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DESAFIO GRENDENE oficial

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Curso : Ciencias Contabéis
Disciplinas: Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis, Análise de Investimentos, Contabilidade de Custos, Administração Financeira e Desenvolvimento Economico.
Desafio Profissional
Fortaleza/Ce
2017
Desafio Profissional
Trabalho das
Disciplinas de
Estrutura e Análise das
Demonstrações Contábeis,
Análise de Investimentos,
Contabilidade de Custos,
Administração Financeira e
Desenvolvimento Econômico
 
Fortaleza/Ce
2017
Sumario
Introdução
Uma empresa está sujeita á analises periodicamente, e sabemos que muitas são as formas que os gestores tem de fazer isso. A empresa então a ser conferida neste Desafio é a Grendene S/A, que é uma organização com mais de 40 anos no mercado e que atua na fabricação de calçados. Por ser um seguimento com grande competitividade, este modelo de negócio deve estar em evidência sempre, inovando sua marcas para que elas estejam ao gosto dos seus consumidores com o passar dos anos.
Desta forma a intenção deste trabalho é entender como uma instituição como essa trabalha, como ela examina seus relatórios, como ele se reinventa, investe, negocia. Pois para o sucesso da mesma é preciso que os profissionais envolvidos principalmente na parte administrativa e contábil, saibam organizar todos os dados que ele apresenta.
Toda a empresa necessita saber se sua saúde financeira esta indo bem, e para isso servem as informações que os relatórios podem nos mostrar, com eles diagnosticamos possíveis problemas, custos desnecessário, ou também conseguimos ver bons resultados, novas formas de aplicar o dinheiro e de multiplicar o capital.
PASSO 1
Politica de Relacionamentos
Em relação aos seus clientes, a Grendene S/A, possui um reconhecimento dentro do Brasil muito forte. Em todos os estados podemos encontrar seus produtos em praticamente todas as lojas do ramo de calçados e também nas suas lojas de marcas especificas. Sendo uma empresa que alcançou também o mercado internacional entendemos que os seus consumidores é composto tanto por adultos como por crianças, ela possui produtos para todos os gostos. Também investe pesado em campanhas publicitárias onde muitas tiveram uma resposta positiva do publico ao qual queriam alcançar.
Analisando os gráficos que ela apresenta por meio de seu site observamos que a empresa estipula uma meta anual de até quanto devem usar para os fornecedores.
Conforme o gráfico acima nota-se, que a instituição teve uma movimentação significativa durante alguns trimestres de 2016 e o primeiro de 2017. Conseguindo equilibrar-se para que não ultrapassa-se o limite determinado. Assim deduzimos que a empresa possui um controle altamente organizado do que compra.
Com relação aos seus investidores, ela se preocupa em demonstrar todos os relatórios que dizem respeito a investimos, possui reuniões periódicas, e avisa tudo a eles por meio do seu site na internet. Da mesma maneira ela procurar prospectar novos associados aos seus investimentos, tanto pessoas jurídicas como físicas podem fazer parte dessa grande indústria, em sua página na web tem como o interessado saber todos os passos para se cadastrar como investidor, também acompanhar as ações da companhia, ver o calendário de eventos e muito mais. Enfim investir na Grendene S/A mostra-se bastante lucrativo. 
Mas além dos rendimentos que o investidor venha a receber, existe um cuidado da parte da empresa de mostrar de forma clara tudo o que esta acontecendo, se sua saúde financeira vai bem. É realmente uma instituição muito organizada, formada por excelentes profissionais. 
Continuando, o ponto da politica de relacionamentos precisamos falar de um ultimo que é extremamente importante, os colaboradores. Uma grande indústria não teria tanto sucesso se não investe-se em seus funcionários, e a Grendene faz questão de falar em sua história que acredita e reconhece nas pessoas o seu crescimento. Eles contam com equipes de gestão em todos os municípios que estão localizados. Possuem um portal de carreiras, ao qual candidatos podem se inscrever para concorrer as vagas ofertadas. Para a Grendene, seus profissionais são talentos, pois a medida que o tempo vai passando e de acordo com o ramo que ela atua é preciso se reinventar a cada estação de moda, e os geradores dessas ideias são exatamente as pessoas que vivem essa história dia a dia.
Estratégias 
 
