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ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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1 
 
 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
Cássia Nogueira Barros
1 
Ruth da Conceição Costa e Silva Sacco
2 
 
 
1 
Farmacêutica. Discente do Curso de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária IFAR/PUC-GO. 
2
 Cirurgiã-Dentista. Mestre em Saúde Coletiva (ISC/UFBA). Professora do IFAR/PUC-GO. 
Endereço: IFAR - Instituto de Estudos Farmacêuticos. SHCGN 716 BL B Lj 05 Brasília-DF. 
CEP: 70770-732. E-mail: ruth.sacco@bol.com.br 
 
Resumo 
 
Desde a sua implantação na segunda metade da década de 90, a Estratégia Saúde da Família (ESF) vem passando 
por transformações significativas, dentre elas esforços e investimentos concentrados na Atenção Básica, para sua 
consolidação. O artigo apresenta - por meio de um estudo quantitativo, descritivo, documental e de caráter 
retrospectivo, realizado por meio de pesquisa bibliográfica – a importância do farmacêutico na (ESF), bem como 
dados nacionais acerca de sua presença nas equipes da Estratégia. Por ser constituída por equipe multidisciplinar, 
a ESF tem papel significativo no nível primário de atenção à saúde. Dessa forma a inclusão do farmacêutico na 
formação da equipe é um passo fundamental para aperfeiçoar a comunicação entre os diferentes profissionais de 
maneira a conferir uma terapia medicamentosa racional e segura àqueles que dela necessitam em especial a 
população idosa, grupo suscetível a riscos diversos provenientes de seu estado fisiológico e da politerapia a que, 
geralmente, estão submetidos. Apesar de o farmacêutico não estar presente na maioria das equipes existentes no 
Brasil, verifica-se que sua presença resulta em níveis baixos de problemas relacionados ao uso de medicamentos, 
fator que deve ser considerado na incorporação desses profissionais na ESF. 
 
 
Palavras-Chave: 
Atenção Básica, Assistência Farmacêutica, Estratégia Saúde da Família. 
Abstract 
Since its implantation at the second half of ninety decade, the Family’s Health Strategy (FHS) has been passing 
through significant changing, among them efforts and investments concentrated in the Basic Attention, for its 
consolidation. The article presents – through a quantitative study, descriptive, documentary and retrospective 
character, made by bibliographic research – the pharmaceutical’s importance in the (FHS), as well as national 
information about is presence in the strategy teams. To be formed by a multidisciplinary team, the FSH has a 
significant role in the primary level of health attention. This way, the pharmaceutical inclusion in the formation 
of the team its a fundamental step to improve the communication between the different professionals that will 
give a rational and safe drug therapy for those who need specially the elderly people , susceptible group to 
several risks from their physiological status and for the polytherapy that usually are submitted to. Despite the 
pharmaceutical don’t be present in the majority of the teams in Brazil, his presence results in low levels of 
problems associated to the use of drugs, factor that must to be considered on the incorporation of these 
professionals in FHS. 
 
