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CONTEXTUALIZAÇÃO A Contabilidade sempre foi vista como a ciência que estuda e controla o patrimônio das organizações, mas seu papel vai muito além de controle patrimonial, pois se propõe a gerar informações, que serão imprescindíveis para a tomada de decisão , especialmente a partir dos indicadores financeiros e econômicos. Há de se destacar a relevância da contabilidade para as atividades governamentais, pois muito do trabalho desempenhado pelo contador é direcionado para gerar informação para o governo tomar suas decisões e realizar seus planejamentos. Arrecadação Nacional – Contribuições do contador. 1 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 - Introdução à Contabilidade 1.1 - Conceito 1.2 - Finalidade da Contabilidade 1.3 - Usuários das Informações Contábeis 1.4 - Técnicas Contábeis 1.5 - Campo de Aplicação da Contabilidade 2 - O Patrimônio das Empresas 2.1 - Conceito 2.2 - Representação Gráfica e Equação Patrimonial 2.3 - Balanço Patrimonial 2.4 ? Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido 2.5 - Origem e Aplicação de Recursos 2 CONTINUAÇÃO 3 ? Princípios Fundamentais 3.1 ? Princípios Entidade, Continuidade, Prudência, Competência, Oportunidade e Registro pelo Valor Original 4 - Contas 4.1 - Conceito e Classificação 4.2 - Débito e Crédito 4.3 - Plano de Contas 5 - Registro Contábil 5.1 - Conceito 5.2 - Atos e Fatos Administrativos 5.3 - Livros Contábeis 5.4 - Escrituração segundo Método das Partidas Dobradas 5.5 - Lançamentos 6 - Razonete e Balancete de Verificação 6.1 - Razonete 6.2 - Balancete de Verificação 3 CONTINUAÇÃO 7 - Apuração do Resultado do Exercício 7.1 - Roteiro para Apuração do Resultado 7.2 - Procedimentos e Contabilização 7.3 – Depreciação linear e soma dos dígitos 7.4 - Resultado com mercadoria 8 - O Resultado do Exercício e sua Destinação 8.1 – Demonstração do Resultado do Exercício 8.2 – Balanço Patrimonial após encerramento 4 AULA 1 CONTABILIDADE - CONCEITOS É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro das mutações patrimoniais (relativas a Administração Econômica)- Primeiro Congresso dos Contabilistas do RJ em 1924. A Contabilidade enquanto ciência que tem como função administrativa apurar o resultado controlar o patrimônio e gerar informação para a tomada de decisão. (MARION, 2009). Ferreira (2013) -a Contabilidade se utiliza de técnicas a partir da teoria e princípios para que sejam postos em prática, pois compreende o registro das operações da empresa em livros mantidos para essa finalidade. O motivo do registro está no fato de que a contabilidade tem como função controlar o patrimônio de uma pessoa física ou jurídica além de gerar as informações para o público com interesse. É a ciência que estuda, controla e registra o Patrimônio e as mutações patrimoniais. (VLD) 5 INFORMAÇÕES IMPORTANTES Azienda: Palavra italiana Deriva de agenda (coisas a fazer) Está em desuso Atualmente está sendo substituída por - Entidade econômico administrativa. 6 OBJETO DA CONTABILIDADE - O objeto é sempre o PATRIMÔNIO das entidade econômico administrativa. - Busca entender as mutações sofridas pelo patrimônio, que ocorrem por meio das variações patrimoniais. 7 OBJETIVO DA CONTABILIDADE Permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas. 8 FINALIDADE DA CONTABILIDADE Dentre as finalidades da contabilidade pode-se citar o controle patrimonial a partir dos registros dos fatos com intuito de gerar as informações. Com a publicação das demonstrações financeiras será fornecida uma posição patrimonial e financeira das entidades. Para o CPC, Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata do tema o objetivo do relatório contábil e propósito geral é fornecer informações contábil-financeira acerca da entidade que reporta essa informação e que sejam de alguma forma úteis aos stakeholders (partes interessadas) (CPC 00) Estrutura conceitual básica) 9 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE acionistas / sócios futuros investidores diretores / gerentes da empresa fisco federal, estadual e municipal Credores É possível ser classificado em dois grupos: 1 usuários internos; influenciam e são influenciados de forma direta como administradores, sócios e acionistas controladores; 2 usuários externos: influenciam e são influenciados de forma indireta como acionistas ou sócios não controladores, governo, banco, fornecedores e outros; 10 CONTINUAÇÃO- USUÁRIOS Para que os acionistas não controladores sejam de alguma forma protegidos pelas tomadas de decisão dos controladores a Lei das Sociedades por Ações Lei 6.404/76 exige as sociedades anônimas a elaboração e publicação de certas demonstrações contábeis. De acordo com CPC Estrutura Conceitual (CPC 00) as demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista as finalidades específicas de cada usuário. 11 CONTINUAÇÃO- USUÁRIOS Sabe-se então que uma função importantíssima da Contabilidade é fornecer informação útil para a tomada de decisões econômicas e de forma específica se destacam duas funções: FUNÇÃO ECONÔMICA: Apurar o resultado econômico do período, o qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sobre o aspecto estático (posição em dado momento como a apresentada no balanço patrimonial) como dinâmico (representa o movimento ou as mudanças qualitativas e quantitativas dos elementos). 12 CONTINUAÇÃO- USUÁRIOS Para Iudícibus (2004) existem duas abordagens na contabilidade que ganham status de teoria: a teoria normativa e a teoria positiva: teoria normativa, apoiada, preferencialmente, no método dedutivo, faz hipóteses sobre o universo contábil e deriva prescrições de como a Contabilidade deveria proceder para maximizar a utilidade da informação para os variados tipos de usuários. A teoria positiva foca aspectos mais restritos da fenomenologia contábil, estabelece hipóteses e testa, muitas vezes através de métodos quantitativos, mas nem sempre, tais hipóteses. Procura entender o mundo contábil como ele é, porque é assim e não como deveria ser. 13 Técnicas Contábeis Conjunto de procedimentos utilizados para registrar os fatos contábeis Escrituração É o registro em livros próprios de todos os fatos administrativos que ocorrem no dia a dia da empresa Demonstrações Financeiras São elaboradas ao final do exercício social (período de apuração). Representam a situação patrimonial e financeira da empresa em dado momento - BP, DRE, Mutações do PL- DFC. Análise de Balanço É o estudo da situação financeira da empresa a partir da decomposição e agrupamento dos elementos das demonstrações. Estes dados são informações úteis aos usuários da contabilidade, especialmente na tomada de decisões. Auditoria Contábil Revisão dos registros contábeis, realizadas por auditores contábeis 14 A QUINTA TÉCNICA ? - Consolidação do balanço: Essa técnica consolida as demonstrações contábeis e corresponde à unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, e por meio da consolidação será possível constatar a situação econômica-financeira de todo o grupo analisado. 