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1. Simulado_ENEM1_SETEMBRO_2019_BH_MD

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Prévia do material em texto

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas
da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2.
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar
das provas.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1º DIA
CADERNO
1
A minha voz ainda ecoa versos perplexos.
ATENÇÃO
08/09/2019
VESTIBULAR MEDICINA
3 LC - 1º dia 
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Inglês)
9
QUESTÃO 01
DAD. HOW DO SOLDIERS KILLING
EACH OTHER
SOLVE THE
WORLD’S
PROBLEMS?
I THINK GROWN-UPS JUST
ACT LIKE THEY KNOW
WHAT THEY’RE DOING.
A interação entre Calvin e seu pai pode ser definida pe-
lo(a)
A preparo diante dos questionamentos.
B arrogância frente à contrariedade.
C pureza diante do cinismo.
D perplexidade diante da lógica.
E ingenuidade frente à complexidade.
QUESTÃO 02
The Rose
There was once a poor woman who had two children. The 
youngest had to go every day into the forest to fetch wood. 
Once when she had gone a long way to seek it, a little child, 
who was quite strong, came and helped her industriously 
to pick up the wood and carry it home, and then before a 
moment had passed the strange child disappeared. The 
child told her mother this, but at first she would not believe 
it. At length she brought a rose home, and told her mother 
that the beautiful child had given her this rose, and had 
told her that when it was in full bloom, he would return. The 
mother put the rose in water. One morning her child could 
not get out of bed. The mother went to the bed and found 
her dead, but she lay looking very happy. On the same 
morning, the rose was in full bloom.
The complete Grimm's fairy tales. 
New York: Random House, 1972, p. 819-820.
A narrativa apresentada tem como uma de suas persona-
gens uma mulher pobre que
A tinha filhos que iam diariamente à floresta para brincar.
B pediu à filha para trazer uma rosa da floresta.
C teve um pressentimento de que sua filha não voltaria.
D não acreditou que sua filha havia desaparecido.
E percebeu a felicidade no rosto de sua filha morta.
QUESTÃO 03
School
By Daniel J. Langton
I was sent home the first day
with a note: Danny needs a ruler.
My father nodded, nothing seemed so apt.
School is for rules, countries need rulers,
graphs need graphing, the world is straight ahead.
It had metrics one side, inches the other.
You could see where it started
and why it stopped, a foot along,
how it ruled the flighty pen,
which petered out sideways when you dreamt.
I could have learned a lot,
understood latitude, or the border with Canada,
so stern compared to the South
and its unruly river with two names.
But that first day, meandering home, I dropped it.
Fonte: <www.poetryfoundation.org/
poem/244284>. Acesso em: 23 jul. 2019. 
Com base no poema “School”, pode-se afirmar que o 
poeta
A aprendeu as regras da poesia na escola.
B poderia ter aprendido algo, porém, deixou a escola.
C teve muitas dificuldades em adaptar-se.
D foi aconselhado pelo pai, de maneira sábia.
E entendeu seu lugar no mundo, por meio das regras.
4 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 04
Japanese researchers have spent five years developing a 
humanoid robot system that can understand and respond to 
simultaneous speakers. They posit a restaurant scenario in 
which the robot is a waiter. When three people stand before 
the robot and simultaneously order pork cutlet meals or 
French dinners, the robot understands at about 70 percent 
comprehension, responding by repeating each order and 
giving the total price. This process takes less than two 
seconds and, crucially, requires no prior voice training.
Such auditory powers mark a fundamental challenge in 
artificial intelligence – how to teach machines to pick out 
significant sounds amid the hubbub. This is known as the 
cocktail party effect, and most machines do not do any 
better than humans who have had a few too many martinis.
Scientific American, August 2007.
Segundo o texto, num cenário de restaurante, o robô
A serve a mesa e escolhe os pratos para os clientes.
B anota pedidos e prepara a comida.
C organiza o funcionamento do restaurante. 
D lê o cardápio, em voz alta, e dá sugestão de pratos.
E repete os pedidos feitos e informa o valor da refeição.
QUESTÃO 05
On roads, cyclists are vulnerable – 
but on towpaths they're the menace
There was a loud screech of brakes. Katie Jackson recalls 
watching a cyclist, anxiously looking behind, speeding off 
along the canal. Below, on the towpath, lay her kitten.
Jackson’s pet died minutes after being struck by the cyclist 
on the Hertford Union Canal, Victoria Park, in east London 
in July 2015.
For some canal cyclists, including me, it was the final 
straw. Appalled by the latest tragedy, I abandoned the 
towpath as a commuter route. Four years on, the decision 
is yet to cause regret.
My new route was longer, a 25% increase in time and 
distance. It also involved navigating several congested 
thoroughfares and a particularly perilous crossroads. It was 
profoundly more dangerous, but felt liberating. The need to 
issue endless apologies to dogwalkers had disappeared. 
Instead I concentrated on my own survival.
Townsend, M. Fonte: <http://guardian.com>. 
Acesso em: 27 jul. 2019.
De acordo com o texto,
A os ciclistas causam 25% dos acidentes nos canais.
B as estradas são mais seguras para os pedestres.
C o animal de estimação de Jackson foi atropelado.
D novas rotas mais seguras foram criadas para ciclistas.
E obstáculos foram colocados nas vias para aumentar a 
segurança.
5 LC - 1º dia 
Questões de 01 a 05 
(opção Espanhol)
9
QUESTÃO 01
El Español de España y el Español de América: 
una lengua, muchas lenguas
No se habla igual en Madrid, en Sevilla, en Buenos Aires o 
en México y ni siquiera dentro de una misma ciudad. En un 
mismo país no hablan igual los campesinos, los obreros, los 
estudiantes o los escritores; tampoco, dos familias distintas 
de un mismo pueblo.
Lógicamente, una lengua como el español, hablada 
por muchas personas y en muchos países, presenta 
diferencias marcantes en las diversas regiones donde se 
habla.
Algunos sonidos no se pronuncian de la misma manera. 
Por ejemplo, las eses finales: en Andalucía, en Argentina, 
en Venezuela y en Chile, se aspiran o desaparecen. 
También hay discrepancias en el léxico, sobre todo en las 
palabras de uso cotidiano. Veamos un ejemplo: un “plátano” 
español es una “banana” en Argentina, un “cambur” en 
Venezuela, y un “guineo” en otros lugares.
Asimismo, existen algunas diferencias en la gramática. Un 
buen ejemplo es la segunda persona del plural, “vosotros”, 
que no se emplea en la lengua hablada de muchos países. 
En su lugar se usa “ustedes”.
Por otra parte, hay que señalar1 que las diferencias 
fonéticas, léxicas o sintácticas son más importantes en la 
lengua familiar que en la lengualiteraria, que es parecida en 
todos los países hispanohablantes.
__________2 hablante de español que __________3 
a otro país descubre enseguida que existen algunas 
desigualdades, pero que, sin embargo, lo entiende casi 
todo. Descubre también que no hay variantes mejores 
o peores, que no es mejor el español de Argentina, de 
España o de Cuba.
Descubre que pueblos con culturas distintas, con una 
historia distinta, usan la misma lengua: el español.
(Mensajes, 2001, adaptado)
Las palabras que rellenan correctamente las lagunas (ref. 
2 y ref. 3), respectivamente:
A Cualquiera – viajaría
B Alguno – viajara
C Cualquier – viajase
D Ningún – viajara
E Cualquier – viaja
QUESTÃO 02
La lectura del texto permite concluir correctamente
A las diferencias del español se ponen de manifiesto 
apenas en ele léxico.
B las variaciones del español familiar obstaculizan 
seriamente la comunicación entre hispanohablantes.
C niveles sociales no inciden en las variaciones 
linguísticas.
D el español literario, en diferentes territorios, presenta 
más discrepancias que el coloquial.
E según la región, el léxico difiere en el español 
conversacional.
QUESTÃO 03
La pregunta que no encuentra respuesta en el texto es
A ¿Entre qué habitantes se perciben pronunciaciones 
distintas?
B ¿Qué proporción de hispanohablantes muestra 
divergencias léxicas?
C ¿Qué forma de tratamiento presenta diferencias según 
la región?
D ¿Qué tipos de discrepancias se pueden detectar en el 
español?
E ¿Hay en el español de países diversos, palabras 
diferentes con igual significado?
QUESTÃO 04
De acuerdo con el texto, un sinónimo de la palabra 
“señalar” (ref 1) es
A declarar.
B atestiguar.
C reiterar.
D confirmar.
E subrayar.
QUESTÃO 05
Hay tres palabras heterosemánticas en
A largo, lejano y próximo.
B ancho, sitio y rato.
C taller, balcón y cena.
D plumaje, paisaje y viaje.
E asiento, oficina y nivel.
6 LC - 1º dia 
9
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Sabemos que os gêneros textuais são incontáveis e 
adaptáveis às diversas realidades e situações comunica-
cionais. Sabemos também que eles podem ser definidos 
graças a um conjunto de elementos fixos, embora sejam 
mais flexíveis do que os tipos textuais. A verdade é que a 
comunicação na internet acabou criando novos gêneros 
e alterando outros, comprovando que eles estão a ser-
viço dos falantes e às necessidades de seu tempo. Se 
antes enviávamos cartas, hoje enviamos e-mail, que 
nada mais é do que uma adaptação virtual que dispensa o 
papel e a caneta. Se, em um passado não muito distante, 
enviávamos mensagens de celular, hoje utilizamos as 
redes sociais para deixar um recado para nossos amigos. 
