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@SOFIIALACERDA 1 Sofia Lacerda APG – S9P2 Objetivos: Objetivos E3 1- Explicar a fisiopatologia da DPOC e asma 2- Discutir as manifestações clínicas da DPOC e asma 3- Narrar os fatores de risco da DPOC e asma 4- Relatar os exames que diagnosticam a DPOC e a asma 5- Descrever o tratamento da DPOC e asma DEFINIÇÃO → A asma é uma doença crônica das vias respiratórias que provoca episódios de obstrução, hiper-responsividade brônquica (HRB), inflamação das vias respiratórias e, em alguns indivíduos, a remodelação destas. FISIOPATOLOGIA → O denominador comum subjacente à asma é ao aumento exagerado na capacidade de resposta a vários estímulos. → Também contribui para a patogênese da doença uma inflamação das vias respiratórias, manifestada por células inflamatórias (especialmente eosinófilos, linfócitos e mastócitos) e por danos ao epitélio brônquico. → Existem dois subconjuntos de linfócitos T auxiliares (T1 H e T2 H) que se desenvolvem a partir do mesmo precursor, linfócito T CD4+: ✓ T1H o Sofrem diferenciação em resposta a micróbios e estimulam a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos produtores das imunoglobulinas M (IgM) e IgG. ✓ T2H o Respondem ao estímulo provocado por alergênios e helmintos (parasitas intestinais), estimulando a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos produtores de IgE o Produzem fatores de crescimento para mastócitos, além de recrutar e ativar eosinófilos → Em pessoas com asma alérgica, a diferenciação dos linfócitos T parece estar voltada para uma resposta pró-inflamatória T2H → As citocinas também têm um papel aparente na resposta inflamatória crônica e nas complicações da asma. → O fator de necrose tumoral α (TNF-α) e as interleucinas 4 e 5 (IL-4 e IL-5) participam na patogênese da asma brônquica por meio de seus efeitos sobre o epitélio brônquico e as células da musculatura lisa. → TNF-α, uma citocina inflamatória que é armazenada e liberada pelos mastócitos, desempenha um papel crítico na iniciação e amplificação do processo inflamatório das vias respiratórias em pessoas com asma. Asma @SOFIIALACERDA 2 Sofia Lacerda ✓ TNF-α acarreta: o Aumento da migração e ativação de células inflamatórias (p. ex., eosinófilos e neutrófilos) o Contribui em todos os aspectos da remodelação das vias respiratórias, incluindo a proliferação e ativação de fibroblastos, aumento da produção de glicoproteínas pela matriz extracelular e hiperplasia das células da mucosa. → Os aspectos imunológicos da asma, incluindo a cascata de neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e mastócitos causam lesão epitelial. Isso provoca a inflamação das vias respiratórias, o que aumenta ainda mais a hiper-responsividade e a diminuição do fluxo aéreo. → Existem vários tipos de células e mediadores capazes de causar inflamação das vias respiratórias e broncoconstrição na asma. → Mastócitos ativados há liberação de: ✓ histamina; ✓ prostaglandina D2; ✓ citocinas, como IL-1 a IL-5, interferona, TNF e fator de estimulação de colônias de granulócitos e macrófagos; ✓ leucotrienos → Essa ativação provoca broncoconstrição maciça e inflamação do endotélio vascular pulmonar. → A contração das vias respiratórias e o edema posterior aumentam ainda mais a obstrução. → Eosinófilos tendem a permanecer nas vias respiratórias de pessoas com asma, produzindo enzimas inflamatórias e liberando leucotrienos, assim como muitas enzimas pró-inflamatórias. ✓ Leucotrienos: provoca maior secreção de muco, o que muitas vezes obstrui ainda mais a via respiratória e aumenta a liberação de histamina pelos mastócitos. → Esse processo inflamatório produz episódios recorrentes de obstrução das vias respiratórias, caracterizados por sibilação, dificuldade respiratória, aperto no tórax e tosse, que muitas vezes é pior à noite e no início da manhã. →Esses episódios, que costumam ser reversíveis espontaneamente ou com tratamento, também provocam um aumento na capacidade de resposta brônquica associada