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Direito do Trabalho 
Professor Marcelo Sobral 
 
 
REVISÃO DE VÉSPERA - TRT7 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
1) Principios e fontes do Direito do Trabalho. 
Questões CESPE. 
TRT-08 – 2016: 
Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. 
a) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito 
de férias, se assim preferir. 
b) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades 
administrativas poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do 
direito do trabalho. 
c) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um 
caso concreto, a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos 
constantes da Constituição Federal de 1988 (CF). 
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do 
Poder Executivo. 
e) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do 
trabalho, ainda que subsidiariamente. 
Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. 
a) A aplicação do in dubio pro operario decorre do princípio da proteção. 
b) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar 
expressamente as normas jurídicas. 
c) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado 
documentalmente nos autos processuais. 
d) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador 
não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre 
as partes. 
e) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho. 
TRT-08 – 2013: 
 
 
Assinale a opção correta no que diz respeito aos princípios e fontes do direito do trabalho. 
 
a) Aplica- se o princípio da primazia da realidade à hipótese de admissão de trabalhador em 
emprego público sem concurso. 
b) Conforme expressa previsão na CLT, independentemente do período de tempo durante o 
qual o empregado perceba gratificação de função, sendo este revertido ao cargo efetivo de 
origem, ainda que sem justo motivo, ser- lhe- á retirada a gratificação, não cabendo a 
aplicação ao caso dos princípios da irredutibilidade salarial e da estabilidade financeira. 
c) As convenções coletivas de trabalho, embora sejam consideradas fontes do direito do 
trabalho, vinculam apenas os empregados sindicalizados, e não toda a categoria. 
d) A CLT proíbe expressamente que o direito comum seja fonte subsidiária do direito do 
trabalho, por incompatibilidade com os princípios fundamentais deste. 
e) De acordo com entendimento do TST, com fundamento no princípio da proteção, havendo 
a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem 
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 
AGU – 2015 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO. 
Câmara dos Deputados – 2014 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO. 
SERPRO – 2013 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO 
TRT-10 – 2013 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO 
TRT-21 – 2010 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está 
diante de conflito de normas possivelmente aplicáveis ao caso. CERTO 
 
Súmulas TST 
 
 
SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 
468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 
22 e 25.04.2005 
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, 
só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um 
deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 
SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA 
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e 
o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego 
constitui presunção favorável ao empregado. 
SUM-276 AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO 
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dis-pensa de 
cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo va-lor, salvo comprovação de 
haver o prestador dos serviços obtido novo em-prego. 
 
2) Alteração do contrato de trabalho. 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições 
por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, 
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para 
que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o 
exercício de função de confiança. 
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para 
localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não 
acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio . 
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo 
de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a 
transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. 
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o 
empregado. 
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para 
localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, 
mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e 
cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar 
essa situação. 
Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. 
 
 
 
Súmulas TST 
SUM-29 TRANSFERÊNCIA 
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua 
residência, tem direito a suplemento salarial cor-respondente ao acréscimo da despesa de 
transporte. 
SUM-43 TRANSFERÊNCIA 
Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação 
da necessidade do serviço. 
SUM-159 SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VA-CÂNCIA DO CARGO 
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas 
férias, o empregado substituto fará jus ao salá-rio contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 
- alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário 
igual ao do antecessor. 
SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO 
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, 
repercute na satisfação do respectivoadicio-nal, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio 
da irredutibilidade salarial. 
SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE 
SUPRESSÃO 
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional 
noturno. 
SUM-372 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDU-ÇÃO. LIMITES 
I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo em-pregado, se o empregador, 
sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo 
em vista o princí-pio da estabilidade financeira. 
II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador 
reduzir o valor da gratificação. 
OJ-SDI1-159 DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. ALTERAÇÃO 
Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em ins-trumento normativo, a 
alteração de data de pagamento pelo empre-gador não viola o art. 468, desde que observado 
o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT. 
OJ-SDI1-244 PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA. POSSIBILIDADE 
A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não 
constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula. 
OJ-SDI1-308 JORNADA DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. RE-TORNO À JORNADA INICIALMENTE 
CONTRATADA. SERVIDOR PÚBLICO 
 
 
O retorno do servidor público (administração direta, autárquica e fundacional) à jornada 
inicialmente contratada não se insere nas ve-dações do art. 468 da CLT, sendo a sua jornada 
definida em lei e no contrato de trabalho firmado entre as partes. 
 
3) Suspensão e interrupção do contrato de trabalho. 
Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as 
vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. 
Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro 
encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do 
empregador. 
§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de 
exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa 
intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da 
data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. 
§ 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes 
interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, 
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, 
viva sob sua dependência econômica; 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; 
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue 
devidamente comprovada; 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei 
respectiva. 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na 
letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). 
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para 
ingresso em estabelecimento de ensino superior. 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. 
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, 
estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. 
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante 
o período de gravidez de sua esposa ou companheira; 
 
 
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. 
 