15 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE Todas as entidade econômico-administrativas. Entidade econômico-administrativas:São organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado. Entidades com fins econômicos: Empresas – visam lucro. Ex empresas comercias e industriais, etc. Entidades com fim socioeconômico: sem fins lucrativos embora busquem superávit que será revertido a seus integrantes.Ex assoc. de classes, clubes sociais. Entidades com fins sociais; Instituições criadas para atenderem as necessidades da coletividade a que pertencem. Ex União, Estados Municípios DF 16 CAMPO DE APLICAÇÃO Entidades com fins econômicos que visam lucro e buscam aumentar seu patrimônio próprio como comércio e indústria; Ex Empresas em geral Entidades com fins socioeconômicos que visam destinar os resultados em benefício de seus integrantes podendo citar os sindicatos e associações; Associações, clubes etc. Entidades com fins sociais e que não visam lucros, apenas resultados positivos para destinar a um interesse coletivo como ONGS. 17 CONTINUAÇÃO A abordagem da contabilidade como ferramenta estratégica é fundamental: Seja para os usuários internos, na contabilidade gerencial, auxilia de diversas formas como ao formar o preço dos produtos ou para o usuário externo, na contabilidade financeira, ao analisar a situação de um cliente, fornecedor ou concorrente, acionistas não controladores, fisco, etc.. Uma disciplina que busca utilizar a contabilidade de forma estratégica é a contabilidade gerencial. Tem o intuito gerar informações para tomadas de decisões futuras, como auxiliar na formação do preço a partir dos custos da entidade 18 CONTINUAÇÃO A contabilidade propicia aos alunos e profissionais de gestão diversas oportunidades para se destacar no mercado de trabalho. Podem exercer funções de fiscalização, controle e tomada de decisões nas empresas públicas ou privadas. Nas públicas pode buscar cargos como de analista contábil, contador, Auditor Fiscal e Técnico de Rendas nas diversas esferas dos governos: Federal, Estadual e Municipal. 19 CONTINUAÇÃO Para os bacharéis em Contabilidade são ainda maiores as possibilidades ao exercer suas funções como profissional liberal, auditor, perito, consultor, etc.. sendo esta profissão uma das mais valorizadas nos últimos anos, em função da velocidade com que as empresas necessitam das informações relativas aos controles de custos, orçamentos, política de preços, etc.. 20 CONTINUAÇÃO A utilidade da informação deve observar as características qualitativas da mesma. São apenas duas as características qualitativas fundamentais das demonstrações contábeis a obrigatoriamente serem sempre observadas: relevância e representação fidedigna. Ainda de acordo como o CPC 00: A Relevância diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões. As informações são relevantes quando fazem a diferença nas decisões econômicas dos usuários. 21 CONTINUAÇÃO A Representação Fidedigna diz respeito a três atributos: a informação precisa ser completa, precisa ser neutra e precisa ser livre de erro. Para ser completa, precisa conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado. Para ser neutra, precisa estar desprovida de viés na seleção ou na apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos. Ser livre de erro não significa total exatidão, mas sim que o processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de erros. No caso de estimativa, ela é considerada como tendo representação fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente revelados. 22 CONTINUAÇÃO Existem outras características que não fundamentais, são características qualitativas de melhoria da qualidade das demonstrações contábeis: comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim altamente desejáveis. O CPC 00 destaca: A Comparabilidade é a característica que permite a identificação e compreensão de similaridades e diferenças entre os itens. Comparabilidade implica também em fazer com que coisas diferentes não pareçam iguais ou coisas iguais não pareçam diferentes. A Verificabilidade implica em diferentes observadores poderem chegar a um consenso sobre o retrato de uma realidade econômica, podendo, em certas circunstâncias, representar uma faixa de possíveis montantes com suas respectivas probabilidades. 23 CONTINUAÇÃO Tempestividade significa estar a informação disponível a tempo de influenciar o usuário em sua decisão. Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido. Os relatórios contábil-financeiros são elaborados na presunção de que o usuário tem conhecimento razoável de negócios e que age diligentemente, mas isso não exclui a necessidade de ajuda de consultor para fenômenos complexos. As Características qualitativas tornam as informações além de mais úteis mais confiáveis, pois buscam informar aos acionistas não controladores sobre a posição econômicos e financeiras das entidades das quais fazem parte. 24 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PATRIMÔNIO ATIVO BENS DIREITOS PASSIVO OBRIGAÇÕES PL 25 PATRIMÔNIO Conjunto de bens, direitos e obrigações Evidencia a situação econômico- financeira da entidade TODAS as entidades possuem patrimônio (com ou sem fins lucrativos) Na contabilidade, a ferramenta utilizada para apresentá-lo é o BALANÇO PATRIMONIAL 26 PATRIMÔNIO Patrimônio é um conjunto de Bens Direitos e Obrigações. Bens – São objetos capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Do ponto de vista contábil, bens são todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca ou para consumo. Se classificam: Tangíveis – São os bens materiais que possuem corpo, matéria. Classificam-se em: Bens móveis e Imóveis. Intangíveis – São os bens imateriais, ou seja, não possuem corpo nem matéria. São os Fundos de Comércio e as Marcas e Patentes. Direitos – São os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Terceiros são todas as pessoas que se relacionam com a empresa como clientes, empregados, sócios, governo, impostos etc.. Ex Dupl. a receber, alugueis a receber, aplicações financeiras, clientes, etc Obrigações - Representam os valores que a empresa tem para pagar a terceiros, tais como: fornecedores, bancos, empregados, sócios, governo, impostos, etc.. 27 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS Classificação de Bens: Bens numerários que representam os recursos financeiros em dinheiro, reconhecido como CAIXA. Bens de Consumo que são bens não duráveis, o que quer dizer que serão consumidos em um certo espaço de tempo. Há que se analisar com cuidados os gastos com esses bens, pois se comprados em grandes quantidades poderão ser lançados em estoque de almoxarifado, mas se forem consumidos imediatamente em pequenas quantidades poderão ser lançados direto para apuração do resultado. São os gastos, por exemplo, com material de limpeza e de expediente. Bens de Transformação, que são os utilizados na fabricação de outros bens, ou seja seus produtos, é possível citar madeira que é usada para construir a mesa e cadeira. São registrado em contas chamadas de Matéria-Prima, dentro do grupo do Estoque. 28 CONTINUAÇÃO Bens de Venda : São os bens que já estão prontos e acabados e que serão objeto de venda da entidade, são os, produzidos e acabados ou adquiridos prontos de terceiros para revenda, e são lançados em Mercadoria ou produtos acabados dentro do grupo de Estoque. Bens de Renda – São os investimentos feitos pela entidade em ativos não destinados à atividade operacional, pois apesar de não serem comprados com o intuito de vender, são fontes de recursos como outras receitas, como no caso de aluguel de um terreno comprado para investimento. São registrados em um Grupo chamado Investimentos. Bens de uso, que são destinados á atividade operacional da entidade por meio do seu uso. Exemplos de bens de uso são veículos( usados na entrega de mercadoria), Móveis e utensílios ( usados na atividade operacional), máquinas (usadas na produção) e outros. 