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Saúde Coletiva Aula 2 Transições na população brasileira

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Professora: Larissa Cruz
Campos dos Goytacazes
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - SDE0400
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PADRÕES DE MORBIMORTALIDADE
INTRODUÇÃO
Principais determinates: Aspectos sociodemográficos.
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INTRODUÇÃO
Brasil: mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais.
Considerações
Ampliação de políticas sociais (saúde, educação, trabalho, emprego e assistência social).
↓ Desigualdade social;
Crescimento do país de forma mais inclusiva.
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TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Entretanto, no Brasil verifica-se uma superposição de etapas: convivem
concomitantemente os cenários das doenças transmissíveis e dos agravos
crônicos não transmissíveis.
Tipos de Transição
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INTRODUÇÃO
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
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Atenção: a transição demográfica não ocorre da mesma forma entre as diversas sociedades.
Tipos de Transição
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INTRODUÇÃO
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
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PERÍODO PRÉ-TRANSIÇÃO:  taxas de natalidade e quase estáveis e taxas de mortalidade  e flutuantes →→→ crescimento vegetativo da população é ↓ e sua estrutura etária é jovem. 
PRIMEIRA FASE DA TRANSIÇÃO: os níveis de mortalidade ↓ e os de natalidade mantêm-se elevados →→→ ritmo de crescimento é acelerado e a estrutura etária da população torna-se ainda mais jovem. 
Tipos de Transição
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INTRODUÇÃO
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
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SEGUNDA FASE DA TRANSIÇÃO: inicia-se a ↓ dos níveis de natalidade e persiste a queda dos níveis de mortalidade. As taxas de crescimento da população ↓, e a estrutura etária começa sua grande transformação: inicia-se o processo de envelhecimento. 
Tipos de Transição
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INTRODUÇÃO
TRANSIÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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Tipos de Transição
Possíveis justificativas para este fenômeno: 
Ocupação demográfica: uma população rural (66% nos anos 50) para uma condição de país predominantemente urbano (80% das pessoas atualmente vivendo nos centros urbanos); 
 Inserção da mulher no mercado de trabalho (principalmente na década de 70);
Redução da prática de atividade física (  da utilização de recursos tecnológicos).
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INTRODUÇÃO
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Transição Alimentar e Nutricional
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INTRODUÇÃO
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Transição Alimentar e Nutricional
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INTRODUÇÃO
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Transição Alimentar e Nutricional
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INTRODUÇÃO
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Considerações
Consequência das transições: 
> expectativa de vida e ↓ do número de filhos por mulher;
Mudanças importantes no padrão de saúde (deixaram de ser doenças agudas e passaram a ser crônicas) e consumo alimentar da população brasileira.
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INTRODUÇÃO
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Considerações
MS: visa a modificação do estilo de vida da população brasileira, principalmente, sobre a prática alimentar e atividade física. 
1)Comer frutas e verduras variadas, pelo menos duas vezes por dia; 
2. Consumir feijão pelo menos quatro vezes por semana; 3. Evitar alimentos gordurosos como carnes gordas, salgadinhos e frituras; 
4. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele do frango; 
5. Nunca pular refeições: fazer três refeições e um lanche por dia. No lanche escolher uma fruta; 
6. Evitar refrigerantes e salgadinhos de pacote;
 7. Fazer as refeições com calma e nunca na frente da televisão;
 8. Aumentar a sua atividade física diária. Ser ativo é se movimentar. Evitar ficar parado, você pode fazer isto em qualquer lugar; 
9. Subir escadas ao invés de usar o elevador, caminhar sempre que possível e não passar longos períodos sentado assistindo à TV; 
10. Acumular trinta minutos de atividade física todos os dias.
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Sugestão de Leitura
Estudo descritivo com dados dos Censos Demográficos de 1950 a 2010.
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Bibliografia Básica 
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN N° 380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências.
FRANCO, Laércio Joel. Fundamentos de Epidemiologia. 2. Ed. Barueri, SP: Manole, 2011.
MALUF, Renato Sérgio Jamil. Segurança Alimentar e Nutricional. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2007.
SILVA, Maria Ozanira da Silva. Avaliando o Bolsa Família: unificação, focalização e impactos. São
Paulo: Cortez, 2010.
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Bibliografia Complementar (disciplina)
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional- SISVAN: orientações básicas para a coleta, processamento e análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
KAC, Gilberto (org.). Epidemiologia Nutricional. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ/Atheneu, 2007.
MANCINI, Marcio C. et al. Tratado de Obesidade. São Paulo: AC Farmacêutica, 2010.
MONTEIRO, C.A. (org). Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças. São Paulo, Hucitec/NUPENS-USP, 2000.
VALENTE, Flavio Luiz Schieck. Direito Humano à Alimentação: desafios e conquistas. São Paulo:Cortez, 2002.