Contudo, é importante observar que, embora os meios te-
nham sido modernizados, a estrutura da comunicação e a 
forma com a qual nos expressamos continuam seguindo 
parâmetros que estabelecem uma relação dialógica com 
formas textuais preexistentes.
Disponível em: <www.portugues.com.br/redacao/
generos-digitais.html>. Acesso em: 27 jul. 2019.
Ao discorrer sobre as novas tecnologias de comunicação, 
o autor do texto utiliza recursos linguísticos que conside-
ram a recepção do texto pelo seu público leitor. Dessa 
maneira, as formas verbais em destaque desempenham 
a função de
A expressar circunstâncias possivelmente desconheci-
das pelo leitor, acerca do tema tratado.
B fazer o leitor refletir sobre a veracidade dos argumen-
tos apresentados, exercitando o senso crítico.
C fazer com que o leitor se sinta incluído nos fatos e ar-
gumentos apresentados pelo autor.
D restringir o tema tratado e os argumentos a um grupo 
realmente afetado pelas novas tecnologias.
E relativizar a relevância do tema tratado em relação a 
diferentes segmentos da sociedade.
QUESTÃO 07
Disponível em: <www.bahiaja.com.br/include/foto.
php?file=2018-04-26_n-109799_181929.jpg>. 
Acesso em: 27 jul. 2019.
Os anúncios publicitários lançam mão de vários recursos 
para alcançar a atenção do leitor e passar sua mensa-
gem. Na propaganda acima, a colaboração dos recursos 
verbais e não verbais resultam no argumento de que
A a formação de uma opinião condizente com um viés 
político resulta na imparcialidade no jornalismo.
B a liberdade de expressão na imprensa não deve de-
pender da corrente política optada pelo leitor.
C a imparcialidade jornalística motivou a divisão do públi-
co-alvo em “direita” e “esquerda”.
D a seleção do público leitor em relação à ideologia polí-
tica é algo essencial para a mídia impressa.
E a relação autor/leitor é dificultada quando há oposição 
de correntes político-ideológicas de pensamento.
QUESTÃO 08
Ernesto Neto – Nave voadora (sopro) – 2019
A partir de uma compreensão singular da herança neo-
concreta, Ernesto Neto (Rio de Janeiro, 1964) desdobra 
suas esculturas iniciais – elaboradas com materiais como 
meias de poliamida, esferas de isopor e especiarias – em 
grandes instalações imersivas (...). Sua prática escultórica 
engendra-se a partir da tensão de materiais têxteis e de 
técnicas como o crochê. Essas grandes estruturas lúdicas 
acolhem ações e rituais que revelam as preocupações 
atuais do artista: a afirmação do corpo como elemento in-
dissociável da mente e da espiritualidade.
Fonte: <https://pinacoteca.org.br/
programacao/ernesto-neto-sopro>.
Levando em conta o texto apresentado, podemos afirmar 
que a obra de Ernesto Neto se aproxima dos parâmetros 
estéticos da arte contemporânea por
A fazer do corpo humano um suporte privilegiado para 
expressão, configurando uma inovação dentro das 
perspectivas de arte.
B valorizar técnicas de artesanato na produção, afastan-
do-se dos usos mais tradicionais do ready-made vistos 
no início do século XX.
C promover a ideia de um espectador participante dentro 
da obra artística, o que determinaria uma proximidade 
entre arte e vida.
D valorizar o uso de objetos cotidianos para a confecção 
da obra de arte, os quais devem ser contemplados 
para reflexão sobre consumo.
E entendimento sobre o uso de métodos de produção em 
série para a confecção da obra de arte, o que atualiza 
a linguagem artística.
QUESTÃO 09
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm 
sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta 
dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo ge-
ral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, presidente 
da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 
(SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui 
no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além 
de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.
7 LC - 1º dia 
9
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso 
de gordura por causa da gula, surge como marca da nova 
geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que 
participam do Programa não praticavam nenhum espor-
te”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o de-
senvolvimento emocional das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as consequências 
de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é no-
vidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita 
Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira 
para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 
Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro 
sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que 
viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os ado-
lescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabetes”, 
exemplifica Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: <http://
saude.abril.com.br>. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
Sobre a relação entre os hábitos da população adolescen-
te e as suas condições de saúde, as informações apre-
sentadas no texto indicam que
A a falta de atividade física somada a uma alimentação 
nutricionalmente desequilibrada constituem fatores re-
lacionados ao aparecimento de doenças crônicas en-
tre os adolescentes.
B a diminuição do consumo de alimentos fontesde car-
boidratos combinada com um maior consumo de ali-
mentos ricos em proteínas contribuíram para o aumen-
to da obesidade entre os adolescentes.
C a maior participação dos alimentos industrializados e 
gordurosos na dieta da população adolescente tem tor-
nado escasso o consumo de sais e açúcares, o que 
prejudica o equilíbrio metabólico.
D a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre 
os adolescentes advém das condições de alimenta-
ção, enquanto que, na população adulta, os fatores 
hereditários são preponderantes.
E a prática regular de atividade física é um importante 
fator de controle da diabetes entre a população adoles-
cente, por provocar um constante aumento da pressão 
arterial sistólica.
QUESTÃO 10
Disponível em: <https://descomplica.com.br/blog/
portugues/4-tipos-de-intertextualidade-que-voce-encontra-
para-a-cancao-do-exilio-e-1-exemplo-de-como-isso-
pode-ser-cobrado-no-enem>. Acesso em: 27 jul. 2019.
A citação é uma intertextualidade que ocorre quando um 
autor transcreve um trecho de um texto de outro autor no 
próprio texto. Nessa tirinha, para esse recurso ser eficaz, 
é necessário
A que a referência intertextual seja de conhecimento tan-
to do autor quanto do leitor do texto.
B que o sentido empregado aos vocábulos seja o mesmo 
utilizado no texto que é referenciado.
C que seja selecionado um público leitor específico, evi-
tando a possibilidade múltiplas leituras.
D que haja um diálogo direto com o leitor para chamar 
sua atenção para a referência intertextual.
E que seja explicitada a fonte do texto referenciado para 
fins de direitos autorais.
QUESTÃO 11
Atualmente, o problema das drogas tornou-se um tema 
muito recorrente em diversas partes do mundo. O surgi-
mento de novas substâncias entorpecentes tem levado ao 
aumento do número de dependentes.
No Brasil, fica difícil mencionar o problema das drogas e 
não pensar na cidade de São Paulo, onde a Cracolândia 
se expande cada vez mais.
O crack tem demostrado a forte dependência que cau-
sa nos indivíduos e os problemas estruturais que geram, 
dentre eles a pobreza, o desemprego e a proliferação de 
doenças. A negligência do governo em relação a isso é 
notória.
Ou seja, o foco maior está em acabar com o problema do 
crack, ao invés de oferecer melhoria na vida dos viciados. 
Sendo assim, os viciados em crack continuam vivendo em 
péssimas condições e, infelizmente, ainda são tratados 
como “bandidos”.
Disponível em: <www.todamateria.com.br/artigo-
de-opiniao>. Acesso em: 27 jul. 2019.
Identificar o gênero textual é um passo importante para 
que o leitor identifique como a forma e o tema são desen-
volvidos com a intenção do autor perante o público leitor. 
Reconhece-se que esse texto é um artigo de opinião de-
vido à(ao)
A diálogo estabelecido com o leitor, essencial para esse 
gênero textual.
B neutralidade expressa pelo autor do texto a respeito do 
tema tratado.
C grau de formalidade utilizado pelo autor: culto e objetivo.
D função do gênero, que é fazer com o que o leitor reflita 
sobre o tema tratado.
E seleção de um público-alvo restrito e específico, co-
nhecedor do tema tratado.
8 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 12
Texto I
Kevin Carter – Sudão (1993)
Texto II
A ideia de verdade fotográfica é retórica. Por mais convin-
cente que possa ser uma imagem, ela só comunica uma 
mensagem que seja respaldada por um contexto social, 
político, econômico, cultural e editorial. O ceticismo cres-
cente no fim do século XX quanto à objetividade da evi-
dência fotográfica fez com que fosse reconhecida a ten-
são entre o registro neutro da câmera e o envolvimento do 
fotógrafo. Em outras palavras, o poder de uma represen-
tação fotográfica da realidade depende intrinsecamente 
do controle visual estratégico exercido pelo fotógrafo ao 
codificar a verdade em sua mensagem visual.
Chantal Fabres – Tudo sobre fotografia (2018)
Na fotografia de Kevin Carter, o “controle visual estratégi-
co exercido pelo fotógrafo ao codificar a verdade em sua 
mensagem visual” a que se refere o Texto II manifesta-se 
na ideia de que
A o registro deve abordar sempre histórias de padeci-
mento humano.
B a força imagética se constrói por um gesto de intencio-
nalidade.
C a imagem deve ser fruto de um procedimento arbitrário 
do autor.
D o registro deve ser pautado por uma ideia de verossi-
milhança.
E o cenário da imagem deve ser previamente preparado 
pelo autor.
