01.13 Fiação abre

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Um grupo de trabalho envolvendo a EDP Bandeirante e empresas de telecomunicações foi criado, em 2013, para dar um jeito na caótica fiação dos postes de Mogi das Cruzes. Apesar de estarem com o projeto em andamento há quase três anos, ainda é bastante comum encontrar fios soltos, jogados nas calçadas ou em ruas, em diversas ruas da Cidade, desde o Centro até bairros mais periféricos.
Além do risco a veículos e pedestres, em alguns casos o problema pode também causar prejuízos. Na Avenida Japão, o poste localizado na frente de um estúdio fotográfico está com o cabeamento enrolado na estrutura. A fiação é volumosa e alcança o chão. Emaranhada junto à fiação estava uma peça de ferro, possivelmente utilizada no alto do poste, para sustentar o cabeamento. Segundo a assistente de fotografia Meire Neves, de 35 anos, alguns clientes podem ficam receosos em passar por ali.
“A gente ficou bem preocupado porque esta é uma época de muita chuva”, relata. A gambiarra está do mesmo jeito há, pelo menos, dois meses. “No início, o fio estava todo caído no chão. Era perigoso alguém tropeçar, mas alguém enrolou ele no poste. Eu achei que arrumariam, mas até agora não fizeram mais nada”, conta. 
A Avenida Japão tem diversos postes com o mesmo problema. Em uma passada rápida, foi possível encontrar seis deles. No poste seguinte ao do estúdio fotográfico, ainda na mesma rua, a fiação está caída em cima de uma árvore. A bagunça se repete na Rua Pedro José de Araújo, no Conjunto São Sebastião, bairro predominantemente residencial.
A fiação excedente nos postes pertence às empresas de telecomunicações atuantes em Mogi das Cruzes. O cabeamento que geralmente fica jogado no chão ou ao alcance das pessoas, portanto, não está ligado à rede elétrica. Mesmo assim, a situação assusta, principalmente após a notícia da morte de quatro pessoas, causada pela descarga elétrica de um fio de alta tensão que atingiu o veículo da família, na semana passada, no Rio de Janeiro.
O Centro também tem vários pontos onde a fiação está irregular nos postes. Na Rua Doutor Ricardo Vilela, por exemplo, o cabeamento que estava solto no chão foi enrolado e deixado na janela de um imóvel fechado. Isso já tem quase dois meses também. Na esquina das ruas Doutor Corrêa e Coronel Cardoso de Siqueira a fiação está enrolada até a base do poste.
Na Avenida Fernando Costa, o poste localizado na frente da Original Veículos, também está coma fiação fora do lugar. O segurança Orlando Mota Chaves, de 42 anos, percebeu o problema no início da semana. “É complicado, porque o fia está jogado na avenida. Pode enroscar em um carro e causar um acidente sério”, observa.
Em nota, a EDP Bandeirante afirma que vai vistoriar os pontos citados nesta matéria e acionar a empresa compartilhante se o problema estiver relacionado ao cabeamento de telecomunicações.