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2º TRABALHO

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Pré-dimensionamento de uma rede de drenagem
Os sistemas de drenagem urbana podem ser dimensionados em dois níveis:
Macro drenagem:. relaciona‐se. aos escoamentos em fundos de vale que normalmente são bem definidos mesmo que não correspondam a um curso de água perene;	
Micro drenagem: relaciona‐se a áreas onde o escoamento natural não é bem definido e, portanto, acaba sendo determinado pela ocupação do solo. Em áreas urbanas é essencialmente definida pelo traçado das ruas.
Segundo a PNSB ‐ Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2002 apud BRASIL, 2003) e do mesmo modo consoante o Guia para elaboração de planos municipais de saneamento (BRASIL, 2006), a micro drenagem é considerada como o conjunto da rede formada por galerias tubulares com diâmetro igual ou superior a 0,30m e inferior a 1,20m, assim como pelas galerias celulares cuja área da seção transversal é inferior a 1m². A macro/meso drenagem é constituída pelas estruturas que recebem a contribuição da micro drenagem, sendo formadas por cursos d’água, galerias tubulares com diâmetro igual ou superior a 1,20 m e galerias celulares cuja área da seção transversal seja igual ou superior a 1 m².
Pode‐se subdividir o sistema de micro drenagem em sistema inicial de drenagem e sistema de galerias de águas pluviais; sendo o primeiro composto pelas ruas, valetas e sarjetas e o segundo pelas bocas de lobo, poços de visita e tubulações coletoras de águas pluviais. Ambas explanações são complementares e não divergem entre si.
Existem outras referências, embora não divergentes, em âmbito internacional, utilizadas para a divisão dos sistemas urbanos de drenagem de águas pluviais conforme aborda Smith (2006). Este autor divide o sistema em dois, denominados respectivamente de sistema superficial ou principal composto por ruas, valetas e vários canais naturais e artificiais e o outro de sistema de sub-superficial ou sistema secundário.
Smith (2006) evidencia a clara distinção entre estas divisões do sistema de drenagem do mesmo modo que o Manual de Drenagem Urbana editado pelo DAEE/CETESB (1980) e mesmo Tucci (2004). Diferenças estas já mencionadas quanto às disposições físicas e outras relacionadas à utilização do período de retorno no projeto de dimensionamento, sendo de 2 a 10 anos para o sistema secundário ou micro‐drenagem e de 25 a 100 anos para o sistema principal ou macro‐drenagem.
Método Racional
Desde a primeira exposição da famosa Teoria Racional por Emil Kuichiling (1880) apud Wilken (1978) que originou a Equação Racional e assim o Método Racional muitos ainda a utilizam. Esta equação expressa o máximo caudal ou a maior vazão em uma seção da bacia contribuinte dada, em função das características da própria bacia e da quantidade de chuva precipitada.
Qloc = C i A
Onde:
Qloc = vazão superficial local (m³/s); C = coeficiente de escoamento superficial;
i = intensidade da chuva (m/s); A = área da bacia contribuinte local (m²).
A aplicação do Método Racional é válida para bacias urbanas ou rurais pequenas com áreas de até 500 ha e pode ser aplicado com segurança até 50 ha ou 100 acres (WILKEN, 1978; DEBO, REESE, 2003). Entretanto há outros autores que consideram o limite de área para aplicação deste método de 2km² (TUCCI, 2004) e até 3km² ou 300 ha como Festi (2005). Para áreas superiores a 2km² recomenda‐se para estimativa de vazão, a utilização do Método do Hidrograma Unitário, proposto pelo NRCS (Natural Resources Conservation Service), antigo SCS (Soil Conservation Service).
Dimensionamento pelo Método Racional:
Obedece frequentemente a decisão mais econômica adotando‐se inicialmente a declividade do terreno conduzindo a menores custos relacionados à escavação. Com o cálculo da vazão à seção plena e tendo a vazão a ser escoada pela tubulação determina‐se a razão Q/Qp e por meio de tabela determina‐se por interpolação a velocidade do escoamento. Caso os valores ultrapassem os limites estabelecidos para a velocidade e também para a relação altura‐diâmetro, galerias dimensionadas como condutos livres, deve‐se decidir pela troca de diâmetro ou proceder a alterações na declividade da galeria. Deve‐se ressaltar que apesar do procedimento ser simples, o processo torna‐se dispendioso visto a não observância dos limites estabelecidos em projetos quando do dimensionamento das galerias de águas pluviais e a necessidade de sucessivas interpolações para se chegar à solução.
Método Saatçi
Saatçi introduziu uma solução usando considerações geométricas e a Equação de Manning. Sendo dados a vazão (Q), a declividade (I) e o diâmetro (D), calcula‐se a constante “k” pela e o ângulo central (Ө). Calcula‐se a área molhada (Am) e procede‐se ao cálculo da velocidade (V) e da profundidade.
k = Q n D^-8/3 I^-1/2
Onde:
K = constante; Q = vazão (m³/s); D = diâmetro (m); I = declividade (m/m).
