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trabalho de psicologia (justiça no brasil)

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JUSTIÇA (NO BRASIL)
O documentário justiça no Brasil de Maria Augusta Ramos que é um vídeo gravado no interior do tribunal de justica do Rio de Janeiro com algumas cenas externas. Relata o cotidiano de juízes, promotores, defensores públicos, policiais e réus.
A abordagem desse tema me leva a ter uma visão mais humana como estudante de direito e vou conviver diariamente com situações semelhantes a estas relatadas, pois vivemos em uma sociedade bastante violenta. 
O documentário me mostrou alguns casos que aqui vou citar e vou refletir um pouco sobre os mesmos, são casos diferentes uns dos outros, mais em todos pude observar como a nossa justiça é falha por diversos motivos, como o direito do preso ter de mentir, um juiz julgando vários processos por dia é quase que impossível que ele seja completamente eficiente, com uma polícia corrupta, provas implantadas, ausência de testemunhas por conta do medo da polícia e do tráfico, ausência de penas alternativas.
O primeiro caso é o de um paralitico que a primeira pergunta que o juiz faz é se a acusação contra ele é verdadeira e claro que a resposta é não, não venho aqui afirmar que o réu estava mentindo, mais em outro momento do documentário pude observar outro acusado de nome Carlos Eduardo que afirma que a acusação feita contra ele é falsa, mais logo em seguida confessa tudo para sua advogada no caso a defensora publica. Mais também pude observar que nesse caso quase não havia provas contra o mesmo (o paralitico) e que a historia dele era bastante convincente, mais não posso aqui expor se a historia dele é verdadeira ou falsa. 
Observei também que o réu conformado com sua prisão pede ao juiz que pelo menos o transfira da unidade prisional na qual esta detido para um hospital, pois a mesma esta super lotada e devido a suas condições físicas o mesmo tem bastante dificuldades de fazer suas necessidades fisiológicas, pois o mesmo anda se arrastando por dentro de uma cela abarrotada de presos, em resposta o juiz bastante frio coloca que só pode fazer alguma coisa se tiver um pedido medico, isentando-se da responsabilidade mesmo sabendo que é um direito do detento assegurado por lei, mais depois que o detento fala que quando foi preso já era deficiente o juiz se mostra mais solicito. Pois o juiz não imaginava que o mesmo havia sido preso em uma cadeira de rodas, então diz ao mesmo que a defensora vai pedir os direitos que ela acha que ele merece.
 Já no segundo caso mostrado no documentário pude observar a historia do Carlos Eduardo, que se diz balconista, preso por esta dirigindo um veiculo roubado e já reincidente no mesmo tipo de crime, que mente do inicio ao fim do seu depoimento, que é um direito dele assegurado por lei, pois ninguém é obrigado a contrair provas contra si mesmo, já neste segundo caso não observei nenhuma arbitrariedade feita por parte da policia. Neste caso nos mostra um pouco da rotina dos familiares do réu e de como é ser mãe e esposa de um detento.
O terceiro caso mostra a historia de Alan um jovem de 18 anos de idade, que não conheceu o seu pai e presenciou o assassinato de sua mãe e claramente não teve outras oportunidades em sua vida a não ser vagar pelas ruas. Preso por estar portando drogas e supostamente ter sido espancado por policiais, o mesmo se diz usuário de drogas e estava soltando pipa que é uma forma de informar aos traficantes que a policia esta chegando na favela. Neste caso pude observar que existe um medo da população tanto em cooperar com a policia por medo dos traficantes como de cooperar com os traficantes por medo dos policiais sendo assim nunca informando nada convincente no depoimento. O mais chocante neste caso é a saída do garoto da penitenciaria liberado depois de ter pego uma pena de quatro anos e revertida em ações comunitárias, o mesmo é liberado a noite sozinho na rua sem dinheiro e doente, como uma pessoa tão maltratada pelos agentes da lei pode se reintegrar a uma sociedade que só pensa no próprio umbigo.
“O filme retrata com clareza e objetividade o seu caráter sociológico através da complexa realidade das relações de poder no seio da sociedade, onde a justiça funciona como elemento de reafirmação de uma ordem social fundamentalmente injusta. Destina-se a todos os públicos e traz uma grandiosa contribuição para nos estudantes de direito que somos os futuros agentes desse sistema, especialmente porque mostra a necessidade de reformas no judiciário brasileiro, que envolve desde a capacitação dos agentes envolvidos, como também de melhorias na estrutura física do sistema penitenciário, assim como a necessidade de medidas de ressocialização, reeducação e punição a que são submetidos os presos.”
