Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIS LTDA SETEMBRO 2009 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 2 1 - APRESENTAÇÃO .......................................................... 7 2 - EMPRESAS EXECUTORAS ......................................... 9 2.1 WTORRE S.A. ................................................................ 10 2.2 FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA............................. 11 3 - EQUIPE TÉCNICA ....................................................... 12 4 - VIVER BEM PARAUAPEBAS ...................................... 16 4.1 JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................... 17 4.2 PONTOS POSITIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................... 18 4.3 OBJETIVO DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................... 19 4.4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............ 19 LOCALIZAÇÃO ..................................................................................... 19 FASES DE IMPLANTAÇÃO PREVISTAS ............................................. 20 ZONEAMENTO E USO DO SOLO ........................................................ 21 INFRA-ESTRUTURAS .......................................................................... 24 TIPOLOGIA DAS CASAS E EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS ...................... 26 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ......................................... 37 5.1 DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO ................................ 38 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL .......................................................... 39 CARACTERIZAÇÃO LOCAL ................................................................. 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 48 5.2 DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO .............................. 49 VEGETAÇÃO TERRESTRE ................................................................. 50 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS ............................................................ 56 FITOPLÂNCTON .................................................................................. 59 ZOOPLÂNCTON ................................................................................... 61 MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS ............................................ 63 ICTIOFAUNA ........................................................................................ 65 FAUNA TERRESTRE ........................................................................... 67 MOSQUITOS ........................................................................................ 68 ANFÍBIOS ............................................................................................. 70 RÉPTEIS .............................................................................................. 73 AVES .................................................................................................... 76 MAMÌFEROS ........................................................................................ 79 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 82 5.3 DIAGNÓSTICO DO MEIO SOCIOECONÔMICO .......... 83 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL .......................................................... 83 CARACTERIZAÇÃO LOCAL ................................................................ 87 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 102 5.4 SÍNTESE MULTIDISCIPLINAR DA QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA .............................................................. 103 5.5 PROGNÓSTICOS ........................................................ 105 MEIO FÍSICO ...................................................................................... 106 MEIO BIÓTICO ................................................................................... 107 MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL ........................................ 110 ÍNDICE RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 3 6 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .................... 117 6.1 LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 118 6.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS ............................ 118 6.3 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS ............................. 119 6.4 PASSIVOS AMBIENTAIS ............................................ 122 6.5 VALORAÇÃO DOS IMPACTOS IDENTIFICADOS ..... 123 6.6 DISTRIBUIÇÃO DE CLASSES DE IMPACTOS .......... 123 6.7 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A VALORAÇÃO DOS IMPACTOS ........................................................................ 127 7 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ........... 128 7.1 AII E AID – MEIO FÍSICO E MEIO BIÓTICO ............... 130 7.2 AII E AID – MEIO SÓCIO ECONÔMICO E CULTURAL130 8 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL .............................. 135 8.1 ALTERNATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO ..................... 138 8.2 PROGRAMA AMBIENTAL PARA CONSTRUÇÃO ..... 139 8.3 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS .......................................................................... 142 8.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA INTEGRIDADE DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS .............. 145 8.5 PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E APOIO COMUNITÁRIO .......................................................................... 147 SUB-PROGRAMA DE APOIO À ORGANIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DAS REPRESENTAÇÕES COMUNITÁRIAS ........................................ 148 SUB-PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE À PROSTITUIÇÃO INFANTIL ............................................................................................... 150 SUB-PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS . 150 SUB-PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL .................................................................................... 151 8.6 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ................ 152 1ª ETAPA ............................................................................................ 153 2ª ETAPA ............................................................................................ 153 3ª ETAPA ............................................................................................ 154 8.7 PROGRAMA DE COLETA SELETIVA ......................... 155 8.8 PROGRAMA DE GESTÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM BARRAGENS .............................................. 157 8.9 PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DAS ÁREAS VERDES ..................................................................................... 159 SUB-PROGRAMA DE USO E MANUTENÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO ................................................................................... 160 SUB-PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................... 161 8.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA GESTÃO AMBIENTAL: PROGRAMA DE APOIO TÉCNICO À PREFEITURA PARA O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES ......................................... 163 9 GLOSSÁRIO ................................................................ 164 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Organograma das empresas do Grupo WTorre ............................. 10 Figura 2. Localização do município de Parauapebas ...................................20 Figura 3. Imagem a esquerda apresenta a vista aérea da área urbana de Parauapebas, com os setores (setas laranja) de crescimento da cidade (Plano Diretor do Município) e com a marcação da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (rosa escuro). Na imagem a direta uma ampliação da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”. ........................................... 20 Figura 4. Projeto geral do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”, com os oitos bairros previstos, para as duas fases de implantação da obra (Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados) ........................................................... 21 Figura 6. Reservatório de água construído para atender o Bairro 2 do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas. ................................ 