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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
(DSTs)
O QUE SÃO DSTs: As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
QUAIS SÃO ELAS: 
AIDS: A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).
Cancro Mole: O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é "cavalo". Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.
Clamídia e Gonorreia: são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens
Condiloma Acuminado (HPV): conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papiloma vírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito de rotina por todas as mulheres.
Herpes: causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).
Sífilis: É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Tricomoníase: É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.
Quais as conseqüências das DST: Quando não tratadas adequadamente, as DST podem causar sérias complicações, além do risco de pegar outras DST, inclusive o vírus da AIDS. Essas complicações podem ser:
Esterilidade no homem e na mulher (a pessoa não pode mais ter filho);
Inflamação nos órgãos genitais do homem, podendo causar impotência;
Inflamação no útero, nas trompas e ovários da mulher, podendo complicar para uma infecção em todo o corpo, o que pode causar a morte;
Mais chances de ter câncer no colo do útero e no pênis;
Nascimento do bebê antes do tempo ou com defeito no corpo ou até mesmo a sua morte na barriga da mãe ou depois do nascimento.
Como fazer o tratamento das DST: Cada DST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar a fazer essa indicação corretamente. Fazer o tratamento certo é:
Só tomar remédio indicado pelo serviço de saúde;
Tomar o remédio na quantidade certa, nas horas certas e até o fim, mesmo que os sintomas e sinais tenham desaparecido;
Evitar relação sexual nesse período e, se não der para evitar, só manter relações usando camisinha;
Voltar ao serviço de saúde ao terminar o tratamento, para fazer a revisão (controle de cura). E as mulheres, para fazerem também o exame preventivo do câncer de colo do útero (o médico dirá se esse exame pode ser realizado);
Levar o parceiro sexual para ser tratado também.
 
Como fazer a prevenção das DST: A melhor forma de prevenir a transmissão das DST é usar sempre e corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;
Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;
No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para todas as doenças que podem ser transmitidas pelo sangue.
Usar preservativos e fazer exames periódicos.
AIDS/HIV
AIDS: É a Síndrome da Imunodeficiência Humana. A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento das doenças oportunistas.
HIV: Causador da AIDS, HIV significa vírus da imunodeficiência humana. Recebe esse nome, pois destrói o sistema imunológico.
QUAL O AGENTE CAUSADOR? A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.
TRANSMISSÃO: O HIV é transmitido principalmente através das secreções de uma pessoa infectada para uma pessoa sadia, quando ocorre o contato da pele com fluidos corporais:
Sexo na vagina sem camisinha.
Sexo oral sem camisinha.
Sexo anal sem camisinha.
Uso de seringa por mais de uma pessoa.
Transfusão de sangue contaminado.
Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.
Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
SINAIS DA AIDS:
Emagrecimento rápido, com perda de mais de 10% do peso corporal;
Diarréia prolongada (por mais de 1 mês);
Febre persistente (por mais de 1 mês);
Tosse seca, sem motivo aparente;
Suores noturnos, cansaço;
Candidíase (sapinho) persistente – na boca ou na genitália;
Manchas avermelhadas pelo corpo.
O tempo para um soropositivo apresentar sintomas varia muito: não existe qualquer prazo definido. A maioria passa mais de dez anos sem nada e alguns podem até nunca desenvolver Aids, mesmo estando infectados pelo HIV.
SINTOMAS DA AIDS:
Trata-se de sintomas que aparecem logo depois da transmissão do vírus.
Acontece em 50% a 90% dos pacientes, sendo que alguns sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe: febre alta, dores musculares e articulares, gânglios, dor de garganta, vermelhidão no corpo e perda de peso figuram entre eles. Tendem a desaparecer espontaneamente após aproximadamente 14 dias.
Apesar de não se dispor de dados científicos comprovados, estima-se que uma pessoa recém-infectada seja potencialmente transmissora do HIV dentro de 2 a 4 dias após contrair o vírus. O HIV consegue enfraquecer o organismo da pessoa infectada atacando certos linfócitos, os defensores naturais do corpo.
Não se pode dizer que existam sintomas diretamente relacionados ao vírus da Aids. Na verdade, devem-se às chamadas doenças oportunistas, aquelas que se aproveitam do enfraquecimento do organismo para se instalarem, como tuberculose, pneumonia, sarcoma de Kaposi etc.
Tratamento de AIDS: 
A Aids não tem cura.
Tratamento oferecido gratuitamente pelo Governo. 
Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/Aids, o paciente terá acesso ao tratamento anti-retroviral. 
Os objetivos do tratamento são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente com Aids, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. 
O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de ampla rede de serviços.
ANTI-RETROVIRAIS: O Brasil distribui 15 medicamentos anti-retrovirais na rede pública de saúde. Esses medicamentos retardam o aparecimento da Aids e possibilitam maior qualidade de vida ao portador do vírus. Os anti-retrovirais agem na redução da carga viral e na reconstituição do sistema imunológico.
	Classes de medicamentos antirretrovirais
	Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza.
São eles: Abacavir,Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus.
São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV.
São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir/r, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir.
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir.
É a Enfuvirtida.
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células.
É o Raltegravir.
Exames de sangue (teste de anti-HIV):
Teste de ELISA baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas (teste imunoenzimático).
Testes confirmatório, o Western Blot: o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o imunoblot. 
Teste rápido, Possui esse nome, pois permitem a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos.
Prevenção: 
Uso de preservativos;
Ultilizações de agulhas e seringas descartaveis e o uso de luvas para manipular feridas e liquidos corporais;
Testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos;
Realizar exames preventivos.
 
Células infectadas pelo vírus HIV Vírus HIV circulando na corrente sanguínea

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