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DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

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​ ​​ ​​Adriel​ ​C.​ ​C.​ ​Campos 
Doença​ ​Pulmonar​ ​Obstrutiva​ ​Crônica 
 
Definição: ​A DPOC é uma pneumopatia, feita por um conjunto de doenças de caráter 
crônico.​ ​Incluem​ ​a​ ​bronquite​ ​crônica,​ ​enfisema​ ​e​ ​asma. 
A bronquite crônica e o enfisema são considerados em conjunto clinicamente e 
referidos como DPOC, pois a maioria dos pacientes possui ambas características porque 
possuem​ ​um​ ​desencadeador​ ​em​ ​comum:​ ​Tabagismo. 
 
Enfisema: 
Definição​: É caracterizado pela dilatação irreversível dos espaços aéreos distalmente ao 
bronquíolo terminal, acompanhada por destruição de suas paredes sem fibrose evidente. O 
enfisema​ ​centroacinar​ ​é​ ​o​ ​mais​ ​comum​ ​(95%)​ ​dos​ ​casos​ ​clínicos​ ​significativos. 
 
 
 
Patogenia: ​A inalação da fumaça do cigarro resulta em destruição parenquimatosa 
(enfisema) e doenças da via aérea. Os fatores que influenciam o desenvolvimento do 
enfisema​ ​incluem: 
➢ Mediadores inflamatórios e leucócitos. Fatores quimiotáticos, como IL-8, TNF e 
outros. 
➢ Desequilíbrio de protease-antiprotease: Durante a inflamação várias proteases são 
liberadas, destruindo o tecido conjuntivo. Em pacientes que desenvolvem enfisema 
há defeito na antiprotease protetora (alfa1-antitripsina), o que em alguns pacientes 
pode​ ​ter​ ​base​ ​genética. 
➢ Estresse oxidativo: Durante o uso do tabaco há produção de oxidantes, que geram 
dano ao tecido pulmonar. O gene NRF2 é o responsável por ativar outros genes que 
protegem​ ​do​ ​dano​ ​oxidativo. 
➢ Infecção: As infecções podem desencadear uma exacerbação da inflamação 
associada​ ​a​ ​bronquite​ ​crônica. 
 
Clínica: ​Os sintomas não aparecem até que pelo menos ⅓ de todo parênquima esteja 
afetado. O principal sintoma inicial é a dispneia, tosse e sibilos, é variável de acordo com a 
​ ​​ ​​Adriel​ ​C.​ ​C.​ ​Campos 
extensão da bronquite associada. Perda de peso é comum e pode ser severa, podendo 
sugerir​ ​um​ ​câncer​ ​oculto. 
Pacientes com enfisema grave apresentam, classicamente, tórax em barril e 
dispneia, com um prolongamento óbvio da expiração. O fluxo aéreo expiratório debilitado, 
avaliado​ ​na​ ​espirometria​ ​é​ ​a​ ​chave​ ​para​ ​o​ ​diagnóstico. 
 
Outras​ ​​ ​formas​ ​de​ ​enfisema​ ​são: 
➢ Hiperinsuflação compensatória: É usado para designar insuflação alveolar 
decorrente​ ​da​ ​destruição​ ​parenquimatosa. 
➢ Hiperinsuflação​ ​obstrutiva:​ ​Ocorre​ ​pelo​ ​ar​ ​estar​ ​aprisionado​ ​em​ ​seu​ ​interior. 
➢ Enfisema bolhoso: Termo usado para grandes vesículas ou bolhas subpleurais. A 
ruptura​ ​dessas​ ​bolhas​ ​pode​ ​causar​ ​um​ ​pneumotórax. 
 
Tratamento: ​Opções de tratamento são o Abandono do tabagismo, oxigenoterapia, 
broncodilatadores de longa duração com corticosteróides inalatórios, bulectomia e cirurgia 
de​ ​redução​ ​de​ ​volume​ ​e​ ​transplante​ ​pulmonar. 
 
Bronquite​ ​Crônica: 
Definição​: É definida clinicamente como tosse persistente produtiva por no mínimo 3 meses 
em​ ​pelo​ ​menos​ ​2​ ​anos​ ​consecutivos,​ ​na​ ​ausência​ ​de​ ​qualquer​ ​outra​ ​causa​ ​individual. 
 
