Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
08/05/2017 1 IV - FUNÇÕES 4.1 - Funções - Definições Uma função é um tipo particular de relação entre conjuntos, que possui uma propriedade especial. Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação (ou correspondência) que associa a cada elemento de A um único elemento em B. Cada elemento x A está associado a um único elemento y B Dizemos então que R é uma função de A em B. Uma relação f de A em B é função se, e somente se, todo elemento de A estiver associado, através de f, a um único elemento de B. Usaremos a notação f : A B para indicar que f é função de A em B. x yf Ex.: As relações f e g são funções, pois: todo elemento de A está associado, através de f, a um único elemento de B todo elemento de C está associado, através de g, a um único elemento de D A relação t não é função, pois o elemento 4 está associado através de t a mais de um elemento de O (1 e 6) Ex.: Como uma função f de A em B é uma relação, os conceitos de domínio (D), contradomínio (CD) e conjunto imagem (Im) continuam válidos. No exemplo temos: D(f) = A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} DOMÍNIO CD(f) = B = {18, 19, 16, 13, 15} CONTRADOMÍNIO Im(f) = {16} IMAGEM 08/05/2017 2 Ex.: A = {a, b, c, d, e} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} • a • b • c • d • e • 1 • 2 • 3 • 4 • 5 • 6 • 7 A B x A y B a 2 b 3 c 5 d 7 e 1 Essa relação é uma função porque a todo elemento de A corresponde um único elemento em B. Tal relação também poderia ser descrita pela tabela em que cada x A tem um único correspondente y B. Também poderia ser descrita por um conjunto f de pares ordenados do tipo (x, y) em que x A e y B: f = { (a,2) (b,3) (c,5) (d,7) (e,1) } Ex.: A = {a, b, c, d, e} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} De um modo geral, se f é um conjunto de pares ordenados (x, y) que define uma função de A em B, indicamos: f : A B Se, nessa função, y B é imagem de x A, indicamos: y = f(x) No exemplo, temos: f(a) = 2; f(b) = 3; f(c) = 5; f(d) = 7; f(e) = 1 f = { (a,2) (b,3) (c,5) (d,7) (e,1) } Ex.: A lei que associa cada número racional x ao número racional y, sendo y o dobro de x, é uma função f definida pela fórmula: FUNÇÕES DEFINIDAS POR FÓRMULAS y = 2x ou f(x) = 2x Ex.: A função f que associa a cada número natural x o número natural y, sendo y o cubo de x, é definida pela fórmula: f(5) = f(-3) = f(11,5) = y = 7 então x = y = x³ ou f(x) = x³ f(2) = f(5) = y = 64 então x = Exercícios 53) Seja a função f: R R definida por 𝑓 𝑥 = − 3𝑥+8 5 54) Seja f: R R definida por f(x) = 4x + m, em que m é uma constante real. Calcular m, sabendo que f(-2) = 5 Calcular: f(3); f(-2); f(1/4); f(2) 55) Dados o conjunto A = {3, 7, 9} e o conjunto B = {1, 5, 11, 13}, além das relações R1 = {(3, 1), (9, 13)}, R2 = {(3, 5), (7, 5), (7, 11), (9, 13)} e R3 = {(3, 1), (7, 11), (9, 1)}, quais destas relações não se tratam de funções de A em B, sendo que R1, R2 e R3 são relações de A em B? 08/05/2017 3 Exercícios 56) Quais dos diagramas abaixo se encaixa na definição de função de A em B, onde A={a,b,c} e B={1,2,3}. 