Keywords: 
Basic Attention, Pharmaceutical Assistance, Family’s Health Strategy 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A saúde é um direito social previsto e garantido na Constituição Federal de 1988 
(BRASIL, 1988). Esse direito foi institucionalizado com a criação do Sistema Único de Saúde 
(SUS), que, por sua vez, foi regulamentado pela Lei Federal 8.080 de 19 de Setembro de 
1990, a Lei Orgânica da Saúde (BRASIL, 1990). 
Escorel et al (2007) afirmam que a implantação do SUS nos anos 90 
fundamentou-se em princípios, dentre os quais citam a universalidade, caracterizada pelo 
acesso a todos os níveis de assistência, sem discriminação; a descentralização, com comando 
único em cada esfera de governo; e a participação popular, significando a atuação popular em 
segmentos sociais organizados nas Conferências e Conselhos de Saúde e em colegiados de 
gestão nos serviços de saúde. 
A Atenção Primária é definida como um nível de atenção onde o sistema é 
ordenado em Atenção Primária e Atenção Especializada, sendo essa última subdividida em 
média e alta complexidade, o que abre uma porta para todas as necessidades e problemas 
envolvendo a saúde. Além disso, passa a centrar sua abordagem na prevenção e promoção da 
saúde, incorporando outros profissionais, invertendo a priorização da abordagem curativa e 
centrada unicamente no médico (VENÂNCIO et al, 2008). 
O fortalecimento da Atenção Básica de saúde somente aconteceu na metade dos 
anos 90, mas precisamente com a Norma Operacional Básica de 1996 – NOB 96 (BRASIL, 
1996), quando programas, esforços e investimentos passaram a se concentrar na Atenção 
Básica, com a adoção do Programa Saúde da Família (PSF) e do Programa Agente 
Comunitário de Saúde (PACS), e ainda pela criação do Piso de Atenção Básica (PAB) com 
base no valor per capita, além de outros incentivos (ESCOREL et al, 2007). 
No Brasil, a Atenção Básica é compreendida como um somatório de ações 
situadas no nível básico (1º nível) de atenção do sistema de saúde. Essas ações são dirigidas à 
promoção e proteção da saúde, à prevenção de agravos, ao tratamento e à reabilitação, 
acrescido hoje do programa saúde bucal (BRASIL, 1990). 
O Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Atenção Básica, arrola 
no conceito de Atenção Básica ações que envolvem o exercício de práticas gerenciais e 
sanitárias democráticas e participativas, levando ao contato direto do usuário com os sistemas 
de saúde (BRASIL, 2006). Ela estabelece alguns itens indispensáveis para a execução de 
3 
 
ações de Atenção Básica nas esferas Distrital e Municipal. Dentre eles cita-se a existência de 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), com ou sem Saúde da Família, inscritas no Cadastro 
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que possuam em sua estrutura equipes 
multiprofissionais; consultórios médico, odontológico e de enfermagem para os profissionais; 
equipamentos e materiais adequados de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica. 
Assim, torna-se um eixo estruturante da Atenção Básica (BRASIL, 2006). 
Utilizar novas bases, centradas na família e no ambiente físico e social em que se 
encontra o indivíduo, possibilitando ampliar a compreensão do processo saúde-doença e da 
necessidade de intervenções que vão além das práticas curativas, é objetivo da Estratégia 
Saúde da Família (ESF), citada por Merhy (apud Venâncio et al, 2008). Um dos princípios da 
Estratégia é reorganizar a Atenção Básica no País, levando em consideração os preceitos do 
SUS. O objetivo é substituir a rede tradicional por meio de ações como o cadastramento 
domiciliar e o diagnóstico situacional local que será a base para a realização de projetos e 
atividades pró-ativos centrados na família e na comunidade e ser um espaço aberto para o 
exercício da cidadania (BRASIL, 2006). 
 
A Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2006) relaciona algumas 
características do processo de trabalho das ESF: 
1. Atualização do cadastro das famílias e dos indivíduos e utilização dos dados para 
análise situacional de saúde, levando em consideração as características sociais, econômicas, 
culturais, demográficas e epidemiológicas do local; 
2. O território de atuação deve ser preciso, com mapeamento e reconhecimento da área 
envolvida e atualização contínua; 
3. O risco à saúde deve ser o parâmetro utilizado para a realização do diagnóstico, da 
programação e da implementação das atividades que levem à solução dos problemas; 
4. A prática do cuidado familiar deve ser ampliada, efetivada por meio do conhecimento 
da estrutura e funcionalidade das famílias; 
5. O trabalhodeve ser interdisciplinar e em equipe, valorizando os diversos saberes; 
6. As ações intersetoriais devem ser promovidas e desenvolvidas através de parcerias e 
projetos sociais voltados para a promoção da saúde; e 
7. Deve haver participação da comunidade no controle social, planejamento, execução e 
avaliação das ações implementadas. 
4 
 