29 EQUAÇÃO PATRIMONIAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) = ATIVO (A) – PASSIVO (P) A – P = PL Premissas A >= 0 P >= 0 PL ><= 0 30 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS SUPERAVITÁRIA, POSITIVA OU FAVORÁVEL A > P (PL > 0) ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31 PATRIMÔNIO SITUAÇÃO NORMAL Caixa 1000 Banco c/ mov. 9000 Dupl. Receber 10.000 Imóveis 100.000 Veículos 70.000 Mov. Utens. 20.000 Maq. e equip. 200.000 Total 410.000 Fornecedores 100.000 Empr. Banc. 150.000 Imp. Recolher 20.000 Total PC 220.000 Empr. LP 80.000 Total PNC 80.000 Capital 100.000 Reservas 10.000 Total do PL 110.000 T. PASSIVO 410.000 ATIVO PASSIVO 32 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS Deficitária, Negativa ou Desfavorável A < P (PL < 0) ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 33 PATRIMÔNIO A DESCOBERTO Caixa 1000 Banco c/ mov. 9000 Dupl. Receber 10.000 Imóveis 100.000 Veículos 70.000 Mov. Utens. 20.000 Maq. e equip. 200.000 Total ativo 410.000 Total do PL negativo 390.000 800.000 Fornecedores 100.000 Empr. Banc. 350.000 Imp. Recolher 120.000 Total PC 570.000 Empr. LP 180.000 Total PNC 180.000 TOTAL PASSIVO 800.000 ATIVO+ PL PASIVO 34 PL ou Capital Social X Dispêndio • PL negativo ou baixo –Empresa pode estar com endividamento alto, em relação ao seu patrimônio. –O endividamento gera o pagamento do juros (despesas), que tendem a diminuir o lucro. 35 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA OU EQUILIBRADA A = P (PL = 0) ATIVO PASSIVO 36 ATIVO = PASSIVO Caixa 1000 Banco c/ mov. 9000 Dupl. Receber 210.000 Imóveis 200.000 Veículos 70.000 Mov. Utens. 20.000 Maq. e equip. 290.000 Total ativo 800.000 Fornecedores 100.000 Empr. Banc. 350.000 Imp. Recolher 20.000 Total PC 570.000 Empr. LP 180.000 Total PNC 180.000 TOTAL PASSIVO 800.000 37 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS SITUAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE ATIVOS P = - PL (A = 0) PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO 38 SITUAÇÃO SEM ATIVOS PL 800.000 Fornecedores 100.000 Empr. Banc. 350.000 Imp. Recolher 20.000 Total PC 570.000 Empr. LP 180.000 Total PNC 180.000 TOTAL PASSIVO 800.000 PL PASSIVO 39 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS SITUAÇÃO DE PROPRIEDADE TOTAL DE ATIVOS A = PL (P = 0) ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 40 PATRIMÔNIO- SEM DÍVIDAS Caixa 1000 Banco c/ mov. 9000 Dupl. Receber 210.000 Imóveis 200.000 Veículos 70.000 Mov. Utens. 20.000 Maq. e equip. 290.000 Total ativo 800.000 Capital 600.000,00 Reservas 200.000,00 800.000,00 ATIVO PL 41 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS 1) A – P = PL Superavitária, Positiva ou Favorável A > P (PL > 0); 2) Situação de Passivo a descoberto: A+PL=P 3) Situação Líquida Nula ou equilibrada A = P (PL = 0); 4) Situação de inexistência de ativos P = PL (A = 0); 5) Situação de PROPRIEDADE TOTAL de ativos A = PL (P = 0) 42 CAPITAL CONCEITOS Para Iudícibus (2010),existem quatro conceitos de capital: O primeiro é o capital nominal que representa o investimento inicial realizado pelos sócios de uma entidade. Esse investimento inicial é registrado em uma conta denominada de Capital ou Capital Social. O Capital Nominal corresponde ao Patrimônio Líquido inicial, e só sofrerá alterações quando: a) os sócios/proprietários realizarem novos investimentos (aumento de capital) ou desinvestimentos (redução de capital); b) geração de lucros (aumentando o Patrimônio Líquido) ou prejuízos (diminuindo o Patrimônio Líquido). No segundo conceito existe o capital próprio (CP) que corresponde ao Capital Próprio da entidade, portanto corresponde ao Patrimônio Líquido, abrangendo o Capital Inicial e suas variações. (Reservas) No terceiro conceito de capital de Iudícibus (2010) existe o Capital de Terceiros (CT) que corresponde ao Capital de Terceiros utilizados para financiar as atividades da empresa. Portanto, o Capital de Terceiros corresponde ao Passivo da entidade. O quarto conceito é o Capital Total à Disposição que corresponde aos valores disponíveis para a empresa, portanto, refere-se à soma do Capital Próprio mais o Capital de Terceiros. 43 PATRIMÔNIO APLICAÇÕES DE RECURSOS PARTE POSITIVA CONTAS COM SALDO DEVEDOR ORIGEM DOS RECURSOS. PARTE NEGATIVA CONTAS COM SALDO CREDOR ATIVO PASSIVO 44 ATIVO Segundo o PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL nº 00 Ativo é o conjunto de recursos aplicados resultado de eventos passados do qual se espera que gere benefícios econômicos futuros para a entidade. De forma mais simples, é o conjunto de bens e direitos. Ou seja, todos os valores positivos que a entidade possui para a partir de sua movimentação ou uso gerar benefícios econômicos esperados, o Lucro. Quando se pergunta onde estão aplicados os recursos da entidade deve-se responder que no ATIVO. Para o Ativo as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível; 45 PASSIVO E PL Ainda segundo o PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL nº 00 O Passivo é representado pelas obrigações presentes resultado de eventos passados do qual se esperam benefícios futuros após a liquidação dos mesmos. Precisamos fazer uma reflexão sobre como pagar obrigação pode vir a gerar benefícios econômicos. Se não pagar os fornecedores, bancos, governo, empregados não serão obtidos os recursos ou serviços necessários para venda de produtos e serviços e consequentemente sem gerar beneficio esperado que é o lucro. Para o Passivo as contas serão classificadas nos grupos: Passivo Circulante Passivo Não-Circulante Patrimônio Líquido. Para o Patrimônio líquido, doravante chamando de PL, suas contas representam o capital próprio da empresa. Capital Social e Reservas. 46 CONTINUAÇÃO Alguns grupos e contas do Patrimônio Líquido são: CapitalSocial Reserva de Capital Reserva de lucros Ações em Tesouraria Lucros Acumulados ( se não for SA)- Lei 11.941/2009 Prejuízos acumulados Ajustes de Avaliação Patrimonial É sempre bom lembrar que a Equação Fundamental do patrimônio é A = P + SL O BP, Balanço Patrimonial, evidencia a situação estática do patrimônio, situação esse que muda a cada fato administrativo de natureza quantitativa e quantitativa Ou seja, a situação estática ( em repouso) do patrimônio é evidenciado no BP e a situação dinâmica é evidenciado na Demonstração de Resultado do Exercício, DRE. Na DRE são evidenciadas as contas que alteram a situação líquida do patrimônio por essa razão as chamamos de contas de resultado, pois alteram o resultado e modificam o capital próprio da entidade. 