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Noções de Direito Civil
Tópico 7
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Personalidade Jurídica
Personalidade Jurídica:
	É a aptidão para possuir direitos e deveres, que a ordem jurídica reconhece a todas as pessoas (criação do Direito). Art. 2º CC. “Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.” A personalidade civil começa com o seu nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, direitos do nascituro, (art.4º CC). A personalidade jurídica começa com o nascimento e termina com a morte. Exs de não PJ: escravos, animais.
Pessoa jurídica: resultante da lei para facilitar a atuação humana em certas relações. A lei empresta-lhe personalidade, capacitando-a para ser sujeito de direitos e obrigações (arts. 40 a 69 CC). Extingue-se com a sua dissolução.
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Capacidade
Aptidão para exercer direitos e assumir obrigações:
De direito: própria do ser humano, inerente à personalidade (nome, herança)
De fato: aptidão para atos civis (casamento, contratos)
Capacidade plena: maiores de 18 anos ou emancipados
Emancipação: aquisição da capacidade plena antes de 18 anos por concessão dos pais por instrumento público, sentença do juiz, casamento, exercício de emprego público efetivo, colação de grau superior, estabelecimento civil ou comercial, existência de relação de emprego, tendo economia própria.
Absolutamente incapazes (art. 3º CC): representado por pais, curadores ou tutores: menores de 16 anos, portadores de enfermidade ou deficiência mental sem discernimento para a prática de atos, pessoas que não possam exprimir sua vontade.
Exs: esquizofrenia, loucos, sindrome de down
Relativamente incapazes (art.4º CC): devem ser assistidos por pais, curadores ou tutores: maiores de 16 anos e menores de 18 anos, ébrios habituais, viciados em tóxico, discernimento reduzido, excepcionais sem desenvolvimento mental completo, pródigos
	 
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 Fato Jurídico
Fato Jurídico:
Qualquer acontecimento que gera, modifica ou extingue uma relação jurídica. Ex: nascimento, roubo, testamento, emancipação. Tem que estar de acordo com as normas do Direito 
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Negócio Jurídico
Pacto realizado entre as partes em questões disponíveis, deixadas pela lei à livre deliberação. Autonomia de vontades.
Para Von Bülow, negócio Jurídico é norma concreta estabelecida pelas partes. Ex: Adoção, testamento, compra e venda. 
O negócio jurídico tem que observar as limitações legais. Ex: não se pode: vincular o contrato de aluguel ao salário mínimo; transferir sua possível herança a outros (moral), contrato de trabalho sem férias.
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Classificações do NJ
a) Unilateral ou bilateral – outorga ou renuncia de testamento; ou contratos, respectivamente. 
B) Oneroso ou gratuito – troca de valores entre as partes (prestação/contraprestação – compra e venda) ou quando somente uma das partes entrega seu quinhão (doação, comodato). 
C) Inter vivos ou Mortis causa – os negócios acontecem para produzir efeitos enquanto viva as partes ou declaração de vontades para produzir efeitos após a morte (testamento ou seguro de vida). 
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Classificações do NJ
D) Solene (Formal) ou Não Solene – Solenidade (ponto de vista social) para requisito de validade ou não há formalidades necessárias como existiam no passado (encenação do ato pelas lutas, disputas). 
E) Típico ou Atípico – nominado quando o ordenamento jurídico o define e prevê os seus efeitos jurídicos (mandado e compra e venda) ou inominados, não previstos em lei, mas lícitos. Nubentes podem definir o regime de bens que eles querem (salvo os idosos)
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Elementos do NJ
Essenciais (agente capaz, objeto lícito e forma legal – prevista ou não proibida por lei); 
Acidentais ( podem ou não ser incluídos na declaração de vontade )
Condição (se): pode ocorrer ou não (incerto). Ex: carro prometido ao filho; 
termo – momento futuro a partir do qual começará a produzir efeito jurídico; 
Modo ou encargo – cláusula inserida e que é obrigatória, onde o beneficiário deve atender a determinada exigência, inter vivos ou mortis causa (doação de prédio desde que seja instalada uma biblioteca pública). 
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Defeitos do NJ
Erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo, lesão, simulação e fraude contra credores. Os cinco primeiros (vícios de vontade/consentimento) e as duas últimas má-fé em burlar-se a lei (vícios sociais). 
Erro ou ignorância: Erro (pressupostos falsos) e ignorância (desconhecimento ex: pai que não sabia da existência do filho no momento de fazer seu testamento, ou inventário) – torna anulável o negócio jurídico. Art. 138 a 144 CC
Dolo: o declarante é induzido ao erro pela má-fé de alguém. Anulável e pode ocorrer perdas e danos. Art. 145 a 150 CC
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Defeitos do NJ
Coação – Ato de ameaça, de intimidação, pelo qual se obriga alguém a praticar determinado negócio jurídico (violência física – nulo ou constrangimento psicológico - anulável). Art. 151 a 155 CC
Estado de perigo: Alguém assume obrigação excessivamente onerosa para salvar-se ou a pessoa de sua família. Anulável. Art. 156 CC
Lesão: quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Anulável. Art. 157 CC
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Defeitos do NJ
As duas últimas má-fé do declarante em burlar-se a lei. 
Simulação: o declarante não é vítima, ele é agente do artifício que quer fraudar a lei. Ex: impedido de doar um bem, simula uma compra e venda. Ato é nulo. Art. 167 CC
Fraude contra credores: declarante em estado de insolvência ou com o propósito de ficar insolvente, transfere bens de sua propriedade, que serviriam para o pgto de dívidas. Intenção de prejudicar o credor. Ex: execução por dívidas. Art. 158 a 165 CC.
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