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Doze Homens e uma Sentença

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ATIVIDADE COMPLEMENTAR – 1º SEMESTRE
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
SÃO PAULO 2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Atividade complementar – trabalho apresentado como exigência para a avaliação, em disciplinas do 1º semestre, do curso de direito da universidade
paulista, sob orientação dos professores do semestre.
Aluna: Jéssyca Silva Santos - T4447A9
 SÃO PAULO
 2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. PROBLEMA APRESENTADO
3. OBJETIVO
4. O FILME
5. ANÁLISE
6. CONCLUSÃO 
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem a finalidade de analisar o filme Doze Homens e Uma Sentença, trazendo questionamentos processuais penais , com enfase nas falhas e acertos do sistema democrático brasileiro e comparando-o com o sistema dos EUA.
2. PROBLEMA APRESENTADO
 Vista do filme Doze Homens E Uma Sentença com realização de análise do ponto de vista da argumentação juridica, mediante os conhecimentos obtidos na disciplina Interpretação e Produção de textos.
3. OBJETIVO
 Promover uma melhor compreensão sobre o filme, em virtude de sua relevância e atualidade do tema.
4. O FILME	
 Doze jurados devem decidir se um jovem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza de que ele é culpado, enquanto um (jurado número 8) não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado e isto faz com que tenha dúvidas sobre sua escolha, pois está lidando com a vida de um jovem de dezoito anos, que poderá morrer se ele fizer a escolha errada. 
 Diante disso, o debate se instaura entre os doze jurados. Questionado pelos demais jurados sobre o voto pela inocência do réu, o jurado número 8 começa a explicar quais são os pontos duvidosos que o impedem de votar pela condenação. A argumentação desse jurado é pautada na lógica e na razão e acaba por abalar a certeza dos demais componentes do júri. Esse filme demonstra a superioridade da razão diante de concepções fundadas nas crenças, nos pré-conceitos ou costumes. 
- O objetivo do júri
Os doze homens passam a maior parte do filme dentro de uma sala do júri, em Nova York. Eles acompanham o julgamento por dias e depois se reúnem na sala do júri para decidirem entre si o futuro do réu, essa sala tem apenas uma mesa no centro, com cadeiras desconfortáveis, pouca ventilação, um banheiro e a sala, é trancada, pelo lado de fora para que a saída e entrada seja monitorada o que aumenta o descaso e a má vontade dos jurados. Os doze jurados de condições financeiras e de idades diferentes, devem, decidir se um jovem de 18 anos é culpado do homicídio de seu próprio pai, onze dos doze jurados considera o jovem culpado, e apenas um fica em duvida sobre o caso (o oitavo jurado) e decidi analisar melhor antes de dar sua opinião, já que a decisão final deve ser unânime e resultara na pena de morte do réu.
- O incentivador das discussões
Quando o oitavo jurado disse: “Não podemos decidir em cinco minutos, e se tivermos errados?”, a partir desse momento os outros jurados começaram a analisar o caso, mas sempre tentando provar que o garoto era culpado, do homicídio.
- O testemunho do vizinho idoso
Um dos motivos que levou os onze jurados a considerar o jovem culpado, foi o testemunho de um velho que mora no segundo andar, em baixo do quarto que ocorreu o crime, ele diz ter escutado uma briga entre pai e filho, onde o jovem disse que iria matar o pai e logo após um corpo caiu, tudo isso aconteceu por volta da meia-noite, horário este que coincide com o que o legista relatou. O velho também viu o garoto sair correndo pela escada depois do fato e chamou a policia que encontrou o corpo com uma facada no peito.
- Oitavo jurado derruba o primeiro testemunho:
Mas esse testemunho pode ser contrariado pelo fato de o velho ter problema na perna, que o impede de ter chegado tão rápido a cena do crime e ver o garoto saindo pela escada e também de escutar os gritos e a briga já que o trem passava por ali e fazia um enorme barulho.
- A vizinha vê o crime:
Outro testemunho foi o de uma senhora que morava em frente ao garoto, olhando pela janela do outro lado do trilho viu o jovem enfiar uma faca no peito do pai à meia-noite e dez.
- Oitavo jurado derruba o segundo testemunho:
Mas como ela conseguiria identificar tudo que ocorreu, tendo ela problemas de visão, e enxergar pelas janelas do trem que passava na hora, mesmo que disseram que seria possível ver pelo outro lado do trem vazio e escuro, para uma senhora e a noite isso não seria tão fácil.
