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INTENSIVO II Disciplina: Direito Penal Prof. Rogério Sanches Aula Online 02 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA ÍNDICE I. ANOTAÇÕES DA AULA II. JURISPRUDENCIA CORRELATA 2.1. STJ - 2.2. STF - III. SIMULADOS I.ANOTAÇÕES DA AULA Art. 121,§2º, V do CP – HOMICÍDIO POR CONEXÃO § 2° Se o homicídio é cometido: V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 1 – conexão teleológica: o agente mata para assegurar a execução de outro crime (futuro) Ex.: “A” mata o segurança para estuprar a artista “B”. Obs1 : O crime será qualificado ainda que o crime futuro não aconteça. Obs2: O crime futuro não exige identidade de sujeito ativo com o homicídio. 2 – Conexão consequencial – o agente mata para assegurar a ocultação , a impunidade ou vantagem de outro crime ( crime passado).Ex: “A” mata testemunha de um crime passado em que figura como suspeito. Obs1: o crime passado não exige identidade de sujeito ativo com o homicídio Ex: matar testemunha para assegurar a impunidade de um crime de meu irmão. ATENÇÃO 1 – a conexão ocasional não qualifica o homicídio. O homicídio é praticado por ocasião de outro crime, sem vínculo finalístico. ATENÇÃO 2 - matar para assegurar a execução, a impunidade, a vantagem ou ocultação de contravenção não qualifica o art. 121 , §2º, V , mas pode caracterizar os demais incisos. PLURALIDADE DE CIRCUSNTÂNCIAS QUALIFICADORAS Ex: Art. 121,§2º, II (motivo fértil) e III (meio cruel), CP Neste caso: A primeira circunstancia não serve como qualificadora e as demais circunstancias que não serviram para qualificar o crime, essas serão agravantes. O Inciso II – serve como uma qualificadora – a pena não mais estará de 06 a 20 mas de 12 a 30 anos. O Inciso II – será agravante (se assim estiver previsto em lei mas especificamente no art. ... 25’’) ou circunstancia judicial desfavorável (art. 59 do CP) HOMICÍDIO QUALIFICADO /PRIVILEGIADO §1º - MOTIVO VALOR SOCIAL Motivo valor moral Dominio de violenta emoção Todas são motivos subjetivos §2º Motivo Torpe - subjetivo Motivo Fútil - subjetivo Meio cruel - objetivo Modo surpresa - objetivo Vinculo finalístico - subjetivo ATENÇÃO: É possível o concurso entre causas de privilégio com qualificadora ambas de natureza objetiva. Pergunta: E quando eu tenho um privilegio concorrendo como uma qualificadora onde os dois são subjetivos, quem fica e quem é excluído? R: O jurado primeiro vota sobre o privilégio e se ele diz ser crime privilegiado ( primeiro a tese da defesa) o juiz julga estar prejudicado a qualificadora. CUIDADO... Pergunta: Homicídio qualificado/privilegiado é hediondo? De acordo... HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO Doloso – me refiro a caput, §1º e §2º do art. 121 Art. 121,§4º, 2ª parte, CP § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003). Momento da conduta ( a vítima era menor de 14 anos – No momento do resultado a vítima era maior de 14 anos – majorante considerada Momento da conduta a vítima era menor de 60 – No momento do resultado a vítima era maior de 60 anos – majorante não considerada. Atenção: Não se leva em conta a data do resultado – art. 4º do CP( se analisa a data da conduta para que incida a majorante. É indispensável ... Art. 121, §6º § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) Cuidado: causa de aumento incluída pela Lei 12.720 de 2012 (incluiu causa de aumento no crime de homicídio e também tipificou o crime de formação de milícia ou grupo de extermínio. Pergunta: Porque a lei 12.720 acrescentou essa causa de aumento no homicídio? R: A indeterminação.. a) b) Pergunta: Quantas pessoas devem integrar o grupo de extermínio ou milícia privada? 1ª corrente – três ou mais pessoas ( 2 é par e 04 será organização criminosa) 2ª corrente - quatro ou mais pessoas – regra do art. 288 CP. 3ª corrente - três ou mais pessoas – (Lei 12.694/12) Na doutrina a maioria defende a terceira corrente, mas o assunto ainda é novo. GRUPO DE EXTERMÍNIO ANTES DE DEPOIS DA LEI 12.720/12 Homicídio praticado por grupo de extermínio Antes( O art. 121 - a pratica do homicío por grupo de extermínio era circunstancia judicial desfavorável e não era quesitada aos jurados e tornava o homicídio hediondo quando não era qualificado. Depois( O art. 121 praticado por grupo de extermínio passou a caracterizar causa de aumento de pena. Neste caso deve ser quesitada para os jurados e continua tornando o homicídio hediondo quando não qualificado. MILÍCIA ANTES E DEPOIS DA LEI 12.720. Antes – O art. 121,§6º praticado por milícia era circunstancia judicial desfavorável