a diversos estímulos. → Além disso, acredita-se que tanto fatores emocionais quanto alterações nos níveis hormonais possam contribuir para a exacerbação dos sintomas de asma. → Os fatores emocionais produzem broncospasmo por meio de vias vagais. Podem agir como um gatilho broncospástico ou podem aumentar a capacidade de resposta das vias respiratórias para outros gatilhos por meio de mecanismos não inflamatórios. QUADRO CLÍNICO → Frequentemente, os sintomas de asma pioram durante a noite, o que confere à condição a denominação de asma noturna. ✓ A maior diminuição da função respiratória ocorre aproximadamente às 4 h, período em que os níveis de cortisol estão baixos, os níveis de melatonina estão altos e a atividade dos eosinófilos é maior. @SOFIIALACERDA 3 Sofia Lacerda → Apresentam uma gama de sinais e sintomas, que variam de episódios de sibilos e sensação de aperto no tórax a uma crise imobilizante e aguda. → As manifestações de crise diferem de uma pessoa para outra. → Crise leve pode produzir: ✓ Sensação de aperto no tórax ✓ Ligeiro aumento na frequência respiratória com expiração prolongada e leve sibilação ✓ A respiração sibilante pode ser acompanhada de tosse. → Crise grave são acompanhadas: ✓ pelo uso dos músculos acessórios; ✓ hipofonese do murmúrio vesicular devido ao aprisionamento de ar; ✓ e aos sibilos intensos. → Ao decorrer da doença, paciente desenvolve fadiga, pele úmida, sintomas de ansiedade e apreensão; a dispneia piora, pausas na fala para respirar. → Quando o fluxo de ar está muito diminuído, o murmúrio vesicular se torna inaudível, com redução dos sibilos, e a tosse deixa de ser efetiva, apesar de repetitiva e entrecortada. Esse ponto geralmente marca o início da insuficiência respiratória. FATORES DE RISCO ❤ O principal fator de risco para o desenvolvimento de asma é uma predisposição genética para a produção de uma resposta mediada pela imunoglobulina E (IgE) a alergênios comuns. ❤ IgE é o anticorpo envolvido na manifestação de reações alérgicas e inflamações. ❤ Histórico familiar de asma ❤ Alergias ❤ Exposição pré-natal a fumaça de cigarro e poluição ❤ Múltiplas predisposições genéticas ❤ Deflagradores ambientais, (p. ex., fumo e ácaros da poeira) DIAGNÓSTICO DA ASMA → Se baseia em: ✓ histórico cuidadoso ✓ exame físico ✓ testes laboratoriais ✓ estudos da função pulmonar É importante avaliar na anamnese: Em lactentes (< 2 anos), perguntar sobre: a) Respiração ruidosa, tosse seca, vômitos associados à tosse. b) Retrações (esforço respiratório). c) Dificuldade à alimentação (sucção deficiente ou recusa alimentar). d) Alterações da frequência respiratória e padrão respiratório (expiração prolongada, tiragens). Para os maiores de dois anos, perguntar sobre: a) Respiração curta (diurna ou noturna). b) Fadiga, tosse seca após correr, rir muito ou chorar, ou após fazer algum esporte (cansa mais rápido em comparação com @SOFIIALACERDA 4 Sofia Lacerda crianças da mesma faixa etária, maior irritabilidade). c) Queixas sobre “não se sentir bem, com falta de ar”. d) Desempenho escolar ruim ou absenteísmo. e) Menor frequência ou intensidade da atividade física, por exemplo, nos esportes, nas aulas de ginástica. f) Desencadeantes específicos: esportes, aulas de ginástica, exercício físico/atividades com esforço. Deve-se ainda perguntar aos adolescentes e adultos se fumam ou fazem uso de outras drogas (vide Protocolo do adolescente sobre Confidencialidade, sigilo e privacidade/ CEM – Código de Ética Médica e o ECA). Diagnóstico Funcional: → A espirometria fornece um meio para medir: ✓ CVF, VEF1, PFE, volume corrente, capacidade de reserva expiratória e capacidade de reservainspiratória. ✓ .Compatível com o diagnóstico: VEF1 < 80% do previsto e relação VEF1/CVF inferior a 86% em crianças e inferior a 75% em adultos → O grau de capacidade de resposta das vias respiratórias pode ser medido por testes de desafio de inalação com o uso de metacolina (um agonista colinérgico), histamina ou pela exposição a um agente não farmacológico, como