25 Figura 7. Estação de Tratamento de Esgotos instalada no prolongamento da Rua 35 e tem a função de receber parte do resíduo da rede coletora de esgotos do Bairro 03 do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. .............................................................................................. 25 Figura 8. Tamanho dos lotes e das casas planejadas para implantação no empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. ............................... 26 Figura 9. Modelo da tipologia residencial Orquídea ...................................... 27 Figura 10. Casa da tipologia Orquídea modelo do empreendimento. ........... 27 Figura 11. Planta da tipologia residencial Orquídea ..................................... 27 Figura 12. Modelo da tipologia residencial Seringueira................................. 28 Figura 13. Planta da tipologia residencial Seringueira. ................................. 28 Figura 14. Modelo da tipologia residencial Vitória Régia .............................. 29 Figura 15. Planta da tipologia residencial Vitória Régia ................................ 29 Figura 16. Modelo da tipologia residencial Cedro ......................................... 30 Figura 17. Planta da tipologia residencial Cedro ........................................... 30 Figura 18. Modelo da tipologia residencial Açaí. .......................................... 31 Figura 19. Planta da tipologia residencial Açai. ............................................ 31 Figura 20. Modelo da tipologia residencial Castanheira ............................... 32 Figura 21. Planta da tipologia residencial Castanheira ................................. 32 Figura 22. Modelo de edificação que serão construídas no Residencial Tapajós. ....................................................................................................... 34 Figura 23. Planta do Residencial Tapajós nota-se a presença de sete blocos de edifícios, estacionamentos e áreas de convivência e lazer ..................... 34 Figura 24. Planta do apartamento de dois quartos, presente no Residencial Tapajós ........................................................................................................ 35 Figura 25. Planta do apartamento de três quartos, presente no Residencial Tapajós ........................................................................................................ 35 Figura 26. Planta do apartamento cobertura duplex de dois quartos e 107m², presente no Residencial Tapajós ................................................................. 36 Figura 27. Planta do apartamento cobertura duplex de três quartos e 114m², presente no Residencial Tapajós ................................................................. 36 Figura 28. Temperatura Média (ºC) e Precipitação Total Média (mm) na região de Marabá/PA. Fonte: Normais Climatológicas 1961-1990, Estação Climatológica de Marabá (DNMET, 1992). ................................................... 39 Figura 29. Gnaisse ....................................................................................... 41 Figura 30. Metagranito ................................................................................. 41 Figura 31. Laterita ........................................................................................ 41 Figura 32. Área de relevo plano ................................................................... 42 Figura 33. Área de declividade elevada e encostas íngremes (fundo) ......... 42 Figura 34. Áreas associadas à rede de drenagem ....................................... 42 Figura 35. Perfis dos solos da área do empreendimento. (a) Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (b) Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (c) Neossolo Regolítico Eutrófico; (d) Neossolo Litólico Eutrófico; (e) Gleissolo RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 5 Háplico Tb Distrófico. ................................................................................... 44 Figura 36. Igarapé em processo avançado de assoreamento ...................... 47 Figura 37. Igarapé margeado por vegetação herbácea, sem indícios de assoreamento ............................................................................................... 47 Figura 38. Floresta Ombrófila Densa Sub-montana, localizada na área de empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) ................... 50 Figura 39. Floresta Ombrófila Aberta Sub-Montana, localizada na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) ................... 51 Figura 40. Savana Metalófila localizada na Serra dos Carajás (PA) ............. 51 Figura 41. Mapa de localização dos locais de coleta de informações para caracterização vegetal da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas/PA) ........................................................................................ 53 Figura 42. Pastagem com indivíduos arbóreos remanescentes da vegetação original e da regeneração localizada na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) ................................................................. 54 Figura 43. Aspecto da vegetação das zonas alagadas do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) ............................................. 54 Figura 44. Lagoa localizada na área do empreendimento. ........................... 56 Figura 45. Igarapé localizado no interior do fragmento de mata da área do empreendimento........................................................................................... 56 Figura 46. Processo de erosão na margem do igarapé da Sede. Nota-se a falta de vegetação. ............................................................................................... 57 Figura 47. Presença de pisoteio de gado no fundo do igarapé. .................... 57 Figura 48. Representantes do microfitoplâncton da área do empreendimento. Coscinodiscus sp. (A); Pinnularia sp. (B); Aulacoseira sp. (C); Micrasterias sp. (D); Coelastrum microporum (E); Pleurotaenium sp. (F). Fonte: V. Costa, 2009. Empreendimento “Viver Bem Parauapebas”. Parauapebas, Pará. ............... 60 Figura 49. Representantes do zooplâncton coletado nos ambientes estudados. Fonte: S. Brito, 2009. .................................................................................... 62 Figura 50. Representantes da ictiofauna coletados na área do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas: A – Lambari (Astyanax sp.2 - Characidae); B - Enéus (Corydoras aeneus - Callichthyidae); C - Jurupari (Satanoperca jurupari - Cichlidae); D – Lambari (Bryconops melanurus - Characidae); E – Orbicular (Brachychalcinus orbiculares - Characidae); F – Cascudo (Ancistrus sp. 1 - Loricariidae). ...................................................... 66 Figura 51. À esquerda sapo-de-chifre Proceratophrys concavitympanum e à direita pererequinha Scinax cf. nebulosus.................................................... 71 Figura 52. Perereca Hypsiboas multifasciatus em atividade de vocalização. 71 Figura 53. Rã-cachorro Physalaemus cuvieri ............................................... 72 Figura 54. O sapo-de-flecha Allobates marchesianus com os girinos no dorso ..................................................................................................................... 72 Figura 55. Jacarés observados na área do empreendimento, à esquerda jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus) e à direita jacaré-tinga (Caiman crocodilus) .................................................................................................... 75 Figura 56. Corais amostradas na área do emprrendimento, à esquerda Micrurus hemprichii e à direita Micrurus paraensis. ...................................... 75 Figura 57. Arara-azul-grande (Anodorhinchus hyacinthinus) ........................ 77 Figura 58. À esquerda a curica (Amazona amazonica) e à direita o tucano- grande-de-papo-branco (Ramphastos tucanus) ........................................... 78 Figura 59. À esquerda canário-do-mato (Emberizoides herbicola) e à direita caraxué (Turdus nudigenis), novos registros taxonômicos para a área. ....... 78 Figura 60. À esquerda espécie de morcego Vampyressa bidens e à direita roedor Proechimys sp. ................................................................................. 80 Figura 61. Boi (Bos taurus) e Cachorro (Canis familiares) ........................... 81 Figura 62. Macaco-mão-de-ouro(Saimiri sciureus) ....................................... 