- O álibi do réu
O álibi do jovem também pareceu muito mentiroso, disse estar no cinema na hora do crime e depois de uma hora não se lembrava do nome e dos atores do filme, mais um indicio de que ele tinha culpa.
- A violência entre pai e filho
Um dos jurados diz ter se convencido que o réu era culpado pelo fato de os vizinhos do apartamento escutaram uma briga por volta de oito da noite e o pai ter batido no filho, que saiu de casa zangado, o que seria motivo suficiente para cometer o crime. Mas o oitavo jurado contestou e disse que o garoto já havia apanhado muitas vezes e a violência já seria rotineiro para ele, um motivo fraco para se matar o próprio pai.
- Características do garoto que o descrevia como perigoso
A ficha do garoto continha muitos elementos para que os jurados o considerassem violento, ele apedrejou um professor aos dez anos, aos quatorze foi pego roubando um carro, preso por assalto e por tentar esfaquear outro garoto, o que mostra a habilidade dele com facas, arma do crime de seu pai, mas o oitavo jurado sempre argumentava e conseguia mostrar que os motivos não eram suficientes o bastante.
- Alguns jurados mostram seu preconceito
Após um dos jurados dizerem que o garoto morava em um cortiço, e este seria um lugar de criminosos um jurado que era negro e passou a sua vida inteira morando em um cortiço, se revoltou e defendeu o seu lugar de origem dizendo que ele não era um criminoso e que esse seria um motivo ridículo para definir o jovem como o assassino.
- A arma do crime
Mais uma prova da culpa seria a faca utilizada no crime, que o garoto admitiu ter comprado naquela noite depois de ter apanhado de seu pai, e esta seria diferenciada pelo seu cabo entalhado que foi reconhecida pelo lojista que a vendeu no tribunal e os amigos do jovem (eles se encontraram com ele as oito e quarenta e cinco e viram a faca). O argumento do garoto foi de que a faca teria caído de seu bolso quando saiu de casa para ir em uma sessão noturna no cinema, e ao retornar para às três e cinquenta da madrugada encontrou seu pai morto.
- Oitavo jurado e a faca do crime:
Após muitas discussões e argumentos, o oitavo jurado mostrou uma faca igual a do crime, diz ter comprado perto da casa do garoto em uma loja de penhores. Assim ele provou que poderia ter varias daquelas facas. Fizeram uma votação, se os onze considerassem culpado o caso estava encerrado e se pelo menos um discordasse voltariam a discutir, e foi o que aconteceu.
- A discussão começa a gerar duvidas
Todos os argumentos foram colocados de forma ainda mais clara, as experiências e a vida pessoal de cada um contavam cada vez mais para a decisão final, quanto mais se discutiam maior era a insegurança de alguns quanto a sua decisão, devido à palavra do juiz a respeito de que se ficasse em duvida quanto ao que decidirem que optassem pela inocência, pois ao contrario estariam acabando com a vida de um inocente, e assim eles foram se convencendo de que ele realmente poderia ser inocente.
- Os jurados chegam a uma decisão
Ao final da reunião, o oitavo júri tinha conseguido que os outros dez jurados duvidassem da culpa da jovem o que os levava a votar na inocência do réu, e somente um continuava a defender e querer a condenação dele. As provas ficavam cada vez mais fracas, e sem fundamentos paracondenar alguém a morte e o único que permaneceu contra os outros se convenceu de que o jovem deveria ser inocentado. E esse foi o resultado final do julgamento, inocente.
5. ANÁLISE
Princípio da Presunção de Inocência no ordenamento jurídico.
 O Princípio da Presunção de Inocência está entre as principais garantias constitucionais e é expressamente trazido pelo artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, assegurando o Estado Democrático de Direito.
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos elaborada pela Organização das Nações Unidas em 1948 também o prevê em seu artigo. Com base nessa premissa, ninguém poderá ser considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença, pelo contrário, deve ser tido como inocente e lhe ser assegurado o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório.
 Em regra, o réu deve responder ao processo em liberdade, por ser este um bem individual amplamente tutelado no Brasil, só abaixo do direito à vida. A exceção é quando há forte interesse processual, perdurando a prisão até que sejam cessados seus motivos.
