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APOSTILA da UNIDADE 05 TEORIA DAS NORMAS JURÍDICAS

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GRUPO IBMEC EDUCACIONAL 
Departamento de Direito 
Professor: Marcelo de Souza Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DA UNIDADE 05 
TEORIA DAS NORMAS JURÍDICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE/MG 
MAIO 2017 
 
 2 
PROFESSOR: MARCELO DE SOUZA MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DA UNIDADE 05 
TEORIA DAS NORMAS JURÍDICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
MAIO 2017 
 
 
 
 
 3 
SUMÁRIO 
 
1- Norma jurídica: definição e principais características ..................................................... 8 
Introdução ................................................................................................................ 8 
1.1 Norma jurídica: definição e principais características ................................................... 8 
2.0 - Teoria dos conteúdos normativos ............................................................................. 8 
2.1 - Conceito dogmático de norma jurídica. ..................................................................... 8 
2.2 - Conceito dogmático de norma jurídica. .............................................................. 9 
Conceito (dogmático analítico) de norma jurídica: ..................................................... 9 
Obs: Espécies de normas (item 5.3 do plano).“Leis”, emendas Constitucionais, resoluções 
portarias, Jurisprudências. ........................................................................................... 9 
2.3 - Direito público e direito privado ............................................................................... 9 
Direito Público – Princípios .......................................................................................... 10 
PRINCÍPIO DA SOBERANIA: normas cogentes ou de ordem pública. ...................... 10 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: estrita legalidade; discricionariedade. ..................... 10 
Direito Privado – Princípios .................................................................................... 10 
2.4 - Direito objetivo/subjetivo ...................................................................................... 10 
A diferenciação e evolução ........................................................................................... 10 
Law (Direito objetivo) e Right (Direito Subjetivo). ...................................................... 10 
2.4.1 - Concepção dogmática de Direitos objetivo e subjetivo - Fundamentos ........... 10 
2.4.2 -Concepção dogmática de Direitos objetivo e subjetivo – Fundamentos ............ 10 
2.4.3 - Estrutura do Direito subjetivo .............................................................................. 11 
2.4.4 Situações típicas e atípicas de aplicação dos Direitos subjetivos ................................ 11 
SITUAÇÕES TÍPICAS: .......................................................................................... 11 
2.4.5 Situações típicas e atípicas de aplicação dos Direitos subjetivos ................................ 11 
SITUAÇÕES ATÍPICAS: ....................................................................................... 11 
2.4.6 – Outra definição de direito subjetivo: ............................................................ 11 
 4 
3.0- Validade, vigência, eficácia e vigor da norma jurídica. .............................................. 12 
3.1 – Validade ............................................................................................................. 12 
3.1.1 - Condições de validade: ................................................................................. 12 
3.2 - VIGÊNCIA: .................................................................................................... 12 
Uma norma pode ser válida, sem ser vigente? Sim ou Não? ......................................... 12 
Uma norma vigente é sempre válida. ....................................................................... 12 
Uma norma válida pode ser vigente e não ter eficácia. ............................................. 12 
(obs: vigência começa a partir do momento que a norma entra em vigor). ...................... 12 
3.3 - VIGOR: .......................................................................................................... 12 
3.4 - EFICÁCIA: .................................................................................................... 13 
3.4.1 - Tipos de eficácia: .......................................................................................... 13 
3.5 - Situações envolvendo perda de eficácia e validade das normas ......................... 13 
3.5 - Situações envolvendo perda de eficácia e validade das normas. ........................ 13 
4.0- Fontes do Direito. .................................................................................................. 14 
4.1 -Generalidades .................................................................................................. 14 
4.2 - Fonte formal ........................................................................................................ 14 
4.3 – Hierarquia entre fontes ......................................................................................... 14 
A) Costume (ou Costume Jurídico) ............................................................................... 14 
A.1- Elementos do costume........................................................................................... 14 
A.2- Espécies de costume (classificação quanto ao conteúdo) Secundum Legem: a própria 
legislação remete os seus destinatários aos costumes, criando eficácia obrigatória (ex: 
“costumes locais em contratos”, art. 113 CC). ................................................................. 15 
A.3) Utilização dos costumes – Brasil ............................................................................ 15 
A.4 - Prova dos costumes .............................................................................................. 15 
A.5 - Quadro Costume Jurídico ..................................................................................... 15 
B) Jurisprudência ......................................................................................................... 16 
B.1) Conceito: (unidade 03) ..................................................................................... 16 
B.2) Espécies: ......................................................................................................... 16 
 5 
B.3) Limites das Jurisprudências ................................................................................... 16 
C) DOUTRINA ........................................................................................................... 16 
C.1- CONCEITO: “Compõe-se de estudos e teorias, desenvolvidos pelos juristas, com o 
objetivo de sistematizar e interpretar as normas vigentes e de conceber novos institutos 
jurídicos, reclamados pelo momento histórico.” ........................................................... 16 
C.2- FUNÇÕES DA DOUTRINA: ........................................................................... 16 
C.3 - INFLUÊNCIA DA DOUTRINA ........................................................................... 17 
D.2) Quadro da Legislação............................................................................................ 17 
D.3- A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM ESPÉCIE. ..................................................... 17 
4.4 – TIPOS DE LEIS .................................................................................................. 18 
4.5 – O PROCESSO LEGISLATIVO ............................................................................18 
Modos de exercício: Ditatorial ou autocrático; Democrático. ............................................ 18 
Tipos de leis (ou de legislação) ...................................................................................... 18 
Emenda Constitucional (art. 60 e ss. da CR) ................................................................... 18 
Matérias autorizadas/vedadas: ....................................................................................... 20 
Leis. (Lei em sentido estrito) ......................................................................................... 21 
Lei Complementar, Lei ordinária e Lei delegada: ............................................................ 21 
Leis. (Lei em sentido estrito) ......................................................................................... 21 
Veto presidencial: ........................................................................................................ 21 
4.6 - Projeto de leis Rejeitados e nova proposta: .............................................................. 22 
4.7 - Decretos legislativos. ............................................................................................ 23 
Resoluções: ................................................................................................................. 24 
4.8 - Regulamentos. ..................................................................................................... 24 
2.6.7 - Portaria ............................................................................................................. 24 
4.9 - Instrução Normativa. ............................................................................................ 25 
5.0 - Tratados e convenções Internacionais ..................................................................... 25 
Tratados Internacionais: ................................................................................................ 25 
Costumes Internacionais: .............................................................................................. 26 
 6 
6.0- TEORIA DAS FONTES – REDAÇÃO E LEITURA DE LEIS. ................................. 26 
LEI COMPLEMENTAR 95. ......................................................................................... 27 
Disposições preliminares. ............................................................................................. 27 
6.1- Conteúdo e Abrangência .................................................................................. 27 
.6.2- Numeração das leis: .............................................................................................. 27 
7- DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS ......... 27 
8.0- DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS ...... 27 
8.1 - Da Estruturação das Leis. ............................................................................... 28 
8.2 - Da Estruturação das Leis. ............................................................................... 28 
8.3 - Da Estruturação das Leis. ............................................................................... 28 
As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula „esta lei entra em 
vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial‟ ......................... 28 
8.4 - Da Articulação e da Redação das Leis..................................................................... 29 
Princípios (art. 10) ....................................................................................................... 29 
Ex: Código Civil. .................................................................................................... 29 
PARTE GERAL ..................................................................................................... 29 
LIVRO I ................................................................................................................. 29 
TÍTULO I - Das Pessoas ............................................................................................... 29 
CAPÍTULO I.- Da Personalidade e da Capacidade (artigos 1 a 10) CAPÍTULO II. - Dos 
Direitos da Personalidade (artigos 11 a 21) CAPÍTULO III. - Da Ausência , Da Curadoria 
dos Bens do Ausente | Da Sucessão Provisória | Da Sucessão Definitiva (artigos 22 a 39).... 29 
TÍTULO II - Das Pessoas Jurídicas ................................................................................ 29 
CAPÍTULO I. Disposições Gerais (artigos 40 a 52) CAPÍTULO II. Das Associações (artigos 
53 a 61) CAPÍTULO III. Das Fundações (artigos 62 a 69) (...) ........................................ 29 
LIVRO II Dos Bens TÍTULO ÚNICO Das Diferentes Classes de Bens CAPÍTULO I. ...... 30 
Ex: Código Civil. ......................................................................................................... 30 
PARTE ESPECIAL LIVRO I DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES TÍTULO I Das 
Modalidades das Obrigações. (....) ................................................................................. 30 
 7 
8.5 - Normas para Clareza, precisão e ordem lógica (art. 11) ............................................ 30 
I - para a obtenção de clareza: ................................................................................ 30 
II - para a obtenção de precisão: ............................................................................. 30 
III - para a obtenção de ordem lógica: ..................................................................... 30 
8.6 - Da alteração das Leis. ........................................................................................... 31 
8.7 - Da Consolidação das Leis. ..................................................................................... 32 
8.8- Da Consolidação de Outros Atos Normativos ........................................................... 32 
DISPOSIÇÕES FINAIS – LC 95, de 1998. .................................................................... 32 
8.9 - A REGULAMENTAÇÃO DA LC 95: Decreto 4.176/2002. ..................................... 32 
DECRETA: ................................................................................................................. 33 
Objeto e Âmbito de Aplicação ....................................................................................... 33 
MATÉRIAS TRATADAS NO Decreto 4.176/2002. ........................................................ 33 
Pontos de destaque: ...................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 35 
 