e não era objeto de quesitos.Não tornava o homicídio hediondo quando não qualificado. Depois – O art. 121,§6º passou a ser causa de aumento de pena, sendo quesitado aos jurados e atenção: Quando simples o homicídio praticado por milícia não é hediondo. Quando... STF – Não encherga o “bis in idem” em casos parecidos como de roubo e formação de quadrilha. HOMICÍDIO CULPOSO Conceito: Ocorre o .... Imprudência - precipitação, afoiteza; Negligência – ausência de precaução. Imperícia – é a falta de aptidão técnica para o exercício de arte, ofício ou profissão. Obs1 : A culpa concorrente da vítima não exige o agente de responsabilidade. Obs2: A culpa exclusiva da vítima não gera responsabilidade penal para o agente. HOMICÍDIO CULPOSO MAJORADO Art. 121,§4º, primeira parte § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003). Somente para o homicídio culposo 1 . Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício – é a chamada negligência profissional. Negligência profissional – o agente tem aptidão para o exercício do mister mas não observa os conhecimentos técnicos que possui. Imperícia – o agente não tem aptidão para o mister. Se discute se estamos diante de um “bis in idem”. Pergunta: A negligência profissional gera bis in idem? R: 1ªC – O STF... 2ªC – b. Omissão de socorro Atenção: Não incide o tipo do art. 135 CP evitando “bis in idem”. Obs1 – se a vítima é socorrida imediatamente por terceiros não incide a causa de aumento de omissão de socorro. Obs2 - morte instantânea da vítima também impede a majorante. Se o autor... c. Não procurar diminuir as consequências do comportamento d. Fuga para evitar a prisão em flagrante Razões: o agente demostra ausência de escrúpulo. Fica mais difícil e incerta a punição. PERDÃO JUDICIAL Art. 121,§5º, CP § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se tornedesnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) Perdão Judicial: ... Em resumo o Estado perde o interesse de punir. É causa extintiva da punibilidade. Atenção: Não confundir com perdão do ofendido. Nos dois casos estamos diante de causa extintiva da punibilidade, no entanto o perdão judicial (juiz) é ato unilateral e o do ofendido é bilaterial precisa ser aceito para extinguir a punibilidade. O perdão judicial só cabe nos casos expressamente previsto em lei e o perdão do ofendido nos crimes de ação penal privada. O perdão é típico caso de bagatela imprópria: Bagatela própria – o fato é, desde o início um irrelevante penal. Atipicidade.Ex: subtração de caneta bic. Bagatela imprópria - o fato é relevante mas o Estado perde o interesse de punir. Extinção da punibilidade.Ex: perdão judicial no homicídio culposo. O perdão judicial não se liga ao fato da vítima ser parente. Natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial: 1ªC – condenatória – interrompe a prescrição, serve de título executivo, o perdão não pode ser concedido na fase de I.P. 2ªC – declaratória – extintiva da punibilidade – não interrompe a prescrição e não serve como titulo executivo. O perdão judicial pode ser concedido na fase de I.P. Pressupõe reconhecimento de culpa, sendo assim demanda o devido processo legal não pode ser dado na fase de inquérito(entendimento Rogéiro Sanches). HOMICÍDIO CULPOSO NO CP x HOMICÍDIO CULPOSO NO CTB Ambos é a morte culposa de alguém. No homicídio culposo CP – pena de 01 a 03 anos – cabe suspensão condicional do processo – é possível o perdão judicial. No homicídio culposo no CTB – pena de 02 a 03 anos – não cabe suspensão condicional do processo – cabe perdão judicial? No CTB foi vetado. Nas razões o presidente remete ao perdão judicial do CP.O presidente da republica ao vetar o art. 300 do CTB que disciplinava o perdão judicial nos crimes de transito, justificou a desnecessidade do dispositivo diante do art. 121,§5º do CP. Conclusão: não se buscou evitar o perdão, mas ap´licar o instituto do perdão previsto no CP. Pergunta: Em ambos existe o igual desvalor do resultado e o que justifica a diferenciação nas penas? A conduta, o desvalor da conduta, no transito a conduta negligente é mais perigosa justificandoa punição mais severa. ___________________________________________________________________________________ II. JURISPRUDENCIA CORRELATA 2.1. STJ 2.2. STF - HC 107636 / RS III. SIMULADOS 3.1. ( 3.2. ( 3.3. ( GABARITO: 3.1. 3.2. 3.3. Super dica: neste caso obrigatoriamente a qualificadora é objetiva e o privilégio é subjetiva (não esquecer) – 1h 32 �PAGE � �PAGE �8� � INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira
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