o ar frio. → Atualmente, são comercializados pequenos medidores portáteis, de baixo custo, para verificar o PFE. Embora não se destinem ao estabelecimento de um diagnóstico de asma, esses dispositivos podem ser usados em clínicas e consultórios médicos, bem como em domicílio para fornecer medidas frequentes da taxa de fluxo. → Variações que acompanham o ciclo dia-noite (circadiano) nos sintomas da asma e a variabilidade de PFE podem ser empregadas para indicar a gravidade do aumento na capacidade de resposta brônquica. → Classificação da ASMA: ✓ Asma controlada; Asma parcialmente controlada; Asma não controlada. FÁRMACOS DA ASMA Os principais fármacos usados como broncodilatadores são agonistas β2- adrenérgicos; outros incluem teofilina, antagonistas dos receptores de cisteinil- leucotrienos e antagonistas muscarínicos. Agonistas β-adrenérgicos → Seu efeito primário na asma é dilatar os brônquios por ação direta sobre os receptores β2- adrenérgicos da musculatura lisa. Sendo antagonistas fisiológicos dos broncoconstritores. @SOFIIALACERDA 5 Sofia Lacerda relaxam o músculo brônquico quaisquer que sejam os espasmógenos envolvidos. → Também inibem a liberação de mediadores de mastócitos e a liberação de TNF-α de monócitos, além de aumentarem a remoção do muco por ação sobre os cílios. → Os agonistas β2-adrenérgicos geralmente são administrados por inalação de aerossol, pó ou solução nebulizada, mas alguns podem ser administrados por via oral ou parenteral. Usa-se um inalador com válvula medidora de dose para preparações em aerossol. → Duas categorias de agonistas β2-adrenérgicos são usadas na asma. ✓ Agentes de ação curta: salbutamol e terbutalina. o São administrados por inalação; atuam imediatamente, o efeito máximo ocorre em 30 min e a duração da ação é de 3 a 5 h; o Geralmente são usados “conforme a necessidade” para controlar os sintomas. ✓ Agentes de ação mais longa: por exemplo, salmeterol e formoterol. o Estes são administrados por inalação, e a duração de ação é de 8 a 12 h. o Não são usados “conforme a necessidade”, mas administrados regularmente, 2 vezes/dia, como terapia complementar em pacientes cuja asma não esteja adequadamente controlada com glicocorticoides. Glicocorticoides Os glicocorticoides são os principais fármacos usados no tratamento da asma devido à sua ação anti-inflamatória. Não são broncodilatadores, mas impedem a progressão da asma crônica e são eficazes na asma grave aguda •Reduzem o componente inflamatório na asma crônica e são salvadores no estado de mal asmático (asma grave aguda) •Não impedem a resposta imediata ao alergênio ou a outros estímulos •O mecanismo de ação envolve diminuição da formação de citocinas, particularmente as geradas por linfócitos Th2, diminuição da ativação dos eosinófilos e outras células inflamatórias •São administrados por inalação (p. ex., beclometasona); os efeitos indesejáveis sistêmicos são incomuns em doses moderadas, mas podem ocorrer candidíase oral e problemas de voz. Podem ocorrer efeitos sistêmicos com altas doses, mas são menos prováveis com a mometasona em razão de seu metabolismo pré- sistêmico. Na asma em deterioração, administra-se também um glicocorticoide oral (p. ex., prednisolona) ou hidrocortisona intravenosa. @SOFIIALACERDA 6 Sofia Lacerda TRATAMENTO DA ASMA: Tratamento da Asma em crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. @SOFIIALACERDA 7 Sofia Lacerda DEFINIÇÃO → A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) se caracteriza por obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias pulmonares. A obstrução do fluxo aéreo geralmente é progressiva e acompanhada por uma reação inflamatória a partículas ou gases nocivos. PATOGÊNESE → Os mecanismos envolvidos na patogênese da DPOC geralmente são múltiplos e incluem: ✓ inflamação e fibrose da parede brônquica; ✓ hipertrofia das glândulas submucosas e hipersecreção de muco; ✓ e perda de fibras elásticas pulmonares e de tecido alveolar. → A inflamação e fibrose da parede brônquica, aliadas