81 Figura 63. Possível toca de tatu-canastra (Priodontes maximus) ................. 81 Figura 64. Prédios residenciais em área de expansão recente no bairro Beira Rio, em Parauapebas................................................................................... 85 Figura 65. Taxa de crescimento anual da população em Parauapebas. Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, Contagem Populacional de 1996 e 2007 e RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 6 Estimativa de População 2008. .................................................................... 88 Figura 66. Alagamentos em áreas de ocupação residencial irregular às margens do Igarapé Ilha do Côco, entre os bairros Liberdade e União, em conseqüência das chuvas ocorridas em mai/09. .......................................... 89 Figura 67. Vila Palmares I, sede distrital mais próxima da cidade de Parauapebas. ............................................................................................... 91 Figura 68. Ampliação do limite de expansão urbana de Parauapebas ......... 92 Figura 69. Trecho de rompimento da rodovia PA-275 entre Parauapebas e Marabá. ........................................................................................................ 93 Figura 70. Situação precária da rodovia PA-150 em Canaã dos Carajás. .... 93 Figura 71. Lançamento de esgoto a céu aberto no bairro Betânia e escoamento direto para o igarapé Ilha do Côco. .......................................... 95 Figura 72. Área do “Lixão” de Parauapebas, onde é feita a disposição final de resíduos sólidos recolhidos em todo o município. ......................................... 95 Figura 73. Obra paralisada de construção do novo prédio do hospital municipal de Parauapebas. .......................................................................................... 97 Figura 74. Rua do comércio, no bairro Da Paz. Importante centro comercial da cidade. .......................................................................................................... 98 Figura 75. Avenida principal na entrada do projeto Viver Bem Parauapebas, pela PA-275 e anúncio do novo Shopping Center a ser construído. ............. 99 Figura 76. O rio Parauapebas e a Serra dos Carajás, patrimônio natural e paisagístico da cidade. ............................................................................... 100 Figura 77. Canteiro Central da PA-275 no bairro Cidade Nova, na área central de Parauapebas, com arborização, pista de caminhada e áreas de estacionamento. ......................................................................................... 100 Figura 78. Distribuição os impactos nas classes de significância para o projeto “Viver Bem Parauapebas”, Parauapebas, PA. ............................................ 124 Figura 79. Gráfico dos impactos positivos e negativos por classe para o projeto “Viver bem Parauapebas”, Parauapebas, PA. ............................................ 124 Figura 80. Impactos do projeto “Viver bem Parauapebas” classificados como pouco significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. .................................................................................................... 125 Figura 81. Impactos do projeto “Viver bem Parauapebas” classificados como significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. 125 Figura 82. Impactos do projeto “Viver bem Parauapebas” classificados como muito significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. .................................................................................................... 126 Figura 83. Impactos do projeto “Viver bem Parauapebas” classificados como extremamente significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. .................................................................................................... 126 Figura 84: Limite da AII dos meios Físico e Biótico .................................... 131 Figura 85: Limite da AID dos meios Físico e Biótico ................................... 132 Figura 86: Área de Influência Indireta para o meio socioeconômico e cultural ................................................................................................................... 133 Figura 87: Área de Influência Direta para o meio socioeconômico e cultural134 LISTA DE TABELAS Tabela 1:Impactos ambientais por componente ambiental e fase do empreendimento do o empreendimento imobiliário “Viver bem Parauapebas”. Em vermelho os impactos adversos e em componentes ambientais, MF=meio físico, MB=meio biótico e MSEC&C=meio socioeconômico e cultural. ....... 120 Tabela 2:Passivos ambientais identificados durante levantamento dos dados de campo do projeto “Viver Bem Parauapebas”, PA. ................................. 122 Tabela 3. Classes de significância de impactos do projeto “Viver bem Parauapebas”, Parauapebas, PA. .............................................................. 123 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 7 1 - APRESENTAÇÃO RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 8 O presente documento apresenta o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Este documento é constituído por um resumo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e reflete as conclusões deste estudo. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi necessário para o processo de licenciamento prévio do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”, sob a responsabilidade da empresa WTorre Parauapebas Empreendimentos Residenciais, pertencente ao Grupo WTorre S.A. A execução deste Estudo de Impacto Ambiental foi orientado pela Resolução CONAMA n O 001/86, que preceitua que projetos urbanísticos acima de 100 ha ou em áreas derelevante interesse ambiental são passíveis deste tipo de estudo, este também foi orientado pelo “Termo de Referência” da Secretária Estadual de Meio Ambiente do estado do Pará. Apresenta-se neste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) a empresa responsável pela implantação do empreendimento, a empresa executora do Estudo de Impacto Ambiental, uma descrição do empreendimento, os diagnósticos ambientais do meio físico, biótico e socioeconômico, a avaliação de impactos ambientais e por fim o programa de gestão ambiental com proposições de medidas de redução, compensação e/ou controle dos impactos ambientais gerados. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 9 2 - EMPRESAS EXECUTORAS RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 10 2.1 WTORRE S.A. A WTorre S.A. é uma empresa com 29 anos de atuação, que possui um portfólio de mais de 196 projetos, quantificando até o momento, mais de 5 milhões de m² construídos e um montante de 2,3 bilhões de ativos com atuação na maioria dos estados brasileiros e internacionalmente. O grupo WTorre transformou-se em um dos mais importantes grupos empresariais do Brasil, com soluções completas e inovadoras em diferentes focos de atuação. Devido à diversidade de atuações, o grupo é divido por cinco empresas principais e setores, sendo estes: WTorre Engenharia, WTorre Empreendimentos, WTorre Residencial, WTorre Óleo e Gás e Zeter Terraplanagem (Figura 1). A empresa WTorre Parauapebas Empreendimentos Residenciais LTDA, também pertence ao Grupo WTorre S.A, está inserida no setor da WTorre Parauapebas e foi criada para a instalação do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. Figura 1. Organograma das empresas do Grupo WTorre Criada em 2007, a WTorre Parauapebas tem como foco na qualidade de vida, por meio da união de moradia, trabalho, lazer e cultura. A WTorre Parauapebas desenvolverá um empreendimento com uma visão integrada de sustentabilidade. No aspecto econômico, a empresa associa-se a um grande centro gerador de emprego (Complexo Minerário de Carajás) e apresenta soluções urbanísticas que objetivam oferecer preços acessíveis e justos. No âmbito social, busca o crescimento urbano RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 11 com infra-estrutura completa, diminuindo a formação de favelas e a invasão em áreas de proteção permanente, gerando treinamento e qualificação de mão de obra local e regional, além de utilizar mão de obra feminina, ampliando a oportunidade de inserção da mulher no mercado de trabalho. Ainda no âmbito social, o projeto representa um modelo de qualidade de vida para município, com a entrega de infra- estruturas de saneamento, energia elétrica, asfalto e lazer, na maioria das vezes carentes na região. Já para o meio ambiente apresenta um projeto urbanístico que objetiva a preservação e integração da vegetação, rios e lagos. Privilegia plantas nativas para o paisagismo. 