57) Quais dos diagramas abaixo não representa uma função de A em B, onde A={a,b,c} e B={1,2,3}. Exercícios 58) Dada a função real f(x)=2x+3 definida sobre o conjunto A={1,2,3,4}, apresente o conjunto de todos os pares ordenados pertencentes à função f. 59) Dada a função f:R R definida por: determinar: f(0), f(-4), f(2) e f(10). 60) Qual conjunto é formado pelos valores f(0), f(-3), f(2) e f(10), se a função de R×R está definida por f(x)=x²-4x+7? a. {67, 3, 4, 7} b. {0, -3, 2, 10} c. {7, 28, 3, 67} d. {10, 2, -3, 0} 61) Calcular os valores: f(3), f(1), f(0) e f(-10), para a função real f=f(x) definida por: 4.2 - Funções Sobrejetoras, Injetoras e Bijetoras 4.2.1 - FUNÇÕES SOBREJETORAS ou SOBREJETIVAS O conjunto A é o domínio da função e o conjunto B é o seu contradomínio. O conjunto imagem é o conjunto formado por todos os elementos do contradomínio que estão associados a pelo menos um elemento do domínio. No exemplo, todos os elementos de B estão associados a pelo menos um elemento de A, logo nesta função o contradomínio é igual ao conjunto imagem. 4.2.1 - Funções Sobrejetoras Em uma função sobrejetora não existem elementos no contradomínio que não estão flechados por algum elemento do domínio. No exemplo temos: Domínio: D(f) = { -2, -1, 1, 3 } Contradomínio: CD(f) = { 12, 3, 27 } Conjunto Imagem: Im(f) = { 12, 3, 27 } CD(f) = Im(f) Embora esta função seja sobrejetora, ela não é uma função injetora. 08/05/2017 4 4.2 - Funções Sobrejetoras, Injetoras e Bijetoras 4.2.2 - FUNÇÕES INJETORAS OU INJETIVAS Nem todos os elementos de B estão associados aos elementos de A, isto é, nesta função o conjunto imagem difere do contradomínio, portanto esta não é uma função sobrejetora. Esta função tem uma outra característica distinta da função anterior. Não há nenhum elemento em B que está associado a mais de um elemento de A, ou seja, não há em B qualquer elemento com mais de uma flechada. Em outras palavras não há mais de um elemento distinto de A com a mesma imagem em B. Domínio: D(f) = { 0, 1, 2 } Contradomínio: CD(f) = { 1, 2, 3, 5 } Conjunto Imagem: Im(f) = { 1, 3, 5 } 4.2 - Funções Sobrejetoras, Injetoras e Bijetoras 4.2.3 - FUNÇÕES BIJETORAS ou BIJETIVAS Funções que são tanto sobrejetora, quanto injetora, são classificadas como funções bijetoras. É o diagrama de uma função sobrejetora, pois não há elementos em B que não foram flechados. Também é uma função injetora, já que todos os elementos de B recebem uma única flechada. Domínio: D(f) = { -1, 0, 1, 2 } Contradomínio: CD(f) = { 4, 0, -4, -8 } Conjunto Imagem: Im(f) = { 4, 0, -4, -8 } Exercícios 62) Qual dos gráficos representa uma função injetora? 63) Seja a função f definida sobre o conjunto A={x,y,z} com imagem em B={1,2,3}. Qual das alternativas contém os pares ordenados (x,y) de elementos em A×B que representam uma função bijetora (injetora e sobrejetora). a. {(x,3),(y,1),(z,2)} b. {(x,1),(y,2),(x,3),(z,1)} c. {(y,2),(x,2),(z,3)} d. {(x,1),(y,3),(z,2),(z,1)} 4.3 - Composição de Funções Existem muitas situações em que uma função depende de uma variável que, por sua vez, depende de outra, e assim por diante. Podemos dizer, por exemplo, que a concentração de monóxido de carbono na atmosfera, de uma determinada cidade, depende da quantidade de carros que trafega por ela, porém a quantidade de carros varia com o tempo. Consequentemente, a concentração de monóxido de carbono varia com o tempo. Nestas situações, compondo-se as funções de modo apropriado, podemos expressar a quantidade original como função da última variável. 