Súmulas TST 
SUM-160 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de 
retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. 
SUM-269 DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇO 
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho 
suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a 
subordinação jurídica inerente à relação de emprego. 
SUM-440 AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO 
DO CONTRATO DE TRA-BALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTEN-ÇÃO DE PLANO 
DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA 
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistên-cia médica oferecido 
pela empresa ao empregado, não obstante sus-penso o contrato de trabalho em virtude de 
auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez. 
OJ-SDI1-375 AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR IN-VALIDEZ. SUSPENSÃO DO 
CONTRATO DE TRABALHO. PRESCRIÇÃO. CONTAGEM 
A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do auxílio-doença ou da 
aposentadoria por invalidez, não impede a flu-ência da prescrição quinquenal, ressalvada a 
hipótese de absoluta impossibilidade de acesso ao Judiciário. 
 
5) Rescisão do contrato de trabalho. 
Súmulas TST 
SUM-14 CULPA RECÍPROCA 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
SUM-32 ABANDONO DE EMPREGO 
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 
(trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. 
SUM-125 CONTRATO DE TRABALHO. ART. 479 DA CLT 
O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido mediante contrato por 
prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto nº 59.820, de 20.12.1966. 
 
 
SUM-163 AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA 
Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 
da CLT 
SUM-388 MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT. INAPLICABILIDADE 
A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, 
ambos da CLT. 
SUM-443 DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPRE-GADO PORTADOR DE DOENÇA 
GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO 
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do ví-rus HIV ou de outra 
doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à 
reintegração no emprego. 
Lei 9.029/95 
Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, 
além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: 
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante 
pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; 
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida 
monetariamente e acrescida dos juros legais. 
OJ-SDI1-14 AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS RESCISÓRIAS.PRAZO PARA 
PAGAMENTO 
Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é 
até o décimo dia da notificação de despedida. 
OJ-SDI1-82 AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS 
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso 
prévio, ainda que indenizado. 
OJ-SDI1-162 MULTA. ART. 477 DA CLT. CONTAGEM DO PRAZO. APLICÁVEL O ART. 132 DO 
CÓDIGO CIVIL DE 2002 
A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual prevista no 
artigo 477 da CLT exclui necessariamente o dia da notificação da demissão e inclui o dia do 
vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil de 2002 (artigo 125 do 
Código Civil de 1916). 
OJ-SDI1-238 MULTA. ART. 477 DA CLT. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL 
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não observa 
o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer particular, em 
direitos e obrigações, despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um contrato de emprego. 
OJ-SDI1-270 PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VO-LUNTÁRIA. TRANSAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS 
 
 
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do 
empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e 
valores constantes do recibo. 
Cuidado! STF: Tema 152 de Repercussão Geral - A transação extrajudicial que importa rescisão 
do contrato de trabalho, em razão de adesão voluntária do empregado a plano de dispensa 
incentivada, enseja quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de 
emprego, caso essa condição tenha constado expressamente do acordo coletivo que aprovou o 
plano, bem como dos demais instrumentos celebrados com o empregado. 
 
6) Duração do trabalho. 
 
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite 
legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à 
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo 
manifesto. 
 
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou 
contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade 
competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da 
fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. 
 
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora 
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste 
artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora 
normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe 
expressamente outro limite. 
 
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de 
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho 
poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o 
número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 
(dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa 
recuperação à prévia autorização da autoridade competente. 
 
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA 
 
 
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, 
acordo coletivo ou convenção coletiva. 
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva 
em sentido contrário. 
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive 
quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas 
excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido 
apenas o respectivo adicional. 
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. 
Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas 
como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a 
mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. 
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na 
modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva. 
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que 
estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade 
competente, na forma do art. 60 da CLT 
 
SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO 
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local 
de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu 
retorno é computável na jornada de trabalho. 
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do 
transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". 
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". 
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da 
empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo 
transporte público. 
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo 
que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o 
adicional respectivo. 
 
SUM-320 HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO 
 
 
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, 
para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à 
percepção das horas "in itinere". 
 
SUM-429 TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE 
DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO 
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao 
deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que 
supere o limite de 10 (dez) minutos diários. 
 
Supressão parcial do intervalo intrajornada – paga tudo! 
 
OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO 
O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à 
percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de 
cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo. 
 
