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Direito Societario Aula 02 RIO

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Faculdade de Ciências Contábeis Executivo 
Direito Societário 
Profa. Maria Aparecida Falcão 
maria.falcao@trevisan.edu.br 
Sociedade - Classificação 
Empresária (RPEM) - a que tem por objeto a 
exploração habitual de atividade econômica 
organizada para a produção ou circulação de 
bens ou serviços, com o objetivo de lucro - 
sociedades por ações, hospitais, 
administradoras de imóveis, agências de 
viagens, agronegócio ... 
 
Simples (RCPJ) - as demais – cooperativas, 
sociedades dedicadas a atividade agrícola ou 
pastoril, sociedades uniprofissionais... 
RPEM = Registro Público de Empresas Mercantis – JUCERJ 
RCPJ = Registro Civil de Pessoas Jurídicas 
• Toda pessoa é capaz de direitos e deveres 
na ordem civil. 
• A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção o direito do nascituro. 
Personalidade 
e capacidade civil 
pessoas 
sociedades em nome coletivo 
sociedades em comandita simples 
sociedade limitada 
Empresa individual de responsabilidade 
limitada - EIRELI 
capital 
sociedade por ações 
sociedades em comandita por ações 
Sociedade – Tipos 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
Independente da natureza do vínculo contratual 
(representante, empregado, autônomo, terceirizado) 
são chamados prepostos. 
Atos dos prepostos praticados no estabelecimento 
empresarial e relativos à atividade econômica ali 
desenvolvida obrigam o empresário preponente. 
As informações prestadas pelo preposto e os 
compromissos assumidos, criam obrigações para o 
empresário. 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
Os prepostos respondem por seus 
atos de que derivam obrigações do 
empresário com terceiros. 
 Se agir com culpa cabe 
indenização em regresso ao 
preponente. 
 Se com dolo responde também 
perante terceiro em solidariedade 
com o empresário. 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
os preponentes são responsáveis pelos atos de 
quaisquer prepostos, praticados nos seus 
estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, 
ainda que não autorizados por escrito. 
quando forem praticados fora do estabelecimento, 
somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes 
conferidos por escrito (ou pela certidão ou cópia 
autêntica do seu teor). 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
o preposto não pode, sem autorização escrita: 
fazer-se substituir no desempenho da 
preposição, sob pena de responder 
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas 
obrigações por ele contraídas. 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
o preposto não pode, sem autorização escrita: 
não pode negociar por conta própria ou de 
terceiro, nem participar, embora indiretamente, 
de operação do mesmo gênero da que lhe foi 
cometida, sob pena de responder por perdas e 
danos e de serem retidos pelo preponente os 
lucros da operação. 
Prepostos 
(arts. 1169 a 1178 do Cód. Civil) 
Exemplos: 
Gerente 
(arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) 
 considera-se gerente o preposto 
permanente no exercício da empresa, 
na sede desta, ou em sucursal, filial 
ou agência. 
 o preponente responde com o 
gerente pelos atos que este pratique 
em seu próprio nome, mas à conta 
daquele. 
Gerente 
(arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) 
 quando a lei não exigir poderes especiais, 
considera-se o gerente autorizado a praticar todos 
os atos necessários ao exercício dos poderes que 
lhe foram outorgados. 
 na falta de estipulação diversa, consideram-se 
solidários os poderes conferidos a dois ou mais 
gerentes. 
 o gerente pode estar em juízo em nome do 
preponente, pelas obrigações resultantes do 
exercício da sua função. 
as limitações contidas na outorga de poderes, para 
serem opostas a terceiros, dependem do 
arquivamento e averbação do instrumento no 
Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se 
provado serem conhecidas da pessoa que tratou 
com o gerente. 
para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, 
deve a modificação ou revogação do mandato ser 
arquivada e averbada no Registro Público de 
Empresas Mercantis. 
Gerente 
(arts. 1172 a 1176 do Cód. Civil) 
Contabilistas e auxiliares 
 (arts. 1177 a 1178 do Cód. Civil) 
 o contabilista é o responsável 
pela escrituração dos livros do 
empresário. Assim os assentos 
lançados nos livros ou fichas do 
preponente, por qualquer dos 
prepostos encarregados de sua 
escrituração, produzem, salvo 
se houver procedido de má-fé, 
os mesmos efeitos como se o 
fossem lançados pelo 
empresário. 
Atividades Econômicas Civis 
A teoria da empresa não acarretou a superação 
da bipartição do direito privado. 
De acordo com o Código Civil continuam 
excluídas do conceito legal da empresarialidade 
as seguintes atividades econômicas civis: 
• Às exploradas por quem não se enquadra no 
conceito de empresário; 
• As dos profissionais intelectuais 
• Dos empresários rurais 
• Cooperativas 
 
Conceito de empresário 
 
Código Civil, 2002 (Lei 10.406 – Livro II – 
Do Direito de Empresa - artigo 966): 
 
 “Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços”. 
 