ao excesso de secreção de muco, obstruem o fluxo aéreo e buscam impedir a correspondência entre ventilação e perfusão. → A destruição do tecido alveolar diminui a área de superfície para as trocas gasosas e a perda das fibras elásticas prejudica a taxa de fluxo expiratório, aumenta a retenção de ar e predispõe ao colapso das vias respiratórias. → O termo doença pulmonar obstrutiva crônica engloba dois tipos de doença obstrutiva das vias respiratórias: ✓ enfisema, com alargamento dos espaços aéreos e destruição de tecido pulmonar, ✓ E bronquite obstrutiva crônica, com aumento da produção de muco, obstrução das vias respiratórias menores e tosse crônica. Pessoas com DPOC geralmente apresentam características sobrepostas dos dois transtornos. → Perda da elasticidade pulmonar e aumento anormal dos alvéolos distais aos bronquíolos terminais, com destruição das paredes alveolares e dos leitos capilares. → A ampliação dos alvéolos conduz à hiperinflação dos pulmões e produz um aumento da capacidade pulmonar total (CPT). → Duas das causas reconhecidas de enfisema são o tabagismo, que incita a lesão pulmonar, e uma deficiência herdada de AAT, uma enzima antiprotease que protege o pulmão de lesões. A deficiência de AAT (DAAT) é um fator de risco genético para DPOC. → Acredita-se que o enfisema seja o resultado da degradação de elastina e outros componentes da parede dos alvéolos por enzimas, chamadas proteases, que digerem as proteínas. Normalmente, enzimas antiprotease, incluindo a AAT, protegem o pulmão. → A fumaça do cigarro e outros irritantes estimulam o movimento de células inflamatórias nos pulmões, resultando no aumento da liberação de elastase e outras proteases. → Quando o fumante desenvolve DPOC, a produção e liberação antiprotease pode ser inadequada para neutralizar o excesso de DPOC @SOFIIALACERDA 8 Sofia Lacerda produção de protease, de tal maneira que o processo de destruição do tecido elástico permanece sem controle → Tipos de enfisema: ✓ Centroacinar ou centrolobular o Associado ao tabagismo o Comprometimento dos bronquíolos respiratórios o Predominantemente nos lobos superiores e nos segmentos superiores dos lobos inferiores o Tipo mais comum ✓ Pan-acinar o Produz o envolvimento inicial dos alvéolos periféricos e depois se estende para envolver os bronquíolos mais centrais. o Mais comum em DAAT o Também encontra-se em fumantes, associado ao centroacinar → A bronquite crônica representa uma obstrução das pequenas e grandes vias respiratórias. → A característica mais precoce da bronquite crônica é a hipersecreção de muco nas grandes vias respiratórias, associada à hipertrofia das glândulas submucosas na traqueia e brônquios. → Histologicamente, essas alterações incluem um aumento acentuado nas células caliciformes e um excesso de produção de muco, com obstrução do lúmen das vias respiratórias, infiltração inflamatória e fibrose da parede bronquiolar. → Afirma-se que tanto a hipertrofia da submucosa nas grandes vias respiratórias quanto o aumento de células caliciformes nas pequenas vias respiratórias representam uma reação de proteçãocontra o fumo do tabaco e outros poluentes. Enfisema pan-acinar @SOFIIALACERDA 9 Sofia Lacerda → Infecções virais e bacterianas são comuns em pessoas com bronquite crônica e acredita-se que sejam o resultado e não a causa do problema. QUADRO CLÍNICO DA DPOC → Os sintomas característicos a DPOC é a dispneia, fadiga, intolerância ao exercício, tosse, produção de escarro ou dificuldade respiratória. → Tosse produtiva geralmente pela manhã, dispneia piora conforme agrava a doença → Em muitos casos, o diagnéstico de DPOC é feito quando um paciente apresenta exacerbação manifestada por agravamento de dispneia, agravamento da tosse, produção excessiva de muco, pode ou não ser acompanhada por febre e manifestações sistêmicas sugestivas de infecção. → A DPOC com bronquite crônica inclui tosse produtiva crônica por, no mínimo, 3 meses em pelo menos 2 anos consecutivos. Hemoptise pode ocorrer em pacientes