Conclusão
A abordagem desse tema me leva a ter uma visão mais humana como estudante de direito vou conviver diariamente com situações semelhantes a estas relatadas, pois vivemos em uma sociedade bastante violenta.
Neste documentário pude observar claramente uma justiça que não tem as mínimas condições de reintegrar presos a sociedade, pois como a defensora publica fala neste pais só fica preso ladrões de galinha, vi que quase ninguém das autoridades mostradas no vídeo se mostra solicita em fazer alguma coisa para mudar essa triste realidade.
 Justiça, essa que muitos buscam, mais poucos conseguem ou poucos possuem. Essa mensagem que o documentário me passou, que mostra um descaso das autoridades para com os presos. Juízes abarrotados de processos tendo que se utilizar de maneiras arbitrarias para poder julgar casos. Um desanimo dos defensores públicos, e vi também um claro desrespeito a dignidade do ser humano nos presídios não só do Rio de Janeiro como de todo Brasil pois, o que vimos no vídeo não é algo isolado que acontece nos presídios e tribunais do Rio e sim em todo o país.
Bibliografia
Documentário Justiça (no Brasil) de Maria Augusta Ramos.
http://direitoelegal.blogspot.com.br/2008/11/resenha-crtica-do-filme-justia.html  
Rafael Silva da Costa
Mat: 201601485281
Orientador: Profa. Ana Marques
Curso: Direito, Turno: Tarde, Turma: 2003.
Psicologia Aplicada ao Direito
Resenha sobre o documentário “Justiça (no Brasil)” 
e
Arrazoado sobre o texto de Howard Zehr, “Trocando as lentes”
Fortaleza-CE
2016
ARRAZOADO SOBRE “JUSTIÇA RESTAURATIVA”
A justiça restaurativa visa melhorar a interação entre as partes envolvidas em um crime, vitima e ofensor sabemos que isso é bastante difícil, mais podemos sim melhorar a convivência, pois sabemos que todos nos somos falhos e que facilmente um dia podemos estar do outro lado, pois nunca podemos dizer que nunca vamos cometer um crime, pense comigo se algum dia você se sentir ameaçado ou alguém de sua família como um filho, mãe, irmão ou um parente próximo estiver em uma situação eminente de perigo e você tiver como defender, o que você faria? Eu facilmente tentaria fazer o possível para salvar meus familiares ou ate mesmo minha vida, mesmo que para isso fosse preciso que eu cometesse um crime, ai sim vamos querer que tenha alguém do nosso lado, se pensarmos assim vamos conseguir entender o que é justiça restaurativa, se colocando no lugar do outro. 
Eu como futuro advogado vejo a justiça restaurativa como a solução de vários conflitos de menor gravidade, como brigas de vizinhos, jovens infratores que geralmente cometem crimes sem saber ao menos porque estão cometendo esses crimes, como um crime cometido por adolescentes que eu vi em um vídeo explicado por uma juíza que um certo grupo de jovens havia quebrado as lapides do cemitério e os parentes dos mortos queriam que os jovens fossem condenados, mais quando vi porque que eles fizeram tal ato abominável pela sociedade, vi que eram apenas jovens fazendo bobagens, um jovem quebrou a primeira lapide e depois cada um para não ficar para trás no grupo quebrou uma também e eles estavam em um grupo de quinze jovens, claro que merecem ser punidos, mas de uma maneira que não piorem ainda mais,por isso defendo a pratica da justiça restaurativa para alguns casos específicos.
Justiça Restaurativa é uma prática que está buscando um conceito. Em linhas gerais posso dizer que se trata de um processo colaborativo voltado para resolução de um conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da vítima. A mediação vítima-ofensor consiste basicamente em colocá-los em um mesmo ambiente guardado de segurança jurídica e física, com o objetivo de que se busque ali acordo que implique a resolução de outras dimensões do problema que não apenas a punição, como, por exemplo, a reparação de danos emocionais.
BIBLIOGRAFIA 
https://www.youtube.com/watch?v=cKfnvpV08Fg
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/62272-justica-restaurativa-o-que-e-e-como-funciona

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