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Contrabando no Comércio Internacional (Ariane Antunes)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ARIANE MARIA ANTUNES ABREU
CRIMES DE CONTRABANDO
Trabalho de crime de contrabando para o curso de Fundamentos de Comércio Exterior – Bacharelado de Relações Internacionais.
Prof.ª Rosana Pacheco
Rio de Janeiro
2017
Contrabando no Comércio Internacional
Introdução
Por conta da crise em que estamos vivendo atualmente no país e dos altos tributos que incidem nas operações de comércio exterior, vem sendo mais comum entre fronteiras a prática de crimes de contrabando e descaminho. Esses crimes atacam diretamente o bem-estar da economia, a segurança, bem como o erário público, atingindo a receita nacional, logo a nação em geral. Receita Federal do Brasil, responsável pela fiscalização de entradas e saídas de mercadorias do país, juntamente com a Policia Federal do Brasil, vêm combatendo a prática desses crimes com mais rigor.
O presente trabalho tem como objetivo o estudo do crime de contrabando, previstos nos artigos 334 do Código Penal Brasileiro, abaixo transcrito.
Art. 334A. Importar ou exportar mercadoria proibida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos."
Contrabando
Conceito: Trata-se da importação ou exportação de mercadoria cuja e entrada ou saída no país é absoluta ou relativamente proibida.
Os efeitos do crime de contrabando descaminho são causas crescentes de desequilíbrio econômico e social, que fomentam prejuízos para a receita do país, além de prejudicar o mercado interno e a indústria nacional. Estes dois crimes atormentam as atividades dos poderes públicos, tanto da fiscalização, prevenção, repressão ou verificação das responsabilidades penais.
O crime de contrabando no âmbito de Comércio Exterior no Brasil abrange práticas ilícitas e fraudulentas causadas por pessoas físicas e jurídicas, com a finalidade de satisfazer interesses e possuir vantagens de ganho pessoal. O contrabando é um dos crimes mais cometidos no comércio exterior, pela prática ilícita nas exportações e importações de mercadorias proibidas.
Perante os prejuízos ao país e para resguardar a sua ordem econômica e social, se fez necessário ao Direito Penal tutelar sobre o crime de contrabando, assim como outros crimes relacionados à ordem econômica.
O crime de contrabando o agente, pessoa física ou jurídica, importa ou exporta mercadoria de procedência proibida, ou seja, essa mercadoria é instituída por lei, e proibida de adentrar no país. Este crime encontra-se tipificado no Código Penal de 1940.
Casos de crimes
Contrabando de cigarro
Conforme a empresa Souza Cruz, o maior concorrente da Souza Cruz não é uma empresa, mas, sim, o contrabando. Estima-se que cerca de 30% do mercado de cigarros do Brasil seja ocupado por produtos que entraram ilegalmente no país – um dano que vai muito além das questões financeiras.
Segundo levantamento do Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP), o Brasil teve prejuízo de R$ 115 bilhões em 2015 por conta de crimes de contrabando e descaminho, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano anterior. O mercado de tabaco foi o mais afetado: 67,44% dos produtos que entraram ilegalmente no país em 2015 eram cigarros.
A principal causa do problema é a fiscalização inadequada das fronteiras, em especial com o Paraguai. A maior parte dos cigarros contrabandeados que entram no Brasil é produzida no país vizinho. Lá, a tributação sobre os fabricantes é de 16%, distante dos mais de 80% que serão cobrados no Brasil a partir de dezembro de 2016 na venda de marcas comercializadas a preços mais baixos. A disparidade tributária garante aos produtos ilegais preços significativamente inferiores aos dos produtos legais e, consequentemente, alta atratividade e entrada no país.
O mercado ilegal já está consolidado no Brasil. Pesquisa realizada pelo Ibope em 2015 apontou que 46% dos cigarros vendidos no Paraná são contrabandeados. No Rio Grande do Sul, os produtos ilegais somam 32%; em São Paulo, 34% e em Minas Gerais 36%. Os números são superiores à média global, que, segundo pesquisas, é de 30%.
"Em 2016, a PRF em Santa Catarina fez a maior apreensão em quantitativo de cigarro contrabandeado de toda a história da Policia Rodoviária Federal aqui no estado. Ocorre que agora, em apenas quatro meses em 2017, nós já ultrapassamos os 12 meses de 2016", afirmou a Fabrício Colombo, superintendente da PRF em Santa Catarina (G1-Globo, 2017).