Compõe a ESF uma equipe formada por, no mínimo, 1 (um) médico generalista, 1 
(um) enfermeiro, 1 (um) auxiliar de enfermagem e de 4 a 6 Agentes Comunitários de Saúde 
(ACS) (BRASIL,2002). Essa equipe trabalha com um modelo que envolve área de atuação 
pré-definida, com população e famílias pré-cadastradas; dessa forma, a unidade saúde da 
família é uma ponte entre a população e a Atenção Básica, por meio da identificação de 
problemas de saúde e situações de risco (ESCOREL et al, 2007). 
Atualmente, o Brasil tem enfrentado mudanças na sua estrutura populacional, o 
que reflete no aumento da expectativa de vida e consequentemente em um processo de 
envelhecimento acentuado da população. Ambos os processos dependem do uso contínuo dos 
sistemas de saúde, inclusive de medicamentos e correlatos que auxiliem no controle das 
doenças crônicas e degenerativas, que tendem à maior prevalência na população idosa. Assim, 
o medicamento torna-se insumo essencial e a atuação farmacêutica visa garantir o acesso ao 
tratamento medicamentoso e o uso racional dos fármacos. 
A Atenção Farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica, 
é uma prática que promove a interação do farmacêutico com o usuário, com o fim de uma 
farmacoterapia racional e obtenção de resultados definidos e mensuráveis (BRASIL, 2004). 
 Enquanto a Atenção Farmacêutica é conceituada como o fornecimento 
responsável do tratamento farmacológico para melhora da qualidade de vida do paciente, a 
Assistência Farmacêutica é definida como um conjunto de ações, que envolve desde a 
pesquisa até a avaliação da utilização de produtos e medicamentos que tem por finalidade 
promover, proteger e recuperar a saúde, sendo que, a Assistência Farmacêutica mais 
abrangente, é o enfoque da ESF, por meio da atuação do farmacêutico (BRASIL, 2004). 
Incorporar o farmacêutico às equipes de saúde da família é garantir o uso racional 
de medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade e dos custos com a 
farmacoterapia (VIEIRA, 2007). Para este autor, condições que sejam determinantes para o 
estado de saúde do indivíduo e/ou da população, como conscientização, orientação e 
conhecimento, também estão na área de atuação do farmacêutico. 
Apesar de não fazer parte da equipe mínima da ESF, a participação do 
farmacêutico é relevante na orientação dos usuários quanto ao uso, à adesão e à terapia de 
medicamentos, principalmente porque, no novo contexto da Atenção Básica, as Unidades 
Básicas de Saúde da Família se tornaram ponto de distribuição de medicamentos, fazendo-se 
necessário garantir um controle desde a aquisição até dispensação, sendo o profissional 
5 
 
farmacêutico o responsável pelo conjunto desse processo, que caracteriza a Assistência 
Farmacêutica (ARAÚJO et al, 2005; CANABARRO; HAHN, 2009). 
 Em uma pesquisa com profissionais integrantes da equipe ESF de um município 
do sul do Brasil, Loch-Neckel e colaboradores, (2009) concluíram que, o que precisa ser 
implantado para o sucesso do programa é a integralidade da atenção básica e a atuação da 
equipe ESF de forma interdisciplinar. Isso se evidencia nas tarefas que são executados além 
das competências da equipe mínima, como a dispensação de medicamentos. Quando se 
referiram ao acolhimento, alguns entrevistados relataram a importância do farmacêutico nesse 
núcleo, sendo também citado espontaneamente como necessário na formação da equipe. 
Em um estudo de caso realizado no município de Florianópolis, Foppa et al 
(2008) mostraram a importância do farmacêutico na equipe ESF e sua indispensável 
colaboração na resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM’s) em todos os 
quatro participantes do estudo. Dentre eles, podem-se citar dúvidas relativas a diferentes 
prescrições para um mesmo problema, ausência de dados como posologia e ilegibilidade das 
prescrições, o que foi solucionado com o encaminhamento do paciente ao médico, o qual, 
percebendo a proximidade do paciente com o farmacêutico, solicitou a este o 
acompanhamento para verificar a segurança e eficácia do novo tratamento. 
O propósito desse estudo foi apresentar considerações acerca da atuação do 
farmacêutico na ESF, bem como realizar levantamento nacional sobre seu quantitativo nas 
equipes da ESF. 
 
