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AULA 4 - Legislação. Jurisprudência. Princípios gerais do Direito Vimos na última aula as fontes de direito. Podemos citar para recordar: Constituição federal, Leis, Jurisprudências, súmulas, costumes, dentre outros. As fontes do direito estão previstas no artigo 4.º da Lei de Introdução ao Código Civil que estabelece: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito". Assim, diante da lacuna, ou a ausência de norma para o caso concreto, o operador do direito deve sempre encontrar uma solução adequada. O artigo já mencionado (art. 4º Licc) estabelece uma hierarquia entre as fontes, pois só autoriza o juiz a valer-se de outras fontes quando houver OMISSÃO NA LEI e impossibilidade de aplicar a analogia, ou seja, decidir de forma semelhante a algum caso que já tenha sido julgado sobre o mesmo assunto. Assim, A LEI é uma fonte principal, sendo fontes secundárias a analogia, os costumes, os princípios gerais do direito, a doutrina e a jurisprudência. VAMOS ANALISAR CADA UM DESTES INSTITUTOS: Lei A lei é o preceito jurídico escrito, emanado do legislador e dotado de CARÁTER GERAL E OBRIGATÓRIO. É, portanto, toda norma geral de conduta, que disciplina as relações de fato incidentes no Direito, cuja observância é imposta pelo poder estatal. Assim, a lei constitui a vontade do povo, sendo elaborada por legisladores eleitos pelo mesmo, como ocorre no Brasil. Quanto à aplicação da lei, devem seguir uma hierarquia, sendo: Constituição Federal a lei maior; leis complementares; Leis Ordinárias, abaixo da Constituição Federal; Decretos; Analogia; Doutrina. Sendo assim, as leis de menor grau devem obedecer às de maior grau. LEI COMPLEMENTAR: No direito, a lei complementar é uma lei que tem como propósito complementar, explicar, adicionar algo à constituição. Devem ser adotadas para regulamentar assuntos específicos, quando expressamente determinado na Constituição da República. Importante: Só é preciso elaborar uma Lei Complementar quando a Constituição prevê que esse tipo de lei é necessária para regulamentar uma certa matéria. LEI ORDINÁRIA ORDINÁRIA:No direito, a lei ordinária é um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas. São as leis típicas, ou as mais comuns. DECRETOS Decretos são atos meramente administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). Um decreto é usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas Analogia: Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos semelhantes, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional. Doutrina A doutrina também pode ser chamada de Direito Científico, e consiste nos estudos desenvolvidos pelos vários juristas( jurista – aquele que conhece profundamente o direito), que objetivam entender e explicar todos os temas relativos ao Direito. Buscam explicação e a correta interpretação dos vários institutos e normas, de forma a se obter uma real compreensão de todo o mundo jurídico, servindo de auxílio e subsídio para os que se aventuram nessa área do conhecimento humano. Para isso escrevem livros, artigos e dissertações sobre diferentes áreas do direito. SÚMULA No direito brasileiro, chama-se súmula um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões. SÚMULAS VINCULANTES São as súmulas expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) É a Jurisprudência que, quando votada e aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, por pelo menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório ao qual todos os outros tribunais e juízes, bem como a Administração Pública, Direta e Indireta, terão que seguir. Na prática, adquire força de lei, criando um vínculo jurídico e possuindo efeito erga omnes Isto ocorre porque há, no bojo da vinculação da súmula, as características de imperatividade e coercibilidade. Apesar de a súmula vinculante ter as características supramencionadas, vinculando o Poder Judiciário e a Administração Pública em todas suas esferas, o mesmo não ocorrerá com o Poder Legislativo na sua atividade legiferante (criar leis). Significa dizer, pois, que há possibilidade de haver a edição de lei com conteúdo diferente do que está disposto na Súmula vinculante, tendo em vista o exercício da atividade legislativa ( fazer leis). SÚMULA X SÚMULA VINCULANTE Assim, os efeitos produzidos pela súmula vinculante são dotados de uma “força” que a súmula simples carece, ou seja não tem, qual seja, o poder de vincular. Significa dizer que em se tratando da Súmula Vinculante, o aplicador do direito é obrigado a segui-la, cumprindo com estrita legalidade. Competência dos Tribunais (TRF, TRT, TST, STJ, entre outros); Sobre as matérias que os respectivos tribunais tratarem; Possui qualidade, não força de lei, não constitui obrigatoriedade; Efeito interna corporis, inter partes; Servem como veículo de uniformização jurisprudencial e orientação para decisões de tribunais inferiores. *Não cabe apelação de sentença quando esta estiver de acordo com súmula do STJ Competência somente do STF por iniciativa de 2/3 de seus membros; Somente sobre matéria constitucional; Possui força de lei ordinária; caráter obrigatório; Efeito vinculante = efeito erga omnes ( SE IMPÕEM A TODOS); Funcionam conforme §3.º do art. 103-A da CRFB/88 e no caso de descumprimento, caberá reclamação ao STF; Não cabe apelação da sentença quando esta estiver de acordo com súmula vinculante SÚMULA SIMPLES SÚMULA VINCULANTE
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