCIP’s não se submetem às regras de concurso público, nos termos do art. 37, II, da CRFB.
4º CASO
A) Não, porque a desapropriação extingue o contrato de locação, liberando o bem de qualquer ônus real ou pessoal que incidia sobre a propriedade anteriomente, haja vista que a desapropriação consiste em modo originário de aquisição de propriedade.
B) SIM. Assim como os proprietários, os locatários também podem sofrer danos com a desapropriação pelo poder público, visto que a sociedade locatária experimenta prejuízos distintos dos suportados pelo proprietário. O proprietário é indenizado pela perda da propriedade (art. 5, XXIV, CF/88) enquanto que a sociedade locatária pela interrupção do negócio e pela perda do estabelecimento empresarial (fundo de comércio).
5º CASO
A) Sim, Após a efetivação de uma desapropriação, o ente expropriante deve empregar o bem à finalidade pública que desencadeou o processo de desapropriação. Em não o fazendo, estar-se-á diante da destinação, que nada mais é do que a tredestinação do bem em desconformidade com o plano inicialmente previsto. A destinação, entretanto, distingue-se em lícita (na qual o bem é empregado em finalidade diversa da inicialmente pretendida, mas ainda afetada ao interesse público) e ilícita (na qual não se emprega o bem em uma utilização de interesse público). A tredestinação lícita, isto é, a alteração na tredestinação do bem, por conveniência da administração pública, resguardando, de modo integral, o interesse público, não é vedada pelo ordenamento. O caso, portanto, evidencia o uso de tredestinação lícita.
B) O direito de retrocessão é definido como aquele do particular expropriado de reaver o bem, pelo motivo de sua não utilização. O caso analisado não configura direito de retrocessão, uma vez que ocorreu tredestinação lícita, já definida na alternativa anterior, conforme o artigo 35 Decreto-Lei n°3.36 5/1941.
6º CASO
A) A servidão administrativa é uma espécie de intervenção do Estado na propriedade privada, a qual caracteriza-se por permitir a utilização do imóvel privado para fins de interesse público. Dentre as variadas formas de instituição da servidão, é possível que o Poder Público proponha ação judicial para constituí-la. Nesse caso, será observado o regramento da desapropriação, nos termos do Decreto-lei nº 3.365/41.
 
B) Consoante art. 29, VIII, da Lei nº 8.987/95, cabe ao poder concedente declarar a utilidade pública para fins de instituição de servidão administrativa. Sendo assim, não é possível que uma concessionária de serviço público faça tal declaração. Todavia, de acordo com o mesmo dispositivo legal, é possível que a concessionária promova os atos materiais necessários à instituição da servidão, hipótese em que terá a responsabilidade pelas indenizações cabíveis.
7º CASO 
A)Não, a Lei nº 12.529/2011, ao estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, prevê uma série de condutas que constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, caso tenham por objeto ou possam produzir como efeito o aumento arbitrário dos lucros. Dentre elas, destaca -se acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma, os preços de bens ou serviços ofertados individualmente ou a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens (Art. 36, § 3º, I). 
B) Sim, a Lei nº 12.529/2011 estabelece a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de 3 (três) anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso (Art. 46, § 3º, da Lei nº 12.529/11).
 
8º CASO
Primeiramente cabe ressaltar que para a abertura de um concurso público é necessário a presença de dois requisitos : necessidade de preenchimento das vagas e disponibilidade financeira para remuneração desses cargos.
Quanto aos noventa candidatos aprovados os mesmos tem direito subjetivo à nomeação, que decorre da vinculação da Administração à necessidade de preenchimento das vagas que fundamentou a abertura do concurso, exceto se houver fato posterior que elimine essa necessidade.
9º CASO
A) A extinção de cargos públicos não está correta, pois aborda matéria a ser disciplinada por lei, conforme dispositivo no art. 48, inciso X, da CF/88. A extinção desses cargos públicos por decreto somente seria possível caso os cargos estivessem vagos, com base no art. 84, inciso VI, ‘b’ da CF, o que não incide na presunção apresentada.
B) Não está correta, pois é inconstitucional, tendo em vista que o Chefe do Executivo utiliza o instituto da disponibilidade com desvio de finalidade. Haja vista que a disponibilidade não tem por intenção sancionar disciplinarmente servidores públicos.
C) Sim, os servidores percebem remuneração que será proporcional ao tempo de serviço de acordo com o art. 41, §3º, da CF/88.

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