2. METODOLOGIA 
O presente trabalho é um estudo quantitativo, descritivo, documental e de caráter 
retrospectivo, realizado por meio de pesquisa bibliográfica nos sítios da Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Scientific Electronic Library 
Online (SCIELO), da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA). 
A pesquisa em periódicos foi realizada utilizando-se os termos: atenção básica, 
estratégia saúde da família, atenção farmacêutica, assistência farmacêutica, saúde no Brasil, 
atuação do farmacêutico na saúde da família e farmacêutico. Assim, foram utilizados 23 
documentos entre artigos e normas regulamentares da saúde. 
6 
 
Os dados estatísticos sobre as equipes da ESF foram obtidos junto ao 
Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS), por meio de mensagem 
eletrônica. 
 
3. DISCUSSÃO E RESULTADOS 
3.1 Cobertura da ESF no Brasil 
A Estratégia Saúde da Família institucionalizada em 1994 foi criada para suprir as 
necessidades de saúde onde o risco social era mais acentuado. Desde então, o Ministério da 
Saúde passou a considerá-lo um método a ser utilizado pelos gestores de saúde locais a fim de 
iniciar um modelo de amparo aos serviços e ações de saúde, diferenciando-o do modelo 
tradicional e elevando a saúde para mais perto do indivíduo, da família, da comunidade 
(ESCOREL et al, 2007; SANTANA; CARMAGNANI, 2001). 
Segundo o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS), 
o histórico de implantação da ESF em âmbito nacional data de 1994. Em 1998, a presença das 
equipes era mais acentuada nos estados de Tocantins, Minas Gerais e Ceará. Já no ano de 
2011, o programa expandiu sua cobertura quantitativa e geográfica, alcançando a quase 
totalidade dos municípios brasileiros, traduzindo uma crescente adesão dos gestores 
municipais. A figura 1 abaixo apresenta a imagem gráfica do incremento das equipes da ESF 
no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: DAB/MS (2011). 
 
Figura1: Quantitativo de ESF implantadas em 1998 e em 2011. 
 
 
7 
 
Em 2002, Silva e Hartz fizeram um levantamento sobre a evolução da 
implantação da ESF no Brasil. Até 2001, apenas 3.902 municípios tinham implantado o 
programa, correspondendo a 70,2% deles. O perfil de cobertura em cada estado variava, e em 
1998, somente no Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Tocantins foi maior que 30%. No ano 
de 2001, em 20 estados, mais de 30% dos municípios implantaram o ESF com cobertura 
elevada. 
Atualmente, conforme dados do DAB/MS (2011) são 5.564 municípios mais o DF 
que possuem ESF, onde estão distribuídas 32.295 equipes, cobrindo uma população de 
101.884.067 num total de 190.755.799 habitantes. As equipes da ESF estão distribuídas 
conforme a figura 2. 
Sem considerar o quantitativo populacional e a área geográfica de cada estado, há 
uma considerável desigualdade na distribuição das equipes. Minas Gerais é o estado com 
maior número de equipes, seguido de São Paulo e Bahia. Verifica-se também,que Acre, 
Amapá, Distrito Federal e Roraima são as Unidades da Federação com menor implantação da 
ESF. 
 
 
 Fonte: DAB/MS, 2011. 
 
Para observar comparativamente os estados, é necessário verificar a população 
residente de cada um em relação ao número de equipes da ESF e a cobertura por elas 
alcançada. Para a ESF, assim como para vários programas governamentais, a cobertura é 
disponibilizada por meio de um indicador que mede a porcentagem de pessoas que são 
8 
 
atendidas pela Estratégia, a qual pode ser influenciada por vários fatores como 
socioeconômicos e por políticas públicas assistenciais e preventivas. A tabela 1 apresenta, de 
maneira sistemática, essas informações. 
 
Tabela 1: Quantitativo de Municípios por Unidade da Federação, sua população, nº de 
equipes da ESF e a cobertura populacional 
 
 Fonte: DAB/MS, 2011. 
 