QUESTÃO 13
“Só em torno de 30, e depois, o Brasil histórico e concreto, 
isto é, contraditório e já não mais mítico, seria o objeto 
preferencial de um romance neorrealista e de uma lite-
ratura abertamente política. Mas ao longo dos anos pro-
priamente modernistas, o Brasil é uma lenda sempre se 
fazendo.”
Alfredo Bosi – Céu, Inferno
O fragmento de texto do crítico literário Alfredo Bosi trata 
especificamente da
A literatura modernista da primeira geração e sua preo-
cupação com o subdesenvolvimento no país.
B literatura modernista da segunda geração e seu otimis-
mo de características mais utópicas.
C literatura modernista da primeira geração e seu evi-
dente compromisso político-revolucionário.
D literatura modernista da segunda geração e sua toma-
da de consciência sobre o atraso no país.
E literatura modernista da segunda geração e seu proje-
to que mescla experimentalismo e política.
QUESTÃO 14
“Enquanto as tropas tentavam subir os contrafortes da 
serra, os sertanejos surgiam e desapareciam, agitavam-
-se, pareciam ser em muito maior número do que real-
mente eram. Além disso, eles iludiam de modo enge-
nhoso a carência de espingardas e o lento processo de 
carregamento das poucas que possuíam. Todos usavam 
máscaras e se dispunham em grupos de três ou quatro 
rodeando um único atirador, passando sucessivamente as 
armas carregadas pelos companheiros invisíveis ao fundo 
da trincheira. De sorte que, se alguma bala fazia baquear 
o clavinoteiro, substituíam-no imediatamente e em meio 
ao fumo, o mesmo busto mascarado seguia apontando 
sua arma para os soldados e atirando.”
Disponível em: <www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/
euclides-da-cunha-e-os-sertoes-o-genocidio-do-exercito-
de-caxias-197422>. Acesso em: 27 jul. 2019.
As conjunções e locuções conjuntivas são elementos es-
senciais para a articulação de um texto. Ao discorrer sobre 
a Guerra de Canudos, o autor utilizou a expressão em 
destaque para indicar uma
A explicação em relação ao período anterior.
B conclusão das ideias construídas no início do texto.
C causa dos acontecimentos descritos anteriormente.
D conformidade em relação aos fatos descritos no início 
do texto.
E consequência do que foi descrito anteriormente no 
texto.
QUESTÃO 15
Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em 
muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em 
apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro 
lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em rela-
ção a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada 
em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em 
mim um lado infantil que não cresce jamais.
Clarice Lispector
As funções da linguagem são formas de utilização da lin-
guagem, segundo a intenção do falante. Cada uma desem-
penha um papel relacionado com os elementos presentes 
na comunicação. Evidencia-se, no texto acima, a função
A expressiva, devido à transmissão de emoções, senti-
mentos e subjetividades.
B referencial, devido ao emprego de termos com sentido 
objetivo e à impessoalidade.
C conativa, devido à presença de apelos e à persuasão 
impressa no discurso.
D fática, devido à preocupação da autora em se estabe-
lecer um contato direto com o leitor.
E metalinguística, devido à referência, no discurso, à 
própria linguagem.
9 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 16
Disponível em: <www.sermelhor.com.br/
espaco/40-ilustracoes-criticas-de-pawel-
kuczynski.html>. Acesso em: 28 jul. 2019.
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 
1976 e recebeu diversos prêmios por suasilustrações. 
Nesta obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego 
usa sua arte para provocar uma reflexão sobre
A a dignificação do ser humano desde a infância pelo tra-
balho e pela honestidade.
B a desigualdade social observada desde a infância em 
muitas crianças que trabalham.
C o consumismo desenfreado que aflige os jovens desde 
a infância.
D a falta de socialização que algumas crianças apresen-
tam no convívio social.
E a impossibilidade de conciliar vida social e vida profis-
sional.
QUESTÃO 17
olhe, hoje é possível reviver o fascismo, quer saber. é pos-
sível na perfeição. basta ser-se trabalhador dependente. 
é o suficiente para perceber o que é comer e calar, e por 
vezes nem comer, só calar. vá espiar esses patrões por aí 
fora. conte pelos dedos os que têm no peito um coração a 
florescer de amor pelo proletariado. que porra de conver-
sa comunista. mas não é possível deixar de ter conversas 
comunistas enquanto não se largar a merda das ideias do 
capitalismo de circo que está montado. um capitalismo de 
especulação no qual o trabalho não corresponde a rique-
za e já nem a mérito, apenas a um fardo do qual há quem 
não se consiga livrar.
Valter Hugo Mãe – A máquina de fazer espanhóis
A cena retrata as experiências de um personagem que 
viveu sob o peso da ditadura de Salazar, em Portugal. No 
discurso, a violação das regras de uso de maiúsculas no 
reinício de períodos
A revela uma incompatibilidade com os usos normativos 
que devem compor o gênero romance.
B provoca uma leitura equivocada das frases explicati-
vas e prejudica a verossimilhança.
C singulariza o estilo do autor e auxilia na representação 
de um discurso sequencial e dinâmico.
D representa uma exceção às regras do sistema canôni-
co de uso de maiúsculas em português.
E colabora para construir a identidade do narrador em 
seu discurso desorientado e incoerente.
QUESTÃO 18
Lixo Eletrônico: outro problema que se relaciona de for-
ma direta com o problema do lixo no Brasil. Com as cons-
tantes revoluções tecnológicas, consumidores possuem a 
mania de jogar no lixo comum materiais eletrônicos, que 
seguem aos aterros sanitários e permanecem por tempo 
indeterminado em termos de decomposição.
A grande saída para esse tipo de problema é passar para 
frente, ou seja, vender no mercado de usados ou, de forma 
simples, doar para alguém que esteja precisando do tipo 
de tecnologia e não possui condições de ter o aparelho. 
Caso o eletrônico esteja quebrado, uma dica está em fazer 
a manutenção antes de doar, ou de forma prévia ao ato 
de encaminhar para o mercado de usados. Caso o preço 
para arrumar seja caro, procure doar aos centros que são 
especialistas em trabalhar com os resíduos e realizar novas 
produções no sentido de doar para comunidades carentes, 
como no caso do Museu do Computador, instituição sem 
fins lucrativos que se estabelece na Grande São Paulo.
Disponível em: <http://meioambiente.culturamix.
com/poluicao/problemas-do-lixo-no-brasil>. 
Acesso em: 28 jul. 2019 (adaptado).
Ao se ler um texto, procura-se identificar a intenção pre-
tendida pelo autor, a fim de se interpretar corretamente 
sua mensagem. Em vista de suas características argu-
mentativas, observa-se que o texto acima tem um caráter
A informativo, pelo uso impessoal e neutro ao tratar os 
fatos relacionados ao problema do lixo digital.
B dialógico, pois busca questionar e obter o posiciona-
mento do leitor acerca do destino do lixo eletrônico.
C educativo, pois busca orientar o leitor sobre os meios 
possíveis para o destino do lixo eletrônico.
D investigativo, uma vez que procura identificar causas 
da invasão dos eletrônicos nas residências brasileiras.
E expositivo, sendo que apresenta de maneira direta e 
neutra diferentes características sobre o lixo eletrônico.
QUESTÃO 19
Pedro Américo – Independência ou 
morte (1888) – óleo sobre tela
A pintura Independência ou morte, do artista brasileiro Pe-
dro Américo, produzida em 1888, contempla as caracte-
rísticas de um estilo que
A reflete a percepção da população brasileira sobre a re-
alidade dos fatos.
B caricaturiza episódios marcantes e decisivos da histó-
ria brasileira.
C idealiza eventos históricos relevantes pela óptica dos 
grupos dominantes.
D utiliza técnicas de figuração e suportes artísticos inova-
dores para a época.
E compõe obras que respondem a uma visão crítica de 
artistas consagrados.
10 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 20
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma triviali-
dade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se 
isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, 
ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se 
do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas 
conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre 
amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est 
rompue* está começada a crônica. (...)”
Machado de Assis. Crônicas escolhidas. 
São Paulo: Ática, 1994.
*expressão que significa “o gelo está quebrado”.
A crônica é um dos gêneros textuais mais explorados na 
literatura moderna. No texto acima, Machado de Assis 
destaca uma marcante característica desse gênero tex-
tual, que é
A a valorização da subjetividade do cronista.
B a fidelidade com que o autor deve contar os fatos.
C o uso de termos reginais e informais.
D o tratamento de temas cotidianos.
E a crítica social indireta.
QUESTÃO 21
Disponível em: <www.hypeness.com.br/2014/08/
artista-brasileiro-cria-tirinhas-que-geram-debate-
e-inspiracao>. Acesso em: 29 jul. 2019.
Para causar uma reflexão no leitor, a imagem acima utiliza 
alguns recursos semânticos. Sobre estes, ao interpretar o 
cartum, pode-se dizer que ocorre
A homonímia entre “a vida é cheia de nós” e “nós dois”.
B paronímia entre “nós dois” e “nós nos destinos”.
C polissemia entre “nós na garganta” e “nós dois”.
D antonímia entre “nós nos destinos” e “nós na garganta”.
E sinonímia entre “a vida é cheia de nós” e “nós dois”.