 Esse princípio influencia decisivamente na atuação do Direito Processual Penal. Os operadores do Direito não podem atuar fora dos limites fixados pelo legislador nos diplomas normativos a fim de que não haja o desrespeito à Dignidade da Pessoa Humana, nem sejam aplicadas sanções injustas.
 Isso tudo ocorre hoje porque o Direito Penal, em tempos remotos, era utilizado com má-fé, como instrumento de perseguição pelos que estavam no Poder, de modo que pessoas eram condenadas por causa de interesses particulares, por simples boatos etc.
Por essa razão os recursos foram criados para que possa haver a revisão de tais decisões, a fim de os erros judiciários sejam diminuídos, já que os seres humanos são tão falhos. 
 A culpabilidade é o elemento mais importante do crime. É o juízo derivado de uma conduta tida como típica e antijurídica que recai sobre a pessoa acusada. Nesse sentido, existem discrepâncias entre a culpa presumida e a culpa materialmente comprovada. Presumir a culpa de um indivíduo é relativamente fácil diante do encontro de simples indícios, mas para se condenar alguém é preciso mais, é imprescindível que a acusação, por meio do Ministério Público, demonstre forte comprovação material do que afirma.
O poder da argumentação e sua relação com a falha na defesa técnica e no depoimento das testemunhas
normas e princípios sempre devem ser interpretados de maneira conjunta mediante o caso concreto, razão pela qual é constituída a Hermenêutica Jurídica. Um fator de suma relevância em um julgamento entre a defesa (advogado privado ou público) e a acusação (Ministério Público) é o jogo de argumentos dentro do âmbito desse ampliado rol de interpretação possível.
É substancial que se tenha poder de convencimento/persuasão nas palavras, a fim de que o juiz singular, na primeira instância; os juízes de instâncias elevadas; ou o Tribunal Popular, se convençam do que é defendido.
Contudo, ao retornarmos ao filme em questão, se observa que os argumentos que mais geravam dúvida sobre a culpabilidade do réu deixaram de ser apresentados pelo advogado e foram levantados apenas pelo júri popular, que não são especialistas no assunto.
No Brasil, as testemunhas, em regra, têm o dever de depor, de comparecimento, de comunicar alteração de endereço por um ano e de prestar o compromisso de dizer a verdade. Porém, este último requisito é puramente formal, não existe nada que garanta que o indivíduo não minta perante a autoridade, a não ser sua própria consciência.
Não existem verdades absolutas, situações fáticas podem ser distorcidas dependendo do ponto de vista e do momento vivido por cada um. Isso não acontece necessariamente por má-fé do indivíduo, mas simplesmente pelos seres humanos estarem longe de serem perfeitos. Pessoas erram e testemunhos são falhos. A memória é um mecanismo em que é difícil confiar. 
Os preconceitos implícitos e explícitos no julgamento humano
As pessoas que têm mais chances de serem presas são as que têm um “estereótipo” pré-determinado pela sociedade, aplicado em quase todo o mundo. A maior parte dos presos são pobres e negros, mas não impreterivelmente porque são os que mais cometem infrações penais, e sim porque são facilmente apontados na rua como suspeitos. Do percentual de pessoas inocentes que o projeto citado no final do tópico anterior retirou das prisões dos Estados Unidos, 70% (setenta por cento) eram negros e latinos. Não pode ser coincidência.
No filme, fica claro o preconceito que alguns jurados tinham com as características do jovem suspeito. Um jovem rapaz latino (nascido em Porto Rico), pobre, advindo de um cortiço, ficando entregue à marginalização, se tornando um “selvagem”, segundo as suas próprias palavras.
Tal situação constitui um problema somente do preconceituoso, talvez este não tenha uma vida feliz, provavelmente tem problemas psicológicos e precisa de ajuda, pois ofender os outros nunca deve ser considerado normal. Quem é do bem quer viver em paz.