Minas Gerais é o estado com maior número de municípios (n=853) e com segunda 
maior população (19.597.330 habitantes), no entanto, apesar de ter o maior número de equipes 
da ESF (n=4.333), apenas 69,8% de sua população está coberta pelo programa. São Paulo, 
com 3.524 equipes, cobre uma população de 11.848.882 habitantes, o que corresponde a 
28,7% de cobertura. Com 96,6% de cobertura pelo programa, o estado do Piauí, com 224 
municípios e uma população de 3.118.360, conta com 1.108 ESF. 
Ao compararmos a população total de um estado com a população atendida pela 
ESF, verifica-se uma disparidade na maioria das UF. Essa diferença mostra que, embora a 
ESF esteja em todo o território nacional, sua distribuição mostra-se desigual. Parece haver 
uma relação inversa entre o porte populacional, a quantidade de municípios dentro de uma 
mesma UF, e a cobertura da ESF. Excetuando-se as UF da Região Norte, de modo geral, os 
estados em que se observou uma cobertura de mais de 75% da população, possuem menos de 
230 municípios, como Rio Grande do Norte, Tocantins, Paraíba e Piauí. As figuras 3a e 3b 
apresentam o comparativo entre população total e a população coberta. 
 
 
 
9 
 
Figuras 3a: Comparação entre a população total e a cobertura da ESF por UF 
 
 Fonte: DAB/MS, 2011. 
 
Figura 3b: Comparação entre a população total e a cobertura da ESF por UF 
 
 
 Fonte: DAB/MS, 2011. 
 
Essa diferença de cobertura da ESF é corroborada por Silva e Hartz (2002), os 
quais identificaram em sua pesquisa que a adesão foi maior nos municípios menores, a 
princípio devido à estigmatização de que o programa seria apenas para os locais mais 
necessitados e com menos recursos. Prova disso é que, na maioria dos municípios onde a 
população é de até 50.000 pessoas, a cobertura do programa chega a 100% segundo dados do 
DAB/MS (2011). 
10 
 
Outro fator pode estar relacionado às questões burocráticas que envolvem a 
implantação da ESF, principalmente quanto à responsabilidade de cada esfera do Governo e 
das funções dos profissionais envolvidos; o que é percebido é uma atenção muito maior à 
administração e à manutenção do incentivo financeiro do que a otimização da política, além 
da incapacidade técnica de muitos gestores (RONZANI; VAN STRALEN, 2003). 
Giovanella e colaboradores (2009) realizaram um estudo de caso onde abordaram 
tanto os limites quanto as possibilidades de a ESF ser a ponte para uma atenção primária 
integral. Concluíram então que, na rede assistencial, a ESF é o principal meio de acesso à 
saúde, principalmente nos lugares onde há a preocupação em conjugar as demandas 
espontâneas e as programadas com estratégias diversas, dentre elas o atendimento diário 
àquelas. 
A falta de planejamento de políticas públicas de saúde, de integração de ações de 
saúde com outros setores e de homogeneidade dos profissionais na atuação da ESF são citadas 
por Ronzani e van Stralen (2003) como problemas a serem enfrentados na uniformização das 
práticas de Atenção Primária à Saúde (APS). Citam ainda que, tanto gestores quanto equipes 
da ESF, devem ter a consciência de que as práticas de saúde vão além da doença, envolvendo 
todo um contexto histórico, cultural e social, fenômeno que exige a intersetorialidade nas 
práticas de saúde. 
Nos países em desenvolvimento, há uma tendência de investimento em 
tecnologias avançadas utilizadas na atenção especializada, à qual a maioria da população não 
tem acesso, em detrimento das ações voltadas a atenção primária. Além disso, em muitos 
municípios a implantação da ESF tem por finalidade a entrada de recursos, e não uma forma 
de efetiva mudança nas condições de saúde da população (RONZANI; VAN STRALEN, 
2003). 
Quando são consideradas as regiões brasileiras, verifica-se que o Nordeste possui 
a maior quantidade de equipes, por possuir mais municípios e por ser, historicamente, a região 
com mais necessidades de saúde. A região Centro-Oeste, com três estados e a Capital Federal 
está em última posição em quantitativos de equipes, como mostrado na figura 4 abaixo. Mas, 
com uma população de quase 50.000.000 habitantes, o Nordeste conta com 77,5% de 
cobertura do programa; enquanto que o Centro-Oeste, com uma população de pouco mais de 
14.000.000 habitantes, tem apenas 53,2% de cobertura. 
11 
 
 
 Fonte: DAB/MS, 2011. 
 
