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Herpes

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Herpes
O Vírus Herpes Simples (HSV)
“... são vírus de DNA e são a causa mais frequente de infecção viral da bica.” 
(SOAMES, et. al., 2008)
“...é um membro da família do herpes humano (HHS), conhecido oficialmente como Herpesviridae.”
(NEVILLE, et. al., 2004)
“...com pelo menos 8 subtipos patogênicos em humanos. A maioria deles pode produzir manifestações orais.”
(MARCUCCI, et. al., 2005)
O que é?
É uma infecção causada pelo herpes simples vírus (HSV).
É uma doença que aparece e desaparece sozinha, de tempos em tempos, e sua reativação depende de certos fatores, tais como:
Estresse emocional; 
Cansaço,
Fadiga física e emocional; 
Esforço exagerado, 
exposição à luz solar intensa, 
Traumatismo;
Menstruação.
Febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica. 
Nas mulheres, o herpes pode também se localizar nas partes internas do corpo. 
Uma vez infectada pelo vírus do herpes simples, a pessoa permanecerá com o vírus em seu organismo para sempre.
COMO ELE É?
Herpes vírus
Grupo: Grupo I (dsDNA)
Familia: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesvirinae
Género:Simplexvirus
Espécie: Herpes simplex virus1 (HSV-1) 
 Herpes simplex virus2 (HSV-2) 
Herpes tipo 1 -característica da boca e do olho.
Herpes tipo 2-.órgãos genitais e ânus
vírus da herpes simples
COMO ELE É?
O HSV é um DNA-vírus de grandes dimensões (150-250nm) que apresenta quatro componentes básicos; 
Por fora, tem uma membrana lipídicamais externa (envelope) onde ficam as glicoproteínas que irão ligar-se à célula. 
Depois, vem uma substância amorfa (tegumento) feita de proteínas, que liga o envelope ao capisídeo. 
Este é icosaédrico e dentro deste a estrutura helicoidal de DNA em dupla hélice, envolvida por capsídeo icosaédrico e circundada por substância amorfa (tegumento) e membrana lipídica mais externa (envelope).
Quais os tipos de hSVs?
São reconhecidos dois tipos de HSVs:
O tipo 1 (HSV-1 OU HSV-1) 
O tipo 2 (HSV-2 OU HSV-2)
Mas existem outros membros da família HHV;
Os dois tipos de HSV são estruturalmente semelhantes;
Exibem variações epidemiológicas; 
O HSV-1 dissemina-se predominantemente através da saliva infectada ou de lesões periorais ativas;
O HSV-2 adota-se melhor nas regiões genitais, e predominantemente é transmitido no contato sexual.
Ciclo biológico do hSVs
Evolução: Quando entra na célula do músculo o vírus se reproduz rapidamente, destruindo as fibras nervosas. Os surtos de herpes do tipo simples duram de cinco a sete dias.
Os surtos de herpes do tipo simples duram de cinco a sete dias, e do tipo Zoster, de 4 a 6 semanas
Ciclo biológico do hSVs
Progressão: Após infecção da mucosa, o vírus multiplica-se produzindo os característicos exantemas (manchas vermelhas inflamatórias) e vesículas (bolhas) dolorosas (causadas talvez mais pela resposta destrutiva necessária do sistema imunitário à invasão.
As várias fases de um episódio de herpes labial
Principais Infecções Herpéticas da Mucosa Oral
DOENÇAORAL
CAUSAS
Gengivoestomatiteherpética
HSV-1;HSV-2
Herpes labial
HSV-1; HSV-2
Varicela
HSV-3 (vírus varicela zoster)
Herpes zoster
HSV-3 (vírus varicela zoster)
Mononucleose
HSV-4 (vírus Epstein-Barr)
Leucoplasiapilosa
HSV-4 (vírus Epstein-Barr)
Citomegalovírus
HSV-5
SarcomadeKaposi
HSV-8
HHV, herpes vírus humano; HSV, vírus de herpes simples.
Baseado em Bruce et al.,2002
Adaptado de Marcucci 2005.