 
 
 8 
 
 
1- Norma jurídica: definição e principais características 
Introdução 
 
(Obs: Zetética e Dogmática – Observar anotações contidas na aula referente a J. M. Finnis ou 
o cap. 01 de Tércio Ferraz Jr.) 
Generalidade do direito. 
Princípio da Legalidade. 
Visão dogmática: direito como o procedimento de incidência; de imputação de normas a 
situações sociais atuais ou potencialmente conflitantes. 
Obs: Dogmática analítica: norma como uma proposição vinculante, com caráter impositivo, 
servindo de base de decisão para o jurista. 
 
1.1 Norma jurídica: definição e principais características 
Conceito de norma: abordagem preliminar Rudolph Von Ihering (1877): “A definição usual 
de direito reza: direito é o conjunto de normas coativas válidas num Estado”. 
Fator Norma. (proposição jurídica) 
Fator realização por meio de coerção. 
Observação: 
Norma como proposição (diz o dever ser - o comportamento); 
Norma como prescrição (diz o dever ser - como impositivo de vontade); 
Norma como um fenômeno complexo (é fenômeno complexo envolvendo: vontade + 
diferentes situaçõesde partes que se comunicam). 
 
2.0 - Teoria dos conteúdos normativos 
2.1 - Conceito dogmático de norma jurídica. 
 
Importância do legislador antes e depois da norma posta. 
Comandos genéricos e universais 
Papel social da norma. 
 
 
 9 
 
 
2.2 - Conceito dogmático de norma jurídica. 
 
Serve para: Qualificar agentes; estabelecer condições de atos e omissões, interpretar o sentido 
de outras normas. 
 Discute-se elementos da norma. 
Hipótese normativa: situação de fato que vem prevista na norma e à qual se imputa uma 
consequência (efeito jurídico). Ex: O Estado prestará Assistência Judicial Gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos. (art. 5º CR). Generalidade, abstração e bilateralidade. 
 