3.2 Presença do farmacêutico nas ESF 
Como parte integrante da Política Nacional de Saúde, a Política Nacional de 
Assistência Farmacêutica tem, dentre seus princípios, ações que envolvem o medicamento 
como essencial no processo de promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo que as 
práticas referentes à assistência farmacêutica devem ocorrer de forma integrada à equipe de 
saúde, com ação mútua entre o farmacêutico e o usuário do serviço de saúde (BRASIL, 2004). 
Um dos princípios da Política Nacional de Assistência Farmacêutica está 
relacionado à prática de políticas setoriais, dentre elas a de medicamentos, que é insumo 
indispensável, devendo seu acesso e uso serem de forma racional (BRASIL, 2004). 
Em 2008, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 154, de 24 de Janeiro de 
2008, criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), com o objetivo de fortalecer as 
ESF através do trabalho em parceria, no intuito de melhorar o processo de territorialização e 
regionalização. Cada NASF é um grupo multiprofissional, incluindo o farmacêutico, que atua 
de forma interdisciplinar apoiando as ESF em ações individuais e coletivas. Segundo a 
portaria, a Assistência Farmacêutica no NASF tem por meta incluir, não somente a atividade 
farmacêutica, mas principalmente o farmacêutico nas ações de Atenção Básica, garantindo o 
acesso e o uso racional de medicamentos (BRASIL, 2008). 
Dentre algumas ações de Assistência Farmacêutica que devem ser executadas pelo 
farmacêutico participante da ESF estão a “coordenação e a execução das atividades de 
Assistência Farmacêutica no âmbito da ESF, assim como o auxílio de gestores e da equipe de 
12 
 
saúde no planejamento de ações e serviços de Assistência Farmacêutica, garantindo a 
integralidade e a intersetorialidade das ações de saúde, além de assegurar o uso racional de 
medicamentos” (BRASIL, 2008). 
Segundo dados do CNES (2011) a presença do farmacêutico nas ESF está 
distribuída nas Unidades da Federação de acordo com a tabela 2. Verifica-se que Santa 
Catarina é o estado com maior presença de farmacêutico (n=35), seguida de São Paulo (n=11) 
e do Ceará (n=8). Por outro lado, 10 (dez) estados e a capital não possuem farmacêuticos em 
suas equipes. 
Verifica-se também que, a presença do farmacêutico não está condicionada a 
nenhum fator como quantidade de ESF ou populacional, uma vez que suapresença na equipe 
está vinculada a necessidades e características dos serviços de saúde locais, através de uma 
proposta de trabalho do gestor local (BRASIL, 1997). 
 
Tabela 2: Quantidade de Farmacêuticos distribuídos nas ESF por UF 
 
 Fonte: CNES/2011 
 
3.3 O idoso e o uso de medicamentos 
A prevalência e o mau uso de medicamentos entre idosos são questões que devem 
ser abordadas como de relevância, pois constituem um problema de saúde pública. Primeiro, 
pela mudança do perfil demográfico da população, que está no processo de transformação de 
13 
 
