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2017
Economia
Prof. Daniel Rodrigo Strelow
Prof. José Alfredo Pareja Gomez de La Torre
Profª. Tatiane Thaís Lasta
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Daniel Rodrigo Strelow
Prof. José Alfredo Pareja Gomez de La Torre
Profª. Tatiane Thaís Lasta
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
330
S914e Strelow; Daniel Rodrigo
 Economia / Daniel Rodrigo Strelow; José Alfredo Pareja Gomez 
de La Torre; Tatiane Thaís Lasta: UNIASSELVI, 2017.
 269 p. : il 
 ISBN 978-85-515-0049-1
1. Economia.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
III
aprEsEntação
 Prezado acadêmico! Seja bem-vindo ao caderno de estudos de econo-
mia! Estamos iniciando uma nova disciplina neste curso, e nesta nova etapa 
vamos nos dedicar ao estudo da disciplina Economia. Nos dias de hoje, en-
tender de economia tornou-se imprescindível para o profissional de qualquer 
área do conhecimento. Na atualidade, o conhecimento sobre os fenômenos 
econômicos se faz cada dia mais necessário, inclusive para a tomada de deci-
sões, não apenas por questões profissionais, mas também para a vida pessoal 
de cada indivíduo. Compreender os grandes problemas econômicos, fazer 
análises e leituras cada vez mais precisas da realidade, compreender as gran-
des diferenças sociais talvez seja o desafio de bons profissionais de qualquer 
área do conhecimento. Afinal, economia está presente no nosso dia a dia e em 
quase tudo o que fazemos, mas será que todas as pessoas têm esta clareza? 
Ou mesmo sabem interpretar as notícias relacionadas às questões econômicas 
e como elas afetam a nossa vida? Por exemplo, diariamente assistimos aos 
noticiários e lemos nos jornais questões simples que envolvem a economia 
que nos afetam diretamente. Algumas dessas notícias são sobre o aumento 
dos preços, a inflação, o aumento de impostos por parte do governo, o au-
mento do desemprego, aumento do dólar, crise econômica, ajuste fiscal, entre 
outras. Você sabe interpretar estas notícias e como cada uma delas interfere 
na economia? E a consequência delas em nossas vidas? Por isso, este caderno, 
dedicado à disciplina Economia, tem a finalidade de auxiliá-lo no entendi-
mento dessas questões, didaticamente o caderno está dividido em três unida-
des.
 A Unidade 1 deste caderno consiste em uma introdução à economia. 
Esta unidade está dividida em cinco grandes tópicos. No Tópico 1, vamos 
estudar o conceito de economia, o problema da escassez dos recursos pro-
dutivos, as necessidades ilimitadas das pessoas. Estudaremos os problemas 
econômicos fundamentais, os bens de uma economia, os agentes econômi-
cos, estudaremos de forma breve a grande divisão da teoria econômica en-
tre microeconomia e macroeconomia. No Tópico 2, estudaremos os sistemas 
econômicos, como as sociedades capitalistas, socialistas e mistas organizam 
a sua produção e como lidam com os problemas econômicos. Já, no Tópico 
3, vamos estudar a curva de possibilidade de produção. Nesse tópico elabo-
ramos alguns exemplos e algumas aplicações da curva em uma sociedade. 
No próximo tópico, o quarto deste caderno, estudaremos o funcionamento 
de uma economia de mercado. Nele, você estudará como acontece a inter-
-relação entre os agentes econômicos de uma sociedade por meio dos fluxos, 
são apresentados os fluxos real e monetário, fluxo circular da renda em uma 
economia fechada e o fluxo circular da renda em uma economia aberta. Por 
fim, e não menos importante, apresentamos a você, estudante, o Tópico 5, 
em que trazemos a evolução do pensamento econômico ao longo do tempo, 
IV
desde a antiguidade, mercantilistas, fisiocratas; a escola clássica (importan-
te para compreender o pensamento econômico atual); o marxismo com Karl 
Marx, Keynes, os marginalistas, o neoclássico e mais atualmente, as correntes 
pós-keynesianas. 
 Na unidade 2 estaremos abordando questões de análise comporta-
mental dos dois agentes fundamentais à atividade econômica. Isto é, o agente 
“família”, como consumidores; e agente “empresa”, como centros produtivos. 
Ao longo da unidade estaremos conhecendo como esses agentes interagem 
no mercado, se observando: a dinâmica tanto da demanda como da oferta, o 
preço de equilíbrio de um determinado produto no mercado, a análise com-
portamental da utilidade marginal, a análise tanto da receita marginal como 
dos custos marginais e a dinâmica da economia de escala. E por último iremos 
estudar as estruturas de mercado que atuam em uma economia de mercado, 
quesito importante de entender para iniciar seus estudos da unidade 3, a ma-
croeconomia.
 Para lhe ajudar a se organizar nos seus estudos esta unidade divide-se 
em quatro grandes tópicos, sendo estes: tópico 1 – a lei da procura e da oferta, 
tópico 2 – o preço ideal e o comportamento da procura e oferta, tópico 3 – a 
teoria marginal e o comportamento do produtor, tópico 4 – a receita marginal 
e estrutura de mercado. Todos esses conceitos microeconômicos são impor-
tantes para que você possa ter maiores fundamentos e assim compreender 
melhor a unidade 3, na qual você irá estudar conceitos Macroeconômicos de 
uma economia de mercado.
 Na Unidade 3 deste Caderno de Economia iremos estudar a Macroe-
conomia, parte importante da teoria econômica. Nosso objetivo é conhecer os 
principais fundamentos da Teoria Macroeconômica e, para tanto, esta unida-
de divide-se em cinco grandes tópicos. No primeiro, iremos compreender as 
raízes históricas deste campo de estudo, bem como suas estruturas de análise, 
as políticas macroeconômicas e os seus principais objetivos. No segundo tópi-
co, nossa atenção estará voltada para a Contabilidade Social, um conjunto de 
técnicas que permite a medição dos principais agregados macroeconômicos 
de um país. Os principais agregados macroeconômicos também serão objeto 
de nosso estudo. No terceiro tópico analisaremos os pressupostos da teoria da 
determinação da renda e do produto nacional no mercado de bens e serviços. 
Além disso, discutiremos o papel e a importância da moeda no conjunto da 
economia. No quarto tópico estudaremos os fundamentos do comércio in-
ternacional e das relações econômicas internacionais. Nesse sentido, temas 
relacionados à importação, à exportação, ao balanço de pagamentos e à taxa 
de câmbio serão objeto de nossa atenção. Por fim, no quinto tópico analisare-
mos o fenômeno da inflação, suas principais características e seu impacto no 
cotidiano.
 Além do caderno de economia como o principal subsídio para esta 
disciplina, ao longo dos estudos preparamos para você algumas bibliografias 
V
e vídeos didáticos que serão úteis para que você atualize os seus conhecimen-
tos sobre o tema estudado. Além disso, ao final de cada tópico, elaboramos 
algumas atividades sobre os conteúdos abordados em cada tópico deste ca-
derno para você fixar os conhecimentos.
 Assim, esperamos que este caderno de estudos possibilite a você, aca-
dêmico, compreender os principais conceitos da disciplina de Economia e sua 
relação com o dia a dia. Desejamos a você um ótimo aprendizado, e que ao 
final desta disciplina você consiga aplicar os conceitos e teorias no meio pro-
fissional que você atua, sendo cada vez mais assertivo nas suas escolhas e 
tomadas de decisões, bem como auxilie nas pequenas escolhas diárias na sua 
vida pessoal. 
 Aproveite este caderno de economia! 
 Desejamos bons estudos! 