QUESTÃO 22
O leão e o ratinho
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado de-
baixo da sombra boa de uma árvore. Vieram uns ratinhos 
passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram 
fugir, menos um, que o leão prendeu debaixo da pata. 
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de 
esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns ca-
çadores. Não conseguindo se soltar, fazia a floresta inteira 
tremer com seus urros de raiva. Nisso apareceu o ratinho, 
e com seus dentes afiados roeu as cordas e soltou o leão.
Moral: Uma boa ação ganha outra.
Disponível em: <www.refletirpararefletir.com.br/
fabulas-pequenas>. Acesso em: 29 jul. 2019.
Identificar o subgênero de um texto literário é um passo 
essencial para se interpretar corretamente a mensagem 
pretendida pelo autor e absorver a poesia expressa pelo 
texto. Pode-se dizer que o texto acima pertence ao subgê-
nero fábula, pois apresenta
A narração alegórica, fantasiosa, mas permeada por re-
cursos lúdicos e pedagógicos.
B foco narrativo em terceira pessoa, distanciando o leitor 
de um julgamento moral.
C tempo e espaço indefinidos e ausência de diálogos 
mais elaborados.
D personagens previsíveis e sem profundidade psicológica.
E enredo não linear e inserção da ideia de coletivismo e 
crítica social.
QUESTÃO 23
“De vulgari eloquentia”
A realidade é coisa delicada, 
de se pegar com as pontas dos dedos. 
Um gesto mais brutal, e pronto: o nada. 
A qualquer hora pode advir o fim. 
O mais terrível de todos os medos. 
Mas, felizmente, não é bem assim. 
Há uma saída – falar, falar muito. 
São as palavras que suportam o mundo, 
não os ombros. Sem o “porquê”, o “sim”, 
todos os ombros afundavam juntos. 
Basta uma boca aberta (ou um rabisco 
num papel) para salvar o universo. 
Portanto, meus amigos, eu insisto: 
falem sem parar. Mesmo sem assunto.
Paulo Henriques Britto – Macau (2003)
O poema de Paulo Henriques realiza uma defesa da ne-
cessidadede se falar muito, cuja expressividade se con-
cretiza no campo formal. Pode-se dizer que a escolha do 
autor por uma estrofação inusitada se deve ao fato de
A tentar simular materialmente, por meio da forma, o 
conteúdo tratado.
B promover, de modo rebelde, uma quebra com parâme-
tros clássicos do soneto.
C garantir um sistema de rimas inusitado, característica 
da poesia contemporânea.
D criar um movimento gradativo no corpo do poema, fa-
vorecendo o desfecho.
E construir interrupções propositais na fluência verbal 
dos versos.
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QUESTÃO 24
Anabelle
Um casal se prepara para a chegada de sua primeira filha 
e compra para ela uma boneca. Quando sua casa é inva-
dida por membros de uma seita, o casal é violentamente 
atacado e a boneca, Anabelle, se torna recipiente de uma 
entidade do mal.
Distribuidor: Warner Bros.
Não recomendado para menores de 14 anos
Data de lançamento: 9 de outubro de 2014
Duração: (1h 38min)
Direção: John R. Leonetti
Elenco: Annabelle Wallis, Ward Horton, Alfre Woodard e 
mais.
Gênero: Terror
Nacionalidade: EUA
Disponível em: <www.adorocinema.com/filmes/
filme-225218>. Acesso em: 29 jul. 2019 (adaptado).
Os diversos gêneros textuais possuem distintas funções 
sociais e são identificados por meio de suas característi-
cas, situação de comunicação etc. Observa-se que o texto 
acima pertence ao gênero
A resenha crítica, por expor aspectos do texto de origem 
e problematizá-los.
B sinopse, por expor os pontos principais do texto de ori-
gem, de maneira resumida.
C resumo opinativo, por ser um texto sucinto e reflexivo 
acerca do texto de origem.
D síntese, por ser um texto mais breve que o resumo e 
pouco explicativo.
E verbete, pois define o significado do que é exposto no 
texto de origem.
QUESTÃO 25
Disponível em: <http://alternativo-rs.blogspot.com/2009/03/
anuncios-supercriativos-brasil.html>. Acesso em: 29 jul. 2019.
No anúncio acima, observa-se a imagem de um macaco 
segurando a fotografia de seu filhote. Somada aos recur-
sos verbais do texto, pode-se dizer que essa propaganda 
apresenta um argumento de caráter
A sensacionalista, pois a mensagem pretende alcançar o 
grande público.
B informativo, pois apresenta um fato pouco conhecido 
pelo leitor.
C emocional, pois apela para os sentimentos e empatia 
do leitor.
D alarmista, pois exagera nas consequências do desma-
tamento.
E otimista, pois traz a mensagem de que se está reduzin-
do o desmatamento.
QUESTÃO 26
Faz sentido usar “você” como sujeito indeterminado?
Tudo depende do contexto. O uso de “você” para indicar 
um agente genérico é consagrado na linguagem familiar, 
informal, coloquial: “Você trabalha a vida inteira e, no fim, 
recebe essa merreca da previdência”. Trata-se de uma 
forma muito empregada no discurso oral.
Em situações um pouco mais formais, Rubião está certo, 
deve-se dar preferência à construção na terceira pessoa 
do singular com o pronome “se”: “Trabalha-se a vida intei-
ra e, no fim, recebe-se essa quantia irrisória da previdên-
cia”. É o uso preferido na linguagem escrita.
Há outras formas de indicar um sujeito genérico, com gra-
dações quanto à indeterminação (...). Tratar de todas elas 
nos levaria para longe da consulta de Rubião. Basta dizer 
que, em sua “Gramática de usos do português”, Maria He-
lena de Moura Neves menciona vários desses usos, da-
queles que são comuns na língua culta (“Jogaram alguém 
na piscina”) aos que têm “registro mais popular” (“Lá tira 
título de leitor, documento”).
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/blog/
sobre-palavras/faz-sentido-usar-voce-como-sujeito-
indeterminado>. Acesso em: 29 jul. 2019.
O autor do texto discorre sobre fatos da língua, mais espe-
cificamente o uso do “você” como sujeito indeterminado. 
Ao compararmos os registros escrito e falado do portu-
guês, podemos entender do texto que
A há expressões próprias do registro oral que estão sen-
do popularizadas, como a expressão “neguinho”.
B o uso do sujeito genérico causa incompreensão em al-
guns falantes, como com a expressão “Trabalha-se a 
vida inteira”.
C há expressões mais comumente usadas no registro 
coloquial, como “Lá tira título de leitor, documento”.
D na frase “Você trabalha a vida inteira e, no fim, recebe 
essa merreca da previdência”, há um diálogo com o 
interlocutor.
E frases como “Jogaram alguém na piscina” estão come-
çando a ser popularizadas entres as camadas mais 
carentes de ensino da língua.
12 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 27
Disponível em: <http://escritorio9b.blogspot.com/2015/11/
textos-com-emoji-do-9b.html>. Acesso em: 29 jul. 2019.
A imagem acima exemplifica mensagens que utilizam os 
chamados emoticons, figuras ou carinhas usadas nos diá-
logos digitais para expressar, geralmente, sentimentos. A 
imagem indica que seu uso também
A substitui palavras e expressões.
B muda o significado original da mensagem.
C propõe diferentes interpretações para a mensagem.
D prejudica a leitura do texto.
E indica preguiça do autor em digitar a mensagem 
completa.
QUESTÃO 28
Metade pássaro
A mulher do fim do mundo 
Dá de comer às roseiras, 
Dá de beber às estátuas, 
Dá de sonhar aos poetas.
A mulher do fim do mundo 
Chama a luz com assobio, 
Faz a virgem virar pedra, 
Cura a tempestade, 
Desvia o curso dos sonhos, 
Escreve cartas aos rios, 
Me puxa do sono eterno 
Para os seus braços que cantam.
Murilo Mendes – O visionário (1941)
As vanguardas europeias foram movimentos culturais que 
surgiram no início do século XX, com uma proposta de 
ruptura com as estéticas precedentes. Sua contribuição 
para movimentos estéticos em outros países, como o Mo-
dernismo brasileiro, foi de grande importância, e pode ser 
constatada no poema de Murilo Mendes
A pela composição em tons surrealistas, com imagens 
desconexas, que se aproximam do sonho.
B por existir uma recusa em exprimir imagens figuradas, 
como ocorre no Abstracionismo.
C por trabalhar com fragmentos e recortes de imagens, 
algo também explorado no Dadaísmo.
D pela característica fauvista de fazer referência a obje-
tos deteriorados que são ressignificados.
E por explorar uma temática de avanço feminino no cam-
po social, aproximando-o do Futurismo.
QUESTÃO 29
Palavras indígenas nomeiam a maior 
parte das plantas e animais do Brasil
De acordo com a professora Ana Suelly Cabral, pesqui-
sadora das línguas indígenas, cerca de 80% das palavras 
que nomeiam as plantas e bichos brasileiros são oriundas 
do tupinambá, o mais conhecido idioma nacional nativo. 
Aliás, o tronco tupi é um dos grandes agrupamentos lin-
guísticos do Brasil. São sete famílias de línguas: arikém (1 
língua), juruna (1 língua), mondé (7 línguas), mundurukú 
(2 línguas), ramaráma (2 línguas), tuparí (3 línguas), tupi-
-guarani (21 línguas). Há ainda três línguas isoladas no 
nível de família: aweti, puruborá e sateré-mawé. Consi-
derando que o total de línguas indígenas no Brasil é de 
180, o tronco tupi reúne 40 línguas, o que corresponde a 
22,2% do total.