Empresário – quem não é 
Código Civil, 2002 (artigo 966): 
 
Parágrafo único: “não se considera 
empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares 
ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa.” 
 
Atividades Econômicas Civis 
• Profissionais liberais (médicos, advogados, 
dentistas, arquitetos, engenheiros, químicos, 
farmaceuticos etc), escritores e artistas de 
qualquer expressão (plásticos, músicos, 
fotógrafos, atores etc). 
• Objeto vai se limitar ao exercício da 
atividade profissional; 
• Resultados partilhados em razão da 
produção 
• Responsabilidade subsidiária e ilimitada ou 
não a critério dos sócios. 
Atividades Econômicas Civis 
• Sociedades de advogados 
regida pela Lei 8.906/94* art. 15: 
• Registro dos atos 
constitutivos na Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB da 
seccional cuja base territorial 
tiver sede); 
• Objeto limitado à prestação 
de serviços de advocacia. 
* Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a OAB 
Atividades Econômicas Civis 
• Sociedades de advogados Lei 8.906/94* 
art. 16: 
 
“Não são admitidas a registro, nem podem 
funcionar, as sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características mercantis, 
que adotem denominação de fantasia, que 
realizem atividades estranhas à advocacia, que 
incluam sócio não inscrito como advogado ou 
totalmente proibido de advogar” 
 
* Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a OAB 
Atividades Econômicas Civis 
Agronegócio 
Agricultura familiar 
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto 
à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal 
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 
968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de 
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário 
sujeito a registro. 
Atividades Econômicas Civis 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) 
Independentemente da atividade que 
exploram as cooperativas são assinaladascomo sociedades não empresárias (art 982 
Cod Civil - §° único). 
 
 
As cooperativas são sociedades de 
pessoas, sem fins lucrativos, criadas para 
prestar serviços aos seus associados, de 
acordo com princípios jurídicos próprios. 
 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) 
"o fim econômico, nas sociedades cooperativas, é 
atingido diretamente pelos sócios, em seus contactos 
com a sociedade. 
O fim econômico, nas sociedades lucrativas, é obtido com 
a repartição do que a sociedade percebeu de lucro. 
A diferença é sutil, porém sempre da máxima relevância“ 
(Pontes de Miranda) 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Lei 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do Cód Civil) 
Cooperativa é uma associação de pessoas com 
interesses comuns, economicamente 
organizada de forma democrática, isto é, 
contando com a participação livre de todos e 
respeitando direitos e deveres de cada um de 
seus cooperados, aos quais presta serviços, 
sem fins lucrativos. 
 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – características: 
I - variabilidade, ou dispensa do capital social; 
II - concurso de sócios em número mínimo 
necessário a compor a administração da 
sociedade, sem limitação de número máximo; 
III - limitação do valor da soma de quotas do 
capital social que cada sócio poderá tomar; 
IV - intransferibilidade das quotas do capital a 
terceiros estranhos à sociedade, ainda que por 
herança; 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – características: 
V - quorum, para a assembléia geral funcionar e 
deliberar, fundado no número de sócios 
presentes à reunião, e não no capital social 
representado; 
VI - direito de cada sócio a um só voto nas 
deliberações, tenha ou não capital a sociedade, 
e qualquer que seja o valor de sua participação; 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – características: 
VII - distribuição dos resultados, 
proporcionalmente ao valor das operações 
efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo 
ser atribuído juro fixo ao capital realizado; 
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre 
os sócios, ainda que em caso de dissolução da 
sociedade. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Classificação 
as sociedades cooperativas são consideradas 
(art. 6º da Lei nº 5.764, de 1971): 
1) singulares, as constituídas pelo número 
mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo 
excepcionalmente permitida a admissão de 
pessoas jurídicas que tenham por objeto as 
mesmas ou correlatas atividades econômicas 
das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins 
lucrativos; 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Classificação 
2) cooperativas centrais ou federações de 
cooperativas, as constituídas de, no mínimo, 3 
(três) singulares, podendo, excepcionalmente, 
admitir associados individuais; 
3) confederações de cooperativas, as 
constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações 
de cooperativas ou cooperativas centrais, da 
mesma ou de diferentes modalidades. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Denominação 
 