Daniel Rodrigo Strelow
José Alfredo Pareja Gomez de La Torre
Tatiane Thaís Lasta
VI
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você 
que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educaçãoa Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
VII
VIII
IX
sumário
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À ECONOMIA ............................................................................... 1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À ECONOMIA ................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 O QUE É ECONOMIA? ...................................................................................................................... 4
2.1 ECONOMIA COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL ............................................................................ 4
2.2 A CIÊNCIA DA ESCASSEZ ............................................................................................................. 6
3 OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ............................................................... 8
3.1 BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA .................................................................................. 9
4 OS RECURSOS PRODUTIVOS ....................................................................................................... 11
4.1 REMUNERAÇÃO DOS RECURSOS PRODUTIVOS ................................................................... 12
5 OS AGENTES ECONÔMICOS ......................................................................................................... 13
5.1 AS FAMÍLIAS ..................................................................................................................................... 13
5.2 AS EMPRESAS ................................................................................................................................... 14
5.3 GOVERNO .......................................................................................................................................... 14
5.4 O RESTO DO MUNDO ..................................................................................................................... 15
5.5 MERCADO ......................................................................................................................................... 15
6 A DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA ................................................................................. 16
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 18
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 20
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 21
TÓPICO 2 - SISTEMAS ECONÔMICOS .......................................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 23
2 O QUE É UM SISTEMA ECONÔMICO? ....................................................................................... 23
3 ECONOMIA CAPITALISTA OU DE MERCADO ........................................................................ 24
4 ECONOMIAS SOCIALISTAS OU PLANIFICADAS .................................................................. 26
5 ECONOMIAS MISTAS ...................................................................................................................... 28
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 31
TÓPICO 3 - CURVAS DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO .................................................. 33
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 33
2 A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA TÊXTIL ....... 34
2.1 O CUSTO DE OPORTUNIDADE .................................................................................................... 37
2.2 O DESEMPREGO REPRESENTADO NA CURVA DE POSSIBILIDADE 
 DE PRODUÇÃO ................................................................................................................................. 39
3 A CURVA DA POSSIBILIDADE EM NÍVEL DE UMA ECONOMIA ...................................... 40
3.1 ALTERAÇÕES NA CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO ......................................... 42
3.2 ALTERAÇÕES NA CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO: O 
 CRESCIMENTO E O DILEMA ENTRE A ESCOLHA ENTRE BENS DE 
 CONSUMO E BENS DE CAPITAL ................................................................................................. 44
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 47
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 48
X
TÓPICO 4 - FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO ............................... 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 49
2 O FLUXO REAL DA ECONOMIA ................................................................................................... 49
3 O FLUXO MONETÁRIO .................................................................................................................... 50
4 FLUXO CIRCULAR DA RENDA ...................................................................................................... 52
4.1 FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA FECHADA SEM GOVERNO ............. 52
4.2 FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA DE UMA 
 ECONOMIA ABERTA ....................................................................................................................... 54
5 VAZAMENTOS E INJEÇÕES NO FLUXO DE RENDA .............................................................. 56
5.1 VAZAMENTOS NO FLUXO CIRCULAR DA RENDA – A POUPANÇA ................................ 56
5.1.1 As injeções no fluxo circular da renda provenientes da poupança ........................................ 57
5.2 VAZAMENTOS NO FLUXO CIRCULAR DA RENDA – OS TRIBUTOS ................................. 57
5.2.1 As injeções no fluxo circular da renda provenientes dos impostos .......................................58
5.3 VAZAMENTOS NO FLUXO CIRCULAR DA RENDA – AS IMPORTAÇÕES ........................ 58
5.3.1 As injeções no fluxo circular da renda proveniente – caso das importações ........................ 58
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 61
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 62
TÓPICO 5 - A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO ................................................ 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 63
2 PRÉ-HISTÓRIA E ANTIGUIDADE CLÁSSICA ........................................................................... 63
3 IDADE MÉDIA .................................................................................................................................... 64
4 MERCANTILISMO ............................................................................................................................. 64
5 FISIOCRACIA ...................................................................................................................................... 66
5.1 OS FISIOCRATAS – CONTEXTO .................................................................................................... 67
6 A ESCOLA CLÁSSICA ....................................................................................................................... 68
6.1 PRINCIPAIS PRECURSORES DA ESCOLA CLÁSSICA: ADAM SMITH ................................ 70
6.2 PRINCIPAIS PRECURSORES DA ESCOLA CLÁSSICA: DAVID RICARDO .......................... 71
6.3 PRINCIPAIS PRECURSORES DA ESCOLA CLÁSSICA: JEAN-BAPTISTE SAY .................... 73
6.4 PRINCIPAIS PRECURSORES DA ESCOLA CLÁSSICA: THOMAS MALTHUS .................... 74
6.5 PRINCIPAIS PRECURSORES DA ESCOLA CLÁSSICA: JOHN STUART MILL .................... 75
7 MARXISMO .......................................................................................................................................... 76
8 OS ECONOMISTAS NEOCLÁSSICOS (OU MARGINALISTAS) ........................................... 79
9 KEYNESIANISMO .............................................................................................................................. 81
9.1 A ECONOMIA PÓS-KEYNES .......................................................................................................... 85
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 87
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 88
UNIDADE 2 - MICROECONOMIA ................................................................................................... 91
TÓPICO 1 - A LEI DA PROCURA E DA OFERTA .......................................................................... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 93
2 CONCEITO DE MICROECONOMIA ............................................................................................. 93
3 LEI DA DEMANDA: O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ....................................... 95
3.1 COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES ............................................................................. 96
3.2 VARIÁVEIS DA ESTRUTURA DA DEMANDA ........................................................................... 98
3.3 RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE PROCURADA E PREÇO DO PRODUTO ...................... 100
4 FUNDAMENTOS DA LEI DA OFERTA ......................................................................................... 103
4.1 O FATOR CUSTO DE PRODUÇÃO NAS QUANTIDADES OFERTADAS .............................. 106
4.2 FATOR PREÇO E A CURVA DA OFERTA .................................................................................... 108
4.3 A ESCALA COMPORTAMENTAL DOS PRODUTORES ........................................................... 109
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 111
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 112
XI
TÓPICO 2 - O PREÇO IDEAL E O COMPORTAMENTO DA PROCURA E OFERTA ........... 113
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 113
2 O PREÇO DE EQUILÍBRIO ............................................................................................................... 113
2.1 A INTERAÇÃO DA PROCURA E DA OFERTA ........................................................................... 113
2.2. O PREÇO DE EQUILÍBRIO ............................................................................................................. 115
3 DESLOCAMENTOS DA CURVA DA PROCURA E/OU OFERTA ........................................... 118
3.1 ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DA OFERTA ............................................................................. 119
3.2 ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DA DEMANDA ....................................................................... 121
4 FUNDAMENTOS DA ELASTICIDADE DA PROCURA E DA OFERTA ............................... 122
4.1 A ELASTICIDADE DA PROCURA ................................................................................................. 123
4.1.1 Fatores que influenciam na elasticidade preço da procura .................................................... 123
4.1.2 Cálculo da elasticidade-preço da procura ................................................................................. 125
5 FUNDAMENTOS DA ELASTICIDADE DA OFERTA ................................................................ 128
5.1 FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ........................... 129
5.2 COEFICIENTE DA ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ....................................................... 130
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 133
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 134
TÓPICO 3 - A TEORIA MARGINAL E O COMPORTAMENTO DO PRODUTOR ................ 137
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 137
2 FUNDAMENTOS DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DO 
 CONSUMIDOR ................................................................................................................................... 137
2.1 O PRINCÍPIO DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DO 
 CONSUMIDOR .................................................................................................................................. 138
2.2 A ESCOLHA NO MOMENTO DE CONSUMIR ........................................................................... 140
3 LIMITAÇÕES PARA MAXIMIZAR A UTILIDADE MARGINAL ........................................... 142
3.1 CURVA DA INDIFERENÇA ............................................................................................................ 142
3.2 RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS ................................................................................................. 145
3.3 REFLEXO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA NO CONSUMO DO BRASILEIRO ............. 148
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................................150
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 151
TÓPICO 4 - A RECEITA MARGINAL E ESTRUTURA DE MERCADO .................................... 153
