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Aula 4 - sociedade e relações jurídicas_2020

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IED
Ana Carolina Paes
Sociedade, relações humanas e relações jurídicas
1
Recapitulando
A teoria do Direito foi dissociada da Teoria Social
Paradigma positivista da teoria do Direito dissociou o direito da Teoria da Social enquanto Teoria da Ação Social
Consequências para o Direito.
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2
2
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3
Modificações na Teoria do Direito
Rapidez das transformações da sociedade;
Erosão dos fundamentos da tradição positivista;
Impacto da pós modernidade;
Ascensão do debate sobre a dignidade da pessoa humana, a importância dos direitos humanos;
Fragmentação crescente dos grupos sociais;
Renovação ocorrida no interior dos conhecimentos jurídicos, em função da interdisciplinaridade, do diálogo nas ciências sociais e dos “novos direitos”
RF
3
Adicionar um rodapé
4
Modificações na Teoria do Direito
A Teoria do Direito esta assentada no fundamento da ação social, conforme Habermas. 
A ação social é o centro de gravitação da Teoria do Direito, enquanto Teoria Crítica e Humanista do Direito, na medida em que ação social é o centro dos processos de socialização. 
RF
4
A ação social
Ação social pode ser definida como toda ação que tem impacto, relevo e/ou influência, gera mudanças no mundo, e afeta a vida social e a esfera pública. 
Adicionar um rodapé
5
RF
5
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6
A ação social
Nos revela a forma pela qual estamos nos socializando
Sociedade do consumo
Sociedade da transparência
Sociedade do espetáculo etc. 
Esses modelos geram tipos de ação social, exemplo ação social alienada, espetacularizada, consumista etc. 
RF
6
A Teoria do Direito compreende a ação social, na medida em que irá incidir sobre ela, ou seja, na medida em que irá regulá-la, trata-la, tirar-lhe consequências, discipliná-la. Nesse sentido, a Teoria Social fornece subsídios de fundamental importância para a Teoria do Direito, na medida em que não é possível regular algo que se ignora. 
7
RF
7
A ação social é condicionada por fatores sociais, sem ser, ao mesmo tempo e por isso, completamente determinada por esses mesmos. 
A ação social tem preservada a autonomia de cada ator social no modo de sua atuação, na medida em que autonomia significa ética, responsabilidade e consciência.
 