Neste tipo societário será sempre obrigatória a 
adoção da expressão “Cooperativa” na 
denominação, sendo vedada a utilização da 
expressão “Banco” (cooperativas de crédito) 
 
 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Forma Constitutiva 
A sociedade cooperativa constitui-se por 
deliberação da assembléia geral dos 
fundadores, constantes da respectiva ata ou por 
instrumento público. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – objetivos sociais: 
Estas sociedades poderão, com o fim de 
viabilizar a atividade de seus associados, adotar 
qualquer objeto, respeitadas as limitações legais 
no sentido de não exercerem atividades ilícitas 
ou proibidas em lei. 
Os objetivos sociais mais utilizados em 
sociedades cooperativas são: cooperativas de 
produtores; cooperativas de consumo; 
cooperativas de crédito; cooperativas de 
trabalho; cooperativas habitacionais; 
cooperativas sociais. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – responsabilidade dos sócios: 
 Limitada: o sócio responde somente pelo 
valor de suas quotas e pelo prejuízo 
verificado nas operações sociais, guardada a 
proporção de sua participação nas mesmas 
operações. 
 
 Ilimitada: o sócio responde solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – quem pode ser sócio 
 permitido o livre ingresso a todos os que 
desejarem utilizar os serviços prestados pela 
sociedade, exceto aos comerciantes e 
empresários que operam no mesmo campo 
econômico da sociedade, cujo ingresso é 
vedado (Lei nº 5.764, de 1971, art. 29 e §§); 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – quem pode ser sócio 
Admissão de pessoas jurídicas como 
associadas de Cooperativas: 
(I) pessoas jurídicas sem fins lucrativos; e 
(II) a que tenha por objeto as mesmas 
atividades econômicas que os demais 
associados pessoas físicas (ou atividades 
correlatas). 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – quem pode ser sócio 
Relativamente às cooperativas de crédito, o 
quadro social poderá ser composto de pessoas 
físicas e jurídicas, desde que definido pela 
assembléia geral, com previsão no estatuto 
social, e não são admitidas pessoas jurídicas 
que possam exercer concorrência com a própria 
sociedade cooperativa, nem a União, os 
Estados e os Municípios bem como suas 
respectivas autarquias, fundações e empresas 
estatais dependentes. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Capital Social 
O capital social será fixado em estatuto e dividido em 
quotas-parte que serão integralizadas pelos associados, 
observado o seguinte: 
 o valor das quotas-parte não poderá ser superior ao 
salário mínimo; 
 o valor do capital é variável e pode ser constituído 
com bens e serviços; 
 as quotas-parte não podem ser transferidas a 
terceiros estranhos à sociedade, ainda que por 
herança. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Capital Social 
 o pagamento das quotas-partes pode ser realizado 
mediante prestações periódicas, independentemente 
de chamada, em moeda corrente nacional ou bens. 
 no caso de aumento do capital com bens - avaliação 
prévia sujeita a homologação em Assembleia Geral; 
 mediante retenção de determinado porcentagem do 
valor do movimento financeiro de cada sócio; 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Capital Social 
 nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 
(um terço) do total das quotas-parte, salvo nas 
sociedades em que a subscrição deva ser diretamente 
proporcional ao movimento financeiro do cooperado 
ou ao quantitativo dos produtos a serem 
comercializados, beneficiados ou transformados ou 
ainda, no caso de pessoas jurídicas de direito público 
nas cooperativas de eletrificação, irrigação e 
telecomunicação; 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Capital Social - variável 
art 1.094 – Código Civil 
• O ingresso e a retirada dos sócios, independe de 
qualquer formalidade homologatória 
• basta que o interessado em associar-se se apresente, 
comprove sua afinidade ao escopo da sociedade 
cooperativa e comprometa-se a pagar o valor das 
quotas-partes que subscrever, nas condições que lhe 
forem oferecidas. 
• Na saída, é suficiente que se apresente como 
retirante e receba o valor de suas quotas e o que mais 
tiver de direito, consoante às regras vigentes na 
entidade. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Capital Social - variável 
art 1.094 – Código Civil 
•O ingresso e a retirada dos sócios, independe de 
qualquer formalidade homologatória 
• basta que o interessado em associar-se se apresente, 
comprove sua afinidade ao escopo da sociedade 
cooperativa e comprometa-se a pagar o valor das 
quotas-partes que subscrever, nas condições que lhe 
forem oferecidas. 
• Na saída, é suficiente que se apresente como 
retirante e receba o valor de suas quotas e o que mais 
tiver de direito, consoante às regras vigentes na 
entidade. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Administração 
A sociedade cooperativa será administrada por 
uma diretoria ou conselho de administração 
ou ainda outros órgãos necessários à 
administração previstos no estatuto, composto 
exclusivamente de associados eleitos pela 
assembléia geral, com mandato nunca superior 
a quatro anos sendo obrigatória a renovação de, 
no mínimo, 1/3 do conselho de administração. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Escrituração e Livros 
A NBC T 10.8, 2001*, trata dos critérios e procedimentos 
contábeis das cooperativas e em seu item 10.8.2.1, 
estipula que a escrituração contábil é obrigatória, para 
qualquer tipo de cooperativa. 
Portanto, mesmo uma pequena cooperativa (por 
exemplo, uma cooperativa de pescadores), deve 
escriturar seu movimento econômico e financeiro. 
* Ver também NBC T 10.8 - IT 1 - Entidades Cooperativas 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas – Escrituração e Livros 
Na escrituração contábil devem ser destacados as 
receitas, os custos, despesas e encargos relativos aos 
atos cooperativos e as operações realizadas com não 
associados. 
 