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 153
2 A RECEITA MARGINAL ................................................................................................................... 153
2.1 MAXIMIZAR AS VENDAS .............................................................................................................. 154
3 ESTRUTURA DOS CUSTOS E A ECONOMIA DE ESCALA .................................................... 156
3.1 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ........................................................................................................ 157
3.2 ECONOMIA DE ESCALA ................................................................................................................ 159
3.3 CUSTOS MÉDIOS E CUSTOS MARGINAIS ................................................................................. 161
3.4 A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO ..................................................................................................... 163
4 ESTRUTURA DE MERCADO ........................................................................................................... 165
4.1 CONCORRÊNCIA PERFEITA ......................................................................................................... 165
4.2 COMPETIÇÃO IMPERFEITA E CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA ................................ 166
4.3 OLIGOPÓLIO ..................................................................................................................................... 167
4.4 MONOPÓLIO ..................................................................................................................................... 168
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 170
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 172
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 173
XII
UNIDADE 3 - MACROECONOMIA .................................................................................................. 175
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA ................................................................... 177
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 177
2 EVOLUÇÃO DA TEORIA MACROEOCONÔMICA .................................................................. 178
2.1 BREVE EVOLUÇÃO DA MACROECONOMIA ........................................................................... 180
3 OBJETIVOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA .................................................................. 181
4 OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA ................................................ 183
4.1 POLÍTICA FISCAL ............................................................................................................................ 184
4.2 POLÍTICA MONETÁRIA ................................................................................................................. 185
4.3 POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL .......................................................................................... 186
4.4 POLÍTICA DE RENDAS ................................................................................................................... 187
5 ESTRUTURAS DE ANÁLISE MACROECONÔMICA ................................................................ 188
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 190
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 191
TÓPICO 2 - NOÇÕES DE CONTABILIDADE SOCIAL ................................................................ 193
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 193
2 A CONTABILIDADE SOCIAL ......................................................................................................... 193
2.1 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS CONTAS NACIONAIS ................................................ 195
3 MEDINDO A ECONOMIA A DOIS SETORES: FAMÍLIAS E EMPRESAS ........................... 196
3.1 O VALOR ADICIONADO ................................................................................................................ 200
3.2 A POUPANÇA AGREGADA (S), O INVESTIMENTO AGREGADO (I) 
 E A DEPRECIAÇÃO ......................................................................................................................... 201
4 MEDINDO A ECONOMIA A TRÊS SETORES: O GOVERNO ................................................ 204
4.1 CUSTO DE FATORES E PREÇOS DE MERCADO ....................................................................... 205
4.2 A RENDA PESSOAL DISPONÍVEL E A CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA .......... 206
5 MEDINDO A ECONOMIA A QUATRO SETORES: O SETOR EXTERNO ............................ 207
5.1 O PIB NOMINAL E O PIB REAL .................................................................................................... 209
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 211
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 213
TÓPICO 3 - A DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL: 
 O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS E O MERCADO MONETÁRIO ............. 215
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 215
2 O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS: A HIPÓTESE DO MODELO 
 BÁSICO (KEYNESIANO) .................................................................................................................. 215
2.1 O EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO ....................................................................................... 217
2.2 COMPORTAMENTO DOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS ....................................... 218
3 O MULTIPLICADOR KEYNESIANO DE GASTOS .................................................................... 220
4 DETERMINAÇÃO DE RENDA E DO PRODUTO NACIONAL: 
 O MERCADO MONETÁRIO ............................................................................................................ 222
4.1 OFERTA DE MOEDA: OS MEIOS DE PAGAMENTO ................................................................ 222
4.1.1 Criação e destruição de moeda ................................................................................................... 224
4.2 OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL ........................................................................ 224
4.3 O MULTIPLICADOR MONETÁRIO .............................................................................................. 225
4.4 A DEMANDA DE MOEDA ............................................................................................................. 226
4.5 TAXAS DE JUROS: NOMINAL E REAL ........................................................................................ 227
4.6 A MOEDA E A POLÍTICA MONETÁRIA ..................................................................................... 228
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................................230
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 232
XIII
TÓPICO 4 - ECONOMIA INTERNACIONAL: O SETOR EXTERNO ........................................ 233
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 233
2 O COMÉRCIO INTERNACIONAL – ALGUMAS DEFINIÇÕES INICIAIS .......................... 234
2.1 INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL – 
 AS MEDIDAS PROTECIONISTAS .................................................................................................. 234
2.2 INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL – 
 RESTRIÇÕES E INCENTIVOS AO LIVRE-COMÉRCIO ............................................................. 235
3 O BALANÇO DE PAGAMENTOS ................................................................................................... 236
4 TAXAS DE CÂMBIO ........................................................................................................................... 239
4.1 OS REGIMES CAMBIAIS ................................................................................................................. 240
4.2 A DESVALORIZAÇÃO E A VALORIZAÇÃO CAMBIAL .......................................................... 243
5 ALGUNS DETERMINANTES DAS IMPORTAÇÕES E DAS EXPORTAÇÕES .................... 244
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 246
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 247
TÓPICO 5 - INFLAÇÃO ........................................................................................................................ 249
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 249
2 O QUE É INFLAÇÃO? ........................................................................................................................ 249
2.1 A INFLAÇÃO DE DEMANDA ........................................................................................................ 251
2.2 A INFLAÇÃO DE CUSTOS .............................................................................................................. 252
2.3 A INFLAÇÃO INERCIAL ................................................................................................................. 253
3 OS PRINCIPAIS EFEITOS DA INFLAÇÂO .................................................................................. 253
3.1 EFEITOS NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ................................................................................... 254
3.2 EFEITOS SOBRE O BALANÇO DE PAGAMENTOS ................................................................... 255
3.3 EFEITOS SOBRE OS INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS .......................................................... 255
3.4 EFEITOS SOBRE O MERCADO DE CAPITAIS ............................................................................ 255
4 COMO COMBATER A INFLAÇÂO ................................................................................................ 256
5 METAS INFLACIONÁRIAS NO BRASIL ...................................................................................... 256
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 259
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 265
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 266
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 268
XIV
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• compreender os conceitos básicos da ciência econômica; 
• compreender e avaliar os problemas econômicos básicos que impactam 
nas atividades econômicas e no cotidiano; 
• entender e diferenciar as principais características dos sistemas econômi-
cos; 
• conhecer e interpretar a curva de possibilidade de produção; 
• compreender o funcionamento de uma economia e sua relação com as ati-
vidades produtivas, comerciais e de distribuição da renda de uma socie-
dade;
• conhecer a evolução do pensamento econômico e as suas principais cor-
rentes. 
Esta unidade está organizada em cinco tópicos. Ao final de cada tópico você 
encontrará atividades que lhe darão uma maior compreensão dos temas 
abordados.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ECONOMIA
TÓPICO 2 – SISTEMAS ECONÔMICOS
TÓPICO 3 – CURVAS DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
TÓPICO 4 – FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO
TÓPICO 5 – A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, daremos ínicio aos nossos estudos sobre introdução à 
economia. Nesta primeira unidade, a intenção é fazer com que você compreenda 
as conceituações básicas da economia presentes no nosso cotidiano.
Ao longo dos estudos, vamos fazer você perceber como a economia está 
presente no nosso dia a dia, em praticamente tudo o que fazemos. Embora todas 
as pessoas, diariamente, lidam com atividades de natureza econômica, poucas 
delas têm essa lucidez. Todos os dias, em telejornais, em periódicos, ou mesmo 
na internet, nos deparamos com diferentes questões econômicas que passam 
despercebidas. Alguns exemplos que podemos adiantar são os aumentos dos 
preços, cortes de gastos em períodos de crises e recessão econômica, ou ainda, de 
crescimento econômico em épocas prósperas. Poderíamos citar também as altas 
taxas de desemprego, taxas de câmbio, taxas de juros, alta nos impostos e tarifas 
públicas, a distribuição da renda e do produto, a inflação, entre outros. Exemplos 
mais simples, como a nossa diária relação de trabalho em troca de um salário no 
final do mês é uma relação econômica e política, o valor da passagem de ônibus, o 
valor dos alimentos, o valor da mensalidade da faculdade etc. É só começar a prestar 
atenção a nossa volta, e veremos que tudo o que nós compramos ou consumimos 
na forma de bens ou de serviços estão envoltas em várias relações econômicas 
e políticas. Esses são alguns temas centrais no estudo da ciência econômica, que 
aliás, é só ler um jornal para ver cada um desses termos, não é mesmo? O que todos 
esses termos econômicos e esses indicadores tem a ver com o nosso cotidiano? 
