Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SOLDAGEM MIG/MAG Prof. Esp. Júlio Cezar Pedrosa 2 GMAW (Gas Metal Arc Welding) É a sigla internacional que significa “Gas Metal Arc Welding”, ou Soldagem a Arco com Proteção Gasosa e Eletrodo Consumível. O processo de soldagem MIG MAG pode ser definido como um processo de soldagem por fusão, que utiliza o calor de um arco elétrico formado entre um eletrodo metálico consumível e a poça. Tanto o arco quanto a poça de fusão são protegidos contra a contaminação pela atmosfera por um gás ou uma mistura de gases. GMAW: Gas Metal Welding MIG: Metal Inert Gas MAG: Metal Active Gas MIG/MAG Soldagem MIG/MAG ou GMAW – Técnica Operatória Eletrodo Nu Metal de Base Poça de Fusão Gás de Proteção Tubo de Contato Bocal s/escória Gatilho APLICAÇÕES DOS PROCESSOS MIG E MAG MIG metais não ferrosos EX.: Soldagem de Alumínio MAG metais ferrosos Ex.: Aço do Botijão Soldagem MIG/MAG ou GMAW • A visibilidade da poça de fusão é excelente. Soldagem MIG/MAG ou GMAW EQUIPAMENTOS MIG/MAG, ACESSÓRIOS E CONSUMÍVEIS Soldagem MIG/MAG ou GMAW Tocha de soldagem Arame Eletrodo para a abertura do arco Fonte de gás protetor Sistema de alimentação do eletrodo em forma de bobina de arame Unidade para circulação de água para refrigeração da tocha, quando necessário. Fonte de energia: O processo MIG/MAG utiliza fontes de energia do tipo corrente contínua ou corrente contínua pulsada. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Soldagem MIG/MAG (GMAW) Soldagem MIG/MAG (GMAW) - Sistema alimentador do eletrodo A tocha de soldagem conduz simultaneamente o eletrodo, a energia elétrica e o gás de proteção, a fim de produzir o arco de soldagem. A tocha de soldagem consiste de: •Bico de contato, que energiza o arame-eletrodo. •Bocal que orienta o fluxo de gás, feito em cobre ou material cerâmico. •Gatilho de acionamento do sistema, ou seja, abre o circuito, aciona o alimentador do arame e comanda o fluxo de gás. A tocha de soldagem pode ser refrigerada pelo próprio gás de proteção que conduz ou por água. Correntes de trabalho acima de 220 A e ciclos de trabalho superiores a 60%, utiliza- se a refrigeração com água. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Fontes de gás: Cilindro de gás ou mistura de gases de proteção dotado de regulador de pressão (manômetro) e/ou vazão (fluxômetro). Manômetro Regulador de pressão com fluxômetro Fluxômetro = medidor de vazão Soldagem MIG/MAG ou GMAW Consumíveis utilizados no processo de soldagem MIG/MAG: • Eletrodo ou arame ou metal de adição; • Gás de proteção; • Líquido para proteção da tocha e das regiões adjacentes à solda contra a adesão de respingos. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Os eletrodos são fornecidos em bobinas com diâmetro que varia de 0,8 a 3,4mm. O diâmetro do eletrodo será função da espessura da peça e da corrente usada na soldagem. São tradicionalmente revestidos com cobre (cobreados), visando a proteção do arame contra a corrosão e melhorar o contato elétrico entre o eletrodo e o bico de contato. Vantagens • Processo semi-automatico bastante versátil, podendo ser adaptado facilmente para o automático; • O eletrodo nú é alimentado automaticamente; • Soldagem pode ser executada em todas as posições; • A velocidade de soldagem é elevada; • Taxa de deposição elevada devido a densidade de corrente alta na ponta do arame; • Não há formação de escória e consequentemente, não se perde tempo na sua remoção, nem corre o risco da inclusão da escória na soldagem de passes; Vantagens • Penetração na raiz mais uniforme que no processo de ER; • Processo com baixo teor