Desde a década de 60, as modificações nos padrões de morbimortalidade da população vêm sendo estudadas e analisadas sob o enfoque dos processos de
transição demográfica, transição epidemiológica e transição nutricional (PINHEIRO et al., 2004). Na prática, o que se observa é a evolução da alta morbidade e mortalidade por doenças infecciosas para problemas de saúde caracterizados predominantemente por agravos crônicos não transmissíveis (LAURENTI, 1990). Tais doenças compõem um grupo de condições que apresentam, de forma geral, longo período de latência, tempo de evolução prolongado, etiologia não totalmente elucidada, lesões irreversíveis e complicações que acarretam graus variáveis de incapacidade ou óbito. 
Todas estas transições estão relacionadas entre si, e atingem cada população em uma intensidade diferente, tendo os aspectos sociodemográficos como principais determinantes. Nas últimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que evidenciaram transformações no modo de vida da população a ampliação de políticas sociais na área de saúde, educação, trabalho e emprego e assistência social contribuiu para a redução das desigualdades sociais e permitiu que o País crescesse de forma inclusiva.
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 ocasionando uma família economicamente dependente da participação da renda da mulher no sustento da família. Com isso, perde-se um pouco da figura da mulher “dona do lar”, o que transforma a qualidade da alimentação, uma vez que a mesma não dispõe de tanto tempo para preparar as refeições com tanta qualidade, preferindo alimentos industrializados, e até mesmo a realização das refeições fora do lar, principalmente em restaurantes, 2002).
quando consumidos em excesso. A utilização de recursos tecnológicos também contribui efetivamente para o aumento do sedentarismo da população. Portões eletrônicos, escadas rolantes, vidros automá- ticos, veículos motorizados e o uso crescente de equipamentos domésticos como máquinas de lavar roupa e louça, ao invés de fazê-lo manualmente, são apontados como grandes responsáveis pela redução do gasto energético com atividades diárias (PITANGA, 2002; FRUTUOSO et al, 2003; MENDONÇA & ANJOS, 2004)
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caracterizada pela alteração de um modelo caracterizado pelo predomínio das doenças infecciosas, parasitárias e carenciais para um modelo de doenças crônicas não transmissíveis associadas ao sobrepeso – obesidade, às dislipidemias, à síndrome metabólica entre outras. Entretanto, no Brasil verifica-se uma superposição de etapas, assim concomitantemente convivem os cenários das doenças transmissíveis e das doenças crônicas não transmissíveis. 
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caracterizada pela alteração de um modelo caracterizado pelo predomínio das doenças infecciosas, parasitárias e carenciais para um modelo de doenças crônicas não transmissíveis associadas ao sobrepeso – obesidade, às dislipidemias, à síndrome metabólica entre outras. Entretanto, no Brasil verifica-se uma superposição de etapas, assim concomitantemente convivem os cenários das doenças transmissíveis e das doenças crônicas
não transmissíveis. 
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 Crescimento vegetativo é o valor obtido através da diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de determinada região. Juntamente com o índice migratório, o crescimento vegetativo ajuda a definir o crescimento demográfico do local observado.
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 O impacto da redução do componente juvenil da razão de dependência ainda não foi superado pelo aumento do componente idoso. O país encontra-se em transição, em rápido processo de envelhecimento, e novos desafios se apresentam, como ampliar e aprimorar a atenção à saúde dos idosos. É fundamental que na elaboração de políticas públicas para as áreas sociais – especialmente para a área da Saúde –, seja levado em consideração o processo de transição demográfica no país com suas diferenças regionais.
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 ocasionando uma família economicamente dependente da participação da renda da mulher no sustento da família. Com isso, perde-se um pouco da figura da mulher “dona do lar”, o que transforma a qualidade da alimentação, uma vez que a mesma não dispõe de tanto tempo para preparar as refeições com tanta qualidade, preferindo alimentos industrializados, e até mesmo a realização das refeições fora do lar, principalmente em restaurantes, 2002).
quando consumidos em excesso. A utilização de recursos tecnológicos também contribui efetivamente para o aumento do sedentarismo da população. Portões eletrônicos, escadas rolantes, vidros automá- ticos, veículos motorizados e o uso crescente de equipamentos domésticos como máquinas de lavar roupa e louça, ao invés de fazê-lo manualmente, são apontados como grandes responsáveis pela redução do gasto energético com atividades diárias (PITANGA, 2002; FRUTUOSO et al, 2003; MENDONÇA & ANJOS, 2004)
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Em contrapartida, foi constatada uma redução considerável no consumo de carboidratos complexos, frutas, verduras e legumes. Esse fato gera um quadro de excesso calórico por conta da elevada ingestão de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos), e deficiência de micronutrientes (vitaminas e minerais) (ESCODA, 2002).
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A comprovação de que a transição nutricional acarretou sérias alterações ao longo do tempo é notória. A diminuição progressiva da desnutrição e o aumento do excesso de peso, independentemente de idade, sexo ou classe social é uma realidade que há tempos os estudos demonstram.
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