7) Salário e remuneração. 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além 
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as 
gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, 
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 
(Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que 
não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 
(Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a 
qualquer título, edestinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela 
Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 4o A gorjeta mencionada no § 3o não constitui receita própria dos empregadores, destina-se 
aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em 
convenção ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
 
 
§ 5o Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e 
distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos §§ 6o e 7o deste artigo serão 
definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612 desta Consolidação. 
(Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 6o As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3o deverão: (Incluído pela 
Lei nº 13.419, de 2017) 
I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na 
respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento) da arrecadação 
correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para 
custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à 
remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em 
favor do trabalhador; (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na 
respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% (trinta e três por cento) da 
arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de 
trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua 
integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido 
integralmente em favor do trabalhador; (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus 
empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. 
(Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 7o A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus 
critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos 
parâmetros do § 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 8o As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus 
empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze 
meses. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 9o Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, desde que 
cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como 
base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo 
de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
§ 10. Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissão de 
empregados, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para 
acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que 
trata o § 3o deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada 
para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao 
desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída 
comissão intersindical para o referido fim. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
 
 
§ 11. Comprovado o descumprimento do disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo, o 
empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 
1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, 
assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes 
regras: (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
I - a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente; 
(Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) 
II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descumpre 
o disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo por mais de sessenta dias. (Incluído 
pela Lei nº 13.419, de 2017) 
 
8) Comissões de conciliação prévia. 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de 
composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a 
atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As 
Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou 
ter caráter intersindical. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, 
no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos 
empregados, em escrutínio,secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; 
II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; 
III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma 
recondução. 
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de 
Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometerem falta grave, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa 
afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo 
computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. (Incluído pela Lei 
nº 9.958, de 12.1.2000) 
Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de 
funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
 
 
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de 
Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão 
no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da 
Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. (Incluído 
pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
§ 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração 
da tentativa conciliatória frustada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da 
Comissão, que devera ser juntada à eventual reclamação trabalhista. (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
§ 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto 
no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição da ação intentada perante a 
Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e 
Comissão sindical, o interessado optará por uma delas submeter a sua demanda, sendo 
competente aquela que primeiro conhecer do pedido. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo 
empregador ou seuproposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. 
(Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia 
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da 
sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do 
prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de 
Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista em funcionamento 
ou que vierem a ser criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, desde que 
observados os princípios da paridade e da negociação coletiva na sua constituição. (Incluído 
pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
 
 
 
APENAS AJAJ/OJAF 
1) Grupo econômico e sucessão de empregadores. 
Súmulas TST 
SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a 
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de 
trabalho, salvo ajuste em contrário. 
SUM-239 BANCÁRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS 
É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco 
integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processamento de 
dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a 
tercei-ros. 
OJ-SDI1-92 DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RES-PONSABILIDADE TRABALHISTA 
Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades 
responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como 
real empregador. 
OJ-SDI1-225 CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚ-BLICO. RESPONSABILIDADE 
TRABALHISTA 
Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira 
concessionária) outorga a outra (segunda conces-sionária), no todo ou em parte, mediante 
arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens de sua 
propriedade: 
I - em caso de rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vi-gor da concessão, a 
segunda concessionária, na condição de sucesso-ra, responde pelos direitos decorrentes do 
contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade subsidiária da primeira concessionária 
pelos débitos trabalhistas contraídos até a concessão; 
II - no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a 
responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. 
OJ-SDI1-411 SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO 
ECONÔMICO. RES-PONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBI-TOS TRABALHISTAS 
DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. 
O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, 
integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa 
 
 
devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou 
fraude na sucessão. 
 
2) Novidades da Lei 6.019/74. 
• Trabalho temporário X prestação de serviços: 
o Atores envolvidos. 
Art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no 
Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras 
empresas temporariamente. 
Art. 4o-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado 
destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 
Art. 5o Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que 
celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta 
Lei. 
Art. 5o-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de 
prestação de serviços determinados e específicos. 
o Capital social. 
Art. 4o-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a 
terceiros: 
III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes 
parâmetros: 
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte 
e cinco mil reais); 
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 
(quarenta e cinco mil reais); 
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 
(cem mil reais); e 
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e 
cinquenta mil reais). 
Art. 6o São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no 
Ministério do Trabalho: 
III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
 
 
o Hipóteses de contratação. 
Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa 
de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para 
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda 
complementar de serviços. 
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores 
imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, 
periódica ou sazonal. 
Art. 4o-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado 
destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 
o Prazos contratuais. 
Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços conterá: 
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; 
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de 
emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
§ 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá 
exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. 
§ 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do 
prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que 
o ensejaram. 
§ 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o 
contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. 
§ 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo 
somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato 
temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. 
§ 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo 
empregatício com a tomadora. 
o Natureza da responsabilidade. 
Art. 5º-A. 
§ 5o A empresacontratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas 
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das 
contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991. 
Art. 10. 
 
 
§ 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao 
período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições 
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 
Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou 
cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no 
tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao 
mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
o Direitos dos trabalhadores. 
Art. 5º-A. 
§ 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o 
mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, 
existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 
Art. 9º. 
§ 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo 
atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente 
nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa 
tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção 
do salário mínimo regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com 
acréscimo de 20% (vinte por cento); 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 
1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com 
as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do 
Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973).

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