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1 Princípios Específicos do Processo Penal Militar DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO PENAL MILITAR Atenção! As bancas costumam focar, em matéria de Processo Penal Militar, justamente as suas peculiaridades em relação ao processo civil. AULA 01 – MOTE INTERPRETATIVO Bibliografia sugerida 1 – Manual de Direito Processual Penal Militar – Em tempo de paz Autor: Cícero Robson Coimbra Neves Editora:Saraiva 2 – Código de Processo Penal Militar Anotado Autor: Jorge César de Assis Editora: Juruá – 4ª edição 3 – Elementos de Direito Processual Penal Militar Autores: Claudio Amin Miguel e Nelson Coldibelli Editora: Lumen Juris – 3ª edição 4 – Manual de Processo Penal Autor: Renato Brasileiro de Lima Editora: Jus Podivm – 3ª edição Conteúdo Programático 1 – Processo Penal Militar e sua aplicação; 2 – Polícia judiciária militar; 2 Princípios Específicos do Processo Penal Militar DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online 3 – Inquérito policial militar; 4 – Ação Penal Militar e seu exercício; 5 – Processo; 6 – Juiz, auxiliares e partes do processo; 7 – Denúncia; 8 – Competência da Justiça Militar Estadual e da União; 9 – Questões Prejudiciais; 10 – Exceções; 11 – Incidente de sanidade mental do acusado; 12 – Incidente de falsidade de documento; 13 – Medidas preventivas e assecuratórias; 14 – Providências que recaem sobre coisas; 15 – Providências que recaem sobre pessoas; 16 – Comunicações Processuais; 17 – Atos Probatórios; 18 – Deserção de oficial e de praça; 19 – Do processo do crime de insubmissão; 20 – Nulidades; 21 – Recursos; 22 – Habeas Corpus; 23 – Execução. 1. Processo penal militar e sua aplicação 1.1. Princípios específicos do processo penal militar (visão: processo penal militar constitucional) 3 Princípios Específicos do Processo Penal Militar DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Atenção! O Código de Processo Penal Militar data de 1969, época em que vivíamos o regime militar; é um Decreto-Lei que foi recepcionado com status de Lei Ordinária e deve passar pelo filtro axiológico valorativo da Constituição, isto é, todas as normas dele devem ser interpretadas à luz da CF/88. a. Princípio da identidade física do juiz Preconiza-se que o juiz que presidiu a instrução deve também ser o senten- ciante. Em tese, assim se opera um critério de justiça, uma vez que o juiz que foi parte da instrução é considerado melhor embasado para prolatar um justo julga- mento. O CPPM é silente quanto a esse Princípio. • CPPM: Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos: a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar; b) pela jurisprudência; c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia. • CPP: Art. 399. [...] § 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. Atenção! Os julgamentos da Justiça Militar são feitos, a rigor, por escabinato (ou escabinado), que é um colegiado com formação específica. Haverá a presidência de um magistrado concursado (que no âmbito da União é o Juiz 4 Princípios Específicos do Processo Penal Militar DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Auditor da Justiça Militar da União e no âmbito dos Estados é o Juiz de Direito do Juízo Militar) e a presença de outros quatro membros (oficiais das Forças Armadas, dos Bombeiros ou da Polícia Militar), formando um conselho. Esse conselho pode ser permanente ou especial: • Conselho Permanente de Justiça: julga os praças. Na esfera dos Estados, submetem-se a ele os praças da Polícia Militar e dos Bombeiros; na esfera da União, os praças das Forças Armadas e os civis. É formado por sorteios trimestrais, de responsabilidade do juiz. Quando um processo leva mais de três meses para ser concluído, os quatro membros do conselho são subs- tituídos. Nesses termos, o princípio da identidade física do juiz não se aplica ao Conselho Permanente de Justiça (apenas ao juiz togado). • Conselho Especial de Justiça: julga somente os oficiais. É formado por um único sorteio e acompanha o processo até a sentença. O princípio da identidade física do juiz, portanto, se aplica ao Conselho Especial de Justiça. • Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais: APELAÇÃO CRIMINAL. CONCUSSÃO. INVESTIGAÇÃO DE EQUIPE MULTIDIS- CIPLINAR ENVOLVENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO, A POLÍCIA MILITAR, A SE- CRETARIA DA FAZENDA E O INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. FATOS GRAVÍSSIMOS. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA AUTORIZADA NA JUSTIÇA COMUM. NÃO ACOLHIMENTO DAS PRELIMINARES DE NULIDADE PROCESSUAL, CER- CEAMENTO DE DEFESA, ILEGALIDADES DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNI- CAS – INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ NA JME – AUSÊNCIA DE ILEGALIDADES E NULIDADES. • STM: HABEAS CORPUS PREVENTIVO. NULIDADE PROCESSUAL. PREVENÇÃO. CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE FEITOS. JUIZ NATURAL. IDENTIDADE FÍSI- CA DO JUIZ. PROPÓSITOS RECURSAIS. 5 Princípios Específicos do Processo Penal Militar DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Excetuando os juízes militares dos conselhos especiais da justiça, não prepon- dera na Justiça Militar da União o princípio da identidade física do juiz. – HC 2009.01.034634-1/RS-STM ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor João Paulo Ladeira.
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