Conceito (dogmático analítico) de norma jurídica: 
 
Tércio: norma jurídica é “um diretivo vinculante, coercitivo, no sentido institucionalizado, 
bilateral, que institui uma hipótese normativa (facti species) à qual imputa uma consequência 
jurídica (que pode ou não ser uma sanção), e que funciona como um critério para a tomada de 
decisão (decidibilidade). 
Obs: Espécies de normas (item 5.3 do plano).“Leis”, emendas Constitucionais, resoluções 
portarias, Jurisprudências. 
 
2.3 - Direito público e direito privado 
 
Esfera pública e Esfera privada. 
Poder Soberano e sua esfera X Poder dos indivíduos em suas relações. 
Ex: Câmeras de videosegurança nas cidades. 
Obs: Divisão do direito em ramos..... Função didática. (impossível a existências de aspectos 
de um tipo de direito no outro) 
Várias teorias para diferenciação: 
Teoria dos sujeitos: normas destinadas ao Estado ou ao particular. Problema: algumas vezes 
o Estado age como sujeito não diferente dos particulares. 
Teorias dos interesses: (von Jhering – Escola da jurisprudência dos interesses) – Sociedade e 
indivíduo separados conforme os interesses. 
Teorias da relação de dominação: Direito público se sobrepõe ao direito privado (jus 
imperii estatal). 
 
 10 
 
 
Direito Público – Princípios 
PRINCÍPIO DA SOBERANIA: normas cogentes ou de ordem pública. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: estrita legalidade; discricionariedade. 
Direito Privado – Princípios 
 PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA: Contratos, Doações; 
 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Se a lei não proíbe, pode agir; 
 
2.4 - Direito objetivo/subjetivo 
 
A diferenciação e evolução 
Law (Direito objetivo) e Right (Direito Subjetivo). 
 
2.4.1 - Concepção dogmática de Direitos objetivo e subjetivo - Fundamentos 
OBS: Não são duas realidades distintas, mas dois lados de um mesmo objeto – Direito vigente 
analisado sob dois aspectos. 
(Ponto de vista) DIREITO OBJETIVO: “conjunto de normas da mais variada espécie” O 
direito objetivo apenas reconhece a liberdade (direito subjetivo) e dá condições de exercício 
desta liberdade. Jus norma agendi. É norma de organização social. 
Exemplo: Direito do trabalho não é formalista – Vocábulo “direito” usado em seu sentido 
objetivo, como referência às normas que organizam as relações de emprego. 
 
2.4.2 -Concepção dogmática de Direitos objetivo e subjetivo – Fundamentos 
(Ponto de vista) DIREITO SUBJETIVO: Possibilidades ou poderes de agir que a ordem 
jurídica garante a alguém. Jus facultas agendi. (termo romano, que hoje já foi superado). 
Norma perde o seu caráter teórico e se projeta na relação jurídica concreta, para permitir uma 
conduta, determinar uma omissão ou estabelecer consequências jurídicas. É a vantagem 
conferida ao sujeito de Relação Jurídica em decorrência da incidência da norma jurídica ao 
fato jurídico. 
Exemplo: Walter tem direito à indenização: Ele possui direito subjetivo. É a partir do 
conhecimento do direito objetivo que deduzimos os direitos subjetivos de cada parte dentro da 
relação jurídica. 
 11 
 
 
2.4.3 - Estrutura do Direito subjetivo 
 
Sujeito (ou titular) do direito. 
 Conteúdo do direito – constranger (direitos pessoais), ou dispor, gozar e usar a coisa 
(direitos reais) sem turbação de terceiros. 
 Objeto do direito – bem protegido (coisa ou “interesse protegido”). 
 A proteção do direito – ação processual correspondente. 
 
2.4.4 Situações típicas e atípicas de aplicação dos Direitos subjetivos 
 
SITUAÇÕES TÍPICAS: 
 
Correspondem ao uso padrão de direito subjetivo (exemplos: sujeito de interesse favorecido; 
restrição da liberdade de outrem; titular é o mesmo que possui a faculdade de agir; autonomia 
individual ou autonomia privada); 
Direitos reais – Correspondem a faculdade de dispor, de usar e gozar uma coisa. Ex: direito de 
propriedade 
Direitos pessoais – pretensão em face de uma pessoa. 
Ex.: comprar um bem imóvel de outrem. 
 
2.4.5 Situações típicas e atípicas de aplicação dos Direitos subjetivos 
 
SITUAÇÕES ATÍPICAS: 
 
O titular do direito e da faculdade não coincidem (fundação); 
Não aparece a correlação do direito com o dever (direito de votar); 
Ausência de autonomia privada (função social); 
Expectativa de direito do “herdeiro necessário”. 
 
2.4.6 – Outra definição de direito subjetivo: 
 
DIREITO SUBJETIVO CONSIDERANDO SUA FUNÇÃO JURÍDICA: “Aponta para a 
posição de um sujeito numa situação comunicativa, que se vê dotado de faculdades jurídicas 
 12 
(modos de interagir) que o titular pode fazer valer mediante procedimentos garantidos por 
normas.” 
 
Aqui cabe a observação da estrutura do Direito subjetivo. 
 
3.0- Validade, vigência, eficácia e vigor da norma jurídica. 
São atributos, qualidades ou características da norma; 
3.1 – Validade 
É uma qualidade da norma que designa sua pertinência ao ordenamento, por terem sido 
obedecidas as condições formais e materiais de sua produção e consequente integração ao 
sistema. 
 
3.1.1 - Condições de validade: 
Legitimidade do órgão que faz a norma; 
Competência em razão da matéria;. 
Legitimidade do procedimento: Processo legislativo; 
 
3.2 - VIGÊNCIA: 
É uma qualidade da norma que diz respeito ao tempo de validade. É a execução compulsória 
de uma norma de direito por haver preenchido os requisitos essenciais à sua elaboração. 
(exigibilidade do comportamento prescrito na norma) 
Aspecto material: A publicação 
Uma norma pode ser válida, sem ser vigente? Sim ou Não? 
Uma norma vigente é sempre válida. 
Uma norma válida pode ser vigente e não ter eficácia. 
(obs: vigência começa a partir do momento que a norma entra em vigor). 
 