47 COMPARATIVO DAS CONTAS CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO Situação estática Situação dinâmica Balanço patrimonial Demonstração do resultado do exercício 48 ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS O Passivo patrimonial representa de onde provieram esses recursos, enquanto o Ativo patrimonial representa onde a empresa os aplicou? A Contabilidade identifica todos os fatos administrativos que resultem em origens e aplicações de recursos, e os registros são feitos com destaque para onde o recurso foi aplicado e de onde o recurso foi originado, sendo assim: TOTAL DAS ORIGENS = TOTAL DAS APLICAÇÕES A empresa administra seu ATIVO para que este gere benefícios futuros, independente de este ter forma física (tangíveis) ou não (intangíveis), como é o caso das marcas e patentes e dos fundos de comércio. O PASSIVO representa obrigações com terceiros no período atual decorrentes de eventos passados e que demandam o consumo de ativos para sua liquidação. 49 CONTINUAÇÃO O Passivo se configura como origem de recursos e são os recursos totais à disposição da empresa, que têm origens em duas fontes, os recursos de terceiros em que a empresa utiliza para as suas atividades e recursos próprios que são recursos provenientes do capital próprio dos sócios. Recursos de Terceiros – São as obrigações, ou seja, recursos de terceiros que a empresa utiliza para o giro normal. Débitos de funcionamento– (débito no sentido de dívida) Obrigações que surgem em decorrência da gestão normal da empresa. Ex Fornecedores, obrigações fiscais, obrigações trabalhistas e outras. Débitos de financiamento: Recursos obtidos sob a forma de empréstimos. Recursos Próprios: De proprietários ou Sócios- Capital Social Do Giro Normal – lucros e Reservas 50 CONTINUAÇÃO No Ativo estão as Aplicações de Recursos, e no campo esquerdo do balanço são evidenciados onde a empresa aplicou seus recursos (Bens e Direitos). Como exemplo, podemos citar os valores em caixa e bancos, os saldos de estoques, os imóveis etc. Créditos de funcionamento - Cx, bancos, estoques etc Créditos de financiamento - Empréstimos a sócios, empresas coligadas. Outras informações importantes- Apostila pg. 21- item 2.10.3. Fazer testes de fixação 51 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS A contabilidade, para registrar as suas operações, adota o MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS. O Método das Partidas Dobradas foi exposto, oficialmente, por Luca Pacioli em 1494, em sua obra Suma de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade. Sabemos que não foi Pacioli o inventor do método, coube ao mesmo mostrar em um livro impresso pela imprensa de Gutemberg o método que os comerciantes italianos utilizavam naquela época para registro e controle de suas atividades comerciais. Não se quer, de forma alguma, tirar os méritos de Pacioli, mas questões históricas são e sempre serão alvo de pesquisas e de discussão da comunidade científica que cada ciência se insere. O princípio básico do Método das Partidas Dobradas é subdividir bens, direitos e obrigações em CONTAS, que possam registrar os valores de cada item que compõem o patrimônio. Assim, este ficará em perfeito equilíbrio, pois o método registrará as movimentações ocorridas num determinado período sejam elas saídas de recursos, entradas de novos bens ou pagamentos efetuados. ( a débito e a crédito – ver lamina seguinte) 52 CONTINUAÇÃO Ainda sobre as PARTIDAS DOBRADAS, pode-se dizer que é um método em que ocorre o registro contábil e implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual a soma dos valores creditados, ou seja: Não existe DÉBITO sem CRÉDITO é a igualdade entre as origens de recursos e as aplicações de recursos, complementada pelo fato de que o Ativo é grupo para o qual são lançadas primeiramente as aplicações de recursos, assim como o Passivo é grupo de onde surgem, primeiro, as origens de recursos, dá sustentação à equação fundamental do patrimônio, assim expressa: Ativo é igual a Passivo Exigível mais o Patrimônio Liquido. 53 CONTINUAÇÃO É importante ressaltar que o artigo 178 da Lei 6.404/76 Lei das S.A. considera o Patrimônio Liquido como parte integrante do Passivo. Por isso, é comum encontrar na literatura a equação assim representada: Ativo é igual a Passivo. Passivo aqui entendido como sendo o conjunto de obrigações com terceiros e proprietários. A forma acima representada é baseada na doutrina contábil, a qual reconhece o Passivo como Capital de Terceiros, assim entendido como aquelas obrigações com prazo determinado para pagamento. 54 CONTINUAÇÃO Os componentes patrimoniais podem ser vistos sobre outros aspectos, lembre: Não existe APLICAÇÃO DE RECURSOS sem a ORIGEM DE RECURSOS. O débito e o crédito fazem parte de uma convenção bastante utilizada pela Contabilidade e que estão presente no razonete, pois o débito é representado o lado esquerdo de todos os razonetes, bem como o lado direito simboliza o crédito em todos os razonetes. Sendo assim, ao realizar um lançamento do lado esquerdo da conta, a empresa estará fazendo um lançamento a débito ou simplesmente debitando a conta. Ao efetuar um lançamento do lado direito do razonete, a entidade estará fazendo um lançamento a crédito, ou seja, creditando. 55 RAZONETES Representação gráfica simplificada da conta Nome da Conta DÉBITOS CRÉDITOS Saldo Devedor Saldo Credor 56 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS Preexistem às Normas Bras. de Contabilidade Não se referem aos registros ou às demonstrações, mas sim ao Patrimônio As Normas se baseiam nos Princípios Resoluções CFC 750/93 e 774/94, alterados pela Res. CFC nº 1.282/2010 Utilização obrigatória conforme artigo 177 da Lei das S.A. Aplicam-se a TODOS os atos e fatos de qualquer patrimônio 57 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS (RESOLUÇÕES CFC 750/93 E 774/94) E RES. 1282/10 Entidade Continuidade Oportunidade Registro pelo Valor Original Competência Prudência 58 PRINCÍPIO DA ENTIDADE O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 59 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e,portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (art. 3º da Res. CFC 1282/10, que deu nova redação ao art. 5º da Res. CFC nº 750/93.) Sua observância é importante para a aferição da capacidade de geração futura de resultados da empresa 60 POSSÍVEIS CAUSAS DA MODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO Conjuntura econômica Política governamental Problemas internos da entidade Obsolescência tecnológica Falta de capital / falta de liquidez Incapacidade administrativa Caso fortuito 61 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (art. 3º da Res. CFC 1282/10, que deu nova redação ao art. 6º da Res. CFC nº 750/93.) O registro deve ser efetuado Imediatamente (tempestividade) Pelo valor correto e total (integridade) Mesmo que haja somente razoável certeza de sua ocorrência 62 PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. (art. 3º da Res. CFC 1282/10, que deu nova redação ao art. 7º da Res. CFC nº 750/93.) As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 63 PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; C) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 64 CONTINUAÇÃO d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção da atualização monetária: I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.” 65 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (art. 3º da Res. CFC 1282/10, que deu nova redação ao art. 9º da Res. CFC nº 750/93.) 66 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.” (redação dada pelo art. 3º da Res. CFC 1282/10, que deu nova redação ao art. 10º da Res. CFC nº 750/93.) 