De acordo com a professora, quando os colonizadores 
europeus chegaram aqui, eles não conheciam a enorme 
variedade da fauna e flora brasileiras. Os índios é que fo-
ram apresentando e dando nome aos animais, como, por 
exemplo, a capivara, o tamanduá, a cutia, o pirarucu, o 
jabuti; e às frutas, como o cacau e o cajá.
Disponível em: <https://educezimbra.wordpress.
com/2016/03/07/contribuicoes-e-influencias-
das-linguas-indigenas-na-nossa-forma-de-falar-
o-portugues>. Acesso em: 29 jul. 2019.
A herança linguística dos idiomas indígenas prevalece no 
português brasileiro mesmo após séculos. De acordo com 
o texto, essa permanência se deve à(ao)
A valorização dada aos nativos, desde a época da colo-
nização.
B preconceito imposto pelo europeu às línguas nativas 
do Brasil.
C diversidade de línguas indígenas e sua predominância 
sobre o português europeu.
D desconhecimento dos colonizadores a respeito da fau-
na e flora do Brasil.
E miscigenação ocorrida entre os brancoseuropeus e os 
povos indígenas.
QUESTÃO 30
(Falante 1) eu acho que:: hoje em dia não basta você so-
mente ser ... capacitado porque:: tem muita gente que ... 
não tantas qualidades quanto determinamos ... com / éh:: 
competidores em determinados cargos e:: ... na hora de 
escolher vem você porque é meu amigo certo? 
(...) é isso que eu acho eu acho que também existe um 
pouquinho do ... do relacionamento ... da pessoa ... da 
apresentação do indivíduo dentro de determinada orga-
nização ... isso você não sei se ... se você prestar aten-
ção você:: ... notará às vezes você possui determinadas 
... qualidades superiores a um competidor seu e você não 
é aproveitado...
(Falante 2) é... são as cartas de recomendação né?
(Falante 1) então ainda ...
(Falante 2) isso existe em todo local né? ... precisa real-
mente ter aquela recomendação ... mandado por fulano 
de tal: ...
Dino Preti (Org.) – Análise de textos orais 
(NURC/SP 062, linhas 913-922) – 1993
13 LC - 1º dia 
9
Na transcrição de fala, percebemos várias estruturas 
sintáticas fragmentadas, embora consigamos interpre-
tar adequadamente o sentido da conversa. A respeito 
do referido processo de fragmentação, sua presença na 
fala revela
A característica do planejamento e execução simultânea 
de um discurso.
B falta de coesão e coerência na apresentação das 
ideias.
C nível de afetividade entre os falantes, dispensando for-
malidades.
D desconhecimento das regras de sintaxe da norma-pa-
drão.
E que os interlocutores possuem poucos anos de escola-
ridade.
QUESTÃO 31
Linguagem humana é tudo e qualquer sistema de signos 
que serve de meio de comunicação entre indivíduos hu-
manos, e ela pode ser percebida pelos diversos órgãos 
dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies 
de linguagem: visual, auditiva, tátil etc., ou, ainda, outras 
mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de ele-
mentos diversos. (...)
Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de 
língua. Enquanto aquela diz respeito à capacidade ou fa-
culdade de exercitar a comunicação, latente ou em ação 
ou exercício, esta refere-se a um conjunto de palavras e 
expressões usadas por um povo, por uma nação, muni-
do de regras próprias (sua gramática).
Noutra acepção (anátomo-fisiológica), a primeira é fun-
ção cerebral que permite a qualquer ser humano adquirir 
e utilizar esta última. Por extensão, chama-se lingua-
gem de programação ao conjunto de códigos usados em 
computação.
Disponível em: <https://conlang.fandom.com/pt/wiki/
Linguagem_humana>. Acesso em 29 jul. 2019 (adaptado).
Os mecanismos de articulação coesiva são instrumen-
tos importantes para o que o texto seja adequadamente 
compreendido. No texto acima, os termos destacados 
indicam
A omissão de termos facilmente subentendidos pelo con-
texto.
B repetições desnecessárias para dar tamanho ao corpo 
do texto.
C ligação entre as orações do texto, estabelecendo rela-
ção de sentido e subordinação.
D coordenação entre os períodos aparentemente desco-
nectados.
E retomada anafórica de termos para evitar sua repe-
tição.
QUESTÃO 32
Amílcar Castro – Sem título. 
Escultura em aço, Minas Gerais (1977)
A escultura do artista construtivista Amílcar de Castro é re-
presentativa da arte contemporânea brasileira e tem como 
traço estrutural marcante
A a ideia de força promovida pela visualidade inusitada 
da obra artística.
B o rompimento com a sensação de fixidez e a sensação 
de inércia do material.
C a decomposição do material e a possibilidade de sua 
articulação.
D os adereços metálicos que propõem uma nova forma 
de expressão.
E um corte que conduz a uma dobra, quebrando a estru-
tura lógica da obra de arte.
QUESTÃO 33
Os efeitos ideológicos de um processo colonizador ma-
terializam-se em consonância com um processo de colo-
nização linguística, que supõe a imposição de ideias lin-
guísticas vigentes na metrópole e um ideário colonizador 
enlaçando língua e nação em um projeto único.
A colonização linguística é da ordem de um acontecimen-
to, produz modificações em sistemas linguísticos que vi-
nham se constituindo em separado e, ainda, provoca reor-
ganizações no funcionamento linguístico das línguas bem 
como rupturas em processos semânticos estabilizados. 
Colonização linguística resulta de um processo histórico 
de encontro entre pelo menos dois imaginários linguísti-
cos constitutivos de povos culturalmente distintos − lín-
guas com memórias, histórias e políticas de sentidos de-
siguais −, em condições de produção tais que uma dessas 
línguas − chamada de língua colonizadora − visa impor-se 
sobre a(s) outra(s), colonizada(s).
Diponível em: <www.labeurb.unicamp.br/elb/historia_
nocoes/col_ling.htm>. Acesso em: 29 jul. 2019.
As línguas são um dos mais exemplificáveis traços de 
identidades dos povos. Elas simbolizam sua cultura, seus 
hábitos e sua ideologia. No texto, o autor indica que a im-
posição de uma língua pode fazer com que
A a língua de um povo dominado seja importada para 
outra nação.
B a língua do povo dominante prevaleça nos povos domi-
nados.
C haja uma coexistência pacífica entre os idiomas dos 
povos em contato.
D se dê origem a outras diversas línguas derivadas.
E desapareçam as línguas da nação dominante e da do-
minada.
14 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 34
As imagens de internet utilizam diversos recursos estrutu-
rais e semânticos para, em geral, causar humor e, assim, 
serem compartilhadas por muitos usuários. Na imagem 
acima, o recurso estilístico mais evidente é a
A contradição, visível entre as atitudes das personagens 
e sua função real.
B ironia, existente na fala da personagem “cérebro”.
C personificação, evidente na forma de expressar as per-
sonagens.
D onomatopeia, pelas palavras sugerirem os sons típicos 
do coração e do cérebro.
E alegorização, que trata da representação de ideias.
QUESTÃO 35
A herança cultural da Inquisição
A Inquisição gerou uma série de comportamentos huma-
nos defensivos na população da época, especialmente 
por ter perdurado na Espanha e em Portugal durante qua-
se 300 anos, ou no mínimo quinze gerações.
Embora a Inquisição tenha terminado há mais de um sé-
culo, a pergunta que fiz a vários sociólogos, historiadores 
e psicólogos era se alguns desses comportamentos cultu-
rais não poderiam ter-se perpetuado entre nós.
Na maioria, as respostas foram negativas, ou seja, em-
bora alterasse sem dúvida o comportamento da época, 
nenhum comportamento permanece tanto tempo depois, 
sem reforço ou estímulo continuado.
Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar, mas te-
nho a impressão de que existem alguns comportamentos 
estranhos na sociedade brasileira, e que fazem sentido se 
você os considerar resquícios da era da Inquisição. [...]
KANITZ, S. A Herança Cultural da Inquisição. In: 
Revista Veja. Ano 38, nº 5, 2 fev. 2005 (fragmento).
Considerando-se o posicionamento do autor do fragmento 
a respeito de comportamentos humanos, o texto:
A enfatiza a herança da Inquisição em comportamentos 
culturais observados em Portugal e na Espanha.
B contesta sociólogos, psicólogos e historiadores sobre a 
manutenção de comportamentos gerados pela Inquisição.
C contrapõe argumentos de historiadores e sociólogos a 
respeito de comportamentos culturais inquisidores.
D relativiza comportamentos originados na Inquisição e 
observados na sociedade brasileira.
E questiona a existência de comportamentos culturais 
brasileiros marcados pela herança da Inquisição.
QUESTÃO 36
Fonte: <www.metropoles.com>.
Na tirinha acima, a cena apresentada expressa uma crí-
tica à(ao)
A autoritarismo de grupos sociais dominantes.
B pacifismo ineficaz em algumas situações.
C maneira com que se dão os debates atuais.
D intolerância de alguns grupos sociais.
E individualismo das pessoas na sociedade.