3.3 - VIGOR: 
É uma qualidade da norma que diz respeito a sua força vinculante, isto é, à impossibilidade 
dos sujeitos subtraírem-se ao seu império, independentemente da verificação de sua vigência. 
Vigor é estabelecido na própria Lei. 
Ex: “artigo 43. Esta lei entrará em vigor 03 (três) meses após a sua publicação.” 
 13 
Produção de efeitos jurídicos, independente da vigência: 
Exemplo: Código Civil de 1916 ainda hoje pode produzir efeitos, mesmo tendo sido revogado 
em 2002 (ato jurídico perfeito). 
3.4 - EFICÁCIA: 
É uma qualidade da norma que se refere à possibilidade de produção concreta de efeitos, 
porque estão presentes as condições fáticas exigíveis para sua observância. 
 
3.4.1 - Tipos de eficácia: 
Eficácia ou efetividade social: (observância espontânea ou imposta) 
Eficácia técnica: presentes as condições técnico-normativas exigíveis para sua aplicação. 
LINDB (lei de introdução às normas de Direito brasileiro). 
Tempo de vacância vacatio legis (lei válida mas não vigora e nem é eficaz). 
Art. 1
o
 Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
§ 1
o
 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,quando admitida, se inicia 
três meses depois de oficialmente publicada. 
Art. 2
o
 Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue. 
§ 1
o
 A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
3.5 - Situações envolvendo perda de eficácia e validade das normas 
Norma de revogação: É na norma que retira a validade expressa de outra norma. (ex: 
CC/2002 – “Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 – Código Civil e 
a Parte Primeira do Código Comercial, Lei n
o
 556, de 25 de junho de 1850″.) 
Caducidade: perda da validade de uma lei por superveniência da situação fática ou 
temporal prevista. (Ex: Norma que tratou da Copa do mundo 2014). 
3.5 - Situações envolvendo perda de eficácia e validade das normas. 
Desuso: possui eficácia técnica, ausência de eficácia fática, notada pela sociedade-intérprete. 
(Ex: norma que proíbe entrada e saída de pessoas com o Bonde em movimento pelas ruas de 
BH.) 
Costume negativo: As normas possuem eficácia técnica e fática, mas não são aplicadas pelas 
 14 
autoridades e nem respeitadas pelo cidadão. (Exemplo: Jogo do Bicho como contravenção 
penal). 
 
 
4.0- Fontes do Direito. 
4.1 -Generalidades 
Fonte ou elemento histórico: gênese, importância e compreensão 
Fonte ou elemento material: “questões sociais” (moral, economia, religião...) 
Fontes ou elementos ideais: aspirações valorativas. 
Fonte ou elemento formal: legislação e costume – formas de expressão das normas jurídicas 
(criação do Direito). 
 
4.2 - Fonte formal 
Estatal: lei, regulamento, medida provisória 
Infra estatal: contrato coletivo do trabalho, doutrina. 
Supra estatal: tratados internacionais, costumes internacionais, princípios gerais dos direitos 
dos “povos civilizados.” 
 
4.3 – Hierarquia entre fontes 
Sistema romano-germânico (Brasil): primazia da lei 
Common Law (EUA): primazia dos costumes e do precedente judicial 
Hierarquia entre as normas: modelo piramidal (Kelsen). 
 
A) Costume (ou Costume Jurídico) 
Criação mais espontânea, Modelo para solução de casos semelhantes, Normatividade 
intrínseca, Uso reiterado, Imposição estatal. 
Costume x regras de trato social 
Codificação; 
Segurança jurídica; 
A.1- Elementos do costume 
Previsão legal 
 15 
Ex: CPC: art. 126 (“No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as 
havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito”). 
Repetição constante e uniforme de uma prática social. Tempo. “Consciência” da 
obrigatoriedade. 
 
A.2- Espécies de costume (classificação quanto ao conteúdo) 
Secundum Legem: a própria legislação remete os seus destinatários aos costumes, 
criando eficácia obrigatória (ex: “costumes locais em contratos”, art. 113 CC). 
Praeter Legem: (além da lei) São os costumes não abrangidos pela Legislação, mas que 
completam o sistema legislativo. EX: LINDB art. 4º quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito" 
Contra Legem: Costume contrário ao que especifica a própria lei (Ex: Lei 7.357/1985: “Art . 
32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção em contrário.” 
 
A.3) Utilização dos costumes – Brasil 
Código Civil: - exemplos: 
Art. 113 - Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os 
usos do lugar de sua celebração. (costume secundu legem). 
 Art. 596 - Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por 
arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua 
qualidade. (costume secundu legem). 
OBS: não se admite costume no Direito Penal. 
 
A.4 - Prova dos costumes 
A parte que alegar tem que provar: Ex: CPC/73 Art. 337. A parte, que alegar direito 
municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim 
o determinar o juiz. 
Meios de provas: Documentos, testemunhas, vistorias etc. 
Costume em Matéria empresarial: certidões próprias. (Junta Comercial). 
 
A.5 - Quadro Costume Jurídico 
 16 
AUTOR; FORMA; OBRIGATORIEDADE; CRIAÇÃO; POSITIVIDADE; CONDIÇÕES 
DE VALIDADE; QUANTO À LEGITIMIDADE; Povo; Oral; A partir da efetividade; 
Espontânea; Efetividade que aspira à validade; Ser admitido como fonte e respeito à 
hierarquia das fontes; Presumida. 
 
B) Jurisprudência 
B.1) Conceito: (unidade 03) 
B.2) Espécies: 
Secundum legem; 
Praeter legem; 
Contra legem: acontece... 
 