O estudo e conhecimento sobre os assuntos econômicos faz-se mais 
necessário do que nunca, já que maior parte dos grandes problemas das sociedades 
contemporâneas, como a globalização, a desigualdade, as questões ambientais e 
outros complexos problemas têm uma ligação direta com os problemas de natureza 
econômica. 
Neste primeiro tópico, vamos estudar o conceito de economia, o problema 
da escassez dos recursos produtivos, as necessidades ilimitadas, vamos estudar 
os problemas econômicos fundamentais, os bens de uma economia, os agentes 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
4
econômicos, estudaremos de forma breve a grande divisão da teoria econômica 
entre microeconomia e macroeconomia, que serão aprofundadas nas Unidades 2 
e 3. 
2 O QUE É ECONOMIA? 
Para começarmos nossa disciplina, é importante buscar saber o que 
significa economia e qual a origem deste conceito. Em termos etimológicos, a 
palavra “economia” tem origem grega, sua divisão se dá por duas palavras: 
oikos, que significa casa; e nomos, quesignifica norma, lei. Assim, com a junção 
das duas palavras, temos oikonomia, que significa “administração da casa” ou 
“administração da coisa pública”. O senso comum costuma relacionar uma pessoa 
como sendo econômica, o que significa dizer que ela é cuidadosa com o gasto de 
dinheiro, ou cautelosa na administração de recursos que ela dispõe, geralmente a 
sua renda (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
Será que economia refere-se somente a economizar ou a poupar dinheiro? 
Muitas pessoas acreditam que sim, mas este é um juízo equivocado. Durante 
esta unidade, levaremos você a compreender a economia, buscando exemplos e 
demostrando que a mesma está presente no nosso dia a dia, em praticamente todas 
as atividades do nosso cotidiano, e nas escolhas que fazemos quando gastamos a 
nossa renda. 
 
A economia, ou ciência econômica, busca compreender como a sociedade 
e os indivíduos utilizam os seus recursos, que são escassos, na produção de 
determinados bens e serviços. Estuda-se ainda a forma como esses bens são 
distribuídos entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de 
satisfazer as necessidades de todos os indivíduos.
Os sujeitos devem fazer escolhas, as quais administrem bem os seus 
recursos, que já são escassos, de acordo com as suas necessidades (alimentação, 
saúde, educação, vestuário, habitação, transporte) que como citamos, são 
ilimitadas. Portanto, a ciência econômica preocupa-se com a alocação dos recursos 
de forma que não se comprometa as gerações futuras com o problema da escassez 
dos recursos (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
2.1 ECONOMIA COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL 
A ciência econômica procura estudar como a sociedade se organiza e de 
que forma administra seus recursos que são limitados (que tem um fim) com o 
propósito de produzir bens e serviços para atender às necessidades de toda a 
população que são ilimitadas. Assim, pode-se deferir a ciência econômica como 
sendo:
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
5
a ciência social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem 
empregar recursos escassos, que poderiam ter utilização alternativa, na 
produção de bens e serviços de modo a distribui-los em várias pessoas 
e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas 
(STONIER, 1971 apud PASSOS; NOGAMI, p. 5).
Para Samuelson (1988) apud Passos e Nogami (2012), a economia é o estudo de 
como as pessoas e a sociedade decidem empregar os recursos escassos. Resumidamente, 
a definição da economia para Passos e Nogami (2012) é “uma ciência social que tem por 
objeto de estudo a questão da escassez”. Assim temos que: “economia é, pois, a ciência 
que estuda as formas do comportamento humano resultantes da relação existente entre as 
ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos 
alternativos” (STONIER, 1971, apud PASSOS; NOGAMI, p. 5, 2012).
IMPORTANTE
A ciência econômica é uma ciência social e preocupa-se em estudar como a 
sociedade se organiza e de que forma administra seus recursos que são limitados, com o 
propósito de produzir bens e serviços e atender às necessidades das populações que são 
ilimitadas.
O senso comum geralmente tem a tendência de reduzir a ciência econômica 
ao seu viés puramente matemático, bancário e a gráficos, ou mesmo a relação 
mencionada anteriormente, em que economia consiste apenas em economizar 
dinheiro. Todavia, a ciência econômica pode ser considerada uma ciência social, 
pois é a ciência que estuda a organização e a distribuição dos bens, por consequência, 
o funcionamento das sociedades. É por meio da ciência econômica que estuda-se 
como os indivíduos e como a sociedade escolhe alocar os seus recursos produtivos 
da melhor forma possível, já que são escassos e tem a finalidade de satisfazer as 
necessidades de todas as pessoas dentro de uma determinada sociedade. Além 
disso, a ciência econômica preocupa-se com o comportamento das pessoas e como 
os indivíduos e as organizações tomam as decisões quanto à produção, troca de 
bens e consumos (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004). 
NOTA
A economia é, portanto, uma ciência social, pois se ocupa do comportamento 
humano e de estudar como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na 
produção de bens e serviços.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
6
2.2 A CIÊNCIA DA ESCASSEZ 
O problema da escassez é um problema de todas as sociedades 
contemporâneas. Todos sabemos que o ser humano possui necessidades diárias 
para a reprodução material de sua vida, e que estão relacionadas ao consumo 
de mercadorias (bens e/ou serviços). Essas necessidades apresentam-se das mais 
variadas formas, é só observamos as nossas próprias necessidades, as primárias, 
que são: alimentação, saúde, educação etc. Desde as necessidades mais básicas até 
aquelas que podem facilitar a nossa vida, como produtos tecnológicos, celulares, 
computadores, carros etc. Assim, o consumo desses e de outros bens e serviços se 
torna uma condição de vida saudável, próspera e confortável na sociedade da qual 
fazemos parte. 
É importante, também, diferenciar as necessidades humanas dos desejos. 
As necessidades envolvem tudo o que realmente precisamos para sobreviver, como 
alimentação, moradia, saúde, educação, roupas, sapatos. Já os desejos são roupas 
caras e de marca, perfumes importados, celular de última geração etc. A escassez 
está presente em nosso dia a dia, por exemplo, quando você percebe que seu 
salário não pode comprar para além de todas as suas necessidades e todos os seus 
desejos. Se você precisa comprar um automóvel para facilitar seu deslocamento 
para seu trabalho, ou mesmo para passeio, isso é sua necessidade. Seu desejo seria 
comprar uma Ferrari, mas como seus recursos (rendimentos) são escassos, você 
vai comprar um automóvel que esteja dentro do seu orçamento e que vai atender 
a sua necessidade. 
 
Poderíamos nos perguntar: o que é a escassez e por que existe o problema 
da escassez? A escassez significa que um determinado produto ou serviço não tem 
uma disponibilidade ampla no mercado. Quer dizer, não consegue se produzir 
determinado bem para todas as pessoas e, se ele é escasso, possivelmente seu 
preço é mais elevado e nem todas as pessoas poderão comprá-lo. Assim a escassez 
existe pelo fato de que as necessidades das pessoas são ilimitadas. Tente pensar 
quais produtos e serviços você precisa para sobreviver e se reproduzir em um mês 
do ano, por exemplo. Você precisa consumir incontáveis bens e serviços, como 
alimentos, roupas, casa, transporte, escola, precisa ir ao médico, ir à faculdade, 
precisa abastecer seu carro, enfim, a lista se tornaria imensa, por isso, se diz em 
economia, que as necessidades são infinitas e ilimitadas. 