Numa empresa a nível global como a Grendene, grandes são os desafios de sempre estar em evidencia em um mercado tão competitivo. Existe um setor nela especifico para vendas e trade marketing que consiste em pensar sobre as estratégias que deve usar a cada campanha. Por ser uma instituição que trabalha com moda ela necessita que os profissionais envolvidos estejam atualizados com o mundo sempre, buscando novas criações, modelos de calçados que não só vistam pessoas, mas que criem uma relação emocional com seus produtos. 
Hoje uma de suas marcas mais famosas sem dúvida é a Melissa, que são sandálias de plásticos femininas dos mais variados modelos. Ela se tornou uma paixão nacional, é querida por milhões de brasileiras, por vir de uma matéria prima que pode ser moldada conforme a imaginação de seus designes, ela passou a agradar praticamente todos os públicos, tem um custo para um consumidor que permite que seja comprada tanto por pessoas com um poder aquisitivo maior como menor.
Buscar novos olhares, novas formas de atrair consumidores é um trabalho que requer muito estudo e projetos. A Grendene prepara seus colaboradores da área de vendas e marketing, oferece cursos, oportunidades para elevar suas metas.
Riscos
Todos os tipos de negócios são sujeitos a riscos, e um ramo de atividade industrial como o que a Grendene atua é bem exposto a isso. Podemos enumerar alguns desses riscos:
	Mercado Competitivo
	Tipos de Custeio
	Pirataria
	Crise Financeira
	Perdas de produção 
A instituição se preocupa muito com o desenvolvimento sustentável tanto que possui alguns projetos para reduzir desperdícios principalmente em suas fábricas.
Veremos algumas delas abaixo tiradas do site da mesma:
‘’Baixa pegada hídrica – nossas operações industriais estão numa região árida, agimos para aumentar a disponibilidade de água e consequentemente reduzir o impacto da nossa pegada hídrica.
a. Atualmente possuímos uma das menores pegadas hídricas na produção de calçados;
b. Nosso consumo de água é de aproximadamente 80 % para uso humano;
c. Temos como meta reutilizar o efluente tratado em 100 % até 2020, o que significa zero descarte de efluente’’
Também se preocupa com o aspecto social, como podemos ver abaixo:
‘’Não possui trabalho infantil – Acreditamos que a infância deve ser vivida com alegria, diversão com responsabilidade e educação;
a. Não possuímos, e não incentivamos nenhum tipo de trabalho infantil. Acreditamos que a infância de ter uma educação de qualidade;
b. Repreendemos todo tipo de trabalho escravo ou análogo.’’
Hoje é fundamental que as grandes empresas pensem nos aspectos sociais e ambientais, pois elas pensam num futuro de crescimentos, e para que isso seja possível precisa-se cuidar dos nossos recursos, pois são eles que nos permitem evoluir, e também pensar nas novas gerações que trarão novos conceitos, ideias. Respeitar a infância, ajudar na sua educação isso mais ainda é pensar no amanhã.
6
Passo 2
Demonstrações Financeiras
	Circulante
	1.963.813
	2.292.278
	2.492.979
	2.701.053
	
	   Caixa e equivalentes de caixa
	20.703
	19.266
	20.663
	18.151
	
	   Aplicações financeiras (CP)
	967.181
	1.234.952
	1.288.070
	1.568.022
	
	   Títulos disponíveis para venda
	
	
	
	
	
	   Títulos ao valor justo por meio do resultado
	742.674
	581.203
	483.659
	648.742
	
	   Títulos mantidos até o vencimento
	224.507
	653.749
	804.411
	919.280Contas a receber de clientes
	502.802
	624.416
	760.953
	677.562
	
	   Estoques
	265.410
	266.270
	260.646
	261.323
	
	   Créditos tributários
	14.905
	19.790
	29.347
	8.967
	
	   Imposto de renda e contribuição social a recuperar
	25.627
	15.274
	3.681
	25.194
	