08/05/2017 5 4.3 - Composição de Funções Definição: Sejam g: A B e f: Im(g) C. Definimos a composta de f com g, e denotamos por fog ( lê-se f ´´bola´´ g), a função dada por (fog )(x) = f(g(x)). A função h(x) = f(g(x)) é chamada função composta de f com g, aplicada em x. OBS: Esta definição só faz sentido se a imagem de g estiver contida no domínio de f. Consequentemente, o domínio de fog é o conjunto dos valores de x no domínio de g, tal que g(x) esta no domínio de f. Ex.: Utilizaremos as funções f(x) = 4x – 5 e g(x) = 3x² + 2 Vamos obter (fog)(x) f(g(x)) = 4 g(x) – 5 = 4(3x² + 2) – 5 = 12x² + 8 – 5 = 12x² + 3 Agora vamos obter (gof)(x) g(f(x)) = 3(f(x))² + 2 = 3(4x - 5)² + 2 = 3(16x² - 40x + 25) + 2 = = 48x² - 120x + 75 + 2 = 48x² - 120x + 77 Exercícios 64) Se f(x)=3x-5, g(x)=x²+2x-3 e (gof)(x)=g(f(x)), obter (fog)(2), (gof)(-3), (gof)(x) e (fog)(x). 65) Sejam as funções reais definidas por g(x)= 3x-2 e Obter (gof)(1), (fog)(3), (fof)(2) e (gog)(-4). 4.4 - Função Inversa Definição: Seja f: A B uma função injetora com domínio A e imagemB. A função inversa é a função f -1 : A B, com domínio B e imagem A tal que: f -1(f(a)) = a para a A e f (f -1(b)) = b para b B. Então x = f -1 (y) y = f(x) para todo y em B. De uma maneira bem simples, podemos dizer que a inversa de uma função f, denotada por f-1 , é a função que desfaz a operação executada pela função f. OBS: Para determinar se uma função possui inversa é preciso verificar se ela é bijetora. Se for bijetora a função admite inversa. 08/05/2017 6 Ex.: Dada a função y = 3x - 5 determinaremos a sua inversa. 1o passo: isolar x y = 3x – 5 y + 5 = 3x x = (y + 5)/3 2o passo: troca-se x por y e y por x y= (x+ 5) / 3 Portanto f(x) = 3x – 5 terá como inversa f -1 (x) = (x+ 5) / 3 Exercícios 66) Determine a função inversa: a) 𝑓 𝑥 = 2𝑥+3 3𝑥 −5 b) 𝑦 = 𝑥 + 5 c) 𝑦 = 𝑥+2 𝑥 −2 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 ≠ 2 d) 𝑦 = 4𝑥 + 2 e) 𝑦 = 𝑥 − 4 𝑥 + 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 ≠ −1 Exercícios 67) Analise as funções e responda conforme o código seguinte: S= função sobrejetora I = função injetora B = função bijetora O = função não é injetora nem sobrejetora a) f:{-2, -1, 0, 1, 2} {0, 1, 4}, definida por f(x) = x² b) f:{0, 1, 2, 3} {5, 3, 1, 7}, definida por f(x) = 2x + 1 c) f:{-1, 0, 1, 2} {0, 1, 2, 3, 4, 5}, definida por f(x) = x + 1 d) f:{-1, 0, 1, 2} {-1, 0, 1, 2}, definida por f(x) = x Exercícios 68) Sejam A = {0, 1, 2, 3} e B = {3, 5, 7, 9} e f:AB, definida por f(x) = 2x + 3. Verifique se f é inversível e, em caso afirmativo, encontre a lei que define f-1 . 