B.3) Limites das Jurisprudências 
O juiz tem poder discricionário E limites? 
Fundamentação: obrigatoriedade Constitucional (art. 92) e no novo CPC Lei 13.105, 16 de 
março de 2015: 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
OBS: Caso do Habeas Corpus do macaco. 
 
C) DOUTRINA 
 
C.1- CONCEITO: “Compõe-se de estudos e teorias, desenvolvidos pelos juristas, com o 
objetivo de sistematizar e interpretar as normas vigentes e de conceber novos institutos 
jurídicos, reclamados pelo momento histórico.” 
 
C.2- FUNÇÕES DA DOUTRINA: 
 
Função criadora: neologismos, novos conceitos e teorias 
Função interpretativa: sistematização e interpretação 
 17 
Função crítica: não deve apenas descrever o direito vigente 
 
C.3 - INFLUÊNCIA DA DOUTRINA 
 
D) LEGISLAÇÃO 
D.1- PROBLEMA DA NOMENCLATURA: 
A Lei em sentido estrito X Lei em sentido amplo (CUIDADO!) 
Fontes Formais (Legislação). 
Constituições: (Federal; Estadual e Lei Orgânica Municipal) 
Leis em sentido amplo ou Legislação (Leis, decretos, regulamentos, portarias, instruções 
normativas, Códigos, Consolidações, Compilações; tratos e convenções internacionais 
reconhecidas no país). 
 
D.2) Quadro da Legislação 
Poder legislativo; 
Escrita; 
Início da vigência; 
Reflexiva; 
Validade que aspira à efetividade; 
Cumprimento de formas e respeito à hierarquia das fontes; 
Quando traduz os costumes e valores sociais; 
 
D.3- A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM ESPÉCIE. 
Constituição: 
Conceito... Vários sentidos....Lei fundamental, Lei Básica, Lei Suprema, Lei maior (em que 
sentido?) Normas no sentido formal e material. 
(Quais assuntos são tratados na Constituição?) 
Distinções entre as Constituições. 
Legislação ou Norma (ou Lei, Atos Normativos, lei em sentindo amplo). 
Dificuldades de conceituação. 
Nomenclatura, sempre ela. (Obs: entendendo-se aqui Lei em sentido amplo). 
 18 
 
 
4.4 – TIPOS DE LEIS 
Art. 59. (CR) O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e 
consolidação das leis. 
Obs: existem outros tipos de legislação. 
4.5 – O PROCESSO LEGISLATIVO 
Processo: Série de atos voltados ao atingimento de um objetivo 
Processo Legislativo: é a série de atos concatenados com a finalidade de elaborar atos 
normativos. 
Modos de exercício: Ditatorial ou autocrático; Democrático. 
Âmbito de Atuação: Federal; Estadual; Distrital; Municipal. 
Obs: Repartição de Competências. Exclusivas, privativas, concorrentes....etc 
Artigos 21e 22 (União), 30 (Municípios) da CR 
Obs: Competências estaduais! 
 
Tipos de leis (ou de legislação) 
 Emenda Constitucional (art. 60 e ss. da CR) 
Conceito: É oinstrumento adequado para modificação do texto constitucional, feito através de 
um procedimento especial. 
Quem pode propor: 
I - um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - O Presidente da República; 
 19 
III - Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
Aprovação: A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros: 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos 
membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
Obs: Art. 60, 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode 
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
OBS: A sessão legislativa ordinária é o período de atividade normal do Congresso a cada 
ano, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
 
Medidas Provisórias 
Novo nome do antigo Decreto-lei (da Constituição de 1967/1969). 
Conceito: Ato normativo de competência do presidente da república editado na hipótese de 
urgência e relevância. (sem a necessidade do processo legislativo prévio 
Regulamentação: art. 62 e parágrafos. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
Regras: 
Eficácia: As medidas provisórias perdem eficácia se não forem votadas no prazo de 60 dias, 
contados da data de publicação. (§ 3º) – Feita por decreto legislativo 
 20 
Regras: “Trancamento de pauta”: § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até 
quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, 
subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até 
que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver 
tramitando. 
Prorrogação da MP: § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de 
medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua 
votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 
Vedação de reedição, no caso de perda de eficácia ou de rejeição. 
Matérias autorizadas/vedadas: 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a: 
nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e 
suplementares, (...) 
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo 
financeiro; 
Matérias autorizadas/vedadas: 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
III – reservada a lei complementar; 
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de 
sanção ou veto do Presidente da República. 
 
Leis. (Lei em sentido estrito) 
Lei Complementar, Lei ordinária e Lei delegada: 
Quem pode propor: 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou 
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao 
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao 
 21 
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta 
Constituição. 
Iniciativa Popular: § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara 
dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento 
dos eleitores de cada um deles. 
Leis. (Lei em sentido estrito) 
Lei Complementar, Lei ordinária e Lei delegada: 
Quem pode propor: 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente 
da República, que, aquiescendo, o sancionará. 
 