θ = 3π/2
Onde:
Ө = ângulo central (rad); K = constante.
Por meio da Figura , tem‐se que:
Am = D^2 (θ senθ) / 8
Onde:
Am = área molhada (m²).
Deste modo, calcula‐se a velocidade e a relação altura lâmina d’água‐diâmetro:
V = Q/Am h/D = ½ [ 1 – cos (θ /2)
Onde:
V = velocidade do escoamento (m/s); h/D = relação altura lâmina d’água‐diâmetro; h = profundidade do escoamento (m); D = diâmetro (m).
Dimensionamentos hidráulico e estrutural: 
A rede de drenagem pluvial urbana exige, basicamente, dois tipos de dimensionamento. Um deles é o hidráulico, estudo que indicará qual é o diâmetro dos dutos a serem utilizados. “Para determinar essa característica, existe uma série de informações técnicas, mas, resumindo, é possível dizer que o diâmetro das tubulações é diretamente proporcional à área de captação da chuva. Por exemplo: quando há uma grande bacia que concentra a precipitação e a encaminha para determinada avenida, a canalização deve ser constituída por tubos de diâmetro capazes de captar toda a água dessa área”, explica Gimenez.
O profissional ressalta a importância do dimensionamento hidráulico, destacando que essa é a questão de maior importância no momento de projetar o sistema. “O estudo deve ser feito de forma correta. Quanto mais impermeabilizado for o terreno, com asfalto e concreto, menor será a quantidade de chuva que infiltra no solo. Isso aumenta a quantidade de água que escoa rapidamente, acumulando nos pontos baixos da cidade”, adverte. O segundo dimensionamento que deve ser feito é o estrutural, ou seja, a definição da classe de resistência mecânica dos tubos. “Entre os itens que interferem, é preciso considerar se haverá trânsito sobre a rede e qual será a profundidade da obra, entre outros”, comenta.
Tubos de concreto: 
Para bem projetar a rede de drenagem do solo também é preciso conhecer os tipos de peças disponíveis no mercado. Os tubos de concreto são fabricados em dois formatos: os de seção circular e os retangulares. O modelo circular normalmente tem diâmetro interno que varia de 20 cm até 2 m. “Existem tubos com diâmetro maior que chegam a até 3 m, porém não são usuais, sendo especificados somente em casos em que há grandes volumes de chuvas”, completa Gimenez. Outra característica dos tubos de seção circular é seu modo de conexão: existem peças com ligação tipo macho e fêmea e outras com sistema ponta e bolsa, sendo esta última a mais comum.
Por sua vez, os elementos retangulares, também chamados de aduelas, têm tamanho inicial de 1 x 1 m e podem chegar até 4,5 x 4,5 m. Já o encaixe deste tipo de tubo acontece através do sistema macho e fêmea. Utilizadas em alguns países da Europa, as peças no formato de cotovelo não existem no Brasil. “Quando a rede precisa mudar de direção, é recomendável a construção de um poço de visita ou de uma caixa morta”, aconselha o engenheiro.
Drenagem pluvial x esgoto: 
Dependendo do que é transportado, há diferenças no tipo de tubulação. Em São Paulo, a Sabesp utiliza tubos de PVC ou de aço para água pressurizada e tubos de concreto para captação de esgoto e de água da chuva. A rede de drenagem pluvial funciona pelo escoamento daágua através da pressão atmosférica, sem bombeamento. “A água simplesmente sai do ponto mais alto para o mais baixo. Pequenos vazamentos nesse sistema não têm importância tão grande, diferentemente da rede de esgoto sanitário, que, ao apresentar vazamento, exige intervenção rápida, pois o material transportado é altamente agressivo ao meio ambiente, podendo contaminar o subsolo”, esclarece o profissional.
Outra diferença da rede de drenagem pluvial para a de esgoto é o tipo de peças utilizadas. “Para o sistema em concreto de esgoto sanitário são especificados tubos de junta elástica, com anel de borracha em uma das pontas que se conecta na bolsa do outro tubo para fazer o encaixe. Esse anel é comprimido, garantindo a estanqueidade da rede”, detalha o engenheiro.
Referências bibliográficas 
Construa Negócios, Rede de drenagem pluvial eficiente pode evitar enchentes. Disponível em: <http://www.construanegocios.com.br/artigos/exibir.php?noticia=5386>. Acesso em 15 de Maio de 2016.
REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil, Sistemática de cálculo para o dimensionamento de galerias de águas pluviais: Uma abordagem alternativa. Disponível em : <https://revistas.ufg.emnuvens.com.br/reec/article/download/18162/11292>. Acesso em 15 de Maio de 2016.

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