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ASPECTOS DISCURSIVOS E TEXTUAIS NA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS SERV. SOC

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ASPECTOS DISCURSIVOS E TEXTUAIS NA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
1
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Ler é estabelecer um diálogo entre textos impressos, por meio da busca da compreensão, percebendo: as diferentes relações sintáticas e semânticas (de causa e efeito, de oposição, de concessão, de condição etc.), a natureza do texto (irônico, metafórico, satírico, filosófico etc.) e a visão de mundo do seu autor.
A leitura é considerada um processo interativo, porque o leitor utiliza diversos níveis de conhecimento que interagem entre si, como o conhecimento linguístico, o textual e o conhecimento de mundo.
NÍVEIS DE CONHECIMENTO
	CONHECIMENTO LINGUÍSTICO
	Conhecimento implícito, não verbalizado, nem verbalizável na grande maioria das vezes, que faz com que falemos português como falantes nativos (pronúncia, vocabulário, regras e uso da língua). Esse conhecimento é fundamental no processo do texto. O domínio do conhecimento linguístico possibilita a compreensão da estruturação linguística dos enunciados, o uso dos meios coesivos e a seleção lexical adequada ao tema.
	CONHECIMENTO TEXTUAL 
	Conhecimento das diversas estruturas textuais, ou seja, dos diversos tipos de textos e de formas de discurso. Uma estrutura expositiva é diferente de uma estrutura narrativa e de uma estrutura descritiva.
	CONHECIMENTO DE MUNDO 
	Série de conhecimentos prévios que configura o próprio repertório cultural do leitor. 
OS TRÊS ERROS CLÁSSICOS DE INTERPRETAÇÃO
	EXTRAPOLAÇÃO
	Distanciamento do contexto por meio do acréscimo de ideias que não estão presentes no texto. Ao extrapolar, vamos além dos limites do texto, fazemos outras associações, abandonando o texto que era o nosso objeto de interpretação.
	REDUÇÃO (OU PARTICULARIZAÇÃO INDEVIDA)
	O leitor aborda apenas uma parte do texto, um detalhe que não é suficiente para explicar todo ele. Normalmente este erro decorre da não-identificação das ideias mais importantes do texto durante o processo de análise.
	CONTRADIÇÃO
	O leitor chega a conclusões opostas às expressas pelo texto seja por uma leitura desatenta, pela não percepção de algumas relações, pela incompreensão de um raciocínio, pelo esquecimento de uma ideia e/ou pela perda de uma passagem no desenvolvimento do texto.
DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
	Identificar: 
Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto. 
Comparar: 
Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no texto. 
Comentar:
 
Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
Resumir:
Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo.
Parafrasear: 
Reescrever o texto com outras palavras.
Continuar: 
Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática.
ROTEIRO PARA INTERPRETAR TEXTOS
	1. Ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua ideia central.
2. Interpretar as palavras desconhecidas através do contexto.
3.    Reconhecer os argumentos que dão sustentação à ideia central.
4.    Identificar as objeções à ideia central;
5.    Sublinhar os exemplos que forem empregados como ilustração da ideia central.
6.    Antes de responder às questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com o enunciado de cada questão.
7.    Evite responder “de cabeça”. Procure localizar a resposta no texto.
8.    Se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto.
9.    Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro parágrafo (introdução) ou no último (conclusão).
10.  Se o comando busca argumentação, deve localizar-se os parágrafos intermediários (desenvolvimento).
EXERCÍCIOS
(IBGE) Texto para as questões 1 a 5: 
A ABOLIÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO
 §1º A extinção do tráfico negreiro não foi um fato isolado na vida econômica do Brasil; ao contrário, ela correspondeu às exigências da expansão industrial da Inglaterra. 
 §2º Depois que esse país conseguiu dar o salto qualitativo - o da mecanização da produção - não lhe interessava mais a existência da escravidão na América, pois, com a implantação do capitalismo industrial, tornava-se necessária a ampliação de mercados consumidores. A escravidão passou, então, a ser um entrave aos interesses ingleses, visto que os escravos estavam marginalizados do consumo. 
 §3º Com relação ao Brasil, a Inglaterra usou mais do que a simples pressão: só reconheceu a independência daquele país mediante tratado, no qual o Brasil se comprometia a abolir o tráfico de negros. 
 §4º Todavia, não foi tomada qualquer medida efetiva, o que levou a aprovação da Lei de 1831 que, na prática, deveria acabar com o tráfico, pois estabelecia a liberdade de todos os africanos que entrassem no país a partir daquela data. 
 §5º Esta lei, contudo, ficou "para inglês ver". Ela serviu para refrear um pouco a pressão britânica. Esta, porém, nunca cessou de todo e, em 1845, o Parlamento inglês aprovou o "Bill Aberdeen", que concedia à marinha inglesa o direito de revistar os navios suspeitos de tráfico e, mais ainda, permitia a prisão de navios acusados de praticarem pirataria e o julgamento dos traficantes por tribunais ingleses. 
 §6º A partir daí, a pressão sobre o governo brasileiro tornou-se muito maior e a situação chegou a ficar insustentável, pois os navios brasileiros começaram a ser revistados, embora navegassem ao longo da costa ou, ainda, quando ancorados nos portos. 
 §7º Finalmente, em 1850, o Parlamento brasileiro aprovou a Lei Eusébio de Queirós, que proibia, definitivamente, o tráfico negreiro para o Brasil. 
(Ana Maria F. da Costa Monteiro e outros. História. Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Educação, 1988, p.181, com pequenas adaptações.)
1) A leitura dos dois primeiros parágrafos do texto nos permite concluir que: 
a) a Inglaterra necessitava da ampliação de mercado consumidor e, portanto, fomentou o fim da escravidão na América. 
b) a escravidão na América foi resultado da mecanização da produção na Inglaterra. 
c) o capitalismo industrial gerou consumidores marginalizados: os escravos. 
d) o Brasil, ao mecanizar sua produção, definiu o fim do tráfico de escravos. 
e) a Inglaterra apoiava a escravidão na América porque necessitava dar um salto qualitativo em sua economia.
2) A expressão "para inglês ver" (5§º) significa que: 
a) a Inglaterra estava vigiando os navios negreiros. 
b) o Brasil obedeceu ao Bill Alberdeen, do Parlamento inglês. 
c) os ingleses viram a Lei de 1831, que terminou com o tráfico negreiro. 
d) a Lei de 1831, criada e anunciada aos ingleses, não foi cumprida. 
e) em 1831, a Inglaterra viu que a abolição do tráfico era uma realidade. 
 
3) A Lei de 1831 foi uma tentativa para extinguir o tráfico negreiro porque (§4º): 
a) proibia a entrada de negros no país 
b) permitia o confisco dos navios negreiros que aqui aportassem 
c) dava aos negros o direito à liberdade, desde que a desejassem 
d) considerava livres os negros que entrassem no Brasil após aquela data 
e) não permitindo que os navios negreiros aportassem, gerava prejuízo aos traficantes 
 