de Hidrogênio; • Problemas com distorções e tensões residuais reduzidos; • Visibilidade total da peça de fusão • Possibilidade de controlar a penetração e diluição; • Facilidade de execução da soldagem; • Soldador facilmente treinado para todas as posições; Desvantagens • Maior velocidade de resfriamento pela falta de escória; • Soldagem deve ser protegida de correntes de ar; • Operação difícil em locais de pouco acesso; • Muita projeção de metais líquidos; • Grande emissão de raios UV; • Equipamento mais caro se comparado ao ER; • Equipamento menos portatil; TÉCNICA DE SOLDAGEM MIG/MAG Obs.: Geralmente os soldadores acham que a técnica de soldagem puxando proporciona um arco mais estável e menos respingos na peça. SENTIDO DE SOLDAGEM TÉCNICA DE SOLDAGEM PUXANDO SENTIDO DE SOLDAGEM TÉCNICA DE SOLDAGEM EMPURANDO TÉCNICA DE SOLDAGEM MIG/MAG VERTICAL DESCENDENTE VERTICAL ASCENDENTE SE N TI D O D E SO LD A G EM SEN TID O D E SO LD A G EM TREINAMENTO DE SOLDADORES E INSPETORES DE SOLDAGEM As normas AWS adotam o seguinte formato para arames utilizados em processos de soldagem TIG, MIG, MAG e arco submerso: Soldagem MIG/MAG ou GMAW Na soldadura com arames sólidos por arco (GMAW = Gas Metal Arc Welding), as numerosas variedades de gases de proteção, arames de solda e de fontes de energia resultam em três modos diferentes de transferência do metal através do arco: Curto- circuito, Globular e Spray. Cada modo de transferência do metal tem vantagens e limitações específicas. TRANSFERÊNCIAS METÁLICA Corrente de Soldagem Short Circuit Transfer Globular Transfer Spray Transfer Curto-circuito Globular Spray A gota de metal se forma na ponta do eletrodo, aumenta de diâmetro até tocar a de fusão. A gota é puxada para a poça de fusão pela tensão superficial. Ocorre com baixos valores de tensão e corrente, para eletrodos com diâmetro de 0,8 a 1,2mm. TRANSFERÊNCIA POR CURTO-CIRCUITO Devido a baixa quantidade de calor transferida para a peça, é recomendado para soldagem de chapas finas. Pelo pequeno volume da poça de fusão e pela forma como a gota é puxada para a poça de fusão, este modo de transferência é adequado para soldagem em qualquer posição. Os problemas deste modo de transferência são a pequena penetração, a quantidade de respingos e a instabilidade do arco. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Curto circuito Neste modo de transferência, a gota de metal alcança um diâmetro maior que o do eletrodo, porém não chega a tocar a peça. A gota viaja no arco elétrico, do eletrodo à poça. A quantidade de respingos é elevada, devido a baixa direcionalidade da transferência. Possui quantidade de calor intermediária e está limitado à soldagem na posição plana. Também apresenta o problema de falta de penetração, além de falta de fusão ou reforço do cordão de solda Excessivo. TRANSFERÊNCIA GLOBULAR Soldagem MIG/MAG ou GMAW Globular TRANSFERÊNCIA POR SPRAY, OU PULVERIZAÇÃO AXIAL A gota, ainda com diâmetro pequeno, menor que o do eletrodo, é transferida à peça na direção axial. A quantidade de calor transferida à peça é elevada, e por isso é adequado para a soldagem de chapas grossas. Ocorre apenas quando se usa argônio ou misturas ricas em argônio. Este modo de transferência apresenta alta taxa de deposição e por isso está limitado à posição plana de soldagem. A transferência por spray apresenta a maior estabilidade do arco. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Spray FATORES QUE INFLUENCIAM A TRANSFERÊNCIA DE METAL A corrente ou faixa de corrente que acontece a mudança na transferência é denominada corrente de transição globular /pulverização. Correntes menores que a corrente de transição, o modo de transferência é globular. Correntes maiores que a corrente de transição possibilitam a transferência por spray.Soldagem MIG/MAG ou GMAW PULVERIZAÇÃO AXIAL GLOBULAR CORRENTE DE TRASIÇÃO V O L U M E D A G O T A ( m m 3 /s ) Nº DE GOTAS VOLUME 0 100 200 300 400 500 600 CORRENTE (A) N Ú M E R O D E G O T A S /S E G U N D O 300 200 100 20 15 10 0,5 Soldagem MIG/MAG (Gas Arc Welding – GMAW) MIG (Metal Inert Gas) MAG (Metal Active Gas) Comparação entre os modos de transferências Soldagem MIG no Alumínio Gráfico Tensão x Corrente TRANSFERÊNCIA SPRAY X X Corrente Contínua – Influência da Polaridade PARÂMETROS DO PROCESSO - POLARIDADE Soldagem MIG/MAG ou GMAW A polaridade mais indicada para a soldagem MIG / MAG é a polaridade inversa (CC+) Com o uso da polaridade direta (CC-), ocorre a repulsão da gota causada pelas forças dos jatos de plasma e de vapor metálico. A gota é empurrada para cima e desviada de sua trajetória normal, tornando instável a transferência do metal. TENSÃO DE SOLDAGEM A tensão no arco é diretamente proporcional ao comprimento do arco, ou seja, quanto maior o comprimento do arco, maior a tensão do arco. A tensão de soldagem também afeta o formato do cordão de solda. Tensões elevadas produzem cordões mais largos com maior quantidade de respingos; Tensões baixas, por outro lado, resultam em arco menos estável e maior absorção de gases. Soldagem MIG/MAG ou GMAW CORRENTE DE SOLDAGEM A corrente de soldagem está diretamente relacionada à velocidade de alimentação do arame. Esta relação é denominada de característica de queima. Cada tipo de arame de soldagem possui sua característica de queima. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Obs.: Normalmente há um indicador de amperagem na fonte. MIG/MAG X ELETRODO REVESTIDO ALTA PRODUTIVIDADE CALCULO DA TAXA DE DEPOSIÇÃO A taxa de deposição descreve o quanto de metal de solda será depositado numa hora de arco aberto. Taxa de Deposição (kg/h) = vel. alim. Arame (m/min) x 60min/h m/kg de arame A Tabela informa a quantidade de metros por quilo de diversos tipos e diâmetros de arame CALCULO DA TAXA DE DEPOSIÇÃO Tabela - Quantidade de metros por quilo de arames de solda EXTENSÃO DO ELETRODO (STICK-OUT) Quanto maior a extensão do eletrodo, maior será o aquecimento devido ao efeito Joule e menor será a corrente de soldagem necessária para fundir o arame. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Trata-se da distância entre o contato elétrico e a peça de trabalho. É nessa região que ocorre o efeito Joule (I2R), ou seja, o aquecimento do metal devido à corrente elétrica. Uma corrente suficientemente baixa, denominada corrente de base (Ib), que não gera a transferência, mas produz o início da fusão, e uma corrente superior a corrente de transição globular / pulverização, denominada corrente de pico (Ip), que gera a transferência. A vantagem deste modo é a obtenção de uma transferência com característica de pulverização, com corrente média bem menor, reduzindo o custo da operação. Além disso, a quantidade de calor transferida à peça é bem menor, o que é vantajoso pelos seguintes motivos: • menor nível de distorções • maior controle da poça de fusão • possibilita a soldagem fora de posição • possibilita a soldagem de chapas com menores espessuras Soldagem MIG/MAG ou GMAW TRANSFERÊNCIA POR ARCO PULSANTE (1) Valores relativos à transferência por curto-circuito. Soldagem MIG/MAG ou GMAW Tipo de transferência metálica Gás de proteção Posição de soldagem Energia de soldagem (1) Penetração (1) Estabilidade do arco Curto-circuito todos todas 1,0 