2.2 FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA A Foco Ambiental Consultoria LTDA foi criada no ano de 2008 com o intuito de atender às demandas do setor, através de serviços especializados em meio ambiente. A empresa foi constituída pela união de três profissionais da área de Biologia com experiência em pesquisa científica, gestão e licenciamento ambiental e consultoria técnica especializada. Devido sua eficiência e a alta qualidade dos serviços prestados, em tão pouco tempo de existência, a Foco Ambiental Consultoria já possui uma vasta e diversificada clientela, apresentando como principais clientes o Grupo WTorre e a Vale. A Foco Ambiental Consultoria LTDA compôs a equipe técnica para execução do Estudo de Impacto Ambiental e é responsável pelos documentos que apresentam os dados deste estudo, o EIA e o RIMA. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 12 3 - EQUIPE TÉCNICA RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 13 FUNÇÃO PROFISSIONAL QUALIFICAÇÃO REGISTRO PROFISSIONAL Coordenação Geral Raquel Vieira Marques M.Sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Auxílio na Coordenação Geral Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 Auxílio na Coordenação Geral Cesar de Sá Carvalho Neto Biólogo CRBio 44397/04 Coordenação Temática – Meio Sócio Econômico e Cultural Márcia Soares Dias Geógrafa CREA: 83481 Coordenação Temática – Meio Físico Fernanda Maria Belotti M.Sc. em Análise Ambiental/Geógrafa CREA: 85903 Coordenação Temática – Meio Biótico – Fauna Raquel Vieira Marques M.Sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Sub-coordenação Temática – Meio Biótico – Flora Rodrigo Trigueiro Dr. Engenheiro Agrônomo CREA 67574 Sub- coordenação Temática – Meio Biótico – Ecossistemas Aquáticos Tommaso Giarrizzo Dr. em Ciências Naturais CREA (numero do protocolo: 20097000649) Caracterização do Empreendimento Robson Ney Costa Engenheiro Civil CREA: 92742 Responsabilidade Técnica – Entomofauna Eric Luiz Rodrigues de Sá M.Sc. em Entomologia/Biólogo CRBio 44284/4 Responsabilidade Técnica – Ictiofauna Tommaso Giarrizzo Dr. em Ciências Naturais CREA (numero do protocolo: 20097000649) Responsabilidade Técnica – Herpetofauna Cesar de Sá Carvalho Neto Biólogo CRBio 44397/04 Responsabilidade Técnica – Avifauna Raquel Vieira Marques M.sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Responsabilidade Técnica – Mastofauna Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 14 Responsabilidade Técnica – Macro Invertebrados Aquáticos Allan Jamesson M.Sc.em Biologia Animal/Engenheiro Ambiental CREA 14726 Responsabilidade Técnica – Fitoplâncton Vanessa Bandeira da Costa M.Sc. em Biologia Ambiental/Bióloga CRBio 52464/06 Responsabilidade Técnica – Zooplâncton Tommaso Giarrizzo Dr. em Ciências Naturais CREA (numero do protocolo: 20097000649) Diagnóstico de Zooplâncton Stélio Ângelo da Costa Brito M.Sc. Biologia Animal/Biólogo Diagnóstico de socioeconomia AII, AID e ADA Helena Maria de Souza M.sc. em Relações internacionais/Geógrafa Diagnóstico e Mapeamento de uso do solo e caracterização do entorno AID e ADA João Alves da Silva Geógrafo Diagnóstico de cultura, turismo e lazer AII, AID e ADA Junio Ribeiro Leme Geógrafo CREA 111250 Elaboração dos estudos de arqueologia AII, AID e ADA Marcos Pereira Magalhães Cientista Social Apoio de campo na execução dos estudos arqueológicos Silvinho Santos Silva Técnico em arqueologia Apoio no estudo dos perfis de solo Rodrigo de Menezes Trigueiro Dr. Engenheiro Agrônomo CREA 67574 Caracterização geológica e Hidrogeológica Maximiliano de Souza Martins Dr. em Geologia CREA 74513 Cartografia – Meio Sócio Econômico e Cultural João Alves da Silva Geógrafo Cartografia– Meio Físico Rosemary Campos Ribeiro Geógrafa Cartografia – Meio Biótico Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 15 Diagnóstico de Entomofauna Pedro Antonio dos Santos Filho Geógrafo Diagnóstico de Entomofauna Paulo Juarez Rodrigues da Neves Engenheiro Agrônomo CREA 2434 Diagnóstico de Avifauna Lincoln Silva Carneiro M.Sc. em Biologia/Biólogo CRBio: 52778/06 Diagnóstico de Mastofauna Aline Gaglia Alves Bióloga CRBio: 44047/04 Diagnóstico de Ictiofauna Alessandro Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 70078/04 Diagnóstico de Ictiofauna Nelson da Silva Balão Pescador Auxiliar na administração, revisão e diagramação Nathali Cardoso Costa Bióloga CRBio 52755/06 Motorista e auxiliar de campo Edivan Mateus Pereira Auxiliar administrativo Motorista Joiris de Jesus Aragão Auxiliar de campo Estagiário - Avifauna Fabio Atroch Estudante Auxiliar de campo Cesar Mauro Alves de Souza Nível Básico Auxiliar de campo Antônio Lizandru Paes Nível Básico Auxiliar de campo Isaque Barbosa Matos Nível Básico Auxiliar de campo Antônio Gomes da Silva Neto Nível Básico Auxiliar de campo Roberto Aragão Nível Básico Auxiliar de campo Gileno Aragão Nível Básico Auxiliar de campo Ilson de Jesus Pereira Nível Básico Auxiliar de campo Salatiel Dias Oliveira Nível Básico RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 16 4 - VIVER BEM PARAUAPEBAS RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 17 4.1 JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A transformação ocorrida em apenas três décadas trouxe vários desafios para a região sudeste paraense e para o Estado no seu conjunto. Muitas famílias chegam à região para trabalhar, mas se deparam com diversas dificuldades no sentido de conquistar uma melhor qualidade de vida, pois o crescimento dos municípios da região e em especial de Parauapebas, não foi acompanhado de suficientes investimentos em infra-estrutura, habitação, saneamento básico, saúde, entre outros. Hoje, a cidade de Parauapebas possui mais de 150.000 habitantes, sendo uma das maiores economias do estado do Pará, tendo com as principais atividades a mineração e a pecuária extensiva, o que faz o município atrair anualmente um grande numero de imigrantes estimando um crescimento anual da população de 19%. O Projeto Viver Bem Parauapebas, incluído na área dos novos loteamentos, diferencia-se dos demais pela sua concepção em altos padrões de planejamento urbano e com infra-estrutura física completa, inclusive de saneamento básico. É tido como referência de modelo construtivo, contrastando com a tendência de crescimento desordenado de Parauapebas. A proposta prevê a concentração da ocupação em pontos adequados do território, com padrão construtivo definido visando assegurar uma paisagem edificada qualificada, entremeados por áreas de proteção ambiental com usos compatíveis, de forma a simultaneamente garantir a densidade necessária à instalação de uma dinâmica urbana minimizando o impacto do empreendimento no ambiente. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 18 4.2 PONTOS POSITIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Mais de 320 empregos diretos gerados; Comunidade totalmente planejada; Estrutura completa de lazer; Áreas destinadas para equipamentos públicos, tais como escolas, postos de saúde, creches, centros comunitários, entre outros; Pólos de comércio e serviços; Vias asfaltadas, planejadas e arborizadas, atendendo todos os lotes; Infra-estrutura completa de saneamento (água e esgoto tratados), com estação tratamento de esgoto próprio e energia elétrica; Integração com a natureza através do tratamento dos igarapés e vegetação preservada; Preservação de matas nativas, fauna e flora locais. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 19 4.3 OBJETIVO DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O principal objetivo do Grupo WTorre com a implantação do projeto imobiliário “Viver Bem Parauapebas” é a venda de unidades habitacionais com foco na qualidade de vida, por meio da união de moradia, trabalho, lazer e cultura, aplicando o que há de mais moderno em termos de conceitos de sustentabilidade: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. 