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Sintomas 
Algumas pessoas tem maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes;
Outros mesmo em contato com o vírus, nunca apresentaram a doença, pois sua imunidade não permitem o desenvolvimento.	
Como diagnosticar?	
O diagnóstico do herpes simples recorrentes nas regiões da boca é essencialmente clínico;
Se dá a partir de uma detalhada anamnese;
 Se dá também por seus sinais e sintomas detectados em um minucioso físico das lesões;
Em alguns casos podem ser usados métodos complementares, tais como:
Citologia esfoliativo
Biópsia incisional
Cultura viral
PCR (reação em cadeia de polimerase)
Imunocitoquímica 
Como se manifesta?
As localizações mais frequentes são os lábios e a região genital;
Pode aparecer em qualquer lugar da pele;
Uma vez reativado, o herpes se apresenta das seguintes formas:
Coceira e ardência no local onde surgirão as lesões;
A seguir formam-se as pequenas bolhas no local;
As bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus formando então uma ferida;
A ferida começa a secar formando uma crosta que dará início a cicatrização;
A duração da doença é de 5 a 10 dias.
Quanto tempo perdura?
Nos casos brandos, o ciclo viral dura entre 5 a 10 dias;
Nos casos graves, dura até duas semanas;
Em geral, o episódio dura de 7 a 10 dias;
Estando completamente curado, sem intervenção dura dentro 21 dias. 
Infecção Primária
Ocorre em indivíduos sem anticorpos para o vírus.
Caracteristicamente ocorre em faixas etárias jovens. 
Ocorre principalmente em crianças pequenas.
Transmitida principalmente pela disseminação de gotículas da saliva.
Frequentemente subclínica e assintomática.
Pode apresentar-se como uma estomatite aguda com vesículas, úlceras e mal estar.
Infecção Secundária ou Recorrente
Ocorre com a reativação do vírus latente no gânglio sensitivo trigeminal.
Ativada por uma variedade de fatores que possam impedir as defesas do hospedeiro.
Herpes labial recorrente é a forma mais comum de manifestação clínica.
o vírus pode disseminar-se para outras áreas no mesmo hospedeiro.
1/3 dos indivíduos com anticorpos HSV-1 apresentam partículas virais infectantes mesmo na ausência de lesões ativas .
Geralmente é um problema local menor em pacientes imunocompetentes.
Em pacientes imunocomprometidos, as recorrências podem ser graves e intratáveis.
Herpes lABIAL
O herpes humano simples do tipo I (HSV-1), está frequentemente associado ao herpes labial.
Mas é possível que o herpes labial também seja devido ao tipo II (HSV-2).
O herpes simples labial em pacientes imunocompetentes, é caracterizado por três períodos clínicos da doença: 
PRODRÔMICOS, CLINICOATIVO e REPARATÓRIO.
 
 
Características Clínicas: 
PERÍODO PRODRÔMICO
O portador poderá prever com antecedência de até 24 horas o aparecimento das vesículas e bolhas.
Detecta a sintomatologia no local: 
Dolorido nas primeiras 12 horas;
Depois se torna discretamente edemaciado, com prurido e ardência;
O local quase sempre se apresenta eritematoso e com hipertemia.
Características Clínicas: 
PERÍODO clínico ativo
Este período dura de 2 a 4 dias;
Surgem as primeiras pápulas;
As pápulas evoluem rapidamente para vesículas e bolhas cheias de líquidos citrino, que representa o exsudato inflamatório seroso;
As lesões peribucais são predominantemente constituídas por vesículas agrupadas em forma de cachos ou ramalhetes, especialmente nas comissuras;
As manifestações clínicas são altamente dolorosas;
O prurido eventualmente estabelece-se com um sintoma secundário;
A alta carga viral dessa fase explica o alto risco de contaminação. 
Características Clínicas: 
PERÍODO reparatório
Dura em média de 2 a 4 dias;
Vesículas e bolhas reduzem de volume;
O exsudato seroso é absorvido (desde que não tenha sido rompidas anteriormente);
O local agora seco, apresenta-se recoberto por escamas e crostas amareladas ou escuras;
 nesta fase as lesões apresentam um número muito reduzido de vírus, mas pode ser ainda muito contagiosa.