De outro lado, temos os recursos produtivos, (utilizados para a produção 
destes bens e serviços que utilizamos diariamente) que são máquinas, fábricas, 
terras, matérias-primas, entre outros, estes recursos são limitados, ou seja possuem 
um fim, possuem um limite. Por isso, os economistas costumam afirmar que as 
necessidades das pessoas são ilimitadas e os recursos são limitados, pelo simples 
fato de que não se consegue produzir todos os desejos de todas as pessoas (PASSOS; 
NOGAMI, 2012). 
Surge do pressuposto de que as necessidades humanas são infinitas, ao 
passo que os bens ou os meios de satisfazê-las são sempre finitos. De 
acordo com as teorias econômicas neoclássicas, o homem pode produzir 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
7
o suficiente de qualquer bem econômico para satisfazer completamente 
determinada necessidade, mas jamais poderá produzir o suficiente de 
todos os bens para atender simultaneamente a todas as necessidades. De 
acordo com essa definição, as ciências econômicas serviriam exatamente 
para gerir a escassez. Por outro lado,os bens econômicos são escassos 
porque normalmente se dispõem apenas de quantidades limitadas de 
recursos produtivos necessários para criar os bens em questão, recursos 
estes que compreendem, basicamente, o trabalho, a terra e o capital, mas 
o total dos bens econômicos que se podem produzir com tais recursos 
é bastante influenciado pela técnica e pelo grau de especialização, isso 
sem falar das complexas determinantes políticas que frequentemente 
afetam a produção e a distribuição dos bens. Assim, os economistas 
estudam também os processos produtivos pelos quais a escassez pode 
ser reduzida, empregando plenamente e de forma mais eficiente os 
recursos disponíveis, agilizando as formas de produção e distribuição 
dos bens em questão (SANDRONI, 1999, p. 211).
Assim, precisamos ter cuidado para que a escassez não seja confundida com 
pobreza. A pobreza, em termos simplistas, significa ter poucos e poder adquirir 
também poucos bens. Enquanto a escassez, significa que se tem mais desejos do 
que bens para satisfazê-los, ainda que hajam muitos bens. A questão da escassez 
está presente em todas as sociedades, seja rica ou seja pobre. Todavia, o problema 
difere se compararmos, por exemplo, países de terceiro mundo com países 
desenvolvidos. É claro que se experimenta uma escassez de maior quantidade de 
bens nos países em desenvolvimento. Já nos países desenvolvidos, como na Europa 
e Estados Unidos, estes podem ofertar uma quantidade maior de bem e serviços, 
por consequência, a escassez de bens é menor (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
FIGURA 1 – O PROBLEMA DA ESCASSEZ ILUSTRADO
 FONTE: Os autores
O problema da escassez é um dos problemas básicos da ciência econômica. 
Como vimos no tópico anterior, a economia se preocupa em estudar como a 
sociedade se organiza e de que forma administra seus recursos escassos, com a 
finalidade de atender às inúmeras necessidades que são ilimitadas. Assim, justifica-
se o estudo da economia justamente pela escassez dos recursos em relação às 
necessidades humanas, que são ilimitadas, é aí que faz sentido a ciência econômica, 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
8
e justifica-se a preocupação em alocar e utilizar da forma mais racional e com 
maior eficiência possível todos os recursos disponíveis. Do problema da escassez 
surge a questão da escolha, uma vez que não se pode produzir tudo o que todas as 
pessoas desejam, e se criam, a partir disso, o que se chama na economia, problemas 
econômicos básicos ou fundamentais, o quanto produzir, para quem produzir e 
como produzir, por meio destes problemas econômicos básicos se decidem quais 
bens serão produzidos e quais necessidades vão ser atendidas (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2004). 
3 OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS 
Como vimos no tópico anterior, as necessidades humanas, em todas as 
sociedades, são ilimitadas e os recursos produtivos são limitados, aí confrontam-
se com o problema da escassez, trata-se de um problema econômico central de 
qualquer sociedade dada a escassez de recursos, associada com a necessidade das 
pessoas que é ilimitada, originam-se os três problemas econômicos fundamentais 
que são: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? 
 Um exemplo básico sobre os três problemas fundamentais seria pensar 
sobre a produção de carros importados, quem os comprará? Provavelmente será 
uma pequena parcela da sociedade que poderá adquirir esse bem, então não é 
viável produzi-lo em grande escala. Outro exemplo seria a produção de trigo, o 
que, quanto e para quem? O trigo é um dos elementos mais comuns na alimentação 
mundial, possivelmente a demanda por esse bem é alta e não é apenas uma camada 
da sociedade que detém o poder de adquirir o pão, mas praticamente todas as 
faixas de renda. Os produtores vão observar o que e quanto devem produzir, 
como e para quem, observarão, inclusive, qual público poderá adquirir o bem, e se 
este bem é ou não viável de produzir em uma sociedade, já que não faria sentido 
produzir um bem que ninguém pode pagar ou que ninguém tem necessidade ou 
desejo sobre ele (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004). 
 FIGURA 2 – PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS DAS SOCIEDADES
FONTE: Os autores
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
9
O que e quanto produzir?
Considerando que os recursos utilizados para a produção de bens e serviços 
são escassos, a sociedade precisa fazer escolhas, o que vai produzir e quanto vai 
produzir.
Como produzir?
Este problema se refere aos recursos que utilizará para produzir bens e 
serviços. Em geral, os produtores tendem a escolher aqueles que tiverem um baixo 
custo para produzir bens e serviços.
Para quem produzir?
Neste problema, a sociedade observará como as pessoas podem participar 
da distribuição de bens e serviços. Neste ponto se leva em conta as rendas dos 
indivíduos, ou seja, quem pode pagar por determinado bem. 
A forma como esses três problemas fundamentais serão tratados depende 
da forma de organização de uma determinada sociedade, que podem ser economias 
de mercado ou capitalistas, economias socialistas ou centralmente planificadas. 
Nas economias de mercado, por exemplo, espera-se uma maior condução desses 
problemas por parte das empresas privadas. Já nas economias planificadas, o 
protagonismo é do Estado na solução dos problemas (veremos mais adiante, no 
Tópico 2, os diferentes sistemas econômicos).
3.1 BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA 
Falamos até aqui do problema da escassez e dos problemas econômicos 
fundamentais. A escassez, em economia, significa a falta de algum bem ou serviço. 
Quando se diz que um bem é escasso, significa dizer que ele é raro no mercado, 
mas precisamos entender o que são os bens e serviços em uma economia. Por 
“bem” pode-se entender que é tudo aquilo que permite satisfazer determinada 
necessidade humana. Só faz sentido um “bem” ser procurado se ele satisfazer as 
necessidades, ou seja, porque ele é útil. Em economia, os bens são classificados em 
bens livres e bens econômicos. 
Veremos a seguir as classificações: 
• Os bens livres são os que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos 
com pouco ou nenhum esforço humano. Exemplos: a luz solar e o ar que 
respiramos, estes são considerados bens, pois de certa forma eles atendem às 
necessidades humanas. São bens livres, pois não possuem preço ou pelo menos 
ainda não pagamos por isso! 
• Bens econômicos são caracterizados pelo esforço humano para obtenção desse 
bem. E além disso, estes bens têm como característica básica um preço, além de 
serem escassos. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
10
Os bens econômicos são classificados em dois grandes grupos: bens 
materiais e bens imateriais ou serviços. Os primeiros são os bens materiais, ou 
seja, podem ser tangíveis, os quais podem ser atribuídos peso, altura etc. Exemplos 
desses bens são alimentos, roupas, livros. Os serviços são intangíveis, significa que 
não podem ser tocados nem medidos. Exemplos de serviços: atendimento médico, 
serviços de um advogado, serviços de transportadoras etc. A produção do serviço 
e o atendimento do mesmo são instantâneas. Uma importante característica é que 
os serviços não podem ser estocados, por exemplo.