Patogenia​: A bronquite crônica ocorre quando há exposição a substâncias nocivas ou 
irritantes,​ ​como​ ​ocorre​ ​com​ ​a​ ​fumaça​ ​do​ ​tabaco​ ​(90%​ ​dos​ ​pacientes​ ​são​ ​tabagistas). 
Quando exposto há uma hipersecreção de muco associado à hipertrofia da glândula 
submucosa. Com o tempo ocorre o aumento das células caliciformes nas pequenas vias 
aéreas. 
As substâncias inaladas provocam dano na mucosa causando inflamações agudas e 
crônicas envolvendo neutrófilos, macrofagos e linfocitos. A inflamação de longa duração é 
acompanhada​ ​de​ ​fibrose. 
As infecções não fazem parte da geneses da bronquite mas podem colaborar para a 
manutenção​ ​da​ ​bronquite​ ​crônica. 
Deve-se saber que o tabagismo predispõem a bronquite crônica, atuando 
diretamente​ ​no​ ​dano​ ​celular​ ​como​ ​na​ ​função​ ​ciliar​ ​do​ ​epitélio​ ​respiratório. 
 
Clínica: ​O principal sintoma é a tosse persistente com produção de escarro esparso. Ao 
decorrer da doença surge dispneia aos esforços.A bronquite crônica severa geralmente leva 
a​ ​​cor​ ​pulmonale​ ​​(insuficiência​ ​cardíaca​ ​direita​ ​decorrente​ ​de​ ​uma​ ​doença​ ​pulmonar). 
 
​ ​​ ​​Adriel​ ​C.​ ​C.​ ​Campos 
Asma: 
Definição: É uma doença crônica das vias aéreas de condução, geralmente causado por 
reação imunológica, marcada por ​broncoconstrição episódica devido ao aumento da 
sensibilidade​ ​das​ ​vias​ ​aéreas​ ​a​ ​uma​ ​variedade​ ​de​ ​estímulos. 
A​ ​asma​ ​pode​ ​ser​ ​dividida​ ​em: 
➢ Atópica: evidência de sensibilidade a alérgenos e ativação imune. É uma 
hipersensibilidade​ ​mediada​ ​por​ ​IgE​ ​(tipo​ ​I). 
➢ Não​ ​atópica:​ ​Sem​ ​evidências​ ​de​ ​sensibilidade​ ​a​ ​alérgenos. 
➢ Asma induzida por fármacos: A asma sensíveis a aspirina é incomum e geralmente 
se​ ​manifesta​ ​com​ ​crises​ ​asmáticas​ ​e​ ​urticárias. 
➢ Asma​ ​ocupacional:​ ​Causada​ ​por​ ​poeira,​ ​gases​ ​e​ ​outros. 
 
Patogenia​: A asma atópica é causada pela resposta das células TH2 e IgE aos alérgenos 
ambientais em indivíduos geneticamente predispostos. A medida que a doença se agrava, 
há secreção local aumentada de fatores de crescimento, induzindo hipertrofia de glândulas 
mucosas, proliferação de músculos lisos, angiogêneses, fibrose e proliferação de feixes 
nervosos. 
A reação inicial (hipersensibilidade imediata) da asma é dominada por 
broncoconstrição, aumento da produção de muco, graus variáveis de vasodilatação e 
aumento​ ​da​ ​permeabilidade​ ​vascular. 
A reação de fase tardia é dominada pelo recrutamento de leucócitos, notavelmente 
eosinófilos,​ ​neutrófilos​ ​e​ ​mais​ ​células​ ​T. 
 
Clínica​: A doença se manifesta por episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, opressão 
torácica e tosse, particularmente de noite ou no início da manhã. Esses sintomas são 
causados por uma broncoconstrição parcialmente reversível. A asma é mais incapacitante 
que letal, os asmáticos podem levar vida normal. Cerca de 50% dos casos de asma 
remitem​ ​na​ ​adolescência​ ​e​ ​retornam​ ​somente​ ​na​ ​vida​ ​adulta​ ​em​ ​uma​ ​parcela​ ​dos​ ​pacientes. 
 
Diagnóstico​: Realizado na demonstração de aumento na obstrução do fluxo aéreo, 
dificuldade an exalação eosinofilia no sangue. No escarro busca-se espirais de Curschmann 
e​ ​cristais​ ​de​ ​Charcot-Leyden​ ​(particularmente​ ​em​ ​pacientes​ ​atópicos). 
 
 
Referências 
ROBBINS, Stanley L.: Robbins e Cotran: ​Patologia - Bases patológicas das doenças​. 9. 
ed.​ ​Rio​ ​de​ ​Janeiro:​ ​Elsevier,​ ​2016.

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