	   Títulos a receber
	113.125
	73.757
	84.217
	100.791
	
	   Custos e despesa antecipada
	6.380
	5.154
	3.677
	7.806
	
	   Outros créditos
	47.680
	33.399
	41.725
	33.237
	
	Não circulante
	1.013.628
	787.982
	760.841
	782.481
	
	   Realizável a longo prazo
	599.087
	374.062
	342.916
	359.077
	
	   Aplicações financeiras (LP)
	582.098
	356.275
	280.645
	287.278
	
	   Títulos mantidos até o vencimento
	582.098
	356.275
	280.645
	287.278
	
	   Depósitos judiciais
	1.107
	1.126
	1.073
	1.079
	
	   Créditos tributários
	524
	586
	533
	736
	
	   Títulos a receber
	70
	70
	
	
	
	   Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos
	8.530
	9.163
	53.932
	63.421
	
	   Despesas antecipadas
	6.758
	6.842
	6.733
	6.563
	
	   Outros ativos não circulantes
	
	
	
	
	
	   Investimentos
	412
	412
	412
	412
	
	   Imobilizado
	383.006
	383.943
	387.071
	393.239
	
	   Intangível
	31.123
	29.565
	30.442
	29.753
	
	Total do ativo
	2.977.441
	3.080.260
	3.253.820
	3.483.534
	
	Circulante
	241.952
	249.401
	275.383
	464.541
	
	   Empréstimos e financiamentos
	65.256
	52.848
	70.734
	141.157
	
	   Fornecedores
	33.408
	32.665
	41.369
	29.799
	
	   Obrigações contratuais - Licenciamentos
	12.370
	18.510
	14.011
	16.648
	
	   Comissões a pagar
	27.901
	31.882
	39.831
	37.643
	
	   Impostos, taxas e contribuições
	18.539
	23.557
	38.375
	41.838
	
	   Imposto de renda e contribuição social a pagar
	374
	4.817
	7.560
	3.167
	
	   Salários e encargos a pagar
	62.635
	72.326
	51.497
	57.184
	
	   Contas a pagar
	
	
	
	
	
	   Provisão para risco trabalhista
	10.439
	3.124
	2.485
	2.663
	
	   Dividendos propostos
	
	
	
	129.094
	
	   Outras contas a pagar
	11.030
	9.672
	9.521
	5.348
	
	Não Circulante
	69.711
	58.130
	56.367
	54.636
	
	   Empréstimos e financiamentos
	68.190
	56.321
	54.638
	52.130
	
	   Provisão para risco trabalhista
	325
	764
	710
	655
	
	   Imposto de renda e contribuição social diferidos
	
	
	
	
	
	   Outros débitos
	1.196
	1.045
	1.019
	1.851
	
	Patrimônio líquido consolidado
	2.665.778
	2.772.729
	2.922.070
	2.964.357
	
	Participações de acionistas controladores
	2.665.988
	2.772.930
	2.921.998
	2.964.309
	
	   Capital social realizado
	1.231.302
	1.231.302
	1.231.302
	1.231.302
	
	   Ajuste de avaliação patrimonial
	5.209
	5.512
	6.480
	3.754
	
	   Reservas de capital
	3.872
	5.126
	-1.169
	-134
	
	   Reservas de lucros
	1.380.100
	1.454.897
	1.682.354
	1.650.344
	
	   Ações em tesouraria
	
	
	3.031
	9.965
	
	   Lucros acumulados
	45.505
	76.093
	
	69.078
	
	Participações de acionistas não controladores
	-210
	-201
	72
	48
	
	Total do passivo e do patrimônio líquido
	2.977.441
	3.080.260
	3.253.820
	3.483.534
	