QUESTÃO 37
Sermão (prédica ou pregação) é um discurso opinativo e 
religioso com intuito de convencer a audiência a respeito 
de uma determinada conduta ou moral por meio dacon-
tundência retórica das ideias, do discurso de autoridade 
sustentado em uma obra ou em dogmas religiosos e da 
eloquência do religioso que o profere. Normalmente, en-
volve temas bíblicos, religiosos, teológicos ou morais e é 
dividido estruturalmente em exposição, exortação e apli-
cação prática.
Disponível em: <www.opera10.com.br/2014/05/11-
generos-textuais-sermao.html>. Acesso em: 29 jul. 2019.
O sermão é um gênero textual muito antigo utilizado em 
diversos cultos religiosos. Da leitura do texto, entende-se 
que esse gênero apresenta características da função de 
linguagem
A conativa.
B emotiva.
C referencial.
D fática.
E metalinguística.
QUESTÃO 38
— O meu nome é Severino,
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba
(Morte e vida severina)
15 LC - 1º dia 
9
O escritor João Cabral de Melo Neto, em sua obra-prima, 
descreve a caminhada de seu personagem, Severino, no 
sertão pernambucano. Ao se apresentar para o leitor, no 
trecho apresentado, o personagem
A descreve sua origem, de maneira hesitante e duvidosa.
B tem dificuldade em se apresentar como um indivíduo 
dentre outros semelhantes.
C cita acontecimentos que testemunhou, como forma de 
se identificar.
D questiona a necessidade de identificação individual 
das pessoas.
E não se lembra de quem ele realmente é, frente a outros 
com mesmo nome.
QUESTÃO 39
— Que barulhada! — exclamou Emília, ao aproximar-se 
da Casa das INTERJEIÇÕES. — Será algum viveiro de 
papagaios?
— São elas. Aquilo lá dentro parece um hospício, porque 
as Interjeições não passam de gritinhos.
— Gritos de quê?
— De tudo. Gritos de Dor, de Alegria, de Aplauso...
A Casa das Interjeições parecia mesmo um viveiro de pa-
pagaios. Assim que entrou, Emília viu passarem correndo 
dois gemidinhos de DOR, as Interjeições Ai! e Ui! Logo em 
seguida viu, a dar pulos, três gritinhos de ALEGRIA: — Ah! 
Oh! Eh! Depois viu três de nariz comprido, as Interjeições 
de DESEJO: — Tomara! Oh! Oxalá! E viu três num entu-
siasmo doido — as Interjeições de ANIMAÇÃO: — Eia! 
Sus! Coragem! E viu quatro de APLAUSO, batendo pal-
mas: — Viva! Bravo! Bem!
Apoiado! E viu mais quatro com caras de horror e nojo, 
que eram as Interjeições de AVERSÃO: — Ih, Xi! Irra! 
Apre! E viu algumas de APELO, chamando desesperada-
mente alguém:
— Olá! Psiu! Alô! E viu duas de SILÊNCIO, encolhidinhas, 
de dedo na boca: — Psiu! Caluda! E viu uma bem velhi-
nha, de ADMIRAÇÃO — Cáspite!
— Que baitaquinhas! — comentou Emília, tapando os I 
ouvidos. — Já estou tonta, tonta...
— E há ainda aqui — disse o Verbo Ser — esta pequena 
caixa com as ONOMATOPEIAS, OU Interjeições IMITATI-
VAS de certos sons.
(Emília no País da Gramática – Monteiro Lobato)
A função poética é um recurso de textos, literários ou não, 
para se obter um inovador efeito de sentido através de 
usos singulares da língua. No texto acima, esse efeito é 
alcançado, entre outros aspectos,
A pelo vocabulário culto e erudito, típico das obras literárias.
B pela relação criativa entre a classe de palavras e suas 
características.
C pelo caráter educativo e objetivo das referências gra-
maticais.
D pela simbologia social expressa pela personagem 
Emília.
E pela verossimilhança da história narrada com o âmbito 
acadêmico.
QUESTÃO 40
Cuidado com o SUS
Proposta de ministério parece bem fundamentada, mas 
deveria ser testada antes
É meritória a disposição do Ministério da Saúde de alterar 
as regras de financiamento da atenção primária do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), incorporando indicadores de 
efetividade e desempenho.
Uma gestão eficiente, afinal, não pode pautar-se somente 
por critérios demográficos — cumpre olhar também para 
a produtividade.
Pelas normas hoje em vigor, o repasse de recursos aos 
municípios para a atenção primária — vale dizer, a assis-
tência prestada pelo programa de saúde da família (PSF) 
e unidades básicas de saúde — é definido com base na 
população local, segundo as estimativas do IBGE, e no 
número de equipes do PSF em atividade em cada cidade.
Em vez disso, o ministério pretende considerar a popula-
ção efetivamente cadastrada nos programas de atenção 
primária (e não mais o total de residentes), além de intro-
duzir medidas de desempenho, como a qualidade do pré-
-natal prestado, controle de doenças sexualmente trans-
missíveis, de diabetes, hipertensão arterial e outras.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/
opiniao/2019/07/cuidado-com-o-sus.shtml>.
O editorial é um gênero caracterizado por realizar leituras 
diferenciadas de uma notícia veiculada no jornal. Tal dife-
rença traz à tona uma das funções sociais desse gênero 
textual, que é
A apresentar, de modo informativo, fatos que tenham 
sido noticiados pelo próprio veículo.
B chamar a atenção do leitor para temas que são mais 
raramente abordados no jornal.
C provocar a indignação dos cidadãos por força do con-
junto de argumentos apresentados.
D interpretar criticamente fatos noticiados e considera-
dos relevantes para a opinião pública.
E trabalhar uma informação apresentada com base no 
ponto de vista do autor da notícia.
QUESTÃO 41
VOU PARA A COZINHA ASSAR
40 DÚZIAS DE BISCOITOS.
PREPARE ALGO PARA
VOCÊ TAMBÉM!
O efeito de humor na tirinha é promovido especialmente 
por conta
A da distração inicial do gato em relação à empolgação 
de seu dono.
B do quadrinho central da tira, em que notamos a formu-
lação de uma ideia.
C de um jogo polissêmico existente na palavra “prepa-
rar”, no último quadrinho.
D do surgimento de um pensamento inesperado, na últi-
ma fala da tirinha.
E da incoerência entre a fala e possibilidade de ação 
dentro do gênero.
16 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 42
Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo 
algibebe1 em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se, porém, do 
negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe 
por proteção de quem, alcançou o emprego de que o ve-
mos empossado, e que exercia, como dissemos, desde 
tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não 
sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira 
das praças de Lisboa, saloia2 rechonchuda e bonitota. O 
Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de 
sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão3. 
Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do 
navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto 
dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente 
pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por 
aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-
-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas 
costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em for-
ma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de 
namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena 
de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta 
vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os 
dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam 
sê-lo de muitos anos.
Manuel Antônio de Almeida – 
Memórias de um sargento de milícias
Glossário:
1 algibebe: mascate, vendedor ambulante.
2 saloia: aldeã das imediações de Lisboa.
3 maganão: brincalhão, jovial, divertido.
A obra Memórias de um sargento de milícias é conhecida 
por ser uma obra romântica precursora da escola realista. 
No fragmento apresentado, a característica que melhor 
denota as marcas de transição entre as escolas é
A a manifestação de sentimentos antilusitanos, denotan-
do um nacionalismo brasileiro.
B os tratamentos cômico dado às classes populares e 
respeitoso à aristocracia e ao clero.
C a redução das relações amorosasa seus aspectos 
mais sexuais e fisiológicos.
D a clara oposição ao tratamento idealizante e sentimen-
tal das relações amorosas.
E a evidência da brutalidade das relações inter-raciais, 
próprias do contexto abolicionista.
QUESTÃO 43
Trilhões de dólares estão enterrados no solo vermelho do 
leste da República Democrática do Congo: um dos maio-
res países do continente africano e também um dos mais 
ricos em recursos naturais, os quais tinham sido confisca-
dos durante a colonização belga. Atualmente, essa rique-
za financia os grupos armados que controlam ilegalmente 
boa parte das minas, sem que a população do país se 
beneficie. Ouro, diamantes, coltan (minério que contem 
tântalo, usado para armazenar energia em celulares e 
tablets), entre outros, são extraídos e contrabandeados 
para países vizinhos, a partir de onde abastecem a indús-
tria de eletroeletrônicos que, muitas vezes, não se preocu-
pa com a procedência da matéria-prima. Em quase duas 
décadas, a guerra civil naquele país já fez milhões de 
mortos e outros muitos refugiados, tornando-se o maior e 
mais sangrento conflito desde a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: <http://tinyurl.com/pb3vyy9>. 
Acesso em: 10 set. 2015 (adaptado).
De acordo com o texto, é correto afirmar que
A trilhões de dólares foram enterrados no solo da Repú-
blica Democrática do Congo, durante a colonização 
belga, e, atualmente, são extraídos para recuperar o 
país da guerra.
B ainda que ilegal, o trabalho nas minas se reverte em 
benefícios para a população do país, reduzindo os ma-
les da guerra civil que dura mais de duas décadas.
C para retomar os recursos naturais confiscados, a popu-
lação da República Democrática do Congo entrou em 
guerra civil contra seus colonizadores belgas.