Livros contábeis e fiscais exigidos das outras pessoas 
jurídicas 
 
Livros societários: a) Matrícula; b) Atas das Assembleias 
Gerais; c) Atas dos Órgãos de Administração; d) Atas do 
Conselho Fiscal; e) Presença do Associados nas 
Assembleias Gerais. 
Atividades Econômicas Civis 
Ato Cooperativo - Conceito 
 aqueles praticados entre a cooperativa e seus 
associados, entre estes e aquelas e pelas 
cooperativas entre si quando associados, para 
consecução dos objetivos sociais. 
 
 o ato cooperativo não implica operação de 
mercado, nem contrato de compra e venda de 
produto ou mercadoria. 
Atividades Econômicas Civis 
Ato Cooperativo - Exemplos 
1) a entrega de produtos dos associados à 
cooperativa, para comercialização, bem como 
os repasses efetuados pela cooperativa a 
eles, decorrentes dessa comercialização, nas 
cooperativas de produção agropecuárias; 
2) o fornecimento de bens e mercadorias a 
associados, desde que vinculadas à atividade 
econômica do associado e que sejam objeto 
da cooperativa nas cooperativas de produção 
agropecuárias; 
Atividades Econômicas Civis 
Ato Cooperativo - Exemplos 
3) as operações de beneficiamento, 
armazenamento e industrialização de produto do 
associado nas cooperativas de produção 
agropecuárias; 
4) atos de cessão ou usos de casas, nas 
cooperativas de habitação; 
5) prover, por meio da mutualidade, a prestação 
de serviços financeiros a seus associados, 
sendo-lhes assegurado o acesso aos 
instrumentos do mercado financeiro, no caso das 
sociedades cooperativas de crédito. 
Atividades Econômicas Civis 
Atos não Cooperados - Conceito 
são aqueles que importam em operação com 
terceiros não associados 
Atividades Econômicas Civis 
Atos não Cooperados - Exemplos 
1) a comercialização ou industrialização, pelas 
cooperativas agropecuárias ou de pesca, de 
produtos adquiridos de não associados, 
agricultores, pecuaristas ou pescadores, para 
completar lotes destinados ao cumprimento de 
contratos ou para suprir capacidade ociosa de 
suas instalações industriais; 
2) de fornecimento de bens ou serviços a não 
associados, para atender aos objetivos sociais; 
Atividades Econômicas Civis 
Atos não Cooperados - Exemplos 
3) de participação em sociedades não cooperativas, 
públicas ou privadas, para atendimento de objetivos 
acessórios ou complementares; 
4)as aplicações financeiras 
5) a contratação de bens e serviços de terceiros não 
associados. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
São os seguintes os ramos em que se classificam as 
cooperativas brasileiras: 
Agropecuário 
Cooperativas de produtores rurais ou 
agropastoris e de pesca, cujos meios de 
produção pertencem ao cooperado. 
Caracterizam-se pelos serviços 
prestados aos associados, como 
recebimento ou comercialização da 
produção conjunta, armazenamento e 
industrialização, além de assistência 
técnica, educacional e social. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Consumo 
Cooperativas dedicadas à compra em comum de 
artigos de consumo para seus cooperados. 
Subdividem-se em fechadas e abertas. Fechadas 
são as que admitem como cooperados somente as 
pessoas ligadas a uma mesma cooperativa, 
sindicato ou profissão, que, por sua vez, 
geralmente oferece as dependências, instalações e 
recursos humanos necessários ao funcionamento 
da cooperativa. Abertas, ou populares, são as que 
admitem qualquer pessoa que queira a elas se 
associar. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Educacional 
O objetivo das cooperativas educacionais é unir ensino de 
boa qualidade e preços justos. Este ramo é composto por 
cooperativas de professores, que se organizam como 
profissionais autônomos para prestarem serviços 
educacionais; por cooperativas de alunos de escola agrícola 
que, além de contribuírem para o sustento da própria escola, 
às vezes produzem excedentes para o mercado, mas tem 
como objetivo principal a formação cooperativista dos seus 
membros; por cooperativas de pais de alunos, que têm por 
objetivo propiciar melhor educação aos filhos, administrando 
uma escola e contratando professores; e por cooperativas 
de atividades afins, empreendedores educacionais. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Especial 
Cooperativas constituídas por pessoas que 
precisam ser tuteladas ou que se encontram 
em situações previstas nos termos da Lei 
9.867/99, como deficiência física, sensorial e 
psíquica, ex-condenados ou condenados a 
penas alternativas, dependentes químicos e 
adolescentes a partir de 16 anos em situação 
familiar difícil econômica, social ou afetiva. As 
cooperativas atuam visando à inserção no 
mercado de trabalho desses indivíduos, 
geração de renda e a conquista de sua 
cidadania. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Habitacional 
Cooperativas destinadas à construção, manutenção e 
administração de conjuntos habitacionais para o seu quadro 
social. 
 