69) Sejam f e g funções de R em R definidas por f(x) = 4x + 3 e g(x) = x – 1. Determine o valor de: a) f(g(3)) b) g(f(3)) c) g(f(0)) d) f(f(1)) 70) Sejam as funções reais f e g, definidas por f(x) = 2 e g(x) = 3x – 1. Obtenha as leis que definem fog e gof. 71) Nas funções bijetoras abaixo, de R em R, obtenha a lei de correspondência que define a função inversa. a) f(x) = 2x + 3 b) g(x) = 4𝑥 −1 3 c) h(x) = x³ + 2 08/05/2017 7 4.5 - Funções do 1º. grau Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de R em R dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante. Ex.: f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 Podemos classificar a função do primeiro grau como crescente e decrescente Exercícios 72) O preço de uma corrida de táxi, em geral, é constituído de uma parte fixa, chamada bandeirada, e de uma parte variável, que depende do número de quilômetros rodados. Em uma cidade M a bandeirada é R$10,00 e o preço do quilômetro rodado é R$0,50. a) Determine a função que representa o preço da corrida. b) Se alguém pegar um táxi no centro da cidade e se deslocar para sua casa, situada a 8km de distância, quanto pagará pela corrida? 73) Construa o gráfico cartesiano das funções de em : 𝑎) 𝑦 = 2𝑥 − 1 𝑒) 𝑦 = −3𝑥 − 4 𝑏) 𝑦 = 𝑥 + 2 𝑓) 𝑦 = −𝑥 + 1 𝑐) 𝑦 = 3𝑥 + 2 𝑔) 𝑦 = −2𝑥 + 3 𝑑) 𝑦 = 2𝑥 −3 2 ℎ) 𝑦 = 4 −3𝑥 2 4.5.1 - Crescimento e Decrescimento Função Afim Crescente A função do 1º. grau f(x) = ax + b é crescente se, e somente se, a > 0. Ex.: f(x) = 2x - 8 é crescente, pois o coeficiente de x, a = 2 é positivo Função Afim Decrescente A função do 1º. grau f(x) = ax + b é decrescente se, e somente se, a < 0. Ex.: f(x) = - 2x + 4 é decrescente, pois o coeficiente de x, a = -2 é negativo OBS.: a = 0, então a função é constante, ou seja, f(x) = b 4.5.2 - Estudo do sinal da função do 1º. grau através do gráfico Estudar o sinal da função do 1º. grau y = ax + b é determinar os valores reais de x para os quais se tenha y < 0, y = 0 ou y > 0. y = 0 se x = - b / a y < 0 ou y > 0, devemos considerar o sinal do coeficiente a 08/05/2017 8 4.5.2 - Estudo do sinal da função do 1º. grau através do gráfico 1º. caso: Se a > 0, a função é crescente. Nesse caso temos: x < - b / a, então, y < 0 (função negativa) x > - b / a, então, y > 0 (função positiva) Ex.: y = 3x - 1 Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1) Para y = 0, temos 0 = 3x – 1 x = 1/3; portanto, outro ponto é (1/3, 0) Marcamos os pontos (0, -1) e (1/3, 0) no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. 4.5.2 - Estudo do sinal da função do 1º. grau através do gráfico O gráfico da função afim y = ax + b é uma reta. O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy. 4.5.2 - Estudo do sinal da função do 1º. grau através do gráfico 2º. caso: Se a < 0, a função é decrescente. Nesse caso temos: x > - b / a, então, y < 0 (função negativa) x < - b / a, então, y > 0 (função positiva) Ex.: y = - 2x + 10 Para x = 0, temos y = -2 · 0 + 10 = 10; portanto, um ponto é (0, 10) Para y = 0, temos 0 = -2x + 10 x = 10/2 = 5; portanto, outro ponto é (5, 0) Marcamos os pontos (0, 10) e (5, 0) no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. y 10 5 x 4.5.3 - Estudar as raízes da função do 1º. grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica a seguir: y = ax + b y = 0 ax + b = 0 ax = -b x = -b/a Portanto, para calcularmos a raiz de uma função do 1º grau, basta utilizar a expressão x = -b/a. 08/05/2017 9 4.5.3 - Estudar as raízes da função do 1º. grau Ex.: Determine a raiz da função y = -2x + 10 y = 0 - 2x + 10 = 0 - 2x = - 10 (-1) 2x = 10 x = 10/2 x = 5 A reta representada pela função y = - 2x + 10 intersecta o eixo x no valor: 5 4.6 - Funções do 2º. grau A função quadrática é um ótimo exemplo para uma série de situações problemas das mais variadas. Seu aspecto gráfico (a parábola) é bastante conhecido e, nesta aula, a fim de construirmos e analisarmos os gráficos de funções de segundo grau, começaremos obtendo e estudando os pontos notáveis da parábola. Toda função do tipo y = ax² + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0, é chamada de função quadrática ou função do 2º. grau. Ex.: y = 3x² - x - 2 f(x) = 4x² - 2 A parábola pode ter concavidade para cima ou para baixo. Considerando a parábola de equação f(x) = ax² + bx + c, Se a > 0, a parábola possui concavidade para cima Se a < 0 , a parábola possui concavidade para baixo. Exercícios 74) Construa o gráfico cartesiano das funções de em : 𝑎) 𝑦 = 𝑥² − 1 𝑏) 𝑦 = −𝑥² + 1 𝑐) 𝑦 = 𝑥² 𝑑) 𝑦 = −𝑥² 𝑒) 𝑦 = 𝑥2 − 2𝑥 𝑓) 𝑦 = −2𝑥2 − 4𝑥 𝑔) 𝑦 = −3𝑥2 − 3 ℎ) 𝑦 = 𝑥² − 2𝑥 + 4 4.6.1 - Pontos Notáveis da Parábola Alguns pontos da parábola, por facilitarem a construção do gráfico da função do 2º. grau, merecem destaque. - Intersecção com o eixo Ox Para obtê-los a partir de y = ax² + bx + c, basta atribuirmos o valor zero à variável y e resolver a equação: ax² + bx + c = 0 Utilizamos a fórmula de Baskara, 𝑥 = −𝑏 ± ∆ 2𝑎 onde, ∆ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 08/05/2017 10 4.6.1 - Pontos Notáveis da Parábola - Intersecção com o eixo Ox ax² + bx + c = 0 Se a equação tiver > 0, então terá duas raízes reais e distintas: x1 ≠ x2 Assim, os pontos de intersecção da parábola com o eixo Ox são (x1, 0) e (x2, 0) Se a equação tiver = 0, então terá duas raízes reais e iguais: x1 = x2 Assim, a parábola será tangente ao eixo Ox no ponto de abscissa x1 = x2 Se a equação tiver < 0, então não terá raízes reais Assim, a parábola não terá ponto em comum com o eixo Ox 4.6.1 - Pontos Notáveis da Parábola- Intersecção com o eixo Ox Ex.: y = 2x² - x – 1 pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox: 2x² - x - 1 = 0 onde, a = 2 b = -1 c = -1 = b² - 4ac = (-1)² - 4.2.(-1) = 1 – (-8) = 1 + 8 = 9 Como > 0, a parábola intercepta o eixo Ox em dois pontos distintos: (x1, 0) e (x2, 0) onde x1 e x2 são as raízes da equação. Determinando x1 e x2, temos: 𝑥 = − −1 ± 9 2.2 = 1 ± 3 4 𝑥1 = 1+3 4 = 4 4 = 1 𝑥2 = 1−3 4 = −2 4 = − 1 2 Como o coeficiente de x² é positivo (a > 0), a parábola tem concavidade para cima. Ex.: y = - 4x² - 12x - 9 pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox: -4x² - 12x - 9 = 0 onde, a = -4 b = -12 c = -9 = b² - 4ac = (-12)² - 4.(-4).(-9) = 144 – 144 = 0 Como = 0, temos duas raízes reais e iguais (x1 = x2). Portanto a parábola tangencia o eixo Ox no ponto de abscissa x1 = x2. Determinando essas raízes, temos: 𝑥 = − −12 ± 0 2. (−4) = 12 ± 0 −8 𝑥1 = 𝑥2 = − 12 8 = − 3 2 Como o coeficiente de x² é negativo (a < 0), a parábola tem concavidade para baixo. 08/05/2017 11 4.6.1 - Pontos Notáveis da Parábola - Intersecção com o eixo Oy ax² + bx + c Basta atribuirmos o valor zero à variável x. Assim, o ponto de intersecção da parábola com o eixo Oy é (0, y) Ex.: y = x² - 6x + 5 pontos de intersecção de seu gráfico com o eixo Oy: Fazendo x = 0 y = 5 Então, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto (0, 5) Ex.: y = x² - 6x + 5 pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox: x² - 6x + 5 = 0 onde, a = 1 b = -6 c = 5 = b² - 4ac = (-6)² - 4.