Os bens materiais são classificados em bens de consumo e bens de 
capital. Os bens de consumo estão relacionados com a satisfação das necessidades 
humanas. Estes podem ser de uso “não durável” e desaparecem assim que são 
utilizados. Alguns exemplos são: alimentos, gasolina, bebidas. Já os bens de uso 
durável, ao contrário, são bens que podem ser utilizados por um maior período de 
tempo, por isso, duráveis. Exemplos são eletrodomésticos, móveis, livros, carros, 
computador, entre outros.
Os bens de capital são os bens que permitem a produção de outros bens, 
como máquinas, equipamentos, computadores, instalações etc.
Os bens de consumo e bens de capital são consideradosbens finais, pois 
já passaram por todos os processos de transformações possíveis para serem 
colocados no mercado e à disposição da população, por isso são os ditos “bens 
acabados”. Além dos bens finais, existem ainda os bens intermediários, que são 
aqueles que ainda não foram finalizados, como vidros utilizados na produção de 
carros. Os bens podem ainda ser classificados em bens privados e bens públicos. 
Os bens privados referem-se àqueles produzidos de forma privada, como carros, 
computadores, celulares. Os bens públicos são aqueles fornecidos pelo Estado, 
são bens públicos: segurança, justiça, educação, saúde etc. (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2004). 
FIGURA 3 – SÍNTESE DOS BENS DE UMA ECONOMIA
FONTE: Os autores
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
11
4 OS RECURSOS PRODUTIVOS
Você aprendeu até aqui que os recursos para a produção de bens e serviços 
são limitados e que as necessidades das pessoas são ilimitadas. Estudamos que 
as necessidades são satisfeitas por meio de mercadorias, serviços e bens. Para 
produzir os bens que vimos acima, com exceção daqueles com preço zero, são 
necessários os recursos produtivos. 
Os recursos produtivos, ou fatores de produção, são elementos utilizados 
no processo produtivo de bens (mercadorias) com a finalidade de satisfazer as 
necessidades humanas. Aqui entram os fatores que propiciaram a confecção das 
mercadorias, entre eles, o trabalho, os recursos naturais, as matérias-primas, os 
combustíveis, a energia, os equipamentos, entre outros. Os recursos produtivos 
de uma economia são classificados em trabalho, terra ou recursos naturais, capital, 
tecnologia, e capacidade empresarial. 
Veremos a seguir, cada um deles de forma particular, bem como suas 
funções no sistema econômico.
• Terra (ou recursos naturais): como o próprio nome já deixa claro são os recursos 
naturais, as florestas, a energia solar, os recursos minerais, o solo, as águas etc. Boa 
parte destes recursos naturais são utilizados diariamente na produção dos bens 
econômicos. Todavia, o que algumas correntes de economistas e ambientalistas 
costuman alertar é que os recursos naturais também são limitados, ou seja, 
possuem um fim se não forem utilizados com a devida precaução. 
• Trabalho: trata-se do valor humano necessário para a produção de determinado 
bem. O trabalho que consiste em esforço por parte de um ser humano, pode ser 
braçal, de força física ou mental despendida. Assim, o trabalho num sentido 
econômico, é um serviço prestado por determinada pessoa na sua área de 
atuação, podendo ser um médico, um agricultor, um pedreiro. Contudo, a força 
de trabalho e sua qualidade também são limitadas. 
• Capital (ou bens de capital): é definido por um conjunto de bens utilizados 
no processo de produção de outros bens e não essencialmente para atender às 
necessidades das pessoas. Exemplos de capital são máquinas e equipamentos, 
estoques, instalações, edifícios, usinas, estradas de ferro etc. Quando se fala 
em capital é muito comum que nossa mente associe a ações ou ao dinheiro, 
porém, isso deve ser associado como capital financeiro. Poderíamos pensar em 
exemplos do nosso cotidiano para bens de capital: 
 Qual o capital de um taxista? Seu táxi e seu sistema de comunicação; 
 Qual o capital de um pescador? Sua rede e bote para pescar. 
 E de um médico? Seu conhecimento, ou seja, seu investimento educacional 
na faculdade de medicina. Se tiver consultório médico, seu investimento em 
equipamento e local para atender seus pacientes.
• Tecnologia: na atualidade, a tecnologia tem papel fundamental na atividade 
econômica. As inovações tecnológicas têm papel fundamental na economia como 
um todo, por meio de inovações é possível alcançar um nível de crescimento e 
aumento de produtividade. Exemplos são os computadores, os smathphones etc, 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
12
que acabam facilitando o acesso produtivo. 
• Capacidade empresarial: este fator de produção consiste na capacidade 
empresarial, no “saber fazer” do empresário que exerce atividades e funções 
fundamentais no processo produtivo, pois é o empresário quem organiza todo 
o processo de produção e assume os riscos da produção dos bens e serviços que 
propõe-se a atender, resultando em lucros, ou nas perdas de seu investimento 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
4.1 REMUNERAÇÃO DOS RECURSOS PRODUTIVOS
Para a produção de qualquer bem ou serviço é necessário o empego dos 
recursos produtivos. Necessita de terra, de bens de capital que são necessários 
para produzir outros bens, além disso, o empresário, às vezes, não conta com todo 
o dinheiro para investir, sendo necessária a busca de dinheiro de terceiros para a 
aquisição de máquinas e equipamentos. E por fim, necessita de mão de obra para 
a produção de bens que virão a atender as necessidades humanas. Assim, o preço 
pago pela utilização dos serviços dos fatores de produção vai constituir a renda 
dos proprietários desses fatores. 
Com relação ao trabalho, o trabalhador é o proprietário dos recursos, e 
a remuneração que ele recebe na forma de salários no final de cada período 
trabalhado constitui a sua renda – paga pelo dono da empresa –. Por exemplo, com 
relação à remuneração do fator terra (ou recursos naturais), geralmente se conhece 
duas formas de remuneração, através de arrendamento (aluguel por ceder a terra 
temporariamente a alguém) ou mesmo a venda para outro proprietário. Já a renda 
do capital são os juros. No caso de um empresário necessitar de mais dinheiro para 
investir na sua produção, ele buscará o capital na forma de empréstimos, e para 
usufruir desse dinheiro, em troca pagará juros ao banco. O lucro, por fim, consiste 
na remuneração pela capacidade empresarial. O quadro a seguir sintetiza o que 
descrevemos até aqui.
QUADRO 1 – FATORES DE PRODUÇÃO E SUA REMUNERAÇÃO
FATOR DE PRODUÇÃO TIPO DE REMUNERAÇÃO
Trabalho Salário
Terra (recursos naturais) Aluguel
Capital Juro
Tecnologia Royalties
Capacidade empresarial Lucro
FONTE: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2009)
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
13
Para cada fator de produção ou recurso produtivo, haverá o pagamento pelos 
serviços prestados. Este pagamento corresponde a uma remuneração recebida por 
determinado serviço prestado. Por exemplo, o trabalhador trabalha o mês todo 
em troca de, no final de cada período, receber um salário. O salário corresponde à 
remuneração pelo trabalho e, consequentemente, a renda do trabalhador, o mesmo 
se dá com os demais fatores de produção. (PASSOS; NOGAMI, 2012). Todavia, é 
importante observar que os recursos produtivos têm como característica básica 
serem limitados ou escassos, ou seja, não existem em quantidade abundante para 
produzir todos os bens desejados pela sociedade. Os recursos naturais são finitos. 
Um exemplo é o petróleo, as terras adequadas para agricultura, recursos hídricos, 
minério de ferro etc. São matérias-primas que existem em quantidades infinitas. 
Mesmo as nações desenvolvidas têm esse tipo de limitação de recursos naturais.
