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* * Inquérito Policial PROF. EDUARDO BRUNO MILHOMENS * * Investigação Preliminar O Inquérito Policial - Objetivo Persecução Penal – Atividade exclusivamente estatal. Monopólio do Estado. Perseguir e processar os fatos elencados pela legislação como crime. - Natureza Natureza administrativa – Autoridade Policial faz parte da administração pública ligada diretamente ao poder executivo. - Conceito Procedimento preparatório para ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela autoridade policial, voltado para apuração preliminar dos fatos constitutivos de uma infração penal. - Autoridade Policial Delegado de Policia. Presidente do Inquérito Policial. - Principio da oficialidade Os órgãos oficiais encarregados da atividade persecutória. - Atividade persecutória: conjunto de atividades com o objetivo de criar o provimento condenatório. As providencias pré́-processuais, no corpo do inquérito policial – estão a cargo dos órgãos oficiais do Estado (PF, PC). Na fase processual, o órgão oficial é o MP. * * Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. * * § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) * * Inicio do Inquérito Policial - São 5 as possibilidades de se iniciar o IP: 1ª) De oficio; (art. 5º, I, CPP) – Autoridade Policial toma conhecimento de uma infração penal por qualquer meio. 2ª) Provocação do Ofendido; (art. 5º, II, CPP) – O ofendido reclama atuação da autoridade policial. 3ª) Delação de terceiro; (art. 5º, § 3º, CPP) – Qualquer pessoa do povo. 4ª) Por requisição da Autoridade Competente; (art. 5º, II, CPP) 5ª) Pelo Auto de Prisão em Flagrante; (art. 8º do CPP) * * Notitia Criminis - Direta a propria AP descobre o fato criminoso; - Indireta Qualquer outra pessoa ou autoridade relatam; * * Princípios que norteiam o IP - Procedimento Escrito; (art. 9ª do CPP); - Secreto; (arts. 20 e 21 do CPP) - Constitucionalidade? - Inquisitório – Não possibilidade de contraditório. Apenas se mantem as garantias constitucionais. (art. 14 do CPP) - Oficioso – Depois de aberto o IP não pode mais a AP arquivá-lo. (art. 17 do CPP) - O IP não é obrigatório. O exame de adequação primário é feito pela autoridade policial. - O arquivamento do IP não traz decisão de mérito sobre o fato criminoso. Pode o IP ser desarquivado caso haja novas provas. (art. 18 do CPP) * * Diligencias do IP - Não existe limitação para a AP no meio de investigação, porém algumas situações deve ela proceder com a autorização judicial tendo em vista a guarda exercida pelo poder judiciário das garantias e direitos individuais. (Ex.: Busca e Apreensão em domicilio. Quebra de sigilo bancário. Quebra de sigilo telefonico) - Rol descritivo: * * Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dosfatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. * * Prazo do IP Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. * * Autoridade Policial – Obrigações Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; IV - representar acerca da prisão preventiva.
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