Além do exposto, o acusado também sofria com a violência doméstica advinda de seu próprio pai, sendo agredido fisicamente de forma recorrente, o que podia tê-lo levado, ou não, a decidir planejar a morte do pai.
tanto na ficção, quanto na realidade, verifica-se como a sociedade, como um todo, ainda é injusta, condena algumas atitudes ou características e aceita outras que deveriam ser repugnantemente reprovadas, deixando de denunciar, porém é substancial recordar que a prática de tortura é equiparada aos crimes hediondos.
omo um meio de alertar as pessoas do quanto é arriscado fazer um julgamento precipitado sobre qualquer assunto, a obra cinematográfica trouxe em meio à cena um ventilador que estava aparentemente quebrado em um dia muito quente, o que fez com que parte dos jurados quisessem encerrar rapidamente a votação e consequentemente votassem pela condenação.
O funcionamento do sistema de jurados (tribunal do júri)
 Há um grande dissenso doutrinário sobre a origem de tal sistema processual penal, mas majoritariamente é dito que ele remonta ao século XVII, na Inglaterra. O que se sabe com convicção é que se fazia um ritual para invocar a presença de Deus naquele momento, a fim de que a decisão tomada fosse a mais acertada.
 No Brasil, ele foi instituído no ano de 1822, durante o período imperial, inicialmente para julgar crimes relacionados à imprensa. Hoje, o júri popular é adotado pelo Código de Processo Penal para julgamento de crimes dolosos contra a vida, e reconhecido no artigo 5º, inciso XXXVIII da Constituição Federal de 1988, mediante as seguintes características[18]: “é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida”.
Chama atenção no filme como o julgamento de alguns é feito com base na íntima convicção de cada um, utilizando-se de experiências próprias de vida, como o jurado nº 03, um pai psicologicamente abalado com o menosprezo do filho, constantemente gritando. Ele julga o réu como se fosse o seu próprio filho. Nessa realidade há de existir a necessária imparcialidade, sob pena do cometimento de graves injustiças por falta de equilíbrio e autocontrole.
 A falta de capacitação técnica faz com que o julgador fique mais vulnerável à emotividade, ao caráter social da conduta e isto de certa maneira é bom, pois ele está ali representando o cidadão comum, a vontade do povo, sendo uma forma de exercer a democracia, mas de outro ângulo não é positivo, afinal ele desconhece como funciona a máquina estatal desde o momento em que o indivíduo foi indiciado e se instaurou o inquérito policial na Delegacia de Polícia Civil ou Federal, de modo que, em regra, não tenha noção dos institutos que rondam o direito queestá lidando, a não ser o que ligeiramente lhes é contado durante a sustentação oral do advogado de defesa e do promotor de justiça.
6. CONCLUSÃO
 A obra passeia por diversos temas para reflexão do público, deixando-o envolvido a cada segundo. Apesar de ter sido elaborada em preto e branco, ser legendada, sem trilha sonora e se passar em praticamente um só cenário, não fica para trás em comparação a nenhum outro filme do gênero.
 Durante a trama foram suscitados temas que transcendem o tempo e os lugares e que fazem parte da vida de qualquer comunidade organizada: o princípio da presunção de inocência, que é acarreado como sendo algo essencial ao processo penal; o sistema do júri popular sendo uma expressão da cidadania; o poder de argumentação como um meio de defesa do acusado; a falha na defesa e nos testemunhos como um empecilho ao julgamento justo e em contrassenso à ampla defesa, ao contraditório e ao devido processo legal e, ainda, os preconceitos difundidos, que, algumas vezes, fazem com que inocentes paguem por ilícitos que não cometeram.
 O diretor trabalhou com tanta maestria que deu significação até ao número do único jurado a entender, inicialmente, que o réu poderia ser inocente. O nº 08 remete ao equilíbrio, à justiça e à consistência no que transmite, inegáveis qualidades do Sr. “Davis”, mas que deveriam pertencer a todos.
 Tem-se uma lição de cinema e de respeito à vida e aos direitos humanos, os quais devem ser fielmente garantidos.
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasil, DF: Senado Federal, 1988.
Doze Homens e uma Sentença. Título original: “12 Angry Men”. Direção: Sidney Lumet. Produção/Distribuição: Fox/MGM. Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E. G. Marshall, JackWarden, Martin Balsam, John Fiedler, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph Sweeney, George Voskovec, Robert Webber. EUA. 1957. Drama. DVD. 96 min.
https://www.jota.info/paywall?redirect_to=//www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/diretos-humanos-e-constituicao/presuncao-de-inocencia-direito-fundamental-e-principio-constitucional-no-brasil-04042018 acessado em 27/03/2019

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