Leis. (Lei em sentido estrito) 
Veto presidencial: 
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional 
ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias 
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao 
Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de 
alínea. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará 
sanção. 
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu 
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e 
Senadores. 
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da 
República. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do 
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, 
 22 
nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual 
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. 
4.6 - Projeto de leis Rejeitados e nova proposta: 
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de 
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos 
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
A) Lei Complementar: Lei destinada a complementar matéria tratada na constituição. A 
previsão vem estabelecida no próprio texto constitucional. 
Exemplo: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
(...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. Quórum de aprovação é de maioria 
absoluta (art. 69 CR). Seu caráter hierárquico em relação a outros atos normativos. 
B) Lei ordinária: É o ato normativo com procedimento legislativo comum ou ordinário 
(diferenciando-se de leis complementares ou delegadas). A Lei será sempre ordinária quando 
elaborada pelo Poder Legislativo em sua atividade comum. 
Quórum de aprovação da lei ordinária é o de maioria simples, presentes a maiorias absoluta 
dos membros (art. 47 CR) 
(Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas 
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros). Veto presidencial e “derrubada do veto.” 
B) Lei ordinária: Art. 65. O projeto de leiaprovado por uma Casa será revisto pela outra, em 
um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o 
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. 
C) Lei delegada: Ato normativo elaborado pelo Presidente da República, em casos 
expressos, em virtude de delegação do Poder Legislativo. Leis delegadas são equiparadas às 
leis ordinárias, podendo ser alteradas ou revogadas por elas. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar 
a delegação ao Congresso Nacional. 
Art. 68 § 1º - Vedações de matéria para Delegação.. 
Ex: Competência exclusiva do Congresso Nacional; Organização do Poder Judiciário; 
orçamentos ; etc.... 
Art. 68 (....) § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do 
 23 
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará 
em votação única, vedada qualquer emenda. 
4.7 - Decretos legislativos. 
São os atos normativos de natureza administrativa de deliberação do Congresso Nacional 
sobre matéria de sua exclusiva competência. 
Promulgado pelo Presidente do Congresso Nacional (Cargo ocupado pelo presidente do 
Senado Federal) 
Não existe participação do presidente da República (assunto inerente à competência do Poder 
Legislativo). 
EX: DECRETO LEGISLATIVO Nº 485, DE 2006. - Aprova o texto da Convenção sobre a 
Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, celebrada em Paris, em 20 de 
outubro de 2005. - 
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente do Senado 
Federal, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte: 
Obs: Decretos Executivos. 
São os atos normativos de deliberação do Presidente da República sobre matéria de sua 
exclusiva competência. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos 
para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Obs: Decretos Executivos. 
Ex: DECRETO N
o
 1.355, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1994. 
“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso de suas atribuições, e Considerando que o 
Congresso Nacional aprovou, pelo Decreto Legislativo nº 30, de 15 de dezembro de 1994, a 
Ata Final que Incorpora aos Resultados da Rodada Uruguai de Negociações Comerciais 
Multilaterais do GATT, assinada em Maraqueche, em 12 de abril de 1994; DECRETA: 
 24 
 Art. 1º A Ata Final que Incorpora os Resultados da Rodada Uruguai de Negociações 
Comerciais Multilaterais do GATT, apensa por cópia ao presente decreto, será executada e 
cumprida tão inteiramente como nele contém. 
 Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições 
em contrário. “ 
Brasília, 30 de dezembro de 1994; 173º da Independência e 106º da República. 
ITAMAR FRANCO 
 Resoluções: 
Regulam matéria de competência do Poder especificado (Legislativo, Executivo, Judiciário), 
normalmente produzindo efeitos internamente. 
EX: “ RESOLUÇÃO CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, Publicada no DOU no 
53, de 18 de março de 2005, Seção 1, páginas 58-63. Dispõe sobre a classificação dos 
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. (....)” 
Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 50. Revoga-se a Resolução CONAMA n. 20, de 18 de junho de 1986. 
MARINA SILVA 
Presidente do CONAMA 
Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
4.8 - Regulamentos. 
São atos normativos que visam criar parâmetros (regulamentos) para aplicação de leis. 
EX: Código Tributário: ICMS. 
Em MG, nós temos o REGULAMENTO DO ICMS – 2002 – Regulamento do Imposto 
Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. 
Art. 42. As alíquotas do imposto são: 
b) 12 % (doze por cento), na prestação de serviço de transporte aéreo e nas operações com as 
seguintes mercadorias: 
b.1) arroz, feijão, fubá de milho, farinha de milho, farinha de mandioca, leite in natura, aves, 
peixes, gado bovino, bufalino, (....) 
2.6.7 - Portaria 
“Atos Administrativos ministeriais que estabelecem normas, em princípio, de eficácia 
individual e apenas para os órgãos da administração” (obs: no âmbito estadual ou municipal, 
 25 
podem ser atos de Secretarias) 
Ex 1: ANVISA: Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998 Aprova o Regulamento Técnico 
sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. O Secretário de Vigilância 
Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a (....) 
EX: TJMG - Portaria nº 669/2011 (DJe 26/08/2011) 
Autoriza a instalação, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Posto de Atendimento 
do Juizado da Infância e Juventude. 
4.9 - Instrução Normativa. 
Atos Administrativos internos que vinculam (os usuários e os funcionários públicos ) no 
âmbito de órgãos. 
EX: Instrução Normativa RFB nº 1.445, de 17 de fevereiro de 2014 
Dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Física referente ao exercício de 2014, ano-calendário de 2013, pela pessoa física 
residente no Brasil. 
Art. 13. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial 
da União. 
CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO 
Secretário da Receita Federal. 
 