5 OS AGENTES ECONÔMICOS
Você já parou para pensar que nós participamos de transações comerciais 
quase que diariamente? E as realizamos com diferentes agentes econômicos? Isso 
mesmo, ir ao supermercado, ir a um restaurante, comprar uma água, abastecer 
o seu automóvel, todas essas e outras mais, são transações que proveem de 
necessidades que temos de consumir determinado serviço ou produto, seja para 
a nossa sobrevivência, seja por lazer, ou mesmo pelo conforto. Tudo o que nós 
consumimos nos é oferecido por um prestador de serviços. Aí entra o que se 
conhece em economia como os agentes econômicos, que são todas as pessoas, 
as empresas, o governo todos estes agentes transacionam entre si dentro de um 
mesmo mercado. É muito simples, todos nós efetuamos transações (de compra 
e venda) com os diferentes agentes, ésó observar o seu dia a dia. Vamos ver 
mais adiante cada um dos agentes especificamente, e ficará mais claro para você 
compreender como se dão as transações entre os agentes no mercado.
5.1 AS FAMÍLIAS
Na economia, quando se fala em famílias, refere-se a todos os indivíduos 
que exercem o papel de consumidores de bens e serviços, com a finalidade de 
atender as suas necessidades. O ato de comprar determinada mercadoria funciona 
como um voto a favor da escolha de produção dessa mercadoria, que depende 
do empresário para ser produzida. Caso as famílias reduzam o consumo e 
comprem menos mercadorias, o empresário deverá interpretar esta ação, por 
parte o consumidor, como um descontentamento e possivelmente por conta disso 
tentará alterar a qualidade da mercadoria oferecida, de modo a se ajustar às novas 
necessidades dos compradores e consumidores. Além do papel de consumidores, 
as famílias oferecem ao mercado os fatores de produção que são: terra, trabalho, 
capital, entre outros, que os oferece às empresas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
14
5.2 AS EMPRESAS 
A empresa, no âmbito da ciência econômica, é o termo utilizado para 
designar uma unidade produtiva que é responsável pela produção e comercialização 
de bens e serviços. A produção acontece por meio da aquisição dos fatores de 
produção das famílias (terra, trabalho) e das empresas, é da onde sai a maior parte 
das mercadorias na forma de bens e serviços, os quais servem para atender às 
necessidades das pessoas. Além disso, os empresários são aqueles que realizam 
os investimentos produtivos para ampliar a sua capacidade de produção, ou seja, 
para aumentá-la, utilizarão os investimentos para contratar e treinar trabalhadores 
e investir em novas máquinas e equipamentos. 
Todavia, é bom ressaltar que a empresa não atua isolada, ou seja, as 
empresas não tomam decisões de forma independente. Geralmente, as decisões 
do empresariado são tomadas com base no padrão de comportamento de boa 
parte dos consumidores, bem como observam as suas necessidades: aí observa-se 
o comportamento das famílias que atuam como consumidores dos produtos que 
as empresas produzem. 
Em resumo, podemos dizer que a empresa é responsável pelo uso e 
processo dos fatores de produção para satisfazer as necessidades e desejos das 
famílias (consumidores), e que uma das suas finalidades é a maximização do lucro. 
5.3 GOVERNO
O Governo, ou Estado, desempenha um papel fundamental na economia 
de qualquer nação. Em sociedades capitalistas, como é o caso na maior parte do 
mundo, o Estado emerge justamente para corrigir as falhas do mercado, com a 
finalidade de interferir nas relações de mercado entre empresários e consumidores. 
Todas as organizações estão de forma direta ou indireta sob o controle do 
governo, seja na esfera federal, estadual ou municipal. O governo tem o papel de 
intervir no sistema econômico com a finalidade de corrigir suas falhas. Além disso, 
concentra-se nas atividades de supervisão, regulação, oferta de bens públicos, 
redistribuição das riquezas. 
Vejamos cada uma delas: 
• Supervisão, regulação e regulamentação: diz respeito ao papel de legislador 
dos temas que dizem respeito aos assuntos econômicos de uma economia. É 
papel do Estado, neste caso, certificar-se do cumprimento de um conjunto de 
regras válidas para todos os agentes econômicos.
• A oferta de bens públicos: o Estado oferta bens e serviços com o dinheiro 
recolhido e redistribui por meio de arrecadação de tributos das famílias e 
das empresas. O bens públicos mais comuns são saúde, educação, escolas, 
universidades, iluminação pública, rodovias etc. 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
15
• Redistribuição das rendas: em economias de mercado é comum desigualdades 
na distribuição das rendas e riquezas na população, o que traz graves 
consequências sociais, aí a necessidade de intervenção estatal, fazendo uma 
mais equitativa redistribuição das rendas por meio de tributos, auxiliando com 
trasferências e subsídios às famílias mais desprovidas.
• As falhas de mercado: o mercado possui falhas, ou seja, não consegue se 
autoajustar, situações de externalidades (por exemplo, uma empresa que polui o 
meio ambiente), ou ainda, em situações de concorrência imperfeita (o monopólio 
ou de monopsônio causam falhas de mercado), de modo que o Estado intervém 
para o ajuste de tais falhas (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
5.4 O RESTO DO MUNDO 
Resto do mundo é o termo utilizado em economia para expressar as relações 
comerciais e de troca entre as diferentes nações. Atualmente, com o crescimento das 
relações comerciais entre os vários países, decorrente do processo de globalização, 
o Resto do Mundo pode ser visto como um quarto agente econômico. Os mercados 
externos podem atuar como consumidores das mercadorias produzidas pelo país. 
Ao mesmo tempo, as famílias de um país podem consumir mercadorias produzidas 
no exterior por meio de importação de produtos.
QUADRO 2 – AGENTES ECONÔMICOS E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES 
AGENTES 
ECONÔMICOS 
PRINCIPAL FUNÇÃO NA ECONOMIA 
Famílias Consumo de bens e serviços. 
Empresas Produção de bens e serviços. 
Governo Satisfação das necessidades coletivas e redistribuição da renda.
Resto do Mundo Troca de bens, serviços e capitais.
5.5 MERCADO 
O mercado não se trata especificamente de um agente econômico, mas 
é no mercado que a relação entre as famílias (consumidores) e as empresas 
(unidades produtivas) acontece. O mercado é um local físico ou não físico, onde se 
encontram compradores e vendedores para realizarem as trocas de bens e serviços. 
Concretamente são as feiras, lojas, bolsa de valores etc. No mercado, os compradores 
e vendedores confrontam os preços e as quantidades de um determinado bem que 
desejam trocar. Na definição de Sandroni (1999, p. 378), o termo mercado:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
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designa um grupo de compradores e vendedores que estão em contato 
suficientemente próximo para que as trocas entre eles afetem as 
condições de compra e venda dos demais. Um mercado existe quando 
compradores que pretendem trocar dinheiro por bens e serviços estão 
em contato com vendedores desses mesmos bens e serviços. Desse 
modo, o mercado pode ser entendido como o local, teórico ou não, do 
encontro regular entre compradores e vendedores de uma determinada 
economia. 
Em todo o mercado, o preço atua como mecanismo que regula as trocas. O 
comprador e o vendedor chegam a um acordo em relação ao preço de determinado 
bem. É importante ter em mente que o preço influencia na procura por um bem. 
Por exemplo, se determinado bem estiver com um preço baixo, possivelmente as 
pessoas comprarão mais desse bem, se ele estiver mais caro, as pessoas, no geral, 
tendem a substitui-lo por outro bem. 
6 A DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA 
De forma muito introdutória, veremos as duas grandes divisões do 
estudo da teoria econômica, que se dividem em duas grandes áreas: a teoria 
microeconômica e a teoria macroeconômica. 
A teoria microeconômica, ou microeconomia, é preocupada em examinar 
o comportamento econômico das unidades individuais que são representadas 
pelos consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos. 
A microeconomia estuda a interação entre as empresas e os consumidores, bem 
como a maneira pela qual a produção e preço são determinados em mercados 
específicos.
UNI
A microeconomia estuda o comportamento dos agentes econômicos individuais. 
Preocupa-se com o comportamento dos consumidores, das empresas, sua produção, seus 
custos; preocupa-se com a determinação de preços dos bens, dos serviços e fatores.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
17
A teoria macroeconômica, ou macroeconomia, estuda o comportamento 
da economia como um todo. A macroeconomia estuda os grandes agregados 
nacionais, tais como a produçãototal dos bens e serviços, o PIB, as taxas de inflação 
e desemprego, o total de poupança captada em um país, as receitas e despesas 
totais de determinada economia, os investimentos por parte do governo, o balanço 
de pagamento e as contas nacionais etc. (PASSOS; NOGAMI, 2012; ROSSETTI, 
2003).
