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Resumo de sociologia

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CAPÍTULO 7 “DO FUNDO DO BURACO” O drama na ascensão social de empregadas domésticas
CAPÍTULO 8 A MISÉRIA DO AMOR DOS POBRES 
CAPÍTULO 9 A DOR E O ESTIGMA DA PUTA POBRE 
CAPÍTULO 10 O CRENTE E O DELINQUENTE 
 CAPÍTULO 11 O TRABALHO QUE (IN)DIGNIFICA O HOMEM 
CAPÍTULO 12 A INSTITUIÇÃO DO FRACASSO A educação da ralé 
CAPÍTULO 13 “FAZER VIVER E DEIXAR MORRER” A má-fé da saúde pública no Brasil 
CAPÍTULO 14 A MÁ-FÉ DA JUSTIÇA 
CAPÍTULO 15 COR E DOR MORAL Sobre o racismo na “ralé” 
CAPITULO 7
“DO FUNDO DO BURACO” O drama na ascensão social de empregadas domésticas
Leninha sabe que muitas empregadas domésticas se sentem humilhadas por terem que fazer esse serviço e a maioria sente raiva por não se achar bem remunerada, ou seja, pela desvalorização de seu trabalho. Apesar disso, Leninha não se sente assim. O serviço doméstico foi a primeira e talvez seja a única coisa que lhe ensinaram na vida. Seu marido jamais trabalhou o suficiente para sustentar a família, tendo mesmo ficado mais de quatro anos desempregado. Leninha o chama de “gigolo” por viver nas suas custas. O casal vive em constante violência.
Por que então Leninha não separa do marido? Pois um homem em casa oferece segurança em relação aos olhares de fora, além da relação arbitrária que a sociedade mantém. 
Antes de Carlinhos, foi cansada com Zeca, homem cachaceiro. Leninha fugiu dele. 
Leninha começa a trabalhar em dobro como em empregada doméstica para poder cumprir com seu papel de mãe de duas filhas. Além de trabalhar em casa, lavando roupa, etc. 
Realização pessoal : festa de 15 anos da filha. 
CAPITULO 8
A MISÉRIA DO AMOR DOS POBRES 
Neste texto, é abordado as condições sociais e dos modos de vida que criam mulheres para uma luta desesperada pelo amor dos homens.
Jane, órfã da mãe há dois anos, busca a presença do pai, a ausência moral e afetiva do pai deixou em Jane uma enorme carência nas relações pessoais e amorosas com os homens.
Jane não é uma mulher “gostosa”, fazendo com que suas relações não se mantenham apenas pela sexualização da beleza, possui um certo poder de atrair os homens, ainda que o resultado não seja tão imediato como no caso do desejo sexual, sempre presente em qualquer relação romântica.
Jane consegue controlar melhor seus namorados e seu momento “certo” com cada um deles, e por não ser tão bonita, dificilmente é colocada como menina fácil e que transa com todo mundo.
Dina é diferente; sendo meramente “gostosa”, a oferta liberada do sexo — “se você não fizer direito ou do jeito que ele quer... vem outra e faz” — nunca pode suprir a carência afetiva com os homens, que só uma relação de intimidade poderia trazer. Com ela os homens fazem sexo sem afeto. 
Tanto Dina quanto Jane vêem no baile funk um momento de êxtase, capaz de arrancá-las da monotonia de suas existências diárias. Porém, após esse momento, após as festas, o vazio ainda se mantém ali. 
Dina fica grávida do namorado( O sonho irrealista de Dina sobre o amor romântico mostra que quanto mais distante estamos de realizar os nossos desejos, em todas as dimensões da vida, mais tendemos a delirar sobre a possibilidade de realizá-los)
Dina e Jane têm em comum a “seriedade” da vida sexual. Nenhuma delas pode fazer sexo sem “consequências mortais”. Não apenas o risco constante de uma gravidez indesejada e não planejada, mas antes de tudo o risco do estigma de meninas “fáceis” e “vagabundas”, estigma que se constrói e circula nas fofocas.
CAPITULO 09
O ESTIGMA DA PUTA POBRE
SLIDES BRUNA 
CAPITULO 10
O CRENTE E O DELINQUENTE
Nosso trabalho
CAPITULO 11
O TRABALHO QUE (IN)DIGNIFICA O HOMEM
Alberto, lava e vigia carros em uma área bastante movimentada no centro da cidade onde mora, ele vem há 10 anos sobrevivendo com sua família sem a segurança de um salário fixo. “
Família de Alberto é harmoniosa, os filhos seguem as regras e não estão no caminho das drogas, prostituição, etc, como o resto das famílias do bairro em que mora.
Desigualdade social.
Renunciar conscientemente à condição de visibilidade social é um limite que só ocorre quando se percebe, diante do outro, que sua condição não oferece nenhuma possibilidade para almejar aparecer. Isso é tão traumático e humilhante, porém é o que o Alberto faz e reafirma : “Eu finjo que sou até invisível.”
O emprego, mesmo que desqualificado, é de grande valor para essas pessoas. É a maior marca de sua não delinqüência, é uma proteção moral, fundamental para seu bem-estar e segurança e, ao mesmo tempo, um motivo de orgulho. A tranqüilidade gerada pelo trabalho honesto segura o indivíduo para não se revoltar contra sua condição de privação.
José é homem honesto, casado, com dois filhos. É catador de lixo, trabalha sempre no mesmo bairro de classe média alta, separando e ao final do dia, faz a pesagem. José comenta sobre o cuidado que deve ter ao andar com o carrinho, além do desconforto que as pessoas da sociedade sentem ao vê-lo no mesmo espaço que eles. Como José trabalhava no mesmo local, as pessoas daquele bairro acabaram se acostumando com ele e com o tempo, garantiu a simpatia dos mesmos. Apesar disso, ele é ciente de que é ralé, e claramente, não está no lugar que lhe é devido. 