4.4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO LOCALIZAÇÃO O empreendimento em questão está localizado no município de Parauapebas, distante aproximadamente 700 km de Belém. Faz limites ao norte com Marabá, ao sul com Água Azul do Norte e Canaã dos Carajás, a leste com Curionópolis, e a oeste com o município de São Félix do Xingu (Figura 2). A área do empreendimento posiciona-se no extremo leste do território do município de Parauapebas e conecta-se a malha viária municipal e regional por meio das rodovias estaduais PA-160 e PA-275. É coincidente com os territórios das Fazendas Novo Brasil e Boa Esperança, totalizando uma superfície na ordem de 676,27 hectares. A área adquirida para o empreendimento possui 7 milhões de metros quadrados e representa uma extensão da cidade, no seu eixo de crescimento, com capacidade para cerca de 12 mil unidades e irá conter diversos equipamentos públicos (Figura 3) . RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 20 Figura 3. Imagem a esquerda apresenta a vista aérea da área urbana de Parauapebas, com os setores (setas laranja) de crescimento da cidade (Plano Diretor do Município) e com a marcação da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (rosa escuro). Na imagem a direta uma ampliação da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”. A área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” possui a drenagem promovida pela bacia do Igarapé do Côco, afluente direto do Parauapebas pela margem direita, e mais especificamente, pelas sub-bacias de seus dois principais afluentes, Igarapé da Sede e Igarapé Barra Mansa. Foram delimitadas as bacias e sub-bacias hidrográficas e locada na área de estudo, para melhor visualização, onde se tem que a mesma é drenada quase que integralmente pela sub-bacia do Igarapé da Sede, o qual deságua no Igarapé Barra Mansa no extremo norte do terreno FASES DE IMPLANTAÇÃO PREVISTAS O Projeto Geral do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” possui cerca de 7.000.000 metros quadrados de terreno, com mais de 30% de área de preservação, foi desenvolvido para atender toda a demanda habitacional da região, com a previsão de mais de 12.000 unidades residenciais distribuídos em oitos bairros. Figura 2. Localização do município de Parauapebas Visão Aérea de Parauapebas Visão do Empreendimento EIXO ESTRUTURANTE ANFITEATRO PREFEITURA UNIVERSIDADE LAGO FLORESTA JARDIM BOTÂNICO HORTO CAPELA ECUMÊNICA HOTEL / CONVENÇÕES TEATRO SERVIÇOS PARQUE PARQUEHABITAÇÃO HABITAÇÃO HABITAÇÃO HABITAÇÃO HABITAÇÃO HABITAÇÃO HABITAÇÃO ESCOLA / CRECHE SERVIÇOS SALÃO DE ATOS RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 21 A primeira fase de implantação do projeto “Viver Bem Parauapebas” compreende a instalação dos bairros 2, 1 e 3 respectivamente. Nesta estão previstos a entrega de 1795 lotes residências, 21 lotes habitacionais verticais, 13 lotes de uso misto, 3 lotes comerciais, 12 lotes de serviços, 7 lotes institucionais. O potencial da primeira fase do empreendimento é de 2.085 unidades (incluído casas e apartamentos), além de mais de 300 mil m2 de áreas comercializáveis. Depois de concluída, essa etapa do empreendimento visa atender uma população de aproximadamente 5.000 habitantes (Figura 4). ZONEAMENTO E USO DO SOLO A espacialização do projeto urbanístico resultou na definição de um conjunto de sete macrozonas estabelecidas a partir do uso predominante em cada uma delas, acompanhadas de um conjunto compatível de parâmetros de uso do solo (Figura 5). Figura 4. Projeto geral do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”, com os oitos bairros previstos, para as duas fases de implantação da obra (Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados) Bairro 1 Bairro 2 Bairro 3 RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 22 Figura 5. Representação das diretrizes de zoneamento e uso do solo do empreendimento “Viver Bem Parauapebas”. Todo o zoneamento relatado acima está apresentado nesta figura (Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados) RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 23 Zona de Serviços: localizadas ao longo das ligações regionais, acolherão principalmente usos comerciais e de serviços de maior porte (como as instalações fabris do empreendimento); Zona Comercial: distribuída principalmente ao longo da Via Parque e no entorno das Praças, será ocupada pelas principais âncoras de comércio e serviços no interior do empreendimento; Zona Mista: distribuída ao longo da Via Parque e no entorno das Praças de Vizinhança, conjugam atividade comercial e de serviços de pequeno porte no térreo e habitação multifamiliar (edifícios) nos demais pavimentos; Zona de Preservação Integral: delimita a área de mata; Zona Residencial: ocupando a maior parte da porção urbanizada do empreendimento, divide-se em duas subzonas. Uma com uso predominante de habitação unifamiliar, com edificações de até dois pavimentos, e outra de habitação multifamiliar, em edifícios de até quatro pavimentos; Zona Institucional: distribuída em intervalos estratégicos no território do empreendimento, destina- se principalmente à instalação dos equipamentos públicos, comunitários e da rede de serviços sociais necessária ao atendimento das necessidades da população local. Zona de Preservação Parcial: subdividida em parques lineares dos bairros a área destinada à instalação de um clube. As macrozonas serão estabelecidas conforme as principais características das ocupações destas, sendo estas: RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 24 INFRA-ESTRUTURAS Terraplenagem e abertura do sistema de arruamento; Demarcação das quadras e lotes com piquetes de concreto conforme normas da Prefeitura Municipal; Rede de distribuição de água para abastecimento público conforme normas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O sistema de captação e distribuição de água será implantado pelo empreendedor e mantido pela Prefeitura de Parauapebas (Figura 6); Rede coletora de esgotos sanitários e ligações domiciliares conforme normas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O sistema será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura (Figura 7); Estações de tratamento de esgoto. As estações de tratamento de esgoto serão implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública conforme normas CELPA Centrais Elétricas do Pará. A rede de distribuição de energia elétrica e iluminação será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura e pela CELPA; Guias, sarjetas e pavimentação asfáltica conforme normas da Prefeitura Municipal. As sarjetas, guias e a pavimentação serão implantados pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Plantio de grama e árvores em áreas verdes, institucionais e canteiros das avenidas, conforme Em cumprimento às legislações federais e municipais, serão implantados os seguintes equipamentos urbanos de infra-estrutura: RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 25 normas da Prefeitura Municipal. Os canteiros verdes serão implantados pelo empreendedor e deverão ser mantidos pela Prefeitura; Colocação de placas com denominação dos logradouros públicos serão de responsabilidade do empreendedor, porém a manutenção deverá ser por conta da Prefeitura; Sistema de drenagem, composta por captações, canal de drenagem e sistema de contenção. O sistema de drenagem será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Serão implantados dois barramentos no igarapé da Sede, com o objetivo de formação de dois reservatórios para o controle de volume hídrico e enchentes, além de lazer e paisagismo. As estruturas esportivas e de lazer serão implantadas pelo empreendedor e mantidas pela Prefeitura. Figura 6. Reservatório de água construído para atender o Bairro 2 do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas. Figura 7. Estação de Tratamento de Esgotos instalada no prolongamento da Rua 35 e tem a função de receber parte do resíduo da rede coletora de esgotos do Bairro 03 do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 26 TIPOLOGIA DAS CASAS E EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS Na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” haverá habitação horizontal, edifícios e habitação vertical, casas. Neste residencial haverá seis modelos de casas e também estão previstos a construção de edifícios de apartamentos residenciais, que até o momento, existem projetos para tipologia de dois e três quartos. Casas As casas estão dividas entre seis tipologias, instaladas em lotes de 125 m², 187,5 m² e 250 m², entre casas de térreo ou sobrado (Figura 8). As casas estão distribuídas em todos os bairros e são apresentadas no zoneamento em áreas de zona residencial de habitação unifamiliar. Figura 8. Tamanho dos lotes e das casas planejadas para implantação no empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 27 Figura 9. Modelo da tipologia residencial Orquídea Figura 10. Casa da tipologia Orquídea modelo do empreendimento.Figura 11. Planta da tipologia residencial Orquídea A tipologia de casa denominada Orquídea é representada por casas térreas geminada duas a duas, com área de 50,76m², que corresponde à tipologia de 51m², em lote de 125m² (Figuras 9, 10 e 11). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 28 Figura 12. Modelo da tipologia residencial Seringueira Figura 13. Planta da tipologia residencial Seringueira. A casa sobrado geminada com área de 71,95 m², que corresponde à tipologia de 72m², em lote de 125m² é denominada Seringueira (Figuras 12 e 13). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 29 Figura 14. Modelo da tipologia residencial Vitória Régia Figura 15. Planta da tipologia residencial Vitória Régia A Vitória-Régia corresponde à casa térrea geminada com área de 84,92m², que corresponde à tipologia de 85m², em lote de 187,50m² (Figuras 14 e 15). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 30 Figura 16. Modelo da tipologia residencial Cedro Figura 17. Planta da tipologia residencial Cedro A casa sobrado geminada duas a duas denominada Cedro, possui área de 92,86m², que corresponde a tipologia 93m² e ocupa terreno de 187,50m² (Figuras 16 e 17). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 31 Figura 18. Modelo da tipologia residencial Açaí. Figura 19. Planta da tipologia residencial Açai. A casa Açaí térrea isolada com área de 109,58m², que corresponde à tipologia de 109m², em lote de 250m² (Figuras 18 e 19). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 32 Figura 20. Modelo da tipologia residencial Castanheira Figura 21. Planta da tipologia residencial Castanheira A Casa sobrado isolado com área de 142,02m², que corresponde à tipologia de 142m², em lote de 250m², é chamada de castanheira (Figura 20 e 21). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 33 Recentemente foi lançado o primeiro o residencial de edifícios para a área do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”, Residencial Tapajós. Este será o padrão considerado para a implantação dos demais edifícios residenciais do empreendimento (Figura 22). O Residencial Tapajós, esta projetado para o km 62, PA 257, rua 9, quadra 6, localizado no bairro 2. Trata- se de um condomínio composto por sete blocos de prédios, cada edifício contendo quatro pavimentos e quatro apartamentos por andar totalizando 112 unidades. Estão previstas 116 vagas de garagem, sendo uma para cada apartamento e mais quatro para visitantes. A área do terreno será de 6.926,11 m² e de área construída 6.884,68 m². Na área comum do condomínio, o Residencial Tapajós irá oferecer dois espaços gourmets, praça de convivência, playground, brinquedoteca, praça de vizinhança e portaria, além de medidores individualizados de luz e água (Figura 23). Haverá a opção de apartamentos no térreo de 46m² e 53m², de dois e três quartos respectivamente, com vaga de garagem, quintal privativo, sala, cozinha americana, um banheiro e área de serviço. Também haverá opção de apartamentos com a mesma descrição, mas sem o quintal privativo (Figuras 24 e 25). Para finalizar, também haverá a opção de coberturas duplex, de 107m² e 114m², de dois e três quartos respectivamente, com vaga de garagem, sala, varanda, cozinha americana, um banheiro, área de serviço, com espaços para piscina e churrasqueira (Figuras 26 e 27). Edifícios de Apartamentos Residenciais RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 34 Figura 22. Modelo de edificação que serão construídas no Residencial Tapajós. Figura 23. Planta do Residencial Tapajós nota-se a presença de sete blocos de edifícios, estacionamentos e áreas de convivência e lazer RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 35 Figura 24. Planta do apartamento de dois quartos, presente no Residencial Tapajós Figura 25. Planta do apartamento de três quartos, presente no Residencial Tapajós RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 36 Figura 26. Planta do apartamento cobertura duplex de dois quartos e 107m², presente no Residencial Tapajós Figura 27. Planta do apartamento cobertura duplex de três quartos e 114m², presente no Residencial Tapajós RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 37 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 38 O Diagnóstico ambiental permite a obtenção de informações necessárias a previsão e análise dos impactos ambientais. Os estudos de diagnóstico foram planejados e conduzidos conforme às exigências legais, a seleção das questões relevantes, pontos críticos e particularidades ambientais da área. Foram caracterizadas condições atuais locais e regionais, objetivando um conhecimento integrado das características físicas, biológicas, sociais e culturais do meio, bem como de suas potencialidades e fragilidades em relação à implantação do empreendimento. Para todos os temas o diagnóstico foi realizado conforme três etapas: pesquisa bibliográfica (levantamento de dados secundários), coleta de dados em campo (levantamento de dados primários) e confecção do relatório ambiental de cada tema. 5.1 DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO A descrição do meio físico possui grande importância em estudos ambientais, uma vez que abrange uma série de aspectos que se inter-relacionam para compor uma paisagem. Os componentes do meio físico atuam como substrato e condicionante para o desenvolvimento da fauna e flora aquáticas e terrestres, bem como para a ocupação e desenvolvimento das diversas atividades humanas, sendo essenciais em qualquer estudo relacionado à ocupação e transformação de uma área. A caracterização ambiental dos aspectos do meio físico serve como suporte à identificação de impactos ambientais decorrentes do empreendimento e na definição de alternativas de recuperação e reabilitação da área, reduzindo osimpactos negativos, restituindo a qualidade ambiental da área e garantindo a sustentabilidade ambiental do empreendimento. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 39 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL Foi realizado um levantamento de dados bibliográficos e cartográficos relativos à geologia, geomorfologia, pedologia, hidrografia e clima da área de estudo. As principais fontes consultadas foram sites de instituições reconhecidas pelo trabalho realizado nas áreas acima citadas, dentre elas: Agência Nacional de Águas (ANA); Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC); Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados da Estação Climatológica de Marabá também foram utilizados neste estudo, por esta ser a estação climatológica mais próxima da área do empreendimento. A temperatura média anual da região de estudo é de 26,1ºC, variando entre 26,9ºC em agosto e setembro, meses mais quentes; e 24,3ºC em fevereiro, mês mais frio. A região apresenta elevada pluviosidade (ocorrência de chuvas), com total anual de 2.087,5 mm. O período chuvoso ocorre no inverno da região, dezembro a abril, com 76% de chuvas concentradas nessa época do ano. Os meses menos chuvosos ocorrem no verão da região, maio a setembro. (Figura 28). Figura 28. Temperatura Média (ºC) e Precipitação Total Média (mm) na região de Marabá/PA. Fonte: Normais Climatológicas 1961-1990, Estação Climatológica de Marabá (DNMET, 1992). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 40 O balanço hídrico para a região de Marabá e entorno indica que o excesso hídrico (período de excesso de água) estende-se de dezembro a abril e o déficit hídrico (período de escassez de água) de maio a outubro. O clima regional é úmido, com temperaturas elevadas, com chuvas concentradas no inverno e grande déficit hídrico de verão. A área de inserção regional do empreendimento apresenta diversos processos minerários no Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, incluindo requerimentos de autorização de pesquisa, requerimentos de registro de licença, requerimentos de disponibilidade para pesquisa e requerimento de grupamento mineiro. No município de Parauapebas existem duzentos e setenta e quatro processos ativos, sendo que as principais substâncias minerais abordadas são ferro, níquel, cobre, ouro, prata, chumbo, zinco, alumínio, manganês, estanho, berílio, diamante industrial, granito (para brita e ornamental), cristal de rocha (quartzo), areia e cascalho. A maior parte da área de influência do empreendimento apresenta baixo grau de potencialidade espeleológica, excetuando-se as formações ferríferas responsáveis pelo desenvolvimento do Carste Laterítico na Serra dos Carajás, e algumas pequenas porções com potencial médio, localizadas em áreas próximas aos rios Itacaiúnas e bacia do rio Parauapebas. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 41 CARACTERIZAÇÃO LOCAL O levantamento de campo na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” foi realizado no período de 08 a 23 de abril para a caracterização local do meio físico na área de implantação. Na área de implantação do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” não foram identificadas ocorrências minerais e processos minerários cadastrados no DNPM, também não foram identificadas feições espeleológicas. A geologia da área é composta por três tipos de rocha: gnaisse, metagranito e laterita (Figuras 29, 30 e 31). A geomorfologia pode ser dividida, de maneira geral, em três compartimentos: um compartimento composto por vertentes de relevo suave a suave ondulado, com declividades reduzidas e topografia plana; um compartimento composto por vertentes de declividade elevada e encostas íngremes; e um compartimento associado à rede de drenagem (igarapés), representado por áreas de relevo plano, sujeitas ao excesso d´água (Figuras 32, 33 e 34). Figura 29. Gnaisse Figura 30. Metagranito Figura 31. Laterita RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 42 Figura 32. Área de relevo plano Figura 33. Área de declividade elevada e encostas íngremes (fundo) Figura 34. Áreas associadas à rede de drenagem RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 43 As áreas de relevo suave (plano) a suave ondulado não apresentam erosão aparente, uma vez que a declividade reduzida facilita a infiltração da água da chuva, diminui a enxurrada e a velocidade da parcela de água que escoa pelo terreno, reduzindo conseqüentemente a atuação dos processos erosivos. As áreas de declividade elevada (áreas que apresentam grande desnível no terreno), também não apresentam erosão aparente (erosão evidenciada através de sulcos) embora sejam muito propensas à erosão e escorregamentos. Uma vez que a declividade acentuada influencia negativamente na estabilidade do material, facilitando seu transporte pela água da chuva e/ou pela ação da gravidade. Há presença de pequenos colúvios, depósitos superficiais de materiais transportados das partes superiores das vertentes para a base das mesmas, em virtude da declividade elevada. As áreas associadas à rede de drenagem, como são deprimidas (rebaixadas) em relação ao entorno, não são propensas à erosão, sendo sujeitas à sedimentação tanto de origem natural, nas épocas de extravasamento dos igarapés sobre suas planícies de inundação; quanto por causas antrópicas, em virtude do carreamento por águas pluviais de sedimentos oriundos da erosão do entorno, favorecida pela exposição do solo em virtude da execução de obras de terraplanagem. Os solos da área do empreendimento são classificados como Latossolos Vermelho-Amarelos Eutróficos (ricos em nutrientes), Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos, Neossolos Regolíticos Eutróficos, Neossolos Litólicos Eutróficos e Gleissolos Háplicos Tb Distróficos (pobres em nutrientes). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 44 Os Latossolos e Argissolos são solos evoluídos e profundos, e ocupam as áreas de relevo plano a suave ondulado. Os Neossolos são solos jovens e rasos, que ocorrem nas áreas de relevo íngreme (grande desnível do terreno) e nas áreas de laterita, que é uma rocha muito resistente à alteração, o que impede a formação de solos profundos. Os Gleissolos são solos que ocorrem em áreas com excesso de água (áreas encharcadas), localizando-se nas margens dos igarapés (Figura 35). (a) (b) (c) (d) (e) Figura 35. Perfis dos solos da área do empreendimento. (a) Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (b) Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (c) Neossolo Regolítico Eutrófico; (d) Neossolo Litólico Eutrófico; (e) Gleissolo Háplico Tb Distrófico. RIMA – EMPREENDIMENTO“VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 45 Estes solos foram enquadrados em três grupos de capacidade de uso: GRUPO A: terras passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento e vida silvestre (Latossolos e Argissolos); GRUPO B: terras normalmente impróprias para cultivos intensivos, mas adaptadas para pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre (Neossolos); GRUPO C: terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou armanezamento de água (Gleissolos). Os Latossolos da área foram enquadrados na CLASSE I: terras que têm nenhuma ou muito pequenas limitações permanentes ou riscos de depauperamento. São próprias para culturas anuais climaticamente adaptadas, com produção de colheitas entre médias e elevadas, sem práticas ou medidas especiais de conservação do solo. Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com áreas planas ou com declividades muito suaves, sem riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas. Não há afloramentos de rocha, nem o lençol de água é permanentemente. Os Argissolos, como apresentam limitação em virtude do risco de erosão, foram enquadrados na CLASSE III: terras próprias para lavouras em geral, mas que, quando cultivadas sem cuidados especiais, ficam sujeitas à severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais. Requerem medidas intensas de conservação de solo, para serem cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada de culturas anuais adaptadas. Os Neossolos Regolíticos e Litólicos possuem como fatores limitantes a elevada propensão à erosão, a reduzida profundidade do solo e elevada pedregosidade, sendo, portanto, enquadrados na CLASSE VI: terras impróprias para cultivos anuais, RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 46 mas que podem ser usadas para produção de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas artificiais e, em alguns casos, mesmo para algumas culturas permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que adequadamente manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com restrições moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que, mesmo sob esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis ao desgaste físico e químico pelos fatores de degradação do solo. Os Gleissolos apresentam como principal limitação à propensão à inundação e problemas por excesso de água, sendo enquadrados na CLASSE VIII: terras impróprias para serem utilizadas com qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou para produção de qualquer outra forma de vegetação permanente de valor econômico. Prestam-se apenas para proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou de armazenamento de água. Constituem-se em áreas de preservação permanente, uma vez que ocorrem margeando os cursos d´água. A hidrografia da área do empreendimento é representada por uma série de igarapés, alguns em processo de assoreamento, ocasionado pelo pisoteio do gado devido à ocupação rural anterior da área e, principalmente, em virtude do carreamento de sedimentos oriundos das áreas de terraplanagem (Figura 36). Os igarapés encontram-se margeados por vegetação herbácea (gramíneas) e possuem extensas áreas alagáveis principalmente no período do chuvoso, com a subida do nível de água local, o que faz com que o leito dos igarapés extravase para a planície de inundação (Figura 37). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 47 Figura 36. Igarapé em processo avançado de assoreamento Figura 37. Igarapé margeado por vegetação herbácea, sem indícios de assoreamento De acordo com levantamento de dados físicos, químicos e biológicos da água e do sedimento realizado nos principais cursos de água da área do empreendimento por estudos do meio biótico, a qualidade da água dos igarapés é boa, apresentando, entretanto, elevados teores de manganês, ferro e alumínio dissolvidos. Como estes elementos são constituintes naturais dos solos da região em virtude de sua elevada ocorrência nas rochas de origem, sua introdução nos corpos de água é relacionada à deposição de partículas de solo em virtude da erosão, agravada na área pela presença de solo exposto, o que facilita a ação erosiva da água da chuva. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 48 A rede de drenagem é controlada por falhas geotectônicas, o que significa que os cursos d’água se orientam na direção dessas falhas. As fraturas ocorrentes nas rochas da área são meios preferenciais de infiltração de águas da chuva, favorecendo conseqüentemente o acúmulo de água subterrânea. Estas redes de fraturas, materializadas pelos cursos d´água fortemente alinhados em um padrão nitidamente retangular, agem conseqüentemente como zonas de recarga preferenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os impactos ambientais gerados em decorrência da implantação do empreendimento são: intensificação da erosão, intensificação do assoreamento, alteração da qualidade da água, redução da recarga do aqüífero, diminuição da vazão das nascentes, alteração da dinâmica fluvial, alteração da morfologia das vertentes e alteração da qualidade do ar. O emprego de um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, de um Plano Ambiental para Construção e a adoção de medidas como o atendimento aos limites de vazão estabelecidos na outorga de direito de uso de recurso hídrico para o empreendimento e a manutenção das vazões mínimas consideradas no projeto das barragens podem assegurar o adequado controle e monitoramento de tais impactos, contribuindo para a manutenção da qualidade ambiental da área mesmo após a implantação do empreendimento. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 49 5.2 DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO O levantamento de espécies é a primeira etapa para conservação e uso racional dos ecossistemas precedendo qualquer outra atividade relacionada à vegetação e fauna silvestre nas áreas de influência de empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Somente a partir dos resultados obtidos no levantamento, é possível avaliar os efeitos das interferências humanas sobre as comunidades naturais. Neste estudo, o diagnóstico ambiental do meio biótico está dividido em diagnóstico da vegetação terrestre, diagnóstico do ecossistema aquático e o diagnóstico da fauna terrestre. As análises sobre o meio biótico servem de suporte à identificação de impactos decorrentes do empreendimento, visando reduzir os efeitos negativos e restituir a qualidade ambiental da área, garantindo a sustentabilidade ambiental do empreendimento. A seguir apresentaremos o estudo de vegetação terrestre, depois passarmos pelo diagnóstico dos ecossistemas aquáticos e por fim o estudo de fauna terrestre.RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 50 VEGETAÇÃO TERRESTRE Caracterização Regional A região onde está inserido o empreendimento pertence ao domínio da Floresta Pluvial Tropical. Nesta Floresta Tropical há predomínio da Floresta Ombrófila, que caracteriza-se por apresentar mata alta e densa, com a folhagem sempre verde. Na região há dois tipos de Floresta Ombrófila, a Densa Sub-montana e a Aberta Sub-montana. A Floresta Ombrófila Densa Sub-montana apresenta árvores com copas conectadas e algumas árvores que podem ultrapassar 50 metros de altura. Nesta Floresta também ocorrem plântulas (plantas que ainda estão se desenvolvendo), palmeiras de pequeno porte, epífitas, como bromélias e orquídeas, e plantas trepadeiras, chamadas lianas herbáceas, em maior quantidade (Figura 38). Figura 38. Floresta Ombrófila Densa Sub-montana, localizada na área de empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas- PA) A formação de Floresta Ombrófila Aberta Sub-montana ocorre alternando-se em mosaicos com a própria Floresta Densa. Neste tipo de floresta há menor conexão das copas das árvores e há predomínio de RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 51 palmeiras, cipós e/ou sororocas. Em partes desta região, a devastação da vegetação, seja pelo corte raso, seja pelo extrativismo madeireiro seletivo, tem provocado um aumento na ocorrência de palmeiras, especialmente do babaçu (Orbignya phalerata) e também do inajá (Attalea maripa), com tendência a formar imensos “cocais” (Figura 39). Figura 39. Floresta Ombrófila Aberta Sub-Montana, localizada na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas- PA) Na região também é encontrada uma formação vegetal diferente das florestas, é a Savana Metalófila, conhecidas na região como canga. São áreas de vegetação que sofrem grande influência da grande quantidade de ferro no solo e da exposição solar. Essa vegetação é encontrada na Serra dos Carajás e na Serra Pelada (Figura 40). Figura 40. Savana Metalófila localizada na Serra dos Carajás (PA) RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 52 Caracterização Local A caracterização da vegetação do local do empreendimento foi realizada por meio da observação e identificação dos indivíduos ocorrentes de forma isolada nas áreas de pastagem e nos núcleos de vegetação das zonas as margens dos rios e lagos, além do estudo do fragmento florestal remanescente na área do empreendimento (Figura 41). Em função do tipo de ocupação e uso do solo, a região onde está inserido o empreendimento transformou-se num mosaico de pastagens, vegetações secundárias e pequenos fragmentos florestais. Estes fragmentos possuem extrema importância na manutenção da diversidade local além de abrigarem espécies ameaçadas como a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) e a itaúba-preta (Mezilaurus itauba). De forma geral, o restante da paisagem é formada, predominantemente, por pastagens de brachiarão (Brachiaria brizantha), freqüentemente colonizadas por palmeiras e arbustos. Dentre os arbustos observa-se a presença de assa peixe (Vernonia ferruginea), pata de vaca flor branca (Bauhinia forficata), rabo de camaleão (Cassia sp.), entre outros. Em alguns locais nota-se o predomínio do babaçu (Orbignya phalerata), espécie que vem invadindo grandes extensões dessas pastagens. Em meio a estas pastagens tem-se a presença de algumas árvores remanescentes da floresta original e diversos troncos mortos (Figura 42). Nas áreas próximas aos corpos de água, ocorre a formação da vegetação com espécies típicas dos ambientes alagados (Figura 43). RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 53 Figura 41. Mapa de localização dos locais de coleta de informações para caracterização vegetal da área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas/PA) RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 54 Figura 42. Pastagem com indivíduos arbóreos remanescentes da vegetação original e da regeneração localizada na área do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) Figura 43. Aspecto da vegetação das zonas alagadas do empreendimento “Viver Bem Parauapebas” (Parauapebas-PA) RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 55 Devido à interferência antrópica foram observadas espécies frutíferas exóticas, como manga, mamão, laranja e limão, ocorrendo somente nas áreas de pastagens e alagados. O diagnóstico da vegetação revela que apesar dos anos de interferência antrópica sobre o remanescente florestal estudado, não foram verificadas espécies exóticas em sua composição, indicando que a área de estudo, ainda que fragmentada, representa bem a vegetação existente antes da ocupação antrópica. Esse resultado tem importante valor no que diz respeito ao uso da área para educação ambiental da comunidade. Foram observadas espécies de valor alimentício, artesanal, paisagístico, medicinal e da indústria de cosméticos. Os diversos usos diagnosticados serão considerados não apenas na avaliação de impactos, mas também para indicação de medidas de manejo e conservação da área estudada. As pastagens e áreas alagadas, fortemente impactadas por ações passadas, principalmente o uso intensivo para a pecuária, apresentam a necessidade de especial atenção no que diz respeito à sua conservação e manejo. Conforme legislação específica, as áreas alagadas, praticamente todas localizadas à beira dos corpos de água do empreendimento, constituem área de preservação permanente (APP) que possuem grande importância para a conservação e manutenção da qualidade ambiental dos ecossistemas aquáticos e terrestres. RIMA – EMPREENDIMENTO “VIVER BEM PARAUAPEBAS” FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA – WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIAS LTDA 56 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS O presente estudo teve como principal objetivo realizar os diagnósticos da qualidade da água, limnológicos (fitoplânctons e zooplânctons) e da comunidade de peixes nos principais corpos de água localizados na área de influência do empreendimento imobiliário “Viver Bem Parauapebas”. O diagnóstico foi realizado na microbacia do igarapé Ilha do Coco, localizada na sub-bacia do rio Itacaiúnas, município de Parauapebas, Pará. Na área do empreendimento existe um único fragmento florestal bem preservado, de aproximadamente 105 hectares. A parte restante do terreno é totalmente degradada, com formações de pasto ou solo exposto compactado, alagados e lagoas artificiais (Figuras 44 e 45). Figura 44. Lagoa localizada na área do empreendimento. Figura 45. Igarapé localizado no interior do fragmento de mata da área do empreendimento. As coletas de dados foram realizadas entre agosto de 2008 (período seco) e abril de 2009 (período chuvoso) em oito pontos para as análises limnológicas
Compartilhar