UNI
A macroeconomia estuda o comportamento do sistema econômico como um todo. 
Preocupa-se com o comportamento dos agregados nacionais: PIB, inflação, investimento 
agregado, poupança agregada, entre outros.
QUADRO 3 – MICROECONOMIA X MACROECONOMIA
CARACTERÍSTICAS MICROECONOMIA MACROECONOMIA
Visão Individual. Global.
Objetivo de estudos
Comportamento dos 
indivíduos, das famílias, das 
empresas e do mercado.
Comportamento da 
economia como um todo.
Variáveis 
fundamentais de 
estudo
Oferta e demanda, geração 
dos preços, o comportamento 
do consumidor, produção 
das empresas, mercados 
competitivos.
Produção total, nível geral 
de preços, emprego x 
desemprego, taxas de juros, 
inflação, salários e taxas de 
câmbio.
FONTE: Os autores
ESTUDOS FUTUROS
Caro acadêmico! Estudaremos mais adiante, com profundidade, a microeconomia e 
a macroeconomia, nas Unidades 2 e 3.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
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RECURSOS ESCASSOS E NECESSIDADES ILIMITADAS: a sociedade está cada vez 
mais hipnotizada pelo marketing
Por Naiara Trajano dos Santos e Marçal Rogério Rizzo
Houve um tempo em que o homem não pensava que os recursos fossem 
escassos. A economia nem existia como ciência. Acontece, agora, que ela é tida 
como a ciência da escassez. Estuda como devem ser administrados os recursos. 
Também explica as "aparentes" necessidades ou carências materiais das pessoas. 
No entanto, o sistema capitalista parece querer omitir a tal escassez dos recursos, já 
que incentiva as compras mesmo que desnecessárias. Isso tudo ocorre em nome da 
manutenção da sociedade de consumo: renda, consumo, produção, impostos etc.
A sociedade está cada vez mais hipnotizada pelo marketing, publicidade, 
pela propaganda, e busca a felicidade no ato de comprar. Carências surgem a todo 
o momento, mesmo não necessitando. O anseio pela novidade vem sendo o motor 
propulsor da sociedade de consumo.
Um exemplo clássico para os tempos atuais que cabe bem nesta reflexão 
é o telefone celular. Parece que minuto a minuto a indústria lança um aparelho 
novo. Cria situações hilariantes, como a de nem mesmo quando se acaba de pagar 
o celular atual, surge um novo modelo e torna-o obsoleto.
Pela ótica da sociedade de consumo, a compra e a venda estão corretas, 
pois permitem a continuidade e manutenção da mesma. Contudo, toda visão 
fragmentada e descontextualizada merece desconfiança. O princípio básico 
da economia é a escassez, portanto, "os recursos são escassos e as necessidades 
ilimitadas", sendo assim, consumo de forma exacerbada gera endividamento, 
inadimplência e degradação ambiental.
Que pode pensar disso tudo o cidadão que é estimulado a consumir? 
Como avaliará as benesses materiais que o consumo lhes garante? O caso é muito 
simples: a economia do Brasil foi bombardeada com estímulos ao consumo e hoje 
vemos uma parcela considerável das famílias vivendo endividadas. Os dados 
demonstram falhas na condução dos orçamentos, das reais necessidades e dos 
desejos de consumo. Os recursos financeiros são insuficientes para tantas vontades 
e, diga-se de passagem, não somente os recursos financeiros, mas, inclusive, os 
naturais, dos quais ainda pouquíssimas pessoas se importam.
É lamentável que o status do "possuir algo" vem superando qualquer 
racionalidade. Excepcionalmente, até a ostentação vem ganhando força na 
sociedade atual. O “ter” tem sido mais importante que o “ser”. Se você tem, você é 
alguém; se você possui, te dá prazer, e se isso te dá prazer, você quer mais, ou seja: 
"quanto mais tem, mais quer". É tão trivial e verdadeira esta frase que o grau de 
endividamento da sociedade de consumo pode explicá-la. 
No entanto, o que fazer diante deste cenário? Nessa dinâmica, todo 
argumento contrário ao consumismo parece vazio. Isso torna o desafio ainda 
maior, já que ele tem que ser retroalimentado a todo momento. Contudo, na lógica 
do limite dos recursos ele não poderá se sustentar. É oportuno lembrar que uma 
parte considerável da população mundial vive ainda em condições subumanas. 
LEITURA COMPLEMENTAR
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ECONOMIA
19
A par da questão da desigualdade social, há milhares de matérias publicadas 
sobre o assunto. Por outro lado, uma parcela considerável de pessoas fecha os 
olhos para o problema, uma vez que é inconveniente aos preceitos de quem vive 
numa zona de conforto pensar em diminuir seu nível de consumo em prol de 
uma sociedade mais justa e equânime. Certamente, não existe uma panaceia 
para a transformação imediata desta sociedade de consumo, mas é inegável que 
necessitamos urgentemente de medidas que visem a revalorização dos limites dos 
recursos e dos desejos materiais.
FONTE: Disponível em: <http://www.oregional.com.br/2013/12/recursos-escassos-e-
necessidades-ilimitadas_306519>. Acesso em: 4 jan. 2017.
20
Neste tópico, você aprendeu que:
• A economia estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços 
pelas pessoas e sociedades; também estuda os processos de acumulação de bens 
materiais, possibilitando assim entender a geração de riqueza pelas sociedades.
• Os fatores de produção e suas remunerações são, respectivamente, trabalho 
(salários); terra e/ou recursos naturais (aluguel); capital (juros); tecnologia 
(royalties) e capacidade empresarial (lucro).
• A economia pode ser entendida como a ciência da escassez.
• Os recursos produtivos são considerados escassos e as necessidades humanas 
são consideradas ilimitadas.
• As pessoas e a socidade precisam fazer escolhas para administrar bem os seus 
recursos produtivos escassos, de forma a evitar desperdícios e preservar a 
capacidade de crescimento do sistema econômico para as gerações futuras.
• Agentes econômicos são todos os indivíduos, empresas e órgãos públicos que 
participam de um mercado e possuem uma relação de troca de bens ou serviços.
• A ciência econômica divide-se em dois grandes campos teóricos: a macroeconomia 
e a microeconomia.
• A microeconomia tem por objetivo estudar o comportamento econômico das 
unidades individuais, que são representadas pelos consumidores, pelas firmas 
e pelos proprietários de recursos produtivos. Ela estuda a interação entre as 
firmas/empresas e consumidores, bem como a maneira pela qual a produção e 
preço são determinados em mercados específicos.
• A macroeconomia tem como objetivo estudar a determinação do nível geral de 
preços, do nível de produto, da taxa de salários, do nível de emprego, da taxa de 
juros, do volume de moeda, da taxa de câmbio. Estuda os grandes agregados e 
a economia como um todo.
RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
Prezado acadêmico, estamos chegando ao final do primeiro tópico que 
corresponde a uma introdução à economia. Chegando até aqui, é importante 
fixar alguns conceitos e teorias que estudamos e que serão importantes ao 
longo desta disciplina. Por isso, elaboramos algumas autoatividades para 
você testar seus conhecimentos. Desejamos bons estudos! 
1 Estudamos os recursos produtivos das economias. Como vimos, eles são 
imprescindíveis para o processo de produção, de modo que, sem ele, 
não haveriam produtos ou serviços a nossa disposição. Cada recurso de 
produção tem, em economia, uma remuneração específica. Com base nisso, 
associe a primeira coluna de acordo com a segunda:
a) Trabalho
b) Terra (recursos produtivos)
c) Capital
d) Tecnologia
e) Capacidade empresarial
2 As necessidades das pessoas são ilimitadas e os recursos produtivos 
são limitados. Disto resulta o problema da escassez,

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