Nessa perspectiva, a Teoria do Direito tem como centro sociofilosófico a ação social, pois é da subjetividade e da intersubjetividade de todos, e de cada um, que nascem e se regulam, extraindo-lhes consequências jurídicas: o negócio jurídico; a lesão patrimonial; a responsabilidade civil; os deveres sociais do empregador etc. 
8
RF
8
Atores sociais são responsáveis por ações sociais. 
São modalidades de atores sociais:
Atores econômicos, atores políticos, atores culturais, atores educacionais, atores religiosos etc. 
Assim, a pessoa humana, engajada em relações sociais, assume papéis específicos, sendo a partir daí vista no desempenho de suas tarefas como ator social engajado numa esfera específica de atuação. 
Assim, as pessoas do direito são atores jurídicos, na medida em que exercem papéis sociais sob a incidência de normas específicas, como ocorre, exemplificativamente, com o: consumidor, considerado vulnerável por força do art. 20 do CDC; o eleitor, considerado aquele que tem o direito de votar e ser votado; o contribuinte, aquele que está protegido pelo CTN. 
9
RF
9
Relações Humanas, Relações Sociais e Relações de Poder 
10
“Os seres humanos são seres de relações, seres de trocas, seres de interações, seres em estado-de-transição, na visão de Paulo Freire. Ora, é nas relações que nos constituímos como seres-de-linguagem, como seres-de-cultura, como seres-de-cidadania, como seres-de-moralidade, e assim por diante. Assim é que nossa humanidade nos faz:
 1) em nossa originalidade, únicos e protagonistas biográficos;
 2) em nossa complementaridade, codependentes uns dos outros.
Assim, não é em outra medida que “estar em relação” é algo próprio da condição humana. Isso significa que não somos “sujeitos-indivíduo” e, depois entramos em “relações de interação social”, mas que somos feitos de intersubjetividade, e isto ao longo do próprio processo de constituição de nossa subjetividade. Afinal, somos atravessados pela linguagem (de onde, a ação social ser chamada ação comunicativa) e somos criados em grupos
socialmente reduzidos geradores de identidades (família, comunidade, cidade, país). Aliás, seguindo as pistas deixadas pelo pensamento social de Axel Honneth, especialmente em O direito da liberdade, as relações sociais não se dão no abstrato, mas na realidade social mediada por instituições sociais que formaram o desenvolvimento de certos vínculos: mundo das relações familiares; mundo das relações de trabalho; mundo das relações de mercado; mundo das relações com o Estado e seus organismos; etc. Nestes círculos de interações, onde se nutre o “reconhecimento recíproco”, acabam se cristalizando valores nas instituições, de onde são absorvidos pelo Direito”
RF
10
Relações Humanas, Relações Sociais e Relações de Poder 
11
“Isso porque as relações humanas e sociais estão marcadas por relações de poder. Aí incide o poder-de-determinação-da-conduta-do-Outro, quando o elo e o interlúdio entre o Eu e o Outro vem marcado pela capacidade de determinação da conduta do Outro. 
E, neste jogo, em que o poder (o poder familiar, que incide nas relações familiares; o poder econômico, que incide nas relações de mercado; o poder do empregador, que incide nas relações de trabalho) comparece, os vários elementos da vida social aí passam a determinar as formas de interação, pela técnica, pela ciência, pela riqueza, pela cultura, pela comunicação, pela força, pelo trabalho, pelos meios de produção, pelo gênero, pela etnia, pela raça, pela informação, pela educação, criando-se condicionamentos que atravessam as relações humanas de forma a que uns atraiam o que há de melhor para si, deixando ao Outro o que há de pior. É desta forma que surgem discursos que irão legitimar práticas, tornando possível a dominação de classes, a dominação de gênero, a dominação de raça, a dominação geracional, a dominação da força, a dominação da ciência, a dominação da riqueza, a dominação da técnica. Há, por isso, que se considerar, no cálculo da avaliação da “ação social” a sempre constante presença do peso social que sobredetermina, por meio do poder, as relações de interação social”
RF
11
Técnica, forma, poder e controle 
13
“A técnica jurídica se assenta em estruturas sociais que configuram formas sociais e jurídicas. No capitalismo, as trocas convertem as partes em sujeitos de direito. Tal forma se impõe à técnica, fazendo com que esta a absorva. O sujeito de direito, que é uma forma extraída de determinadas relações sociais concretas, é reconfigurado, posteriormente, pela técnica jurídica, que então lhe declara a condição jurídica, o estoque de direitos subjetivos correspondentes, as capacidades de disposição dos direitos etc.”
“Não há espaço institucional, dentro das técnicas do direito moderno, para que as necessidades de adaptação às circunstâncias, as emoções, os sentimentos, as vontades de mudança ou de concretização da justiça abalem a reprodução automática da forma. O jurista é investido num papel de agir apenas de acordo com as possibilidades que lhe são dadas pelas normas jurídicas. O operador do direito, exercendo um poder que domina o cidadão comum, por meio de uma competência que lhe é dada pelo Estado, é também um elemento da grande máquina do controle social e, portanto, opera o poder e é operado por ele.”
Alysson Mascaro 
RF
13
Técnica, forma, poder e controle 
14
“O jurista, manipulando a forma jurídica, não age de modo muito distinto daquilo que lhe é determinado ou esperado pela técnica. O que se veja de diferente por um advogado, por um juiz, por um promotor, por um policial, por um legislador, é, na verdade, um agir nas rebarbas da forma. O advogado não legislará, porque não lhe é conferido esse poder formalmente. Ele poderá advogar comsentimentos, mas isso é apenas uma acomodação menor dentro das estruturas e dos trâmites nos quais o advogado já está conformado. O operador do direito é um elemento do poder, que se impõe perante os demais da sociedade, mas também já é previamente programado pelo poder. O filósofo francês Michel Foucault bem tratava dessa questão, quando dizia que o poder passa pelas pessoas, em rede.”
Alysson Mascaro 
RF
14

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