jovem para idosa, e segundo, porque esse processo de envelhecimento se reflete no perfil de 
morbimortalidade da população. 
Em 1999, o grupo de pessoas com mais de 60 anos não passava de 9,1% e, em 
2020, deve alcançar 13%, segundo estimativa do IBGE. Segundo dados deste de 2010, 
pessoas com 60 anos ou mais correspondem a aproximadamente 11% da população. No 
Distrito Federal, 7,68% da população é idosa (BRASIL, 2010). 
Em sua maioria, os idosos possuem problemas crônicos e degenerativos, 
aumentando a sobrevida e requerendo atendimento especializado e demanda por 
medicamentos. O risco de reações adversas é aumento devido a mudanças farmacocinéticas e 
farmacodinâmicas próprias da idade avançada (LIEBER-ROMANO et al, 2002). 
A irracionalidade no uso de medicamentos por parte da sociedade brasileira, que 
ocorre tanto pela automedicação quanto pelo uso desnecessário, é fator que promove o 
aumento da demanda por medicamentos. Na população idosa essa realidade é aumentada 
devido às condições fisiológicas e a ocorrência de doenças crônicas, como diabetes e 
hipertensão arterial, o que altera consideravelmente as demandas sociais (BRASIL, 2006). 
As pessoas com 60 anos ou mais estão entre 23% da população nacional que 
consome 60% da produção de medicamentos no Brasil. Um estudo realizado por Flores e 
Mengue (2005) corroborou essa estatística. Os mesmos concluíram que, dentre outros, o 
acesso facilitado ao medicamento e outras ações de orientação não farmacológicas para tratar 
problemas médicos, tem contribuído para o consumo indiscriminado de medicamentos entre 
idosos. Chamam atenção à importância da orientação quanto aos perigos que envolvem o uso 
concomitante de medicamentos, que podem levar a interações medicamentosas e reações 
adversas. 
Oliveira et al (2012), em um estudo sobre a prevalência da automedicação em 
idosos e fatores associados, perceberam que, de 1.515 idosos entrevistados, 1.222 referiram o 
uso de medicamento com consumo médio por idoso de 3,1, sendo que, desses, quase 25% 
referiram o uso de pelo menos 5 medicamentos. Dentre a amostra, 91,1% utilizaram, 
exclusivamente, a prescrição de profissional legalmente habilitado para o consumo, e 
aproximadamente 8,5% referiram consumo de medicamentos prescritos e não prescritos ao 
mesmo tempo. 
Nesse mesmo estudo, os autores elencam alguns fatores que, com o tempo e após 
ajustes, diminuem consideravelmente a automedicação. Dentre eles, cita-se o aumento da 
14 
 
idade e a ampliação da renda, quando se leva em consideração a faixa etária, escolaridade e 
renda per capita associadas ao consumo de medicamentos não prescritos. Além disso, a 
prevalência de automedicação mostrou-se reduzida entre pacientes com doenças crônicas e 
que procuraram os serviços ou profissionais de saúde nos 15 dias anteriores. 
O farmacêutico é citado por Oliveira et al (2012) como o responsável para a 
realização de aconselhamento – Assistência Farmacêutica - sobre os medicamentos que 
dispensa, sendo fundamental sua participação no uso racional de medicamentos. 
Barbosa (2009) considera o farmacêutico como aquele que atua na otimização da 
farmacoterapia, a qual envolve todas as áreas, da fabricação à dispensação e pós-dispensação, 
além da articulação com outros profissionais de saúde na Atenção primária, principalmente na 
capacitação dos mesmos. Cita ainda um ponto que pode indicar uma integração entre a 
atuação farmacêutica e a equipe ESF, que é a confirmação clínica entre suspeitas de reações 
adversas a fim de evitar maiores danos aos usuários, ação que é ínfima entre os farmacêuticos. 
Redução de riscos ao utilizar medicamentos que interagem entre si ou de classes 
semelhantes prescritos e redução da não adesão à terapia são consequências do 
acompanhamento farmacoterápico entre usuários na atenção primária (BARBOSA, 2009). 
Oliveira et al (2012) atribui à assistência farmacêutica a baixa prevalência de 
automedicação entre idosos, somada a outros critérios como serviços de saúde utilizáveis. 
 
4. CONCLUSÃO 
Os resultados obtidos sugerem que a ESF, apesar de estar em constante processo 
de evolução, ainda necessita de muitas melhorias, e uma delas é a atuação multidisciplinar. O 
farmacêutico é um profissional que tem competência técnica para atuar na atenção 
farmacêutica, mas sua presença está aquém da demanda existente, o que contribui para o uso 
irracional de medicamentos e pode conduzir ao aumento dos custos governamentais com 
internação, além dos custos diretos com medicamentos. 
O uso de medicamentos requer avaliação minuciosa dos riscos que pode causar à 
saúde, sobretudo quando se tem uma população idosa, com comorbidades crônicas e que faz 
uso concomitante de mais de um fármaco. Automedicação, interação medicamentosa, manejo 
de produtos e fatores inerentes a cada indivíduo são exemplos de situações que estão 
diretamente envolvidas com o uso racional de medicamentos, e necessitam ser gerenciados 
por profissional capacitado para tal. 
15 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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