67 CONTAS Nome técnico utilizado para identificar componentes patrimoniais ou de Resultado. As contas patrimoniais são representadas pelos bens direitos e obrigações ou: Ativo, Passivo e Pl. As que representam o resultado são as contas que representam receita e despesa. Elemento de registro que tem por finalidade reunir fatos contábeis da mesma natureza. Nas contas serão lançadas as aplicações e origens de recursos, e os valores a débito e a crédito. 68 TEORIAS DAS CONTAS 1- TEORIA PERSONALÍSTICA (a) Contas do Proprietário (situação líquida, receitas e despesas), (b) contas dos agentes consignatários ( bens, no ativo) e (c) contas dos correspondentes ( direito, (ativo) ou obrigações ( passivo exigível)). 2- TEORIA MATERIALÍSTICA ( a) contas integrais ( ativo e passivo exigível) e (b) contas diferenciais ( situação líquida, receitas e despesas); 3- TEORIA PATRIMONIALÍSTICA ( a) contas patrimoniais ( ATIVO, PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA) e as (b) contas de resultado (RECEITAS E DESPESAS) 69 CONTINUAÇÃO As Contas são classificadas como patrimoniais e de resultado a partir da Teoria Patrimonialistas que é adotada no Brasil: Lembrando que as Contas Patrimoniais são as contas do Ativo, representativas dos bens e dos direitos da entidade, e do Passivo representativas das obrigações e do Patrimônio Líquido da entidade; Os componentes patrimoniais podem ser vistos sobre dois aspectos, o qualitativo e o quantitativo: Sob a perspectiva do aspecto qualitativo os componentes do patrimônio são divididos de acordo com a sua respectiva natureza e representados através de contas como: Numerários (caixa); Mercadorias, Clientes, etc Sob o aspecto quantitativo são evidenciados o montante, a quantidade monetária de cada um dos elementos patrimoniaisnos seguintes termos: Numerários (caixa) R$ 200,00; Mercadorias R$ 600,00, Clientes R$ 800,00, etc. 70 TIPOS DE CONTAS CONTAS PATRIMONIAIS Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido CONTAS DE RESULTADO Receitas e Despesas 71 CONTINUAÇÃO As Contas De Resultado são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. As contas de receitas, custos e despesas são consideradas contas temporárias pois seus saldos são apurados a cada exercícios, a isso se chama encerrar ou zerar a conta e seu saldo deve ser lançado em uma conta denominada como conta de resultado ou apuração do resultado do exercício ARE (DRE). Após apura-se o saldo do ARE e este é transferido para o patrimônio líquido. 72 CONTAS ATIVO PASSIVO Bens e Direitos Obrigações PL Capital, Lucros TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO -DRE -Despesas Receitas Resultado Do Exercício 73 74 Participações Societárias R$ 3.000,00 Adiantamento a diretores R$ 500,00 Bancos conta movimento R$ 2.000,00 Caixa R$ 500,00 Despesas com pesquisa R$ 2.500,00 Duplicatas a pagar R$ 300,00 Duplicatas a receber R$ 3.000,00 Empréstimos e financiamentos obtidos R$ 10.000,00 Fornecedores R$ 5.000,00 Imóveis R$ 6.000,00 Mercadorias em estoque R$ 3.000,00 Máquinas e equipamentos R$ 1.700,00 Aplicações em Poupança R$ 1.000,00 Receitas antecipadas R$ 6.500,00 Seguros a vencer R$ 800,00 Títulos a pagar R$ 2.000,00 Veículos R$ 1.000,00 Capital Social R$ 1.200,00 Com base nas contas acima relacionar as contas de natureza devedoras e seus respectivos valores a esquerda e as contas de natureza credoras e seus respectivos valores a direita . FUNÇÃO DAS CONTAS (PG. 31) A função é a missão da conta, a razão de sua existência, para que ela serve. As contas exercem um importante papel no processo contábil e ao usá-las a contabilidade atinge sua principal finalidade que é suprir os usuários de informações acerca do patrimônio e de suas variações. Cada conta tem uma função que é controlar as variações ocorridas no patrimônio, mediante registro dos atos e fatos da administração econômica dos componentes do patrimônio e a formação dos resultados realizados em cada período de tempo. As contas de resultado provocam variações patrimoniais porque as receitas geram lucros que aumentam o Patrimônio Líquido e as despesas geram prejuízos que diminuem o PL. As despesas e as receitas provocam variações para mais ou para menos no PL produzem modificações no patrimônio da empresa. As contas funcionam por movimentos de débitos e de créditos e para entender o mecanismo do débito e crédito das contas é preciso, primeiramente, conhecer a natureza de cada conta. 75 CONTINUAÇÃO Existem grupos de natureza devedora e grupos de natureza credora. As contas do Ativo (bens e direitos) e as contas de Custos e Despesas são de natureza devedora e para que as contas aumentem seus valores devem ser feitos débitos e a diminuição ocorrerá com créditos As contas do Passivo, Patrimônio Líquido e Receita são de natureza credora, o que quer dizer que para aumentar o saldo é necessário lançar valores a crédito e para diminuir lançar valores a débito. 76 CONTINUAÇÃO Existem ainda as contas redutoras. São chamadas assim por reduzir o saldo do grupo que pertencem, e acabam por retificar os saldos. Se as contas redutoras estiverem no Ativo terão saldo credor e se estiverem no Passivo ou PL terão natureza devedora. Elementos que compõem o lançamento contábil . O Título, que corresponde ao nome da conta. O Local e Data em que observa a oportunidade e tempestividade com a marcação do tempo do fato (dia, mês e ano). O Histórico em que se narra o fato ocorrido. O Débito em que se apresenta a conta o débito da conta por receber o recurso. O Crédito em que se reporta o estado haver da conta O Saldo representa a diferença entre o débito e o crédito e que pode ser devedor ( quando débito maior que crédito) ou credor( quando débito menor que crédito). Há ainda o saldo nulo em que o débito igual a crédito. 77 PASSOS DO CICLO CONTÁBIL 1º Passo Escrituração 2º Passo Levantamento do Balancete de Verificação 3º Passo Ajustes (ao final do período) 4º Passo Segundo Balancete de Verificação 5º Passo Apuração de Resultados 6º Passo Contabilização do Lucro 7º Passo Distribuição do Lucro 8º Passo Estruturação das Demonstrações Contábeis (obrigatórias) 9º Passo Estruturação das Demonstrações Contábeis Não Obrigatórias, como por exemplo, o Balanço Social. 78 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DAS CONTAS Outra classificação da conta ocorre quanto à variação na natureza do saldo, as contas podem ser: a) Estáveis : são as contas cujo saldo só pode ser devedor devedor ou credor, sem variação; b) Instáveis : são as contas cujo saldo ora pode ser devedor, ora, credor. É o caso por exemplo das contas: Resultado do Exercícios ou Mercadorias quando contas mistas., C/C ICMS por exemplo. Outra classificação é quanto à necessidade e desdobramento ou divisão, as contas podem ser: a) Sintéticas: são as contas não divididas em subcontas; b) Analíticas: são as contas divididas em subcontas, como Banco conta movimento, que é desdobrada em contas que representam as instituições financeiras. 79 CONTINUAÇÃO Para cada bem ou agrupamentos de bens, direitos, obrigações ou situação líquida, há uma conta específica. Da mesma forma, as modificações do patrimônio líquido, positivas ou negativas, provocadas pelas atividades da empresa são representadas por contas de resultado (despesas e receitas). Na linguagem contábil, uma partida simples consiste no registro a débito ou a crédito de uma conta. Dizem-se partidas dobradas quando o mesmo valor é debitado em uma ou mais contas, ou seja, existe uma partida a débito e uma contrapartida, por igual valor. O importante é lembrar que uma conta pode ser constituída por diversas partidas, a débito e a crédito e se o total lançado a débito é superior ao total lançado a crédito, diz-se que ele tem saldo devedor e se o total lançado a crédito for superior ao total lançado a crédito, o saldo é credor. 