 
 
 
Mineral 
Cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, 
industrializar, comercializar, importar e exportar produtos 
minerais. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Infraestrutura 
Cooperativas que atendem direta e prioritariamente o 
seu quadro social com serviços essenciais, como 
energia e telefonia. As mais conhecidas as cooperativas 
de eletrificação e telefonia rural, que têm por objetivo 
fornecer, para a comunidade, serviços de energia 
elétrica (repassando essa energia de concessionárias, 
ou gerando sua própria energia e/ou com seções de 
consumo para o fornecimento de eletrodomésticos) 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Produção 
Estimula o empreendedorismo em que um grupo de 
profissionais com objetivos comuns na exploração de 
diversasatividades produtivas se reúne para produzir bens 
e produtos como donos do seu próprio negócio e detém os 
meios de produção. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Saúde 
Cooperativas que se dedicam à preservação e promoção da 
saúde humana. Abrangem médicos, psicólogos, 
odontólogos, fisioterapeutas e afins, bem como os usuários 
destes serviços. Esse ramo surgiu no Brasil, na cidade de 
Santos (SP) no dia 18 de dezembro de 1967 e se estendeu 
a outros países. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Trabalho 
As cooperativas de trabalho são 
construídas por pessoas ligadas a 
uma determinada ocupação 
profissional, com a finalidade de 
melhorar a remuneração e as 
condições de trabalho, de forma 
autônoma. Este é um segmento 
extremamente abrangente, pois os 
integrantes de qualquer profissão 
podem se organizar em cooperativas 
de trabalho. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Transporte 
Cooperativas que atuam na prestação de serviços de 
transporte de cargas e passageiros. As cooperativas de 
transporte têm gestões específicas em suas várias 
modalidades: transporte individual de passageiros (táxi e 
moto táxi); transporte coletivo de passageiros (vans, 
ônibus, etc.); transporte de cargas (caminhão, 
motocicletas, furgões etc.) e transporte escolar (vans e 
ônibus). 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas - Ramos de Atividade 
Turismo e Lazer 
Cooperativas que prestam ou atendem direta e 
prioritariamente o seu quadro social com serviços 
turísticos, lazer, entretenimento, esportes, 
artísticos, eventos e de hotelaria. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas de Crédito 
A Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, dispõe 
sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, 
estabelecendo que as instituições financeiras constituídas 
sob a forma de cooperativas de crédito; 
a) submetem-se: à referida Lei Complementar, bem como à 
legislação do Sistema Financeiro Nacional - SFN e das 
sociedades cooperativas; e 
b) as competências legais do Conselho Monetário Nacional - 
CMN e do Banco Central do Brasil em relação às 
instituições financeiras aplicam-se às cooperativas de 
crédito. 
Atividades Econômicas Civis 
Cooperativas de Crédito 
Têm o objetivo de facilitar o acesso dos 
associados ao mercado financeiro com melhores 
condições que as instituições bancárias 
tradicionais, promovendo a poupança, financiando 
necessidades e empreendimentos, entre outros de 
seus cooperados. 
Atua no crédito rural e urbano. 
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Cooperativas de Crédito 
É ato próprio: captação de recursos, 
realização de empréstimos aos cooperados e 
aplicações financeiras no mercado. 
 