5.0 - Tratados e convenções Internacionais 
Tratados Internacionais: 
Acordos concluídos por escrito entre Estados Soberanos, contendo regras gerais 
disciplinadoras de suas relações e de seus posicionamentos a respeito de determinada questão. 
Fontes do Direito internacional com repercussão interna ou externa, dependendo do caso. 
Possuem conteúdo político. (OBS: pacto: conteúdo político mais restrito; convenção: 
conteúdo econômico, jurídico ou de direito privado; acordo: natureza comercial 
Necessidade de aprovação pelo Direito interno (recepção ou ratificação pelo ordenamento 
jurídico pátrio) para produzir efeitos. OBS: Pode ser aderido com reservas. 
EX: Lei Uniforme de Genebra, sobre Letras de câmbio e Notas promissórias (1932), 
sancionada pelo Decreto 57.663 de 1966. 
EX: Lei Uniforme de Genebra, sobre Letras de câmbio e Notas promissórias (1932), 
sancionada pelo Decreto 57.663 de 1966. 
EX: Convenção de Viena de 1969 sobre tratados. O Brasil é parte da Convenção desde 25 de 
 26 
outubro de 2009, mas a ratificou com ressalvas Decreto 7.030/09. 
EX: Convenção de Viena sobre trânsito viário (1968). Permissão Internacional para Dirigir. 
DECRETO No 86.714, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1981. 
Costumes Internacionais: 
São os usos observados e reconhecidos uniformemente pelos Estados soberanos em suas 
relações. São necessários para manter o desenvolvimento das relações internacionais. 
O Estatuto da Corte Internacional de Justiça os define como: “práticas gerais aceitas como 
direito”. Atos que vão sendo praticados e, depois de um tempo, são aceitos como obrigatórios. 
Globalização e regionalização (válidos em todo o mundo ou em parte, como p. ex., válidos 
nos países latinos ou na Europa ocidental).Aplicabilidade no Brasil? (Segundo Tércio: 
equiparam-se em Força à Constituição.Será?) 
Codificações, consolidações e compilações 
Codificações – É a regulação unitária de um ramo do Direito. É uma Lei contendo o conteúdo 
(quase) completo sobre a matéria tratada. Sua separação atende critérios técnicos e não apenas 
lógicos. 
Ex: Código Civil: separado em parte geral e parte especial, com vários livros em seu interior 
(direito das coisas, das obrigações, sucessões, família). Obs: tendências dos códigos nas 
sociedades complexas contemporâneas. 
Consolidações – é uma espécie de compilação de normas preexistentes, que são 
reorganizadas em um documento único, retirando as normas originais de seus contextos, 
reformulando-as como um todo. (normalmente sem modificar o teor dos artigos, apenas nos 
números e a disposição da matéria). Estabelecidas por Decreto ou Decreto-lei. 
Ex. CLT; - CLPS – Consolidação das Leis da Previdência Social. 
Compilações – Repertórios de normas que obedecem a alguns critérios de organização, como 
divisões de matéria, cronológico, etc. É meramente organizacional. 
EX: Compilação das legislação penal brasileira da Editora Saraiva; Vade mecum de Direito 
público. 
 
6.0- TEORIA DAS FONTES – REDAÇÃO E LEITURA DE LEIS. 
Motivos para se estudar a forma de se fazer leis. 
Lei Complementar 95 – Conteúdo: 
Disposições preliminares. 
Das técnicas de elaboração, redação e alteração das leis 
 27 
Da consolidação das leis e outros atos normativos 
Disposições finais. 
 
LEI COMPLEMENTAR 95. 
Disposições preliminares. 
6.1- Conteúdo e Abrangência 
Art. 1
o
 A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto 
nesta Lei Complementar. 
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas 
provisórias e demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, 
no que couber, aos decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do 
Poder Executivo. 
.6.2- Numeração das leis: 
Art. 2
o
 (VETADO) 
§ 1
o
 (VETADO) 
§ 2
o
 Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios: 
I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação 
da Constituição; 
II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração sequencial 
em continuidade às séries iniciadas em 1946. 
7- DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS 
7.1 - Da Estruturação das Leis. 
Art. 3º – Partes básicas: 
I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do 
objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; 
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo 
relacionadas com a matéria regulada; 
III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à 
implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, 
a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber. 
8.0- DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS 
 28 
8.1 - Da Estruturação das Leis. 
A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei 
e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo 
ano de promulgação. 
A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e 
sob a forma de título, o objeto da lei. 
O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base 
legal. 
8.2 - Da Estruturação das Leis. 
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, 
observados os seguintes princípios: (EX: art. 1º LC 95) 
I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto; 
II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, 
pertinência ou conexão; 
III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite 
o conhecimento técnico ou científico da área respectiva; 
IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a (Lei) 
subsequente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por 
remissão expressa. (Ex: Decreto 4.176) 
8.3 - Da Estruturação das Leis. 
Vigência: (art. 8º) 
Indicada de forma expressa com prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento. 
cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão 
.Contagem do prazo para entrada em vigor para leis com período de vacância: Inclusão da 
data da publicação, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. (EX: 5 
dias de vacância, publicada no dia 20 do mês – vigor: dia 25 do mês) – Obs: diferente da 
contagem de prazo processual (que não inclui o dia da publicação) 
As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula „esta lei entra em 
vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial‟ 
Exemplo: Art. 201. Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação. 
Cláusula de revogação: Deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais 
revogadas. 
Exemplo: Art. 64. Ficam revogados os Decretos nos 2.954, de 29 de janeiro de 1999 e 3.930, 
 29 
de 19 de setembro de 2001. 
 
8.4 - Da Articulação e da Redação das Leis. 
Princípios (art. 10) 
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida 
de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste; 
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os 
incisos em alíneas e as alíneas em itens; 
III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal 
até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão 
"parágrafo único" por extenso; 
IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas 
e os itens por algarismos arábicos; 
V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de 
Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte; 
Obs: Necessidade de agrupamentos em todas as Leis? Como determinar o grau de 
importância? 
VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e 
identificados por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e 
Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso; 
VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras 
minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce; 
VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em 
Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário. 
Ex: Código Civil. 
PARTE GERAL 
LIVRO I 
TÍTULO I - Das Pessoas 
CAPÍTULO I.- Da Personalidade e da Capacidade (artigos 1 a 10) 
CAPÍTULO II. - Dos Direitos da Personalidade (artigos 11 a 21) 
CAPÍTULO III. - Da Ausência , Da Curadoria dos Bens do Ausente | Da Sucessão 
Provisória | Da Sucessão Definitiva (artigos 22 a 39) 
TÍTULO II - Das Pessoas Jurídicas 
CAPÍTULO I. Disposições Gerais (artigos 40 a 52) 
 30 
CAPÍTULO II. Das Associações (artigos 53 a 61) 
CAPÍTULO III. Das Fundações (artigos 62 a 69) (...) 
LIVRO II 
Dos Bens 
TÍTULO ÚNICO 
Das Diferentes Classes de Bens 
CAPÍTULO I. 
 