(1).(5) = 36 – 20 = 16 Como > 0, a parábola intercepta o eixo Ox em dois pontos distintos: (x1, 0) e (x2, 0) onde x1 e x2 são as raízes da equação. Determinando x1 e x2, temos: 𝑥 = − −6 ± 16 2.1 = 6 ± 4 2 𝑥1 = 6+4 2 = 10 2 = 5 𝑥2 = 6−4 2 = 2 2 = 1 Como o coeficiente de x² é positivo (a > 0), a parábola tem concavidade para cima. 4.6.1 - Pontos Notáveis da Parábola -O vértice da parábola Outro ponto notável da parábola é o seu vértice. O vértice V é o ponto de intersecção da parábola com seu eixo de simetria. O vértice V(xv, yv) da parábola de equação y = ax² + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0, é o ponto 𝑉 = − 𝑏 2𝑎 ,− ∆ 4𝑎 onde ∆ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 Ex.: No exemplo anterior y = x² - 6x + 5 pontos de intersecção de seu gráfico com o eixo Oy: (0, 5) pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox: (5, 0) e (1, 0) x² - 6x + 5 = 0 onde, a = 1 b = -6 c = 5 = b² - 4ac = (-6)² - 4.(1).(5) = 36 – 20 = 16 Determinando xv e yv, temos: 𝑥𝑣 = − (−6) 2.1 = 6 2 = 3 𝑦𝑣 = − 16 4.1 = − 16 4 = −4 Portanto, o vértice da parábola é o ponto V(3, -4) 08/05/2017 12 4.7 - Máximo e Mínimo de uma Função Seja f uma função real de variável real. A função f admite valor máximo se, e somente se, existe xmax, com xmax D(f), tal que: f(xmax) f(x), x, x D(f) O número f(xmax) é chamado de valor máximo da função f . Seja f uma função real de variável real. A função f admite valor mínimo se, e somente se, existe xmin, com xmin D(f), tal que: f(xmin) f(x), x, x D(f) O número f(xmin) é chamado de valor mínimo da função f . 4.7 - Máximo e Mínimo de uma Função 4.7.1 - Conceito de Máximo e Mínimo Aplicado à Função do 2º. Grau Seja f : R R tal que f(x) = ax² + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0 f admite valor de máximo se, e somente se, a < 0. Seu valor de máximo é yv = − ∆ 4𝑎 e o ponto máximo é xv = − 𝑏 2𝑎 f admite valor de mínimo se, e somente se, a > 0. Seu valor de mínimo é yv = − ∆ 4𝑎 e o ponto mínimo é xv = − 𝑏 2𝑎 onde ∆ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 Note que estes pontos de mínimo e máximo correspondem respectivamente aos vértices, quando a > 0 (mínimo) ou a < 0 (máximo). Ex.: Determine o valor mínimo e o ponto de mínimo da função y = 2x² + 2x + 1 2x² + 2x + 1 onde, a = 2 b = 2 c = 1 = b² - 4ac = (2)² - 4.(2).(1) = 4 – 8 = -4 Determinando o valor mínimo, temos: 𝑦𝑣 = − (−4) 4.2 = 4 8 = 1 2 Determinando o ponto mínimo, temos: 𝑥𝑣 = − 2 2.2 = − 2 4 = − 1 2 Portanto, a coordenada será V(-1/2, 1/2) 08/05/2017 13 4.7.2 - Variação de Sinal de uma Função do 2º. Grau De um modo geral, a discussão da variação de sinal de uma função do 2º. grau, f(x) = ax2 + bx + c recairá sempre em um dos seguintes casos: Ex.: No exemplo y = 2x² - x – 1 pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox: (1, 0) e (-1/2, 0) Como o coeficiente de x² é positivo (a > 0), a parábola tem concavidade para cima. O valor da função será negativo para o intervalo do domínio ] -1/2, 1[ e positivo, para ] -, - 1/2[ U ] 1, + [
Compartilhar