D o financiamento de conflitos armados na República 
Democrática do Congo, ex-colônia da Bélgica, é ali-
mentado pela extração ilegal de minerais.
E a indústria de eletroeletrônicos, atenta à procedência 
de sua matéria-prima, recusou o recebimento de mine-
rais extraídos do solo congolês.
QUESTÃO 44
Marte é o futuro
O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi 
também o passo inicial do turbocapitalismo que dominaria 
as três décadas seguintes. Dependente, porém, de ma-
térias-primas do século XIX: aço, carvão, óleo. Lançar-se 
ao espaço implicava algum reconhecimento dos limites 
da Terra. Ela era azul, mas finita. Com o império da tec-
nociência, ascendeu também sua nêmese, o movimento 
ambiental. Fixar Marte como objetivo para dentro de 20 
ou 30 anos, hoje, parece tão louco quanto chegar à Lua 
em dez, como determinou John F. Kennedy. Não há um 
imperialismo visionário como ele à vista, e isso é bom. A 
ISS (estação espacial internacional) representa a prova 
viva de que certas metas só podem ser alcançadas pela 
humanidade como um todo, não por nações forjadas no 
tempo das caravelas. Marte é o futuro da humanidade. 
Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem pertur-
badora de um planeta devastado, inabitável. Destino certo 
da Terra em vários milhões de anos. Ou, mais provável, 
em poucas décadas, se prosseguir o saque a descoberto 
da energia fóssil pelo hipercapitalismo globalizado, inflan-
do a bolha ambiental.
Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. 
Folha de São Paulo. 26 jul. 2009. p. 3.
A referência às “nações forjadas no tempo das caravelas”, 
destacada no texto, funciona no texto como argumento 
retórico para
A homenagear as grandes descobertas marítimas dos 
europeus nos séculos XV e XVI, especialmente dos 
países ibéricos.
B defender a globalização do capitalismo, que se opõe 
ao “imperialismo visionário” dos soviéticos no período 
da Guerra Fria.
C exaltar os esforços da ISS e suas campanhas em de-
fesa do controle da tecnociência e da exploração do 
espaço.
D defender a cooperação internacional na realização de 
viagens conjuntas ao espaço.
E denunciar o “turbocapitalismo” e suas consequências, 
que têm prejudicado o progresso da humanidade.
17 LC - 1º dia 
9
QUESTÃO 45
Considere a charge.
A charge trata de problemas resultantes de desequilíbrio 
na vida do Planeta. A análise da charge possibilita afirmar 
que
A os animais são sempre as maiores vítimas do consu-
mismo praticado pelos povos pobres.
B os seres humanos são os únicos animais capazes de 
se protegerem dos riscos ambientais.
C é preciso discutir os problemas ambientais levando em 
conta os problemas sociais.
D os governantes resolveram adotar medidas de comba-
te a todo o tipo de desigualdade social.
E as leis da sociedade atual são elaboradas para promo-
ver mais igualdade entre os seres vivos.
18 LC - 1º dia 
9
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
 § O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 § O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em 30 linhas.
 § A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copia-
das desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 § tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
 § fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 § apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
 § apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Texto I
O casamento infantil é definido como a união em que ao menos um dos cônjuges é menor de idade. Tanto meninos 
como meninas são afetados por essa prática, embora seja muito mais significativo o número de meninas casadas com 
homens adultos. O Brasil é o quarto país do mundo em números absolutos nessa modalidade de união. Estima-se que 
11% das mulheres brasileiras se casaram até a idade de 15 anos e 36% antes dos 18 anos. O censo de 2010 apontou 
que 88 mil crianças de até 14 anos estão em uniões consensuais no Brasil, 7 mil delas em uniões formais, amparadas 
pelo Estado ou pela igreja. A maioria dessas uniões consensuais é entre um homem adulto e uma menina menor de 
idade. A informalidade da maior parte delas leva à falta de conhecimento da magnitude do problema por parte dos 
formuladores de políticas públicas.
Fonte: <https://medium.com/qg-feminista/o-casamento-infantil-9008eb407743>. (19.10.2018)
Texto II
O casamento infantil é considerado um fenômeno complexo, que acarreta vulnerabilidades para as meninas e intensi-
fica as desigualdades de gênero. “Elas, geralmente, têm dificuldades para continuar na escola, abandonando os estu-
dos. Enfrentam uma agenda de trabalho doméstico e responsabilidades maior que suas capacidades física e emocio-
nal. Podem também estar mais expostas aos diversos tipos de violência por parte de parceiros, além de passarem por 
dificuldades para negociar o uso de preservativo e planejar suas gravidezes e o espaço entre elas”, resume a gerente 
técnica de gênero e incidência política da Plan International Brasil, Viviana Santiago. 
Fonte: <www.institutonetclaroembratel.org.br/cidadania/nossas-novidades/noticias/documentario-
aborda-causas-e-impactos-do-casamento-infantil-no-brasil>. (14.03.2018)
Texto III
No mês passado, o país deu um passo para reverter o casamento infantil: foi aprovada a lei que proíbe o casamento 
infantil. Segundo o texto, a união de quem não atingiu ainda 16 anos de idade está proibida em qualquer circunstância. 
Até então, uma lei anterior permitia o casamento de menores de forma excepcional “para evitar imposição ou cumpri-
mento de pena criminal ou em caso de gravidez”.
Para a advogada Paola Pinent, mesmo a proibição do casamento antes dos 16 anos é questionável. A legislação 
brasileira, lembra ela, diz que o indivíduo só tem capacidade civil aos 18 anos. — Por que essa permissão para o ca-
samento aos 16 anos? Isso é uma legislação antiquada, oriunda do direito canônico, em que se entendia que 16 anos 
era a maturidade biológica da menina. É desatualizada, não avalia aspectos emocionais — diz Pinent, lembrando que 
a Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) considera casamento infantil toda união com menor de 18 anos.
Fonte: <https://oglobo.globo.com/sociedade/celina/casamento-infantil-apos-
proibicao-preciso-atacar-as-causas-23551347>. (28.03.2019)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema 
OS EFEITOS DO CASAMENTO INFANTIL NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os di-
reitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu 
ponto de vista.
19 CH - 1º dia 
CIÊNCIAS HUMANAS E 
SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
9
QUESTÃO 46
Leia o texto.
A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: 
ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; 
mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Ca-
rece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, 
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não 
tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desor-
denadamente (...).
(GANDAVO, Pero de Magalhães. 
História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas 
expressam a visão dos portugueses em relação à cultura 
indígena, exceto
A Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima 
eram homogêneos.
B A busca de compreensão da cultura indígena era uma 
preocupação do colonizador, pois admiravam os diale-
tos indígenas.
C A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuí-
da à inferioridade do indígena.
D A língua dos nativos era caracterizada pela limitação 
vocabular.
E A desorganização social dos indígenas se refletia no 
idioma.
QUESTÃO 47
Nasce aqui uma questão: se vale mais ser amado que 
temido ou temido que amado. Responde-se que ambas 
as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-
-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando 
haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode 
dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, si-
muladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes 
fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, 
os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o 
perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano 
em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o 
governante como um ser
A guiado por interesses, de modo que suas ações são 
previsíveis e inconstantes.
B possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas e astú-
cias para alcançar êxito na política.
C munido de virtude, com disposição nata a praticar o 
bem a si.
D naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social 
e portando seus direitos naturais.
E sociável por natureza, mantendo relações pacíficas 
com seus pares.
QUESTÃO 48
O sal é obtido de um jeito bem simples: deixando o líquido 
evaporar e recolhendo o sal no final do processo. Entre-
tanto, não basta deixar a água virar vapor em dezenas 
de tanques e depois reunir o tempero. Se os fabricantes 
fizessem somente isso, tudo o que obteriam seria uma 
lama cinzenta, de gosto amargo, com apenas 78% de clo-
reto de sódio. O segredo é que cada composto vai para 
o fundo em um momento diferente, conforme aumenta a 
densidade desse caldo. Primeiro, vão os compostos de 
cálcio, que são excluídos da mistura. Depois, é o sal de 
cozinha propriamente dito, que pode ser retirado dos tan-
ques na forma de sal grosso ou seguir para uma série de 
máquinas que fabricam sal refinado. Durante essa fase, a 
água restante evapora sob temperatura e pressão contro-
ladas, para que os cristais saiam pequenos e uniformes.
Fonte: <https://super.abril.com.br/mundo-
estranho/como-o-sal-e-extraido-do-mar>.
Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais adequa-
do um local
A plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.
QUESTÃO 49
Calendário medieval (século XV)
Fonte: <http://quizhistorias.blogspot.
com/2016/06/calendario.html>.
O estudo dos calendários nos ajuda a compreender a 
concepção de tempo das sociedades passadas, por isso, 
são tidos como fontes históricas importantes. As imagens 
acima constituem um calendário medieval (1460-1475) e 
cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezem-
bro. Observando o calendário, apreende-se uma concep-
ção de tempo
A humanista/renascentista, identificada pelo controle das 
horas de atividade por parte do trabalhador e da pre-
sença do comerciante.
B cíclica, uma vez que está marcado pela concepção ca-
tólica do eterno retorno: céu, purgatório e inferno.