Ex: Código Civil. 
PARTE ESPECIAL 
 
LIVRO I 
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
TÍTULO I 
Das Modalidades dasObrigações. (....) 
 
8.5 - Normas para Clareza, precisão e ordem lógica (art. 11) 
I - para a obtenção de clareza: 
EX: usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar 
sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que 
se esteja legislando; b) usar frases curtas e concisas; c) construir as orações na ordem direta, 
evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis; 
 
II - para a obtenção de precisão: 
EX: a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do 
objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o 
legislador pretende dar à norma; b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das 
mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; c) 
evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto; 
 
III - para a obtenção de ordem lógica: 
a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as 
disposições relacionadas com o objeto da lei; 
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio; 
 31 
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput 
do artigo e as exceções à regra por este estabelecida; 
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens. 
 
8.6 - Da alteração das Leis. 
Art. 12. A alteração da lei será feita: 
I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável; 
II – mediante revogação parcial; 
III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou 
acréscimo de dispositivo novo, observadas as seguintes regras: 
(Revogado); 
EX: CPC - Arbitragem. “Art. 1.102. Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996”: 
Obs: foram revogados os art. 1072 ao 1102 do CPC. 
Art. 12. A alteração da lei será feita: (...) 
b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades 
superiores ao artigo, referidas no inciso V do art. 10 (agrupamentos) , devendo ser utilizado o 
mesmo número do artigo ou unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, 
em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos; 
EX: Ação monitória. 
Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de 
determinado bem móvel. 
Art. 12. A alteração da lei será feita: (...) 
c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal 
em face de decisão do Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada manter essa 
indicação, seguida da expressão „revogado‟, „vetado‟, „declarado inconstitucional, em 
controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal‟, ou „execução suspensa pelo Senado 
Federal, (...) 
d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, 
identificando-se o artigo assim modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo 
com as letras „NR‟ maiúsculas, entre parênteses, uma única vez ao seu final, obedecidas, 
quando for o caso, as prescrições da alínea "c". 
 32 
 
8.7 - Da Consolidação das Leis. 
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por 
volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da 
Legislação Federal. 
§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria 
num único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem 
modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. 
OBS: Alterações permitidas em projetos de Leis de consolidação: Novas divisões; atualização 
de termos; de valores de multas...etc. 
Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional 
promoverá a atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às 
coletâneas que a integram as emendas constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções 
promulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados 
sistematicamente. 
 
8.8- Da Consolidação de Outros Atos Normativos 
 DISPOSIÇÕES FINAIS – LC 95, de 1998. 
Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular 
não constitui escusa válida para o seu descumprimento. 
Art. 18 - A (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de 
sua publicação. 
Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. 
 
8.9 - A REGULAMENTAÇÃO DA LC 95: Decreto 4.176/2002. 
Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a consolidação e o 
encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos normativos de competência 
dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, 
incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei Complementar 
 33 
n
o
 95, de 26 de fevereiro de 1998, 
 DECRETA: 
 Objeto e Âmbito de Aplicação 
Art. 1
o
 Este Decreto estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração e 
a consolidação de atos normativos a serem encaminhados ao Presidente da República pelos 
Ministérios e órgãos da estrutura da Presidência da República. 
Parágrafo único. Consideram-se atos normativos para efeitos deste Decreto as leis, as 
medidas provisórias e os decretos. 
 
MATÉRIAS TRATADAS NO Decreto 4.176/2002. 
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES 
Capítulo I DA NUMERAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS 
Capítulo II - DA ELABORAÇÃO, DA ARTICULAÇÃO, DA REDAÇÃO E DA 
ALTERAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS 
Seção I 
Das Regras Gerais de Elaboração 
Seção II 
Da Articulação 
Seção III 
Da Redação 
Seção IV 
Da Alteração 
Capítulo III - DA CONSOLIDAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS 
TÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES AUTÔNOMAS 
Capítulo I -DA COMPETÊNCIA PARA PROPOR E PARA EXAMINAR 
OS PROJETOS DE ATOS NORMATIVOS 
Capítulo II - DO ENCAMINHAMENTO E DO EXAME DOS PROJETOS DE ATO 
NORMATIVO 
Capítulo III - DAS COMISSÕES E DO PROCEDIMENTO 
DE CONSOLIDAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS 
 
 
 34 
 
Capítulo IV - DA SANÇÃO E DO VETO DE PROJETO DE LEI 
Capítulo V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
ANEXO I - QUESTÕES QUE DEVEM SER ANALISADAS NA ELABORAÇÃO DE 
ATOS NORMATIVOS NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO 
ANEXO II - (anexo publicado no D.O.U de 8.4.2002) 
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou Secretaria da Presidência 
da República) n
o
 , de de de 20 . 
 
Pontos de destaque: 
Tipo; 
 Competência para propor. (arts. 33 ao 37); 
 Exposição de motivos. 
 
 
 
 35 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BRASIL. Lei complementar 95 de 26 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a elaboração, a 
redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 
59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que 
menciona. Brasília. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp95.htm 
 
BRASIL. Decreto 4.176, de 28 de março de 2002. Estabelece normas e diretrizes para 
a elaboração, a redação, aalteração, a consolidação e o encaminhamento ao Presidente da 
República de projetos de atos normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo 
Federal, e dá outras providências. Brasília. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4176.htm 
 
 
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito:- 16. ed. - São Paulo : 
Atlas, 2016.

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