1,0 ruim Globular todos plana 1,2 1,2 intermediário Pulverização axial argônio e misturas ricas em argônio plana/horizontal 1,8 1,8 boa Arco pulsado argônio e misturas ricas em argônio todas 1,2 - 1,6 1,2 - 1,6 boa TIPOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA Gases inertes (Ar, He ou Ar + He) são usados na soldagem de metais mais reativos, como alumínio, magnésio e titânio. Gases ativos (uso de CO2 puro ou com adições de oxigênio ou argônio) são usados na soldagem de aços carbono e baixa liga. As vantagens do uso de gases ativos são: • Baixo custo; • Maior estabilidade do arco; • Maior velocidade de soldagem; • Maior penetração. GASES INERTES E ATIVOS Soldagem MIG/MAG ou GMAW MISTURA DE GASES DE PROTEÇÃO Pequenos teores de gases ativos adicionados ao gás inerte tem as seguintes funções: • Mudar o contorno do cordão; • Aumentar a penetração; • Diminuir a quantidade de respingos. A figura abaixo mostra o efeito da adição de 5% de oxigênio sobre a soldagem de chapas de aço carbono. Obtém-se um cordão mais estreito e com menor quantidade de respingos. Soldagem MIG/MAG ou GMAW A figuras abaixo mostra esquema do efeito do gás de proteção sobre o contorno e a penetração do cordão de solda. Mistura de Gases de proteção Soldagem MIG/MAG ou GMAW Soldagem MIG/MAG ou GMAW Indústrias de auto peças, motocicleta, bicicletas e caldeiraria Soldagem MIG/MAG ou GMAW Misturadores de Gases FONTES DE GÁS Cilindro de gás ou mistura de gases de proteção dotado de regulador de pressão (manômetro) e/ou vazão (fluxômetro). • Ângulo incorreto da tocha • Baixa adição de calor • Geometria inadequada da junta • Alta velocidade de soldagem • Adição de calor excessivo • Abertura muito grande entre as parte a unir • Impurezas no MB • Falta ou excesso de proteção gasosa (regulagem inadequada da vazão do gás de proteção, corrente de ar ou bocal obstruído pelo acumulo de respingos) • Excesso de energia do arco ou manuseio inadequado da tocha • O soldador deve regular os parâmetros de soldagem em função do tipo da junta, posição de soldagem e espessura do MB • Posição de soldagem • Acumulo de tensões no cordão de solda SOLDAGEM ROBOTIZADA ROBÔ SOLDADOR ROBÔ SOLDADOR R$ 2.20000 Máquina de Solda Neo Inversora MIG/MAG 350 Máquina De Solda Mig/mag Falcon 400 Inversora R$ 9.30000 Máquina De Solda Inversora Mig/Mag 400a Teksuy R$ 3.95000 Máquina De Solda / Inversora De Solda Profissional Mig 195a R$ 1.09999 SOLDAGEM TIG Prof. Esp. Júlio Cezar Pedrosa Processo TIG – Tungsten Inert Gas • Definição: soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa (Gas Tungsten Arc Welding – GTAW) • Uso de eletrodo de Tungstênio não consumível • Proteção gasosa feita por gás inerte ou mistura de gases inertes (Argônio e Hélio) • Soldagem poderá ser feita com ou sem material de adição • O GTAW funciona através do eletrodo de tungstênio ( ou liga de tungstênio ) preso a uma tocha. Por essa mesma tocha é alimentado o gás que irá proteger a soldagem contra a contaminação da atmosfera. O arco elétrico é criado pela passagem de corrente elétrica pelo gás de proteção ionizado, estabelecendo-se o arco entre a ponta do eletrodo e a peça. Em termos básicos, os componentes do GTAW são : • Tocha; • Eletrodo; • Fonte de Potência; • Gás de Proteção Processo TIG – Tungsten Inert Gas Processo TIG – Tungsten Inert Gas - Características • Baixa produção de escória e fumos, com ótima visibilidade da poça de fusão • Excelente controle da energia transferida(arco suave e estável) • Indicada para chapas finas e peças de difícil soldabilidade • Ótimo acabamento (pouca necessidade de limpeza) • Baixa produtividade