4) Assinale a afirmativa incorreta a respeito do fim do tráfico de escravos: 
a) Levou a economia brasileira ao caos 
b) Chegou a afetar a soberania brasileira 
c) Só ocorreu quando a pressão britânica chegou ao máximo 
d) Demorou dezenove anos para se efetivar, após a primeira tentativa em 1831 
e) Gerou alterações na economia brasileira 
5) Após a leitura do texto, concluímos que o Brasil: 
a) preocupado com sua independência em relação a Portugal, esquecia-se dos direitos humanos 
b) necessitava dos escravos como mão-de-obra assalariada na lavoura para fazer-se independente 
c) cedeu às pressões inglesas porque obedecia a instruções de Portugal, do qual era colônia 
d) só teria sua independência reconhecida pela Inglaterra se extinguisseo tráfico negreiro 
e) resistiu às pressões, pois o tráfico de escravos era fundamental para a sua economia 
(IBGE) Texto para as questões 6 a 9: 
 §1º O Brasil é um país cuja história e cultura foram e seguem sendo uma construção do trabalho de "três raças": os índios, habitantes originais de todo o território nacional, os pretos trazidos da África e os brancos vindos de Portugal a partir de 1500. 
 §2º De acordo com a maioria dos estudiosos do assunto na atualidade, os fragmentos de "contribuição cultural" de diferentes grupos étnicos não são o mais relevante. Pretender mensurar a participação do indígena ou do negro brasileiros em uma cultura dominantemente branca e de remota origem européia, através do seu aporte à culinária, à tecnologia agrícola, ao artesanato, ou à vida ritual do país, é ocultar, sob o manto da pitoresca aparência, aquilo que é fundamentalmente essencial. 
 §3º Isto porque em toda a nação que, como o Brasil, resulta do encontro, dos conflitos e das alianças entre grupos nacionais e étnicos, sempre a principal lição que se pode tirar é o aprendizado da convivência cotidiana com a diferença, com o direito "do outro" e com o fraterno respeito pelas minorias quaisquer que sejam. Não é possível esquecermos que negros e indígenas participaram sempre da vida brasileira com servos e escravos, como sujeitos e povos espoliados e que, apesar de tudo souberam lutar e resistir. Sepé Tiaraju, um líder guerreiro indígena, e Zumbi, um guerreiro tornado escravo e que preferiu morrer guerreiro no seu Quilombo dos Palmares a voltar a ser um escravo, talvez sejam os melhores exemplos de contribuição dos povos minoritários à cultura brasileira, do que todos os pequenos produtos que negros e índios acrescentaram a uma cultura nacional. 
 
(Carlos Rodrigues Brandão. Índios, negros e brancos: a construção do Brasil. In: Correio, Rio de janeiro, Fundação Getúlio Vargas, ano 15, fevereiro de 1987) 
6) Assinale a opção que está de acordo com as ideias expressas no texto: 
 
a) A construção da história e da cultura do Brasil resulta do trabalho de índios, pretos e brancos. 
b) A influência de índios e negros deu-se especialmente na culinária e no artesanato. 
c) É possível detectar, com relativa facilidade, a participação do indígena ou do negro na cultura branca de origem européia. 
d) Os conflitos entre os três grupos étnicos nacionais geram uma necessidade de convivência fraterna entre os indivíduos. 
e) Negros e indígenas escravizados uniram-se para lutar e resistir, participando, assim da vida brasileira.
7) Com relação ao parágrafo anterior, o último parágrafo expressa uma:
 
a) advertência d) justificativa 
b) condição e) oposição 
c) contradição 
 
8) O vocábulo "originais" (1º parágrafo) pode ser interpretado como: 
 
a) diferentes d) peculiares 
b) excêntricos e) primitivos 
c) exóticos 
 
9) O vocábulo "mensurar" (2º parágrafo) pode ser interpretado como: 
a) averiguar d) regular 
b) examinar e) sondar 
c) medir 
(ETF-SP) Instruções para as questões de números 10 e 11. Essas questões referem-se à compreensão de leitura. Leia atentamente cada uma delas e assinale a alternativa que esteja de acordo com o texto apresentado. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas. 
 
Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou apenas para investir costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar para morar. 
 
10) Segundo o texto: 
a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os compradores, e vice-versa. 
b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores. 
c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas para quem pretende especular. 
d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador. 
e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado muito. 
11) Segundo o mesmo texto: 
a) Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador, maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário. 
b) Disponibilidade econômica não é o único fator que possibilita a realização de um bom negócio. 
c) O vendedor, por preferir negociar com investidores, desfavorece o comprador da casa própria. 
d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para investimento. 
e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o investidor que para o especulador. 
No regime democrático, o direito de votar não se deve reduzir a um gesto mecânico. No espírito dos teóricos do sufrágio universal, o voto implica, para cada eleitor, a obrigação de se manter permanentemente informado dos negócios públicos, de julgar refletidamente as soluções propostas para as questões vitais do país, estudando-as com objetividade e com a única preocupação do bem coletivo. O exercício da soberania popular, que o voto materializa, consiste também em, após ter escolhido um candidato, vigiar a maneira como desempenha o mandato. 
      