80 PLANO DE CONTAS Convenções Contábeis DÉBITO: Lado esquerdo do razonete; todos os lançamentos que são feitos no lado esquerdo de uma conta. CRÉDITO: Lado direito do razonete; todos os lançamentos ( registros) que são feitos no lado direito de uma conta OBS: A DIFERENÇA ENTRE O TOTAL DE DÉBITOS E O TOTAL DE CRÉDITOS FEITOS EM UMA CONTA, EM DETERMINADO PERÍODO, É DENOMINADO SALDO. SE O VALOR DOS DÉBITOS FOR SUPERIOR AO VALOR DOS CRÉDITOS, A CONTA TERÁ UM SALDO DEVEDOR. SE ACONTECER O CONTRÁRIO, A CONTA TERÁ UM SALDO CREDOR. É importante destacar que ao realizarmos débito nas contas não significa dizer que existe uma situação desfavorável ou que os créditos significam que sinalizam uma situação favorável. 81 CONTINUAÇÃO 82 CONTAS DO ATIVO: Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do Balanço. Em coerência, as contas de Ativo ( Bens e Direitos) devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo CONTAS DE PASSIVO: Como as contas de Passivo aparecem no lado direito do Balanço, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as do Ativo. CONTINUAÇÃO A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual àsoma dos valores creditados. Não há débitos sem créditos correspondentes. IMPORTANTE! Todo aumento de Ativo (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se. Toda diminuição de Ativo (lança-se no lado direito do razonete): credita-se. Todo aumento de Passivo e PL (lança-se no lado direito do razonete): credita-se. Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se. 83 Saldos das Contas Credor Débitos < Créditos Devedor Débitos > Créditos Nulo Débitos = Créditos 84 Funcionamento das Contas DÉBITO Aplicações de recursos da empresa Contas de natureza devedora Lado esquerdo CRÉDITO Origens dos recursos que estão sendo aplicados Conas de natureza credora Lado direito 85 ELEMENTOS DAS CONTAS Registros individuais no Livro Razão, contendo: NOME (Título): CÓDIGO: DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C 86 Resumo do Funcionamento das Contas CONTAS PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR SALDO ATIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDOR PASSIVO CREDITAR DEBITAR CREDOR PATRIMÔNIO LÍQUIDO CREDITAR DEBITAR CREDOR DESPESAS DEBITAR CREDITAR DEVEDOR RECEITAS CREDITAR DEBITAR CREDOR RETIFICADORA DE ATIVO CREDITAR DEBITAR CREDOR RETIFICADORA DE PASSIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDOR 87 SOBRE O PLANO DE CONTAS Como foi mencionado em aulas anteriores existem as contas patrimoniais e as de resultado Sobre as contas patrimoniais 1.ATIVO No ativo encontram-se todas as contas que representam os bens e os direitos, devidamente classificados em três grupos: 1.0.ATIVO CIRCULANTE No grupo do ativo circulante estão dispostas as contas que representam os bens e os direitos que serão realizados até o final do exercício seguinte e tem o propósito de ser negociado. Correspondem aos recursos aplicados na entidade segundo o ciclo operacional da mesma. 1.1.ATIVO NÃO CIRCULANTE No grupo do ativo não circulante constam as contas que representam os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante se divide em: 1.1.1.REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Representam as contas cujo direitos ocorrem após o término do exercício seguinte. 88 CONTINUAÇÃO 1.1.2.IMOBILIZADO No ativo imobilizado se encontram classificadas todas as contas que representam os bens e direitos que garantem a atividade operacional da entidade. São elas: Móveis e utensílios, prédio, veículo e outros. Nesse grupo se encontra a conta depreciação que tem natureza credora pois retifica o saldo. 1.1.3.INVESTIMENTO Aquisição de bens que não se destinam a atividade operacional como obras de arte, terrenos para aluguel e participações permanentes em outras entidades, além de outras. 1.1.4.INTANGÍVEL Os ativos intangíveis compreendem os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 89 CONTINUAÇÃO 2. PASSIVO No passivo se encontram as contas que representam as obrigações e o Patrimônio Liquido. 2.0. PASSIVO CIRCULANTE No passivo circulante se encontram classificadas as contas que representam as obrigações da empresa que deverão ser liquidadas até o final do exercício seguinte. São os Capitais de Terceiros. 2.1. PASSIVO NÃO CIRCULANTE No passivo não circulante são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não- circulante, que serão liquidadas após o final do exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. A divisão do Passivo Não Circulante será realizada da seguinte maneira: 2.1.1. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO No passivo exigível a longo prazo se encontram classificadas as contas que representam as obrigações da empresa que têm vencimento após o término do exercício seguinte. 90 CONTINUAÇÃO OBS - RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS O Resultado de Exercícios Futuros é apresentado no Balanço Patrimonial fazendo parte do passivo não circulante, sendo composto das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas dos custos e despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que efetivamente serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a algum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as quais não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa (conforme lei 11.638/07). Estes resultados de exercícios futuros faziam parte do BP como um grupo. Alteração pela Lei 11.941/09 o colocou no PNC 2.2- PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Líquido é formado pelas contas a) Capital Social b) Reservas de Capital c) Ajustes de Avaliação Patrimonial d) Reservas de Lucros e) Ações em Tesouraria f) Prejuízos Acumulados. 91 CONTINUAÇÃO 2.2.1. CAPITAL SOCIAL O capital social representa os valores dos acionistas após subscreverem e a integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e direitos. 2.2.2.RESERVAS DE CAPITAL A reserva de capital abrange as seguintes contas sintéticas: a) Reserva de Ágio na Emissão de Ações; b) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; c) Reserva de Bônus de subscrição 2.2.3.RESERVAS DE LUCROS As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica. 2.2.4. LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos). 92 CONTINUAÇÃO 2.2.5. PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO No caso em que o valor do Patrimônio Líquido é negativo é também denominado de "Passivo a Descoberto". Isto ocorre quando o valor das obrigações para com terceiros é superior ao dos ativos. CONTAS DE RESULTADOS Estas contas se representadas pelas Receitas e Despesas. Aparecem durante o exercício, encerrando-se no final do mesmo. RECEITA Receita provoca acréscimo de patrimônio Líquido e, simultaneamente, acréscimo de ativo. CUSTO Custo é o preço pelo qual se obtém um bem ou serviço. Nas empresas, os dispêndios são comumente chamados despesas, não obstante haja, doutrinariamente, distinção entre os termos custo e despesa. DESPESAS Despesa representa os sacrifícios que a entidade se vê obrigada a despender para obtenção da receita. 