Passo 3
Resumo
A administração dos custos de uma organização compõe parte de sua política estratégica e, por contribuir na identificação dos riscos operacionais, a gestão estratégica de custos e o conhecimento dos custos fixos e variáveis de uma organização é fundamental. Desta forma o objetivo deste trabalho é identificar a estrutura de custos das empresas de capital aberto do segmento de calçados. A pesquisa se caracteriza como descritiva, realizada por meio de análise documental e com abordagem quantitativa. A amostra é composta pela Grendene S/A, empresa de capital aberto do segmento de calçados da BM&FBovespa, verificada no período de 2009 a 2011. Para realização do estudo utilizou-se as informações trimestrais divulgadas pela empresa. Os resultados mostram que a estrutura de custos das empresas do segmento de calçados são similares, a margem de contribuição varia de 22% a 30% e os custos e despesas são, em sua maioria, variáveis. De acordo com as evidências, é possível concluir que as empresas de capital aberto do segmento de calçados possuem considerável flexibilidade em suas estratégias tendo em vista que reduções na demanda são acompanhadas pela redução de seus custos e despesas, favorecendo resultados positivos ainda que em cenários negativos.
2 Gestão estratégica de custos
Os custos devem ser estrategicamente controlados e administrados sem interferir na qualidade de serviços e produtos, considerado como um diferencial para as organizações. Desta forma, as empresas carecem de capacidade de gerenciar seus custos, um empenho também conhecido como Gestão Estratégica de Custos (GEC). Para Shank e Govindarajan (1997), a GEC difere da contabilidade de custos por ser uma análise com um contexto mais abrangente, e com elementos estratégicos consistente, explícitos e formais, por alinhar a estrutura de custos das empresas e a grande competitividade do mercado, no qual trata apenas como uma parte do complexo desafio de maximizar os lucro no longo prazo. Nakagawa (1991, p. 36) descreve que “as informações de custos são necessárias para dar apoio às decisões estratégicas e operacionais, para a aquisição e utilização eficiente e eficaz de recursos produtivos, que abrange todo o ciclo de vida dos produtos”. Desta forma para o autor, a GEC surgiu para suprir a carência das empresas por um sistema de administração e controle de custos que permitisse a redução de custos, por meio da eliminação de todas as formas de desperdício e que fornecesse. Esta situação de eliminação de todos os desperdícios é naturalmente considerada nas empresas que devem gerir seus custos como uma maneira de garantir a sua sobrevivência no mercado, principalmente em mercados concorridos, no qual os clientes apresentam uma expectativa muito grande dos produtos e serviços que são ofertados. Neste tipo de mercado é representativo pequenas margens de lucros e a inexistência de fidelidade dos clientes (COOPER; SLAGMULDER, 1998). A gestão dos custos deve ser praticada
por todos os colaboradores e setores produtivos da empresa. Para Shank e Govindarajan (1997) e Cooper e Slagmulder (1998), a GEC é a aplicação de técnicas que apresenta alcance no comportamento, na estrutura e no nível dos custos, para que se possa alcançar uma vantagem competitiva estratégica, a fim de reduzir e analisar os custos e melhorar a posição estratégica da empresa. Entre os princípios básicos da GEC destacam-se a identificação os custos que poderão ser eliminados por não acrescentarem valor aos mesmos, suporte à gestão de todo o ciclo de vida do produto ou serviço e a avaliação com o custo meta máximo, a fim de dar suporte ao processo de eliminação de desperdícios e valores agregados. Ao considerar os objetivos da GEC, a meta é gerar informações que auxiliem no processo de tomada de decisões. Assim como, produzir produtos ou serviços para competir em termos de custos, qualidade, funcionalidade e pontualidade na entrega de valor ao consumidor (NAKAGAWA, 1991; SHANK; GOVINDARAJAN, 1997). De acordo com Souza (2011), entre os diversos campos de pesquisa da GEC é possível caracterizar a composição da estrutura de custos e despesas das empresas que tiveram desempenho econômico acima da média. Assim como identificar iniciativas de gestão de custos com as suas estratégias de negócios, o que auxilia na escolha e uma ferramenta apropriada para melhorar o desempenho organizacional e aumento de seu valor. E, entre as ferramentas de gestão de custos, destaque para o método de custeio variável.
2.1 Custeio variável