12) Infere-se do texto que: 
a) O eleitor é responsável pela carreira política de seus candidatos. 
b) A responsabilidade do eleitor não termina no momento da votação. 
c) O exercício da democracia obriga todos os cidadãos a votarem. 
d) O eleitor vota mecanicamente quando sabe escolher seu candidato. 
e) O candidato que decepcionar o seu eleitor não será reeleito. 
Em relação ao texto abaixo
No ano passado, um frequentador do Rodeio aproximou-se da mesa de alguns conhecidos e, apontando para um dos quadros de certo pintor que estavam em exposição nas paredes do restaurante, perguntou: ‘Gostam?’ Diante da resposta afirmativa, disparou triunfal: ‘Acabo de comprar todos.’ A cena não deixou margem para dúvidas – estava-se diante de um deles. De um dos integrantes desta notável, barulhenta, exibida e nunca assumida espécie de ricos: o nouveau.
Flagrar algum não é difícil. Ao jantar no The Place ou Mezza Luna, se ouvir às costas aquela voz feminina precedida pela fragrância de Poison inventariar com invejável rapidez as personalidades mundanas presentes e ser contestada por outra masculina ligeiramente atrasada em relação ao Polo, terá boas ‘chances’ de ao se virar encarar dois exemplares. O XR-3 (ou o Monza preto, ou o Miúra com pára-choque de néon) talvez ainda esteja em fila tripla aguardando o manobrista enquanto o casal procurará instalar-se na mesa mais estratégica para ver e, principalmente, ser visto. Relaxe, acostume os olhos ao brilho de acessórios e à profusão de ‘grifes’ que eles envergam e tente captar a conversa, igualmente instrutiva. O esforço será mínimo: eles geralmente falam alto.
Caso o encontro ocorra em época de férias escolares, é provável que eles tenham mandado os filhos adquirirem um verniz cultural na Disneyworld. Com o tempo, o inglês desses herdeiros deve evoluir de ‘I love you too, Mickey ‘ para ‘How much?’. O casal tratará então de seu próximo embarque para um cruzeiro até Aruba ou uma temporada em Las Lenãs.
(Vera de Sá, Folha de São Paulo, 6/6/88. p.A-40)
13) Qual o posicionamento da autora sobre o assunto tratado? Selecione um trecho que ilustre sua resposta.
14) Selecione um trecho que apresente marca de ironia da autora.
15) Selecione uma parte do trecho que você não compreendeu bem.
Leia os fragmentosabaixo:
I. A ciência permanecerá sempre a satisfação do desejo mais alto da nossa natureza, a curiosidade; ela fornecerá sempre ao homem o único meio que ele possui para melhorar a própria sorte. (Renan)
II. A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto. (Tolstói)
III. Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos não é uma ciência, assim como um montão de pedras não é uma casa. (Poincaré)
16) Qual o posicionamento de cada autor sobre o tema tratado? 
17) Selecione de cada fragmento as palavras- chave 
18) Construa uma paráfrase de cada ideia principal dos fragmentos. 
19) (UF-SE) Segundo o Texto:
Para que sua produção cresça continuamente, mesmo indústrias tecnicamente competentes fabricam bens precários, cuja vida útil é relativamente curta; o consumidor, habituado ao uso de um produto, não hesitará em adquirir um outro quando o seu vier a estragar-se.
a) a indústria poderia produzir menos objetos, todos de melhor qualidade, mas os compradores preferem sempre um produto novo, do último tipo.
b) a produção de bens de qualidade favorece tanto a indústria, que vende sempre mais, quanto o consumidor, que tem sempre à disposição artigos duráveis.
c) para o consumidor não constitui problema a baixa qualidade dos produtos, já que tem disponibilidade econômica para adquirir quantos quiser.
d) a produção de bens com defeitos induz o consumidor a comprar, de uma só vez, mais de um produto.
e) a fim de expandir sua produção, a indústria baixa a qualidade dos produtos que põe no mercado.
(FGV – SP) As questões de números 20 e 21 correspondem ao texto que se segue:
No ano passado, um frequentador do Rodeio aproximou-se da mesa de alguns conhecidos e, apontando para um dos quadros de certo pintor que estavam em exposição nas paredes do restaurante, perguntou: ‘Gostam?’ Diante da resposta afirmativa, disparou triunfal: ‘Acabo de comprar todos.’ A cena não deixou margem para dúvidas – estava-se diante de um deles. De um dos integrantes desta notável, barulhenta, exibida e nunca assumida espécie de ricos: o nouveau.
Flagrar algum não é difícil. Ao jantar no The Place ou Mezza Luna, se ouvir às costas aquela voz feminina precedida pela fragrância de Poison inventariar com invejável rapidez as personalidades mundanas presentes e ser contestada por outra masculina ligeiramente atrasada em relação ao Polo, terá boas ‘chances’ de ao se virar encarar dois exemplares. O XR-3 (ou o Monza preto, ou o Miúra com pára-choque de néon) talvez ainda esteja em fila tripla aguardando o manobrista enquanto o casal procurará instalar-se na mesa mais estratégica para ver e, principalmente, ser visto. Relaxe, acostume os olhos ao brilho de acessórios e à profusão de ‘grifes’ que eles envergam e tente captar a conversa, igualmente instrutiva. O esforço será mínimo: eles geralmente falam alto.
Caso o encontro ocorra em época de férias escolares, é provável que eles tenham mandado os filhos adquirirem um verniz cultural na Disneyworld. Com o tempo, o inglês desses herdeiros deve evoluir de ‘I love you too, Mickey ‘ para ‘How much?’. O casal tratará então de seu próximo embarque para um cruzeiro até Aruba ou uma temporada em Las Lenãs.
(Vera de Sá, Folha de São Paulo, 6/6/88. p.A-40)
20) No texto, a frase “Acabo de comprar todos” sugere:
a) a sensibilidade estética do comprador.
b) o poder econômico isento do gosto estético.
c) a sensibilidade do comerciante.
d) a ausência de relação entre a arte e valor econômico.
e) o reconhecimento do valor do artista.
21) “O XR-3 (ou o Monza preto, ou o Miúra com pára-choques de néon) talvez ainda esteja em fila tripla aguardando o manobrista...”. Essa passagem sugere a ideia de:
a) indiferença d) gosto apurado
b) conformidade e) ostentação 
c) luxúria
	 