e alto custo • Aplicações especiais Vantagens • Produz soldas de qualidade superior, geralmente livres de defeitos; • Está livre dos respingos que ocorrem em outros processos a arco; • Pode ser utilizado com ou sem adição; • Permite excelente controle na penetração de passes de raiz; • Pode produzir excelentes soldagem autógenas ( sem adição ) a altas velocidades; • Utiliza-se de fontes de energia de baixo custo; • Permite um controle preciso das variáveis da soldagem; • Pode ser usado em quase todos os metais; • Permite um controle independente da fonte de calor e do material de adição. Desvantagens • Taxas de deposição inferiores com processos de eletrodos consumíveis; • Há necessidade de maior destreza e coordenação do operador em relação ao outros processos com gás de proteção ; • É menos econômico que os processos de eletrodos consumíveis para espessuras a 10 mm; • Há dificuldade de manter a proteção em ambientes turbulentos; • Pode haver inclusões de Tungstênio; • Pode haver contaminação da solda se o metal de adição não for adequadamente protegido; • Vazamento no sistema de refrigeração pode causar contaminação ou porosidade Sopro ou deflexão do arco; Fonte de energia (transformador/retificador) Ignitor Eletrodo não consumível de Tungstênio Tocha de soldagem (pistola) Equipamento e consumíveis Gás de proteção Mangueiras Sistema de refrigeração da tocha (para elevadas amperagens, >150A) Vareta de material de adição (material específico ou o próprio metal de base) Equipamento e consumíveis Tocha • As tochas, que suportam o eletrodo e conduzem o gás de proteção até o arco, são classificadas basicamente pelo seu mecanismo de refrigeração. As tochas refrigeradas a gás são mantidas na temperatura adequada pelo efeito de resfriamento causado pelo próprio gás de proteção. Estas tochas estão limitadas a uma corrente máxima de cerca de 200 A. Já as tochas refrigeradas a água, promovem a circulação de água, normalmente em circuito fechado, para refrigeração. Desta forma, suportam correntes de até 1000 A. A tocha refrigerada a água é a mais empregada. Bocais • Gás de proteção é dirigido para a zona de soldagem por bocais fixados na extremidade das tochas. O objetivo da utilização dos bocais é produzir um fluxo laminar do gás de proteção. Os bocais podem ser fabricados de materiais cerâmicos, metais, metais revestidos com cerâmicos, quartzo fundido ou outros materiais. Dentre estes, os bocais cerâmicos são os mais baratos e mais populares, apesar de serem quebradiços e necessitarem de troca constante. Bocais metálicos tem vida útil mais longa e são usados principalmente em processos automatizados, que operam com correntes acima de 250 A. Bocais • Os aspectos mais importantes nos bocais são suas dimensões e perfis. Os bocais devem ser largos o suficiente para prover cobertura da área de soldagem pelo gás e devem estar de acordo com o volume e a densidade necessária do gás no processo. Se a vazão do gás for excessiva para um determinado diâmetro, a eficiência da proteção é afetada devido a turbulência. Vazões mais altas, sem este efeito de turbulência, requerem maiores diâmetros de bocais, condições estas, essenciais para altas correntes. Fonte de energia • Fonte composta de transformador e retificador, normalmente eletrônica • Fornece um valor constante e ajustável de corrente elétrica • Trabalha com corrente contínua, alternada e pulsada • Possui um ignitor para abertura e extinção do arco e controles para ajustagem do processo • Faixa de operação: 5 a 10A (mínima) e 200 a 500A (máxima) Fonte de energia • Corrente alternada (TIG AC): Utilizada para