Geraldo é morador de rua, e foi abandonado pela mulher. Bêbado, também é catador de rua porém de forma irregular, apenas quando quer. Geraldo comenta sobre a invisibilidade, que como é morador de rua, o melhor é sempre estar em locais diferentes para passar despercebido. 
CAPITULO 12
A INSTITUIÇÃO DO FRACASSO A educação da ralé
Anderson faz parte de uma família exemplar e organizada, com os pais sempre incentivando os filhos à estudarem e dando significado o quanto isso é importante. Anos mais tarde, Anderson trabalha em um galpão de uma revendedora de equipamentos industriais e pretende futuramente fazer um curso técnico, porém por enquanto está satisfeito com a vida que têm. Mais tarde, é claro o motivo para Anderson se acomodar, pois possui traumas na escola, com professores que o machucavam, com colegas que riam dele, com as dificuldades que tinha em aprender os conteúdos, tudo isso desenvolveu insegurança própria. 
“Eu tenho medo. Esse que é o problema, eu tomei medo, entendeu? Foi um trauma. Esse que é o problema, eu já não sei qual que é a diferença entre o difícil e o medo.” Como não consegue ver que é a própria escola a responsável pelo seu fracasso, não resta a Anderson outra alternativa senão buscar em si mesmo as causas deste, pois, de acordo com ele, o papel da escola é mesmo o de selecionar e desenvolver os alunos “que têm a mente um pouco melhor”
Juninho, como a maioria da ralé brasileira, não teve a sorte de ter um ambiente familiar seguro e organizado. Seu pai era alcoólatra e gastava todo o dinheiro da família, e essa miséria fazia com que a mãe de Juninho trabalhasse o dia inteiro, não tendo assim muito contato ela. Mesmo com esse esforço fora de casa, a mãe de Juninho ainda soube educar muito bem os filhos, pois nenhum deles caiu na delinqüência. 
Sem a confiança no afeto dos pais, ele não pôde adquirir confiança em si mesmo. Seu pai foi assassinado quando tinha 15 anos, e com uma família totalmente desestruturada, Juninho não conseguia se concentrar na escola, fazendo com que repetisse várias vezes de ano. Após essa situação, Juninho abandona a escola para ajudar a família. Trabalha em vários setores e hoje, aos 25 anos, é vendedor ambulante. 
“Visto que, dentro do sistema escolar, tudo que não se enquadra às normas de disciplina e bom comportamento é passível de punição, alunos como Anderson e Juninho são punidos o tempo inteiro por não se adequarem às normas escolares, mesmo quando o desajuste a essas normas é fruto de uma deficiência ou uma dificuldade que eles sozinhos não podem superar, como foi o caso de ambos” 
 “A insegurança e o medo de Anderson são o resultado concreto e bem-acabado da má-fé institucional das escolas públicas brasileiras.” = Má instituição
CAPITULO 13
Descreve como as diferenças e preconceitos de classes que se refletem dentro das instituiçõesde saúde pública. Nele são expostos os conflitos gerados entre os servidores dessas instituições (médicos, enfermeiras e atendentes), e os pacientes (a ralé), sendo estes grupos representantes de classes sociais distintas.
SEMINÁRIO SALVO NA ÁREA DE TRABALHO
CAPITULO 14
Seminário salvo na área de trabalho
CAPITULO 15 
COR E DOR MORAL, SOBRE O RACISMO NA RALÉ 
Entre pessoas de toda cor 
Nesse tópico, o autor introduz a história de vida de Lídia, uma mulher negra, filha de mãe negra e pai branco, retrata suas impressões e sentimentos acerca da condição do indivíduo negro no Brasil, partindo de suas experiências pessoais. Refletindo sobre seus sofrimentos íntimos, Lídia é provocada pelo pesquisador a investigar a “origem dessa inarticulada vergonha de ser negra sobre a qual ainda hoje ela tenta impor seu próprio senso de dignidade e autoestima”. Ela relembra seus tempos de escola (onde a beleza era algo extremamente valorizado, especialmente entre as meninas),sua chegada à puberdade(quando passa a ser desejada, devido aos atrativos estéticos femininos ligados ao desejo erótico) e relembra da sua relação com seu pai Luiz ( o qual, de forma velada, era racista com as filhas). Lidia e suas irmãs travaram uma batalha constante contra o próprio corpo e cor durante toda a infância. 
A comparação com os Estados Unidos e a dificuldade para designar o racismo brasileiro
 A história de Lídia foi montada com o objetivo de induzir o leitor a certa sensibilidade diante da dramaticidade da experiência viva do racismo, mantendo a ambiguidade inerente à vida. Neste tópico, o autor inicia sua investigação acerca do que é o racismo, o que é gênero e o que situação de classe, uma vez que esses fatores relacionam-se com a identidade e crenças do ser humano. Primeiramente, a origem da ideia de “racismo brasileiro” é buscada. Para isso, parte da noção de preconceito de marca, proposta por Oracy Nogueira, que foi elaborado em oposição ao conceito de “preconceito de origem”, próprio dos Estados Unidos.Contudo, a comparação com os norte- americanos é um empecilho à compreensão do racismo no Brasil. A comparação entre Brasil e Estados Unidos apresentou-se como resposta para a questão do fracasso histórico brasileiro, partindo da noção de “raça”.O caso norte- americano tem a função de oferecer um tipo mais puro do que seria o racismo, e é responsável pela dificuldade de designar o racismo brasileiro.

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