22) Leia os fragmentos abaixo:
I. A ciência permanecerá sempre a satisfação do desejo mais alto da nossa natureza, a curiosidade; ela fornecerá sempre ao homem o único meio que ele possui para melhorar a própria sorte. (Renan)
II. A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto. (Tolstói)
III. Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos não é uma ciência, assim como um montão de pedras não é uma casa. (Poincaré)
A(s) opinião (ões) que traduz(em) uma visão negativa da ciência é (são):
a) I d) I – II 
b) II e) II – III
c) III 
Quando conjugam três fatores - tecnologia, investimento e mercado - o país é rico, ainda que sem recursos naturais, como é o caso do Japão ou da Noruega. Se não se conjugam, o país pode ter recursos mas não tem riquezas, como é o caso do Brasil e da Indonésia. Isso ocorre também dentro do mesmo país. Minas Gerais, por exemplo, tem mais recursos minerais e menos riqueza do que São Paulo. 
      
23) De acordo com o texto:
a) A conjugação dos três fatores - tecnologia, investimento e mercado - é condição indispensável para homogeneizar a situação econômica dos diferentes países. 
b) O Japão e a Noruega, assim como o Brasil e a Indonésia, igualam-se em condições naturais de crescimento. 
c) Existe uma diferença entre os recursos extraídos do solo e a riqueza provinda da economia. 
d) A coexistência da tecnologia, do investimento e do mercado garante a sustentação dos recursos naturais. 
e) Dentro do mesmo país podem ocorrer profundas diferenças na maneira de exploração do solo. 
Texto para as questões 24, 25 e 26
Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras realizar jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que aquelas, no desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando sem fixarem-se, estes foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir e voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o vaqueiro e o lavrador, realizando uma obra de conquista dos altos sertões, exclusive a pioneira. 
(José Alípio Goulart, in Brasil do Boi)
24) Segundo o texto: 
a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro. 
b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram. 
c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos. 
d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho. 
e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer. 
25) Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que:
a) desbravaram 
b) mataram 
c) catequizaram
d) despovoaram
e) não se fixaram
26) “...o aparato de suas hordas guerreiras...” sugere que as conquistas dos bandeirantes ocorreram com:
a) organização e violência 
b) rapidez e violência 
c) técnica e profundidade 
d) premeditação e segurança 
e) demonstrações de racismo e violência
Em relação ao texto abaixo
No regime democrático, o direito de votar não se deve reduzir a um gesto mecânico. No espírito dos teóricos do sufrágio universal, o voto implica, para cada eleitor, a obrigação de se manter permanentemente informado dos negócios públicos, de julgar refletidamente as soluções propostas para as questões vitais do país, estudando-as com objetividade e com a única preocupação do bem coletivo. O exercício da soberania popular, que o voto materializa, consiste também em, após ter escolhido um candidato, vigiar a maneira como desempenha o mandato. 
27) Infere-se do texto que:
a) o eleitor é responsável pela carreira política de seus candidatos. 
b) a responsabilidade do eleitor não termina no momento da votação. 
c)o exercício da democracia obriga todos os cidadãos a votarem. 
d) o eleitor vota mecanicamente quando sabe escolher seu candidato. 
e) o candidato que decepcionar o seu eleitor
Em relação ao texto abaixo
Cada indivíduo tem sua configuração espiritual, e ele não muda com os anos. É tão constante quanto nossos cromossomos ou as nossas impressões digitais. As circunstâncias é que variam, permitindo por vezes que certos tipos ofereçam de si imagem nova e até surpreendente, num desmentido a julgamentos anteriores. Só em determinadas circunstâncias é que se pode medir bem a têmpera de um indivíduo, sua inteligência, sua poesia, sua capacidade de amar. Mas o indivíduo não muda. Mudam os ângulos e as luzes com que o vemos. 
28) Infere-se do texto que:
a) se opera a cada instante um aprimoramento do homem. 
b) nossas opiniões a respeito das pessoas são relativas. 
c) a complexidade de comportamento torna penosa a vida do indivíduo. 
d) nada é permanente na conduta do homem. 
e) se mede a têmpera do indivíduo por sua capacidade de amar. 
Em relação ao texto abaixo
Os brasileiros fazem pouco para mudar a realidade social do país. A conclusão é do estudo Índice de Participação Cidadã. O trabalho surgiu com a necessidade de se entender a dimensão social da participação na América Latina. O desinteresse dos brasileiros pode ser verificado na baixa participação em assembleias de movimentos grevistas. “É comum as pessoas não comparecerem às manifestações para reivindicar seus direitos. Deixam que outros resolvam por elas e a representação acaba sendo mínima”, analisa o cientista político Humberto Dantas. A socióloga Rosely Coimbra fez análise dos dados levantados ao participar da execução da pesquisa. Ela acredita que os brasileiros se motivam em cima de causas pontuais e depois esquecem. Segundo Coimbra, a espontaneidade para ajudar está relacionada à vocação filantrópica e paternalista do país.
Correio Braziliense, 4/1/2005, p. 12 (com adaptações).
29) A argumentação do texto IV permite inferir que: 
a) a socióloga Rosely Coimbra participou de uma pesquisa de abrangência latino-americana.
b) o cientista político Humberto Dantas coordenou um estudo sobre a cidadania brasileira.
c) a representação política dos brasileiros se reduz à participação em assembléias de movimentos grevistas.
d) o brasileiro vem substituindo a vocação filantrópica e paternalista do país pela espontaneidade.
e) a realidade social do país muda pouco devido à pouca participação dos brasileiros nas causas pontuais.
30) (SANTA CASA) "É necessário partir para a dimensão universal, mas levando no bico ou nas patas o grão de terra com que alimentar o voo." Infere-se do texto que:
a) As aves do céu e os animais da terra são os verdadeiros proprietários do grandioso universo que habitamos. 
b) O homem, em sua desmedida ambição, quer conquistar os céus, a terra e todos os habitantes do universo. 
c) O homem, ao atirar-se à conquista do universo, não deve perder o senso de sua própria realidade. 
d) Não é possível alçar vôo para dominar outros mundos antes de resolver os problemas de seu próprio planeta. 
e) As viagens interplanetárias oferecem ao homem a vastidão do universo, mas dificultam-lhe a alimentação adequada a suas necessidades.

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