soldagem de metais não ferrosos, sobretudo alumínio e magnésio • Corrente contínua (TIG DC): Polaridade direta (-) ou reversa (+). Utilizada para soldar aço, aço inoxidável, níquel, cobre, aço cromo- molibdênio Seleção da corrente Eletrodos • No processo GTAW os eletrodos não são consumíveis e tem o papel de servir como um dos terminais do arco que irá gerar o calor para o processo. Ao aproximar-se da sua temperatura de fusão (3410 oC), o tungstênio torna-se termoiônico, como uma fonte disponível de elétrons. Ele alcança esta temperatura através de aquecimento por resistência e, caso não houvesse um forte efeito de resfriamento pela saída dos elétrons de sua extremidade, esta ponta poderia fundir-se. Eletrodos • A - Eletrodos de Tungstênio Puro • Os eletrodos de tungstênio puro ( EWP ) possuem, no mínimo, 99,5 % de W e tem uma capacidade de corrente inferior que os eletrodos de liga de tungstênio. Entretanto, são muito utilizados em soldagem com CA, pois mantém uma extremidade limpa e arredondada. • B . Eletrodos Ligados • Os eletrodos com óxido de tório, possuem 1% ou 2% deste material. A tória incrementa a emissividade termoiônica do tungstênio, permitindo a operação em correntes mais elevadas (aproximadamente 20 % de acréscimo). Os eletrodos torinados mantém um fino perfil da ponta durante a soldagem, o que é desejável na soldagem de aços. Eletrodos de Tungstênio • Ponta verde (puro): é o eletrodo considerado o "comum" e também é o mais barato deles. Contém 99,50% de tungstênio. Forma pequena bola após o uso. Indicado para soldagem de alumínio e magnésio. Excelente estabilidade de arco com TIG AC. Não deve ser usado em TIG DC. Eletrodos de Tungstênio • Ponta vermelha (1,7 e 2,2% Tório): mais utilizado, preferidos por causa da excelente vida útil e facilidade de uso (abertura do arco e alta amperagem). Opera muito abaixo da temperatura de fusão (baixo desgaste e baixo risco de contaminação). Ideal para soldagem de aço carbono, aço inoxidável, níquel e titânio. Eletrodos de Tungstênio • Ponta cinza (1,80 e 2,20% Cério): melhor para TIG DC baixa amperagem ou TIG AC. Fácil abertura de arco indicado para solda de tubos, pequenas peças e chapas finas de aço carbono, aço inoxidável, titânio. Não é indicado para altas amperagens. • Outros: • Ponta dourada e azul (Lantânio): versátil (TIG AC e DC), excelente para aço inoxidável (fonte pulsada). • Ponta marrom e branca (Zircônio): somente para TIG AC, usado para ferro, aço e aço inoxidável. Eletrodos de Tungstênio Afiação do eletrodo Dispensada para eletrodos com diâmetro menor que 1,6 mm Regulagem da corrente Regulagem da corrente Gás de proteção • Argônio (Ar ou SG-A) • Melhor proteção, arco mais estável • Menor consumo e custo, solda mais limpa com AC • Hélio (He ou SG-He) • Maior penetração e velocidade • Maior consumo e custo mais elevado • Mistura de Argônio e Hélio (SG-AHe-XX) Gás de proteção Gás de Proteção Argônio Hélio melhor estabilidade do arco de soldagem arco menos estável menor consumo de gás (aprox. 1/3 do He) maior consumo (gás mais leve que o ar) menores tensões de arco: menor energia de soldagem maior energia de soldagem, para mesma corrente e comprimento do arco menor custo custo mais elevado da soldagem em função do maior custo do gás e maior consumo maior resist. à correntes de ar menor resist. à correntes de ar soldagem de chapas finas soldagem de maior espessura soldagem manual soldagem automática corrente contínua e alternada CCPD - corrente contínua polaridade direta fácil abertura do arco arco de abertura mais difícil menor velocidade de soldagem maior velocidade de soldagem menor