com bronquite crônica, sobretudo durante uma irritação. → Pacientes com doença mais avançada podem desenvolver hipoxemia (documentada pela oximetria de pulso ou gasometria arterial, pode provocar cianose) ou hipercarbia (nível elevado de bicarbonato sérico, exige gasometria arterial para confirmação). → A DPOC também pode ser manifestações sistêmicas, pacientes com enfisema pulmonar perdem massa corporal e podem desenvolver sacopenia (perda de massa muscular). DIAGNÓSTICO DA DPOC O diagnóstico de DPOC deve se basear em um histórico cuidadoso e exame físico, estudos de função pulmonar, radiografia de tórax e exames laboratoriais. Os achados físicos vistos na DPOC incluem: ✓ Cianose; ✓ Uso de músculos acessórios da respiração ou outros sinais de dificuldade respiratória; ✓ Uso de respiração frenolabial. ✓ A hiperinsuflação crônica pode resultar em tórax com aumento na dimensão anteroposterior (tórax em barril); ✓ A percussão pode revelar ressonância aumentada; ✓ A ausculta pode revelar murmúrio vesicular diminuído nos pacientes com predominância de enfisema pulmonar; ✓ Podem apresentar roncos à inspiração e sibilos à expiração forçada; ✓ As bulhas cardíacas podem estar hipofonéticas em razão do aumento do espaço de ar retroesternal; ✓ ✓ Pressão venosa jugular elevada, hip erfonese do componente pulmonar (P 2) da 2ª bulha cardíaca, levantamento paraesternal, congestão hepática e edema periférico aumentam a possibilidade de hipertensão pulmonar (cor pulmonale) → Uma espirometria mostrando obstrução ao fluxo de ar estabelece o diagnóstico. A característica da obstrução na espirometria é a redução da razão VEF1/CVF. ✓ A CVF é o volume de ar que pode ser expirado forçosamente após a inspiração máxima. Em um adulto com função @SOFIIALACERDA 10 Sofia Lacerda respiratória normal, isso deve ser alcançado em um intervalo de 4 a 6 s. ✓ Em pessoas com doença pulmonar crônica, o tempo necessário para alcançar a CVF é maior, o VEF1 é menor e a razão VEF1/CVF é reduzida. → As radiografias de tórax podem mostrar hiperinsuflação, conforme evidenciado por silhueta diafragmáticas retificada, aumento do espaço de ar retrosternal na imagem em incidência lateral, redução da trama parenquimatosa, e bolhas no paciente com enfisema pulmonar. → A TC de tórax fornece uma avaliação mais detalhada das características do parênquima e é mais sensível do que RX para demonstrar perda do parênquima consistente com enfisema pulmonar. TRATAMENTO DA DPOC → O tratamento de DPOC depende do estágio da doença e, muitas vezes, requer uma abordagem interdisciplinar. A cessação do tabagismo é uma medida que retarda a progressão da doença. → O tratamento farmacológico da DPOC é direcionado ao alivio dos sintomas e à prevenção da progressão da doença. → A inalação de broncodilatadores, incluindo os β2-agonistas adrenérgicos e os anticolinérgicos (brometo de ipratrópio e brometo de tiotrópio), são a base do tratamento da DPOC. → Esses fármacos aumentam o fluxo aéreo, aliviam os sintomas e diminuem a taxa de exacerbações . →Os anticolinérgicos produzem broncodilatação via bloqueio dos receptores colinérgicos parassimpátic os geradores de contração do músculo liso dos brônquios. Esse tipo de medicamento deve ser administrado por inalação. Os Corticosteroides Inalatórios (CI) budesonida e fluticasona são utilizados na DPOC apenas em associações com os LABA – e não em apresentações isoladas – devendo ser reservados para os casos mais graves, nos pacientes com asma associada, nos que apresentam eosinofilia e naqueles que persistem com exacerbações TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA: (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) → TERAPIA DUPLA BRONCODILATADORA (LABA e LAMA) ✓ LAMA: Antagonistas dos receptores de acetilcolina muscarínicos de ação longa (LongActing Muscarinic Antagonist – LAMA ou antagonista muscarínico de longa duração) ✓ LABA: Beta-2 Agonistas de Ação Longa (Long-Acting Beta2-Agonists – LABA)
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