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Faculdade de Ciências Contábeis Executivo Direito Societário Profa. Maria Aparecida Falcão maria.falcao@trevisan.edu.br Sociedade - Classificação Empresária (RPEM) - a que tem por objeto a exploração habitual de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, com o objetivo de lucro - sociedades por ações, hospitais, administradoras de imóveis, agências de viagens, agronegócio ... Simples (RCPJ) - as demais – cooperativas, sociedades dedicadas a atividade agrícola ou pastoril, sociedades uniprofissionais... RPEM = Registro Público de Empresas Mercantis – JUCERJ RCPJ = Registro Civil de Pessoas Jurídicas • Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. • A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção o direito do nascituro. Personalidade e capacidade civil pessoas sociedades em nome coletivo sociedades em comandita simples sociedade limitada Empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI capital sociedade por ações sociedades em comandita por ações Sociedade – Tipos Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) Independente da natureza do vínculo contratual (representante, empregado, autônomo, terceirizado) são chamados prepostos. Atos dos prepostos praticados no estabelecimento empresarial e relativos à atividade econômica ali desenvolvida obrigam o empresário preponente. As informações prestadas pelo preposto e os compromissos assumidos, criam obrigações para o empresário. Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) Os prepostos respondem por seus atos de que derivam obrigações do empresário com terceiros. Se agir com culpa cabe indenização em regresso ao preponente. Se com dolo responde também perante terceiro em solidariedade com o empresário. Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. quando forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito (ou pela certidão ou cópia autêntica do seu teor). Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) o preposto não pode, sem autorização escrita: fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) o preposto não pode, sem autorização escrita: não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. Prepostos (arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) Exemplos: Gerente (arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. o preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele. Gerente (arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. o gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função. as limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente. para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis. Gerente (arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) Contabilistas e auxiliares (arts. 1177 a 1178 do Cód. Civil) o contabilista é o responsável pela escrituração dos livros do empresário. Assim os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem lançados pelo empresário. Atividades Econômicas Civis A teoria da empresa não acarretou a superação da bipartição do direito privado. De acordo com o Código Civil continuam excluídas do conceito legal da empresarialidade as seguintes atividades econômicas civis: • Às exploradas por quem não se enquadra no conceito de empresário; • As dos profissionais intelectuais • Dos empresários rurais • Cooperativas Conceito de empresário Código Civil, 2002 (Lei 10.406 – Livro II – Do Direito de Empresa - artigo 966): “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Empresário – quem não é Código Civil, 2002 (artigo 966): Parágrafo único: “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” Atividades Econômicas Civis • Profissionais liberais (médicos, advogados, dentistas, arquitetos, engenheiros, químicos, farmaceuticos etc), escritores e artistas de qualquer expressão (plásticos, músicos, fotógrafos, atores etc). • Objeto vai se limitar ao exercício da atividade profissional; • Resultados partilhados em razão da produção • Responsabilidade subsidiária e ilimitada ou não a critério dos sócios. Atividades Econômicas Civis • Sociedades de advogados regida pela Lei 8.906/94* art. 15: • Registro dos atos constitutivos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB da seccional cuja base territorial tiver sede); • Objeto limitado à prestação de serviços de advocacia. * Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a OAB Atividades Econômicas Civis • Sociedades de advogados Lei 8.906/94* art. 16: “Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar” * Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a OAB Atividades Econômicas Civis Agronegócio Agricultura familiar Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Atividades Econômicas Civis Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) Independentemente da atividade que exploram as cooperativas são assinaladascomo sociedades não empresárias (art 982 Cod Civil - §° único). As cooperativas são sociedades de pessoas, sem fins lucrativos, criadas para prestar serviços aos seus associados, de acordo com princípios jurídicos próprios. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) "o fim econômico, nas sociedades cooperativas, é atingido diretamente pelos sócios, em seus contactos com a sociedade. O fim econômico, nas sociedades lucrativas, é obtido com a repartição do que a sociedade percebeu de lucro. A diferença é sutil, porém sempre da máxima relevância“ (Pontes de Miranda) Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – características: I - variabilidade, ou dispensa do capital social; II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo; III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança; Atividades Econômicas Civis Cooperativas – características: V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado; VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; Atividades Econômicas Civis Cooperativas – características: VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Classificação as sociedades cooperativas são consideradas (art. 6º da Lei nº 5.764, de 1971): 1) singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos; Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Classificação 2) cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais; 3) confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentes modalidades. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Denominação Neste tipo societário será sempre obrigatória a adoção da expressão “Cooperativa” na denominação, sendo vedada a utilização da expressão “Banco” (cooperativas de crédito) Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Forma Constitutiva A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da assembléia geral dos fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – objetivos sociais: Estas sociedades poderão, com o fim de viabilizar a atividade de seus associados, adotar qualquer objeto, respeitadas as limitações legais no sentido de não exercerem atividades ilícitas ou proibidas em lei. Os objetivos sociais mais utilizados em sociedades cooperativas são: cooperativas de produtores; cooperativas de consumo; cooperativas de crédito; cooperativas de trabalho; cooperativas habitacionais; cooperativas sociais. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – responsabilidade dos sócios: Limitada: o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. Ilimitada: o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – quem pode ser sócio permitido o livre ingresso a todos os que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, exceto aos comerciantes e empresários que operam no mesmo campo econômico da sociedade, cujo ingresso é vedado (Lei nº 5.764, de 1971, art. 29 e §§); Atividades Econômicas Civis Cooperativas – quem pode ser sócio Admissão de pessoas jurídicas como associadas de Cooperativas: (I) pessoas jurídicas sem fins lucrativos; e (II) a que tenha por objeto as mesmas atividades econômicas que os demais associados pessoas físicas (ou atividades correlatas). Atividades Econômicas Civis Cooperativas – quem pode ser sócio Relativamente às cooperativas de crédito, o quadro social poderá ser composto de pessoas físicas e jurídicas, desde que definido pela assembléia geral, com previsão no estatuto social, e não são admitidas pessoas jurídicas que possam exercer concorrência com a própria sociedade cooperativa, nem a União, os Estados e os Municípios bem como suas respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Capital Social O capital social será fixado em estatuto e dividido em quotas-parte que serão integralizadas pelos associados, observado o seguinte: o valor das quotas-parte não poderá ser superior ao salário mínimo; o valor do capital é variável e pode ser constituído com bens e serviços; as quotas-parte não podem ser transferidas a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Capital Social o pagamento das quotas-partes pode ser realizado mediante prestações periódicas, independentemente de chamada, em moeda corrente nacional ou bens. no caso de aumento do capital com bens - avaliação prévia sujeita a homologação em Assembleia Geral; mediante retenção de determinado porcentagem do valor do movimento financeiro de cada sócio; Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Capital Social nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-parte, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou transformados ou ainda, no caso de pessoas jurídicas de direito público nas cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicação; Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Capital Social - variável art 1.094 – Código Civil • O ingresso e a retirada dos sócios, independe de qualquer formalidade homologatória • basta que o interessado em associar-se se apresente, comprove sua afinidade ao escopo da sociedade cooperativa e comprometa-se a pagar o valor das quotas-partes que subscrever, nas condições que lhe forem oferecidas. • Na saída, é suficiente que se apresente como retirante e receba o valor de suas quotas e o que mais tiver de direito, consoante às regras vigentes na entidade. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Capital Social - variável art 1.094 – Código Civil •O ingresso e a retirada dos sócios, independe de qualquer formalidade homologatória • basta que o interessado em associar-se se apresente, comprove sua afinidade ao escopo da sociedade cooperativa e comprometa-se a pagar o valor das quotas-partes que subscrever, nas condições que lhe forem oferecidas. • Na saída, é suficiente que se apresente como retirante e receba o valor de suas quotas e o que mais tiver de direito, consoante às regras vigentes na entidade. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Administração A sociedade cooperativa será administrada por uma diretoria ou conselho de administração ou ainda outros órgãos necessários à administração previstos no estatuto, composto exclusivamente de associados eleitos pela assembléia geral, com mandato nunca superior a quatro anos sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 do conselho de administração. Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Escrituração e Livros A NBC T 10.8, 2001*, trata dos critérios e procedimentos contábeis das cooperativas e em seu item 10.8.2.1, estipula que a escrituração contábil é obrigatória, para qualquer tipo de cooperativa. Portanto, mesmo uma pequena cooperativa (por exemplo, uma cooperativa de pescadores), deve escriturar seu movimento econômico e financeiro. * Ver também NBC T 10.8 - IT 1 - Entidades Cooperativas Atividades Econômicas Civis Cooperativas – Escrituração e Livros Na escrituração contábil devem ser destacados as receitas, os custos, despesas e encargos relativos aos atos cooperativos e as operações realizadas com não associados. Livros contábeis e fiscais exigidos das outras pessoas jurídicas Livros societários: a) Matrícula; b) Atas das Assembleias Gerais; c) Atas dos Órgãos de Administração; d) Atas do Conselho Fiscal; e) Presença do Associados nas Assembleias Gerais. Atividades Econômicas Civis Ato Cooperativo - Conceito aqueles praticados entre a cooperativa e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para consecução dos objetivos sociais. o ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria. Atividades Econômicas Civis Ato Cooperativo - Exemplos 1) a entrega de produtos dos associados à cooperativa, para comercialização, bem como os repasses efetuados pela cooperativa a eles, decorrentes dessa comercialização, nas cooperativas de produção agropecuárias; 2) o fornecimento de bens e mercadorias a associados, desde que vinculadas à atividade econômica do associado e que sejam objeto da cooperativa nas cooperativas de produção agropecuárias; Atividades Econômicas Civis Ato Cooperativo - Exemplos 3) as operações de beneficiamento, armazenamento e industrialização de produto do associado nas cooperativas de produção agropecuárias; 4) atos de cessão ou usos de casas, nas cooperativas de habitação; 5) prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes assegurado o acesso aos instrumentos do mercado financeiro, no caso das sociedades cooperativas de crédito. Atividades Econômicas Civis Atos não Cooperados - Conceito são aqueles que importam em operação com terceiros não associados Atividades Econômicas Civis Atos não Cooperados - Exemplos 1) a comercialização ou industrialização, pelas cooperativas agropecuárias ou de pesca, de produtos adquiridos de não associados, agricultores, pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir capacidade ociosa de suas instalações industriais; 2) de fornecimento de bens ou serviços a não associados, para atender aos objetivos sociais; Atividades Econômicas Civis Atos não Cooperados - Exemplos 3) de participação em sociedades não cooperativas, públicas ou privadas, para atendimento de objetivos acessórios ou complementares; 4)as aplicações financeiras 5) a contratação de bens e serviços de terceiros não associados. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade São os seguintes os ramos em que se classificam as cooperativas brasileiras: Agropecuário Cooperativas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de produção pertencem ao cooperado. Caracterizam-se pelos serviços prestados aos associados, como recebimento ou comercialização da produção conjunta, armazenamento e industrialização, além de assistência técnica, educacional e social. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Consumo Cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus cooperados. Subdividem-se em fechadas e abertas. Fechadas são as que admitem como cooperados somente as pessoas ligadas a uma mesma cooperativa, sindicato ou profissão, que, por sua vez, geralmente oferece as dependências, instalações e recursos humanos necessários ao funcionamento da cooperativa. Abertas, ou populares, são as que admitem qualquer pessoa que queira a elas se associar. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Educacional O objetivo das cooperativas educacionais é unir ensino de boa qualidade e preços justos. Este ramo é composto por cooperativas de professores, que se organizam como profissionais autônomos para prestarem serviços educacionais; por cooperativas de alunos de escola agrícola que, além de contribuírem para o sustento da própria escola, às vezes produzem excedentes para o mercado, mas tem como objetivo principal a formação cooperativista dos seus membros; por cooperativas de pais de alunos, que têm por objetivo propiciar melhor educação aos filhos, administrando uma escola e contratando professores; e por cooperativas de atividades afins, empreendedores educacionais. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Especial Cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas ou que se encontram em situações previstas nos termos da Lei 9.867/99, como deficiência física, sensorial e psíquica, ex-condenados ou condenados a penas alternativas, dependentes químicos e adolescentes a partir de 16 anos em situação familiar difícil econômica, social ou afetiva. As cooperativas atuam visando à inserção no mercado de trabalho desses indivíduos, geração de renda e a conquista de sua cidadania. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Habitacional Cooperativas destinadas à construção, manutenção e administração de conjuntos habitacionais para o seu quadro social. Mineral Cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Infraestrutura Cooperativas que atendem direta e prioritariamente o seu quadro social com serviços essenciais, como energia e telefonia. As mais conhecidas as cooperativas de eletrificação e telefonia rural, que têm por objetivo fornecer, para a comunidade, serviços de energia elétrica (repassando essa energia de concessionárias, ou gerando sua própria energia e/ou com seções de consumo para o fornecimento de eletrodomésticos) Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Produção Estimula o empreendedorismo em que um grupo de profissionais com objetivos comuns na exploração de diversasatividades produtivas se reúne para produzir bens e produtos como donos do seu próprio negócio e detém os meios de produção. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Saúde Cooperativas que se dedicam à preservação e promoção da saúde humana. Abrangem médicos, psicólogos, odontólogos, fisioterapeutas e afins, bem como os usuários destes serviços. Esse ramo surgiu no Brasil, na cidade de Santos (SP) no dia 18 de dezembro de 1967 e se estendeu a outros países. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Trabalho As cooperativas de trabalho são construídas por pessoas ligadas a uma determinada ocupação profissional, com a finalidade de melhorar a remuneração e as condições de trabalho, de forma autônoma. Este é um segmento extremamente abrangente, pois os integrantes de qualquer profissão podem se organizar em cooperativas de trabalho. Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Transporte Cooperativas que atuam na prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros. As cooperativas de transporte têm gestões específicas em suas várias modalidades: transporte individual de passageiros (táxi e moto táxi); transporte coletivo de passageiros (vans, ônibus, etc.); transporte de cargas (caminhão, motocicletas, furgões etc.) e transporte escolar (vans e ônibus). Atividades Econômicas Civis Cooperativas - Ramos de Atividade Turismo e Lazer Cooperativas que prestam ou atendem direta e prioritariamente o seu quadro social com serviços turísticos, lazer, entretenimento, esportes, artísticos, eventos e de hotelaria. Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito A Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, estabelecendo que as instituições financeiras constituídas sob a forma de cooperativas de crédito; a) submetem-se: à referida Lei Complementar, bem como à legislação do Sistema Financeiro Nacional - SFN e das sociedades cooperativas; e b) as competências legais do Conselho Monetário Nacional - CMN e do Banco Central do Brasil em relação às instituições financeiras aplicam-se às cooperativas de crédito. Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito Têm o objetivo de facilitar o acesso dos associados ao mercado financeiro com melhores condições que as instituições bancárias tradicionais, promovendo a poupança, financiando necessidades e empreendimentos, entre outros de seus cooperados. Atua no crédito rural e urbano. Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito É ato próprio: captação de recursos, realização de empréstimos aos cooperados e aplicações financeiras no mercado. Possui três sistemas - Sicredi, Sicoob e Unicred e dois bancos cooperativos - Bansicredi e Bancoob. Sistema Unicred em Números (dez/2011): 8 - Centrais Unicred em todo o Brasil 100 - Singulares no Sistema Unicred 419 - Postos de Atendimento ao Cliente 245.640 - Associados em todo o Brasil Fonte: http://www.unicred.com.br/index.htm Consolidado de Singulares (DEZ 2010): Depósitos a Vista R$ 951 Milhões Depósitos a Prazo R$ 3.827 Bilhões Patrimônio Líquido Ajustado R$ 1.636 Bilhões Sobras Acumuladas R$ 277 Milhões Ativo Total R$ 6.635 Bilhões Empréstimos R$ 3.774 Bilhões Ativo Permanente R$ 211 Milhões Receitas Totais R$ 1.011 Bilhões Associados 237.997 Mil Funcionários 3.177 Mil Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito Podem atuar em nome e por conta de outras instituições, com vistas à prestação de serviços financeiros e afins a associados e a não associados. O quadro social das cooperativas de crédito, composto de pessoas físicas e jurídicas, é definido pela assembleia geral, com previsão no estatuto social. O mandato dos membros do conselho fiscal das cooperativas de crédito terá duração de até 3 (três) anos, observada a renovação de, ao menos, 2 (dois) membros a cada eleição, sendo 1 (um) efetivo e 1 (um) suplente.. Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito – atribuições do CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 a) requisitos a serem atendidos previamente à constituição ou transformação das cooperativas de crédito, com vistas ao respectivo processo de autorização a cargo do Banco Central do Brasil; b) condições a serem observadas na formação do quadro de associados e na celebração de contratos com outras instituições; c) tipos de atividades a serem desenvolvidas e de instrumentos financeiros passíveis de utilização; Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito – atribuições do CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 d) fundos garantidores, inclusive a vinculação de cooperativas de crédito a tais fundos; e) atividades realizadas por entidades de qualquer natureza, que tenham por objeto exercer, com relação a um grupo de cooperativas de crédito, supervisão, controle, auditoria, gestão ou execução em maior escala de suas funções operacionais; Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito – atribuições do CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 f) vinculação a entidades que exerçam, na forma da regulamentação, atividades de supervisão, controle e auditoria de cooperativas de crédito; g) condições de participação societária em outras entidades, inclusive de natureza não cooperativa, com vistas ao atendimento de propósitos complementares, no interesse do quadro social; ... Atividades Econômicas Civis Cooperativas de Crédito Resolução 3.859, 27 de maio de 2010, BCB trata da constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento de cooperativas de crédito. http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2010/pd f/res_3859_v1_P.pdf Exercício 1: Análise do Estatuto Social Cooperativa: UNIMED: http://www.unimedrio.com.br/unimed/files mng.nsf/6364D319DD33A7D4032576A8 004C477C/$File/Estatuto%20Social%20 Unimed-Rio_Nov2009.pdf Exercício 2: Teste de Fixação Bibliografia Básica: COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2012, 24.a ed. Bibliografia Complementar: KRUGER, Guilherme. Cooperativas na Ordem Econômica Constitucional. Belo Horizonte: Mandamentos, 2008, 1.a. ed.
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