penetração maior penetraçãoMetal de adição • Pode ser utilizado vareta (manual) ou arame (automatizada) • Normatizado pela AWS Alta frequencia • Alta freqüência (350 kHz a 5 MHz) para possibilitar a abertura do arco de soldagem sem que para isso o eletrodo toque a peça, ocasionando principalmente inclusão de tungstênio. • • Em corrente contínua, o próprio aparelho possui um dispositivo que interrompe a ação de centelhamento do ignitor após a abertura do arco; • • . quando se solda com corrente alternada, para impedir a extinção do arco a cada inversão de polaridade, um transistor de alta potência gera um pico de tensão de 2 a 4 kV e o ignitor de alta freqüência permanece ligado durante toda a operação. TIPO DE MATERIAL ESPESSURA mm CORRENTE ALTERNADA CORRENTE CONTÍNUA CCPD CCPI magnésio até 3 O NR B magnésio maior 3 O NR NR peças fundidas de magnésio O NR B alumínio até 2,5 O NR B alumínio maior 2,5 O NR NR peças fundidas em alumínio O NR NR ligas de latão B O NR cobre desoxidado NR O NR cobre ao silício NR O NR prata B O NR chapa de prata O NR NR recobrimento duro O O NR ferro fundido B O NR aço inoxidável B O NR aço baixo carbono até 0,8 B O NR aço baixo carbono maior 0,8 NR O NR aço alto carbono até 0,8 B O NR aço alto carbono maior 0,8 B O NR Técnica de soldagem • Regulagens do equipamento (parâmetros de soldagem) • Preparação da peça (limpeza, chanfros, fixação, pré- aquecimento) • Vazão do gás e abertura do arco (contato ou centelha) • Movimentação da tocha (angulação e velocidade) • Posicionamento e movimentação da vareta de metal de adição (dentro da poça e da nuvem de gás) • Extinção do arco e fechamento do gás • Limpeza e acabamento • Posições de soldagem Regulagem do equipamento • Escolha, afiação e montagem do eletrodo (ponta verde, vermelha, etc.) • Escolha do gás de proteção (Ar, He, mistura) e conexão do cilindro e regulador de pressão • Escolha da vareta de solda • Regulagem da amperagem e tipo de corrente (AC, DC-, DC+ ou pulsada) • Seleção do modo de operação (2T ou 4T) • Seleção da forma de abertura do arco (centelha ou contato) Regulagem do equipamento • Seleção da rampa de corrente para extinção • Regulagem do tempo de pós-fluxo Preparação da peça Principais defeitos e descontinuidades • Mordeduras • Trincas • Porosidade • Falta de penetração • Oclusões • Inclusão/contaminação de Tungstênio • Oxidação do cordão • Distorções Principais defeitos e descontinuidades 5) Proteção gasosa inadequada Principais defeitos e descontinuidades • Falta de penetração – corrente baixa, ângulo incorreto de soldagem, velocidade incorreta de soldagem, preparação inadequada, arco muito longo • Mordedura – sopro magnético, posição incorreta da tocha, manejo inadequado da tocha, limpeza inadequada da peça, velocidade muita alta • Distorções – falta de simetria na realização do cordão, fixação por ponto inadequada, excessiva aplicação de calor Aplicações • Soldagem de aço carbono e inoxidável • Soldas em chapas finas e passe de raiz em tubulações • Soldas de peças pequenas e de precisão • Soldas de qualidade e responsabilidade ESPESSURA A SOLDAR ELETRODO DE TUNGSTÊNIO BOCAL COR- RENTE METAL DE ADIÇÃO CONSUMO DE GÁS mm pol mm pol COBRE ( A ) mm pol m3/h pé3/h 1,58 1/16 1,02 0,40 12 10-50 1,58 1/16 0,25 9 3,17 1/8 1,58 1/16 12 30-70 1,58 1/16 0,32 11,4 3,96 5/32 2,38 3/32 12 70-150 2,38 3/32 0,37 13,2 4,76 3/16 3,17 1/8 12 130-180 3,17 1/3 0,49 17,4 5,55 7/32 3,96 5/32 12 150-225 4,76 3/16 0,52 18,6 6,35 1/4 4,76 3/16 12 150-300 4,76 3/16 0,69 24,5 Aplicações • Soldagem de alumínio e magnésio • Soldagem de níquel e cobre • Soldagem de titânio
Compartilhar