Possui três sistemas - Sicredi, Sicoob e Unicred 
e dois bancos cooperativos - Bansicredi e 
Bancoob. 
 
Sistema Unicred em Números (dez/2011): 
 
 8 - Centrais Unicred em todo o Brasil 
100 - Singulares no Sistema Unicred 
 419 - Postos de Atendimento ao Cliente 
245.640 - Associados em todo o Brasil 
Fonte: http://www.unicred.com.br/index.htm 
Consolidado de Singulares (DEZ 
2010): 
 
 Depósitos a Vista R$ 951 Milhões 
 Depósitos a Prazo R$ 3.827 Bilhões 
 Patrimônio Líquido Ajustado R$ 
1.636 Bilhões 
 Sobras Acumuladas R$ 277 
Milhões 
 Ativo Total R$ 6.635 Bilhões 
 Empréstimos R$ 3.774 Bilhões 
 Ativo Permanente R$ 211 Milhões 
 Receitas Totais R$ 1.011 Bilhões 
 Associados 237.997 Mil 
 Funcionários 3.177 Mil 
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Cooperativas de Crédito 
Podem atuar em nome e por conta de outras 
instituições, com vistas à prestação de serviços 
financeiros e afins a associados e a não associados. 
O quadro social das cooperativas de crédito, 
composto de pessoas físicas e jurídicas, é definido 
pela assembleia geral, com previsão no estatuto 
social. 
O mandato dos membros do conselho fiscal das 
cooperativas de crédito terá duração de até 3 (três) 
anos, observada a renovação de, ao menos, 2 (dois) 
membros a cada eleição, sendo 1 (um) efetivo e 1 
(um) suplente.. 
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Cooperativas de Crédito – atribuições do 
CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 
a) requisitos a serem atendidos previamente à 
constituição ou transformação das cooperativas 
de crédito, com vistas ao respectivo processo de 
autorização a cargo do Banco Central do Brasil; 
b) condições a serem observadas na formação 
do quadro de associados e na celebração de 
contratos com outras instituições; 
c) tipos de atividades a serem desenvolvidas e 
de instrumentos financeiros passíveis de 
utilização; 
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Cooperativas de Crédito – atribuições do 
CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 
d) fundos garantidores, inclusive a vinculação de 
cooperativas de crédito a tais fundos; 
e) atividades realizadas por entidades de 
qualquer natureza, que tenham por objeto 
exercer, com relação a um grupo de cooperativas 
de crédito, supervisão, controle, auditoria, gestão 
ou execução em maior escala de suas funções 
operacionais; 
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Cooperativas de Crédito – atribuições do 
CMN - art. 12 da LC 130, de 2009 
f) vinculação a entidades que exerçam, na forma 
da regulamentação, atividades de supervisão, 
controle e auditoria de cooperativas de crédito; 
g) condições de participação societária em outras 
entidades, inclusive de natureza não cooperativa, 
com vistas ao atendimento de propósitos 
complementares, no interesse do quadro social; 
... 
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Cooperativas de Crédito 
Resolução 3.859, 27 de maio de 2010, BCB trata 
da constituição, a autorização para 
funcionamento, o funcionamento, as alterações 
estatutárias e o cancelamento de autorização 
para funcionamento de cooperativas de crédito. 
 
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2010/pd
f/res_3859_v1_P.pdf 
 
Exercício 1: Análise do Estatuto Social 
Cooperativa: UNIMED: 
http://www.unimedrio.com.br/unimed/files
mng.nsf/6364D319DD33A7D4032576A8
004C477C/$File/Estatuto%20Social%20
Unimed-Rio_Nov2009.pdf 
 
Exercício 2: Teste de Fixação 
 
 
Bibliografia Básica: 
 COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 
São Paulo: Saraiva, 2012, 24.a ed. 
 
Bibliografia Complementar: 
 KRUGER, Guilherme. Cooperativas na Ordem 
Econômica Constitucional. Belo Horizonte: 
Mandamentos, 2008, 1.a. ed.

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