93 CONTINUAÇÃO As contas são apresentadas em níveis: Nível 1: Ativo; Passivo e Patrimônio Líquido; e Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado). Nível 2: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais. Nível 3: Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa. Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos Conta Movimento. Exemplo de plano de contas com quatro níveis conforme acima: Nível 1 Ativo Nível 2 Ativo Circulante Nível 3 Caixa e Equivalentes de Caixa Nível 4 Bancos Conta Movimento 94 PLANO DE CONTAS EXEMPLO 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 Caixa 1.1.1.01 Caixa Geral 1.1.2 Bancos C/Movimento 1.1.2.01 Banco Alfa 1.1.3 Contas a Receber 1.1.3.01 Clientes 1.1.3.02 Outras Contas a Receber 1.1.3.09(-)Duplicatas Descontadas 1.1.4 Estoques 1.1.4.01 Mercadorias 1.1.4.02 Produtos Acabados 1.1.4.03 Insumos 1.1.4.04 Outros 2 PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher 2.1.1.01 Simples a Recolher 2.1.1.02 INSS 2.1.1.03 FGTS 2.1.2 Contas a Pagar 2.1.2.01 Fornecedores 2.1.2.02 Outras Contas 2.1.3 Empréstimos Bancários 2.1.3.01 Banco A - Operação X 2.2 NÃO CIRCULANTE 2.2.1 Empréstimos Bancários 2.2.1.01 Banco A - Operação X 95 CONTINUAÇÃO 1.2 NÃO CIRCULANTE 1.2.1 Contas a Receber 1.2.1.01 Clientes 1.2.1.02 Outras Contas 1.2.2 INVESTIMENTOS 1.2.2.01 Participações Societárias 1.2.3 IMOBILIZADO 1.2.3.01 Terrenos 1.2.3.02 Construções e Benfeitorias 1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas 1.2.3.04 Veículos 1.2.3.05 Móveis 1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada 1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada 1.2.4 INTANGÍVEL 1.2.4.01 Marcas 1.2.4.02 Softwares 1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 Capital Social 2.3.2.01 Capital Social Subscrito 2.3.2.02 Capital Social a Realizar 2.3.2. Reservas 2.3.2.01 Reservas de Capital 2.3.2.02 Reservas de Lucros 2.3.3 Prejuízos Acumulados 2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores 2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual 96 CONTINUAÇÃO 3 CUSTOS E DESPESAS 3.1 Custos dos Produtos Vendidos 3.1.1 Custos dos Materiais 3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados 3.1.2 Custos da Mão-de-Obra 3.1.2.01 Salários 3.1.2.02 Encargos Sociais 3.2 Custo das Mercadorias Vendidas 3.2.1 Custo das Mercadorias 3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas 3.3 Custo dos Serviços Prestados 3.3.1 Custo dos Serviços 3.3.1.01 Materiais Aplicados 3.3.1.02 Mão-de-Obra 3.3.1.03 Encargos Sociais 4 RECEITAS 4.1 Receita Líquida 4.1.1 Receita Bruta de Vendas 4.1.1.01 De Mercadorias 4.1.1.02 De Produtos 4.1.1.03 De Serviços Prestados 4.1.2 Deduções da Receita Bruta 4.1.2.01 Devoluções 4.1.2.02 Serviços Cancelados 4.2 Outras Receitas Operacionais 4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes 4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos 4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado 97 CONTINUAÇÃO 3.4 Despesas Operacionais 3.4.1 Despesas Gerais 3. 4.1.01 Mão-de-Obra 3.4.1.02 Encargos Sociais 3.4.1.03 Aluguéis 3.5 Perdas de Capital 3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante 3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos 3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado . 98 REGISTRO CONTÁBIL O registro do fato contábil é todo fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em documentação hábil e idônea. O patrimônio das empresas está em constate movimento, em função dos acontecimentos que ocorrem diariamente. Esses acontecimentos podem ser divididos em dois grupos: Algumas contas e suas classificações: 99 CONTINUAÇÃO CAIXA. Código 1.1.1.001 Ativo; Circulante; Disponibilidades. Função: Abrigar os numerários em tesouraria. (dinheiro no caixa da empresa) Natureza: Devedora. Debitada: Recebimento de duplicatas; Vendas à vista em dinheiro; saques bancários; etc. Creditada: Em todos os desembolsos em dinheiro - pagamentos de: títulos, despesas, etc. 100 CONTINUAÇÃO BANCOS. Código 1.1.1.002 Ativo; Circulante; Disponibilidades. Função: Abrigar toda a movimentação bancária da empresa. (banco conta movimento) Natureza: Devedora. Debitada: Pelos valores depositados em banco e pela aquisição de empréstimos. Creditada: Pelos pagamentos em cheques ou diminuições na conta corrente. 101 CONTINUAÇÃO CLIENTES NACIONAIS. Código 1.1.2.002 Ativo; Circulante; Direitos. Função: Abrigar os valores a receber provenientes de vendas a prazo. Natureza: Devedora. Debitada: No ato da venda a prazo para recebimento até exercício social seguinte. Creditada: Pelo recebimento da duplicata; quando o cliente resgata a duplicata. 102 CONTINUAÇÃO ESTOQUE MERC. REVENDA. Código 1.1.3.001 Ativo; Circulante; Estoques. Função: Abrigar os valores das mercadorias destinadas a venda. Natureza: Devedora. Debitada: Nas compras de mercadorias. Creditada: Nas vendas de mercadorias; nas percas por avarias ou sinistros. 103 CONTINUAÇÃO SEGUROS A APROPRIAR. Código 1.1.4.001 Ativo Circulante; Desp. Exerc. Seg. Função: Abrigar os valores relativos a seguros pagos com competência futura. Natureza: Devedora. Debitada: No ato da contratação e pagamento do seguro. Creditada: Mensalmente pela apropriação mensal de parcela proporcional ao n° meses. 104 CONTINUAÇÃO VEÍCULOS. Código 1.3.2.005 Ativo Permanente; Imobilizado. Função: Abrigar os valores de aquisição dos veículos de uso na empresa. Natureza: Devedora. Debitada: Na compra do veículo ou em reavaliações do mesmo. Creditada: Na venda de veículos ou baixa por desuso, avaria ou sinistro. 105 CONTINUAÇÃO DEPRECIAÇÃO ACUM. VEÍCULOS. Código 1.3.2.006 Ativo Perm.; Imobilizado Função: Retificar o valor dos veículos pelas perdas de valor pelo uso ou obsolescência. Natureza: Credora. Debitada: Na baixa do bem pela venda, desuso, avaria, sinistro, etc. Creditada: quando do registro da depreciação que esta sendo acumulada, ou seja, registra o desgaste do veiculo no tempo. 106 ATOS ADMINISTRATIVOS São aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no Patrimônio. Ex: Admissão de empregados; Assinatura de contrato de compra e venda e de seguros; Fiança em favor de terceiros; Avais de títulos Por não provocarem alterações no patrimônio os atos administrativos em regra não são contabilizados, entretanto alguns deles considerados relevantes e cujos efeitos possam se traduzir em modificações no Patrimônio da entidade (modificações futuras) poderão ser contabilizados através das contas de compensação. Ex: Avais concedidos, fianças de aluguéis. Remessa de títulos para cobrança bancária. 107 FATOS ADMINISTRATIVOS São aqueles que provocam modificações no Patrimônio, sendo, portanto, objeto de contabilização por meio de contas de patrimoniais e de resultados. Estas alterações podendo ou não alterar o patrimônio líquido. Tipos: Permutativos, qualitativos ou compensativos: representam permutas (trocas) entre elementos do Ativo, passivos ou entre ambos simultaneamente, sem provocar variações no Patrimônio Líquido; Modificativos ou quantitativos – provocam variações (modificações) no Patrimônio Líquido; Mistos: Envolvem ao mesmo tempo um fato permutativo e uma fato modificativo. 108 SITUAÇÃO INICIAL Caixa 10.000 Banco c/ mov. 90.000 Dupl. A Receber 100.000 Est. Merc. 120.