C escatológica, relacionada a uma visão religiosa do 
apocalipse e da salvação através do trabalho.
D natural, mostrada pelo trabalho realizado de acordo 
com as condições climáticas e estações do ano.
E romântica, referenciada por uma visão bucólica da so-
ciedade, valorizando o trabalhador rural.
20 CH - 1º dia 
9
QUESTÃO 50
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais 
aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem 
estar separados; como na inscrição existente em Delfos, ―
das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saú-
de; porém a mais doce é ter o que amamos. Todos estes 
atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, 
e entre essas a melhor nós identificamos como a felicidade.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Para Aristóteles, a concepção de felicidade pode ser com-
preendida como
A hábito continuado da virtude e ascese pessoal.
B busca por bens materiais e títulos de nobreza.
C finalidade das riquezas e condutas humanas.
D conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E expressão do sucesso individual e reconhecimento político.
QUESTÃO 51
Um executivo sempre viaja entre as cidades A e B, que 
estão localizadas em fusos horários distintos. O tempo de 
duração da viagem de avião entre as duas cidades é de 
6 horas. Ele sempre pega um voo que sai de A, às 15h, 
e chega à cidade B, às 18h (respectivos horários locais).
Para que o executivo esteja de volta à cidade A, às 13h 
do dia seguinte, admitindo que não haja atrasos, ele deve 
pegar um voo saindo da cidade B, no máximo às
A 16h.
B 10h.
C 5h.
D 4h.
E 2h.
QUESTÃO 52
O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras 
situações de contestação política na América portuguesa, 
é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente 
na condição, ou no instrumento, da integração subordina-
da das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário 
do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avan-
çou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J.P. Peças de um mosaico. In: 
MOTA, C.G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência 
brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.
A diferença entre as sedições abordadas no texto encon-
trava-se na pretensão de
A eliminar a hierarquia militar.
B anular o domínio francês na Bahia.
C abolição da escravidão africana.
D extinguir o absolutismo português.
E reforma agrária.
QUESTÃO 53
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, 
da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapa-
cidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção 
de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa 
menoridade se a causa dela não se encontra na falta 
de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de 
servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem co-
ragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o 
lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as 
causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, 
depois que a natureza de há muito os libertou de uma 
condição estranha, continuem,no entanto, de bom grado 
menores durante toda a vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? 
Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado). 
Kant apresenta no texto um dos conceitos mais relevantes 
de sua filosofia, que corresponde
A à reivindicação de autonomia irracional como expres-
são da maioridade.
B ao exercício da racionalidade como pressuposto me-
nor diante das verdades eternas.
C à imposição de verdades empíricas e matemáticas 
com caráter objetivo, de forma heterônoma.
D à compreensão de verdades religiosas, que libertam o 
homem da falta de entendimento.
E à emancipação racional humana, mediante um proces-
so de independência intelectual.
QUESTÃO 54
O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante 
da modificação das condições iniciais do clima pelo pro-
cesso de urbanização, caracterizado pela modificação do 
solo e pelo calor antropogênico, o qual inclui todas as ati-
vidades humanas inerentes à sua vida na cidade.
BARBOSA, R.V.R. Áreas verdes e qualidade térmica 
em ambientes urbanos: estudo em microclimas 
em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.
O texto exemplifica uma importante alteração socioam-
biental comum aos centros urbanos. A maximização des-
se fenômeno ocorre pelos motivos abaixo, exceto
A pela baixa reflexão de luz solar pelo asfalto.
B pela reconstrução dos leitos originais dos cursos 
d’água, antes canalizados.
C pela grande concentração de edifícios, que dificultam a 
circulação de brisas.
D pelo processo de impermeabilização do solo nas áreas 
centrais das cidades.
E pela diminuição das áreas verdes nos centros urbanos.
QUESTÃO 55
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade 
medieval nascido talvez de um profundo sentimento de 
insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do 
mesmo modo no meio urbano, pois que uma das caracte-
rísticas da cidade era de ser limitada por portas e por uma 
muralha.
DUBY, G. et al. Séculos XIV-XV. In: ARIÈS, P.; ______. 
História da vida privada: da Europa feudal à 
Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes 
mudanças no final da Idade Média, quando elas assumi-
ram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este 
processo está diretamente relacionado com
A a migração de camponeses e artesãos.
B o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
C a expansão das indústrias.
D o aumento dos feudos.
E a contenção de doenças.
21 CH - 1º dia 
9
QUESTÃO 56
As janelas e portas gradeadas com treliças não eram ca-
deias confessas, positivas; mas eram, pelo aspecto e pelo 
seu destino, grandes gaiolas, ondes os pais e maridos ze-
lavam, sonegadas à sociedade, as filhas e as esposas.
MACEDO, J.M. Memórias da Rua do Ouvidor [1878] 
A representação social do feminino comum ao texto é
A em decorrência da abertura dos portos.
B apoiada pela concepção patriarcal de família.
C voltada às distintas classes sociais.
D mediada pela disputa masculina em relação às damas 
da corte.
E respaldada pelos interesses vinculados à herança.
QUESTÃO 57
A temporada de furacões, em 2017, foi muito ativa e dano-
sa, como a de 2005, quando as tempestades Katrina e Wil-
ma deixaram um rastro de destruição por onde passaram, 
um dos maiores da história. O mundo foi surpreendido pela 
ocorrência de alguns furacões de elevado poder destrutivo, 
tais como os furacões Irma e José. Ao observar a imagem 
de satélite a seguir, constata-se que os dois furacões apre-
sentam um determinado sentido de deslocamento.
 
O fenômeno físico da Terra que proporciona o sentido de 
deslocamento dos furacões ocorre pelo(a)
A movimento em órbita elíptica em torno do Sol.
B movimento em torno de seu próprio eixo.
C proximidade com seu satélite natural, a Lua.
D alinhamento com o Sol e a Lua.
E inclinação em relação ao seu plano de órbita.
QUESTÃO 58
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um 
período marcado por inúmeras crises: as diversas forças 
políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares 
eram por melhores condições de vida e pelo direito de 
participação na vida política do País. Os conflitos repre-
sentavam também o protesto contra a centralização do 
governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da 
cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos 
“barões do café”, para o qual era fundamental a manuten-
ção da escravidão e do tráfico negreiro.
O período regencial foi marcado pelo(a)
A convulsão e instabilidade política e por novas realida-
des econômicas que exigiam o reforço de velhas reali-
dades sociais.
B governo dos chamados regentes, que promoveram a 
ascensão da burguesia cafeeira no Vale do Paraíba.
C luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam 
melhores condições de vida para a população escrava.
D por várias crises e pela submissão das forças políticas 
ao poder central.
E por revoltas populares que reclamavam a volta da mo-
narquia.
QUESTÃO 59
Nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é 
falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insu-
ficientes de oportunidade nesta nação. Assim, nós viemos 
trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de 
reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
KING Jr., M.L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963. 
Disponível em: <www.palmares.gov.br>. 
Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado). 
O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Es-
tados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização social. 
Nessa época, surgiram reivindicações, de expoentes como 
Martin Luther King e Malcolm X, que objetivavam
A a conquista de direitos civis para a população negra; a 
violência como autodefesa.
B o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros 
em espaço urbano; a paz como principal arma.
C a supremacia das instituições religiosas em meio à co-
munidade negra sulista; a defesa do islamismo.
D a incorporação dos negros no mercado de trabalho; o 
combate ao socialismo.
E a aceitação da cultura negra como representante do 
modo de vida americano; o combate aos atos de vio-
lência contra os brancos.
QUESTÃO 60
Região é uma porção territorial que possui determinadas 
características naturais e humanas dominantes. Em 1970, 
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) im-
plantou uma nova divisão regional que continua válida até 
os dias de hoje, porém, algumas transformações territoriais 
no espaço geográfico brasileiro ocorreram após essa data.
Dentre essas transformações e suas distribuições no ter-
ritório brasileiro, podemos citar
A o surgimento do Estado do Tocantins, desmembrado 
do Estado de Goiás e incorporado à região Centro-
-Oeste.
B a incorporação do antigo território federal de Fernando 
de Noronha ao Estado do Rio Grande do Norte, na re-
gião Nordeste.
C a divisão do Estado do Mato Grosso em duas novas 
unidades da federação, o Mato Grosso do Sul e o Mato 
Grosso, na região Sudeste.
D o desmembramento do Estado da Guanabara do Esta-
do do Rio de Janeiro, quando da criação da cidade de 
Brasília, na região Sul.
E a transformação dos antigos territórios federais de 
Rondônia, Roraima e Amapá em Estados pertencentes 
à região Norte.
22 CH - 1º dia 
9
QUESTÃO 61
“[...] Explodiu na província do Grão-Pará o movimento 
armado mais popular do Brasil [...]. Foi uma das rebeli-
ões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam 
o poder.”
Ao texto acima podem-se associar
A a regência e a Cabanagem.
B a regência e a Farroupilha.
C o Primeiro Reinado e a Revolução Praieira.
D a abdicação e a Noite das Garrafadas.
E o Primeiro Reinado e a Cabanagem.
QUESTÃO 62
É verdade que nas democracias o povo parece fazer o 
que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. De-
ve-se ter sempre presente em mente o que é independên-
cia e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer 
tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer 
tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque 
os outros também

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