"Aquele que consome cigarro contrabandeado participa indiretamente da manutenção do crime organizado de contrabando de cigarro como crime para um crime-fim que é o tráfico de drogas e o tráfico de armas para o Brasil. O tráfico de armas que mata policiais, que assalta residências, que assalta veículos, que invade casas, que invade bancos", continuou o superintendente da PRF (G1-Globo, 2017).
A apreensão de cigarros contrabandeados tem aumentado em Santa Catarina, de acordo com a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). As autoridades afirmam que o dinheiro vindo desse crime financia o tráfico de drogas e armas. Além disso, os cigarros contrabandeados não passam por um controle de qualidade, o que prejudica ainda mais a saúde de quem consome.
Ao contrário das drogas ilícitas, como maconha e cocaína, não existe repressão ao comércio varejista de cigarro contrabandeado e a venda é feita livremente em qualquer local.
O cigarro do Paraguai está presente em qualquer parte do país. Na região norte do Rio de Janeiro, um camelô que mantém uma banca perto do Shopping Nova América (Rio) vende cada unidade de cigarro por R$ 1,00. A venda é tão lucrativa que nem adianta pedir maço fechado.
Contrabando de armas
O contrabando internacional de armas é a segunda maior atividade criminosa do mundo, atrás do tráfico de drogas e de seres humanos. É um negócio rentável, que movimenta mais de US$ 50 bilhões por ano – ou quase o mesmo que todo o faturamento de um gigante como o Itaú-Unibanco, um dos maiores bancos das Américas. As armas atravessam mares, oceanos e florestas de vários países até chegar às fronteiras brasileiras, especialmente nos limites de Paraguai, Bolívia, Colômbia e Argentina. Depois de ingressar em território brasileiro, percorrem até três mil quilômetros de estradas para chegar ao Rio, escondidas normalmente entre as cargas de caminhões que transportam suprimentos. Entre a origem e seu ponto de destino, as armas atravessam também uma rede de corrupção e de negligência de agentes públicos. 
A maior apreensão de armas já realizada no Brasil aconteceu recentemente em julho deste ano de 2017: 60 fuzis novos. Cada arma custou, em média, mais de R$ 8 mil. E seriam vendidas até por R$ 70 mil. Todas iam para as mãos de criminosos.
“Mais de 60 foram descobertos pela polícia civil e apreendidos no Aeroporto do Galeão. (G1- Globo2017) ”. 
A investigação começou meio que por acaso, há dois anos. Foi então que a polícia refez o 'caminho da arma' utilizada pelo bandido. A investigação revelou o nome de Frederik Barbieri, o maior traficante de armas do Brasil. Frederik é uma figura já conhecida na polícia. Investigações apontam que ele já fornecia arma para traficantes há muito tempo. Com medo de ser preso, Frederik, natural de Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro, teria se mudado pra Miami, na Flórida, em julho de 2012, sem registro de retorno. Frederik tem empresas de importação e exportação registradas no seu nome.
Em julho o filho de Frederik foi preso pela Polícia Federal em Rio enquanto seu pai continua sendo procurado nos Estados Unidos.
Contrabando de animais silvestres
O contrabando de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, superando apenas o de armas e o de drogas sendo que, no Brasil, em cada 10 animais capturados pelos traficantes, apenas um sobrevive. Essa prática traz um grande risco à biodiversidade, além dos maus tratos impostos aos bichos pelos traficantes. Os animais são armazenados em gaiolas compartilhadas, sem espaço para locomoção e, muitas vezes,acabam ficando desnutridos ou chegam até mesmo serem mortos.
Um dos fatores para este absurdo crescimento é a falta de fiscalização concreta, a aceitação de subornos, ou seja, a grande corrupção existente, pela falta de zelo dos funcionários públicos responsáveis pela apreensão, são os principais motivos que esse mercado funcione nos dias de hoje, especialmente, no Brasil, como um espelho da idade medieval européia.
O problema não está necessariamente nas leis que regulam o crime de tráfico de animais silvestres, mas na sua execução, que não é realizada na maioria das vezes pelos responsáveis, em troca de subornos, como exposto acima. Todos os anos mais de 38 milhões de animais silvestres são retirados ilegalmente de seu hábitat no país, sendo 40% exportados, segundo relatório da Polícia Federal.