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 430.000 Fornecedores 60.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 30.000 Imp. A recolher 50.000 PL 180.000 Total Passivo 430.000 ATIVO PASSIVO 109 PERMUTAÇÃO ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO EX: DEPÓSITO BANCÁRIO DE 5.000,00 Caixa 5.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 100.000 Est. Merc. 120.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 430.000 Fornecedores 60.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 30.000 Imp. A recolher 50.000 PL 180.000 Total Passivo 430.000 Ativo Passivo 110 PERMUTAÇÃO ENTRE ELEMENTOS PASSIVO NÃO APROPRIAÇÃO EM SAL. A PAGAR DO IRF R$ 5.000,00 Caixa 5.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 100.000 Est. Merc. 120.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 430.000 Fornecedores 60.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 180.000 Total Passivo 430.000 Ativo Passivo 111 PERMUTAÇÃO ENTRE CONTAS DO ATIVO E PASSIVO PAGAMENTO EM DINHEIRO FORNECEDOR – 2.000,00 DIMINUIÇÃO Caixa 3.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 100.000 Est. Merc. 120.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 428.000 Fornecedores 58.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 180.000 Total Passivo 428.000 ATIVO PASSIVO 112 PERMUTAÇÃO ENTRE CONTAS DO ATIVO E PASSIVO COMPRA MERCADORIAS A PRAZO – 20.000,00 AUMENTO Caixa 3.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 100.000 Est. Merc. 140.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 448.000 Fornecedores 78.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 180.000 Total Passivo 448.000 ATIVO PASSIVO 113 FATO MISTO AUMENTATIVO EX: REC. DUPLICATA 20.000 C/ JUROS 1000 Caixa 24.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 80.000 Est. Merc. 140.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 449.000 Fornecedores 78.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. a pagar 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 181.000 Total Passivo 449.000 ATIVO PASSIVO 114 FATO MODIFICATIVO- AUMENTATIVO PAGAMENTO EM DINHEIRO DO ALUGUEL- 10.000 Caixa 14.000 Banco c/ mov. 95.000 Dupl. A Receber 80.000 Est. Merc. 140.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 439.000 Fornecedores 78.000 Empr. Bancários 110.000 Sal. A Pg 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 171.000 Total Passivo 439.000 ATIVO PASSIVO 115 FATO MISTO DIMINUTIVO EX: PAG. PARTE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO 30.000 C/ JUROS 5.000 COM CHEQUE Caixa 14.000 Banco c/ mov. 60.000 Dupl. A Receber 80.000 Est. Merc. 140.000 Imóveis 70.000 Veículos 40.000 Total ATIVO 404.000 Fornecedores 78.000 Empr. Bancários 80.000 Sal. a pagar 25.000 Imp. A recolher 55.000 PL 166.000 Total Passivo 404.000 ATIVO PASSIVO 116 LIVROS EMPRESARIAIS OU COMERCIAIS Podem ser divididos em: 1- Obrigatórios e facultativos; 2- Comuns e especiais; 3- Principais e auxiliares; 4- Cronológicos e sistemáticos. LIVROS OBRIGATÓRIOS: são aqueles exigidos por lei, como o Diário, obrigatório segundo o Código Civil. LIVROS FACULTATIVOS: são os que, por não serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não, a critério da empresa. LIVROS COMUNS : são os exigidos das empresas em geral, independente de seu tipo societário ou atividade. LIVROS ESPECIAIS: são os exigidos exclusivamente de determinadas sociedades, em razão de sua forma jurídica ou de suas atividades. É o caso dos livros exigidos pela Lei 6.404/76. ( exclusivos das S.A). Ex: .registro de ações nominativas, atas de assembleias Gerais, dentre outros. 117 CONTINUAÇÃO LIVROS PRINCIPAIS: são os que registram todos os fatos, como é o caso dos livros Diário e Razão. LIVROS AUXILIARES: são os que se destinam ao controle de um determinado componente patrimonial, como os livros Caixa e Conta Correntes. LIVROS CRONOLÓGICOS: são os que obedecem à rigorosa ordem de dia, mês e ano em sua escrituração, sem que haja a preocupação de se organizar as informações registradas, como é o caso do livro Diário. LIVROS SISTEMÁTICOS: são aqueles que levam em consideração, essencialmente, a organização das informações registradas de modo mais útil ao contabilista, como o livro Razão. 118 LIVRO RAZÃO RAZÃO : é um livro atualmente obrigatório para os contribuintes tributados pelo Lucro Real, conforme a legislação do IR, mas facultativo sob a ótica da legislação empresarial. É um livro principal e sistemático. Em virtude de sua eficiência, é indispensável em qualquer tipo de empresa. Consiste no agrupamento de valores em contas da mesma natureza e de forma racional, ou seja, em contas individualizadas. 119 CONTINUAÇÃO 120 O LIVRO DIÁRIO DIÁRIO: é um livro no qual são registrados todas as operações contabilizáveis de uma entidade, em ordem cronológica e com a observância de certas regras. Por exigência do Código Civil, o Diário é livro obrigatório para os empresários e sociedades empresárias em geral. Também a legislação do IR exige que o contribuinte sujeito ao lucro real escriture esse livro. O livro Diário é obrigatório, comum, principal e cronológico. PARTIDAS DE DIÁRIO é o registro de uma operação no Livro DIÁRIO. O método universalmente usado em todos os sistemas contábeis é o método das partidas dobradas. Formalidades Extrínsecas (apresentação ou aparência) e Intrínsecas (à escrituração propriamente) 121 CONTINUAÇÃO REQUISITOS DE UMA PARTIDA DE DIÁRIO: 1) Data da operação 2) Conta a ser debitada 3) Conta a ser creditada 4) Histórico da operação, com a menção das características principais dos documentos comprobatórios da operação. 5) Valor da operação, em moeda. 122 FORMULAS DE LANÇAMENTO 1.a. Fórmula São Paulo, 5 de julho 20x9 Estoques de Mercadorias a Caixa compra a vista de Comercial Xerem ltda conf s/ Nota fiscal 777888 ....R$10.400 OBS: As partidas dobradas que contêm uma única conta a débito e uma única conta a crédito são chamadas de Partidas de 1.a. Fórmula. 123 CONTINUAÇÃO 2.a. Fórmula Rio de Janeiro, 7 de setembro de julho 20x9 Estoques de Mercadorias a Diversos a Caixa compra a vista de F. Macedo Ltda conf s/ Nota fiscal 3456 .R$ 3.400 a Fornecedor Idem, a prazo de J Cavalcanti S.A conf s/ Nota fiscal 73....R$ 2.500...R$ 5.900 No lançamento do dia 7, a conta Estoques de Mercadorias foi debitada pelo total de R$ 5.900 e as contas Caixa e Fornecedores são as creditas, respectivamente, $ 3.400 e $ 2.500. OBS: Partidas de 2.a fórmula são as compostas de uma conta a débito e duas ou mais contas a crédito 124 CONTINUAÇÃO 3.a. Fórmula São Paulo, 20 de julho 20x9 Diversos a Caixa Moveis e Utensílios pago a móveis Indústrias S.A ref a NF 3478..................R$ 8.000 Veículos Idem, à Soc. Comercial de automóveis Ltda NF 4565....R$ 12.000 Terrenos Idem, a Joaquim conf. Escritura lavrada no 3.a. tabelião R$ 62.000.R$ 82.000 A conta caixa é creditada pelo total de R$ 82.000 e as contas móveis e utensílios, veículos e Terrenos são debitadas, respectivamente, por $ 8.000, $ 12.000 e $ 62.000. OBS: Partidas de 3.a Fórmula são as compostas de duas ou mais contas a débito e uma só conta a crédito. 125 CONTINUAÇÃO 4.a. Fórmula OBS: PARTIDAS DE 4.a FÓRMULA SÃO AS COMPOSTAS DE DUAS OU MAIS CONTAS A DÉBITOS E DE DUAS OU MAIS CONTAS A CRÉDITO. 126
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