Características Histopatológicas 
Ocorre a infecção das células epiteliais.
A replicação de partículas virais resulta em alterações citopáticas nas células infectadas.
A degeneração e ruptura das células infectadas resultam em vesículas intra-epiteliais.
A ruptura das células liberam novas partículas virais.
Além de infectar as células epiteliais adjacentes, o vírus tem acesso aos axônios de nervos sensitivos.
Reativação do vírus: 
Vale lembrar que...
Vários fatores estão associados com
a reativação:
Idade avançada;
Estresse emocional;
Gravidez;
Alergia;
Traumas;
Alterações respiratórias;
Menstruação;
Doenças sistêmicas;
Neoplasias malignas;
Luz UV
Sintomatologia do herpes labial 
No Herpes Labial há as vesículas dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo. 
As complicações são mais raras e mais moderadas quando ocorrem somente na forma labial. 
Uma complicação rara deste tipo é a queratoconjuntivite do olho e há uma multiplicação do vírus no cérebro
As bolhas estouram e formam feridas que pode evar até 4 semanas para cicatrizar
As vesículas (bolhas) 
formadas ao redor do lábios 
Métodos terapêuticos Do Herpes labial 
Pode ser tratado de várias maneiras, seja através de remédios, ou através de métodos caseiros, tais como: 
A compressa de gelo sobre os ferimentos do herpes, durante alguns minutos, diversas vezes ao dia- 
Aplique os cremes antivirais desde os primeiros sintomas, quanto mais rápido melhor. 
Como tratar?
“O herpes labial recorrente tem sido tratado de diversas maneiras, desde a aplicação de éter até o vodu. Nenhuma delas soluciona o problema...” (Neville, et al., 2004)
Não há tratamento que cure o herpes.
No intuito de reduzir a carga viral, drogas antivirais de uso enteral são utilizadas como:
Aciclovir
Velaciclovir
Penciclovir
Fanciclovir
Ganciclovir
Valganciclovir
Cidofir
Foscarnet
Antibióticoterapia ( quando associada à infecção bacteriana)
Tratamento e Prognóstico
Deve ser iniciado tão logo quando ocorrem os primeiros sintomas;
Evitar furar as vesículas;
Evitar falar muito próximo ou beijar outras pessoas (se a localização for labial);
Evitar relações sexuais (se a localização for genital);
Lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas;
O tratamento deve ser orientado pelo médico;
A imunidade deve ser estimulada para combater o vírus;
Evitar os fenômenos desencadeantes, procurando levar uma vida mais saudável possível.
Considerações Finais
As localizações mais frequentes são os lábios e a região genital;
As suas manifestações bucais devem ser consideradas como o de maior relevância para a saúde individual de cada pessoa, suas famílias e para a sociedade como um todo;
O cirurgião dentista como “médico da boca” da boca, deve estar preparado para orientar, diagnosticar e tratar o paciente herpético recorrente peribucal e intrabucal;
Todo paciente herpético conscientizado diminui a contaminação de outras pessoas. 
Referências
NEVILLE, B.W., et. al. Patologia Oral & Maxilofacial. Ed. 2, vol 0, editora Guanabara Koogan. 2004
SOAMES, J.V., SOUTHAM, J.C. Patologia Oral. Ed. 4, vol 0, editora Guanabara Koogan. 2008
 MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia – Estomatologia. Ed. 0, vol 0, editora Guanabara Koogan. 2005
NERI, R.F.A., et. al. Tratamento de herpes labial recorrente à infecção – relato de caso. Revista Bahiana de Odontologia. 5(1):73-79, Jan, 2014.
CONSOLARO, A; CONSOLARO, M.F.M.O. Diagnóstico e tratamento do herpes simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica – R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, vol 14, n.3, p. 16-24, maio/junho, 2009.
MARTINHO, A.M., et. Al. Monografia sobre os herpesvírus humanos. Évora , jan. 2003.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia. Crédito: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da saúde, março/2011.
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