O crime ambiental de tráfico de animais silvestres está regulado, mais especificamente, em duas Leis e um Decreto: Lei 5.197/67, Lei 9.605/98 e Decreto n° 3.179/99. Inicialmente, o primeiro crime ambiental em que, indiretamente, vai contra o tráfico de animais, com 5 (cinco) condutas diferentes, é o primeiro tipo penal elencado na Lei 9.605/98, do Capítulo dos Crimes Contra o Meio Ambiente, Crimes Contra a Fauna, o caput do art. 29:
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da faliria silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
 Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.
“Ibama multa caçador por matar pelo menos 19 onças no Pará Ele foi flagrado com cabeças, crânios, couros e patas dos animais silvestres. Segundo Ibama, valor da multa é de R$ 494 mil (G1-Globo 2016) ”.
Ele foi preso pela Policia Militar em Curionópolis (PA) no dia 26 de agosto de 2016, durante a apuração de uma denúncia de porte ilegal de armas.
Ele foi flagrado armazenando cabeças, crânios, couros e patas dos animais silvestres abatidos em um refrigerador. Os policiais também apreenderam no local espingardas e munições.
Para a Polícia, a ação pode ter sido realizada por uma quadrilha especializada em tráfico internacional de animais silvestres. "O padrão de corte de cabeça, de couro com cabeça até a pata, temos patas, temos testículos, que nos induz a uma possível biopirataria na região. Além dos crânios dissecados, que servem como troféu”. 
De acordo com agentes fiscalizadores, os animais no Brasil são retirados principalmente das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo o Estado da Bahia o principal centro de captura e distribuição de animais silvestres. Os principais centros consumidores são os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Aproximadamente 90% dos animais capturados são comercializados no próprio território nacional.
Nas Unidades de Conservação de Proteção Integral do Inea (parques e reservas), a captura de animais silvestres, que constitui crime ambiental, representa grave ameaça à fauna e um dos principais alvos de fiscalização. Segundo o médico veterinário do Inea, Washington de Oliveira, os animais silvestres apreendidos pela polícia são encaminhados ao Centro de Triagem do Ibama, em Seropédica. Devido às más condições de captura, transporte e manutenção, a maioria dos animais retirados da natureza não retorna à vida selvagem, causando dano ambiental irreparável.
Conclusão
A partir do estudo realizado sobre a prática dos crimes de contrabando nas operações de comércio exterior, feito através de uma pesquisa bibliográfica e descritiva constatou-se a existência de impactos socioeconômicos no Brasil. Essa prática é extremamente prejudicial à economia nacional, às relações comerciais com os demais países, a indústria interna causando danos para toda a sociedade brasileira e ao meio ambiente causando um grande risco à biodiversidade.
Bibliografia
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 30 set. 2017.
Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, dispõe sobre o imposto de importação. Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/decretos-leis/declei3766.htm> Acesso em: 30 set. 2017
Lei nº 5.197, 3 de janeiro de 1967, dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>. Acesso em: 30 de set. 2017.
Lei 9.605/98, de 12 de fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em 30 de set. 2017.
ISTO É” - EDIÇÃO Nº 2495 06.10. Os senhores das armas, 2016. Disponível em:< https://istoe.com.br/113928_OS+SENHORES+DAS+ARMAS> Acesso em 30 de set. 2017.
GLOBO.COM – Suspeito de integrar quadrilha que enviou 60 fuzis para o RJ foi preso em condomínio de luxo em Rio Preto . Disponível em:< https://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/suspeito-de-integrar-quadrilha-que-enviou-60-fuzis-para-rj-foi-preso-em-condominio-de-luxo-em-rio-preto.ghtml
Acesso em 30 de set. 2017
BRASIL. Ministério da Integração Nacional (MI); Ministério do Meio Ambiente (MMA). Plano Amazônia sustentável (PAS): diagnóstico e estratégia. Brasília, 2004. v. 1, 113 p. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/casacivil/arquivospdf/pas.pdf>. Acesso em: 30 set. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Fundo Amazônia. 2017. Disponível em: < http://www.fundoamazonia.gov.br>. Acesso em: 30 set. 2017
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