O custeio variável possui como metodologia distinguir os custos fixos dos variáveis, independentemente de serem diretosou indiretos. A distinção feita entre os custos refere-se apenas a sua característica quanto ao seu comportamento em relação à variação das receitas. Mesma metodologia é adotada em relação às despesas do período, de igual modo são diferenciadas em fixas e variáveis. O comportamento dos custos descreve como os custos se alteram com a mudança nos direcionadores de custo de atividades ou em relação ao volume de produção (ATKINSON et al., 2000). Nesta perspectiva os autores diferem os custos fixos dos variáveis, o primeiro não muda com as mudanças na quantidade produzida durante curtos períodos de tempo, já o segundo muda em proporção às mudanças do nível produção. Para Nunes (2006), custo variável é a parte dos gastos que variam com a produção, que aumentam quando o nível de produção aumenta e vice-versa. Custo Fixo representa a parte da despesa que não é afetada pelo nível de produção, são aqueles que a empresa suporta para dispor de capacidade de produção, é o montante de despesa que se verifica mesmo que o nível de produção seja zero (AFONSO, 2002; NUNES, 2006), “assim, os custos e despesas fixas (CDF) representam consumo de recursos não relacionados diretamente com a produção de uma unidade de produto; no entanto, são necessários para a manutenção do sistema produtivo” (SOUZA, 2011, p. 26). A separação dos custos fixos e variáveis fundamenta os custos para tomada de decisões, visto que fornece subsídios importantes para as decisões da empresa (BORNIA, 2010). De acordo com o autor, parte dos desperdícios da empresa está relacionada aos custos fixos, que ocorrerão independentemente da produção ou da utilização dos recursos, assim, o risco operacional mostra-se intimamente ligado a este tipo de custo. Conforme Cardoso, Mário e Aquino (2007), os custos fixos também podem variar dependendo do volume produzido. Isso porque os custos fixos totais crescem em degraus, conforme cresce a capacidade empresarial, assim, ainda que haja custos que se caracterizam como fixos, eles podem variar com o aumento ou redução da produção, porém, não ocorre de forma uniforme
como ocorre com os custos variáveis. Outra razão apresentada por Souza (2011) refere-se à reestruturação da organização, que também pode acarretar mudanças nos custos fixos. Destaca-se que alguns tipos de custos podem ser classificados como fixos e variáveis, já que possuem uma parcela que é fixa e outra variável. A parcela fixa é independente do volume de produção e é definida em função do potencial de consumo instalado e a variável depende diretamente do consumo efetivo. Estes custos são chamados de semivariáveis ou semifixos (MARTINS, 2010). Um exemplo típico numa indústria é a energia elétrica. Segundo Cardoso, Mário e Aquino (2007) é comum as empresas contratarem o serviço elétrico de duas formas: demanda e consumo. Quando a energia é contratada por demanda, a empresa paga um valor fixo, por mês. Se o valor do consumo for maior ao contratado, então a empresa paga o excedente em função do consumo (variável). Desta forma podemos classificar esse custo como fixo e variável ao mesmo tempo. No custeio variável, apenas os custos variáveis são alocados aos produtos, os custos fixos são considerados como despesas do período, destinados diretamente ao resultado. Apenas os custos variáveis são considerados custos do produto e, em consequência, são destinados ao estoque (AFONSO, 2002; MARTINS, 2010). Conforme Afonso (2002), o custeio variável é utilizado ao nível de tomada de decisão e na gestão dos processos produtivos em parte porque é mais simples do que o sistema de custeio por absorção justamente por não haver a preocupação da alocação de custos indiretos. Apesar destas facilidades, apresenta a dificuldade de se separar gastos fixos e variáveis, ainda, em empresas com grande volume de equipamentos, os custos variáveis são pouco significativos se comparados aos custos fixos (AFONSO, 2002).
Vantagens Desvantagens
Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrerão processos arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos fixos. A exclusão dos custos fixos para valoração dos estoques causa sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período. O lucro líquido não é afetado por mudanças de incremento ou diminuição de inventários. Na prática, a separação entre custos fixos e variáveis não é tão clara como parece, pois, existe custos híbridos (semivariáveis e semifixos) podendo o custeio variável incorrer em problemas semelhantes de identificação dos elementos de custeio. Os dados necessários para a análise das relações custo – volume - lucro são rapidamente obtidos do sistema de informação contábil – baseado no custeio variável.
Conclusão
Referências Bibliográficas 
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