Buscar

Estudo Ambiental - Condomínio Residencial Villa Bella

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDO AMBIENTAL DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VILLA 
BELLA EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP 
 
 
 
 
 
 
ADRIELLE FLORES POLI 
ALANA FERREIRA MARTINS PESSIN 
ANA CAROLINA CAMPOZANO 
ANA CAROLINA FONTANETTI PINTO 
ANA LUISA PELOSI DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
 Dezembro de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO AMBIENTAL DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VILLA 
BELLA EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado à Professora Renata 
Ribeiro Araújo como exigência para obtenção 
da nota parcial da disciplina de Estudo de 
Impacto Ambiental do curso de Engenharia 
Ambiental da FCT Unesp. 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente – SP 
Dezembro de 2019 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Planta do Condomínio Residencial Villa Velha 
Figura 2 - Alternativa locacional 1 
Figura 3 - Alternativa locacional 2 
Figura 4 - Área de influência indireta 
Figura 5 – Temperatura média (ºC) 
Figura 6 – Umidade relativa (%) 
Figura 7 – Precipitação acumulada (mm) 
Figura 8 - Principais classes de solos no perímetro urbano de Presidente Prudente 
Figura 9 - Tipo de solo e foco erosivo da área de influência direta da alternativa locacional 1 
Figura 10 - Área de influência direta da alternativa locacional 2 
Figura 11 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente 
Figura 12 - Vista da área de influência direta da alternativa locacional 1 
Figura 13 - Mapa geomorfológico semidetalhado ampliado de Presidente Prudente 
Figura 14 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente-SP 
ampliado 
Figura 15 - UGRHI 21 e 22 município de Presidente Prudente/SP 
Figura 16 - Área de influência direta da alternativa locacional 1, referente à bacia do Córrego 
do Limoeiro, Presidente Prudente/SP 
Figura 17 - Recorte do Córrego do Limoeiro em Presidente Prudente/SP 
Figura 18 - Localização da área locacional 2 na Bacia do Córrego do Limoeiro 
Figura 19 - Área de influência indireta (município), vegetação predomina uma formação 
arbórea esparsa 
Figura 20 - Vegetação encontrada na área de influência direta (área 1) 
Figura 21 - Plantas encontradas na AID (Jaqueira, Mangueira, Jatobá e Cajueiro) 
Figura 22 - Plantas encontradas na AID (Grama-batatais, Oiti, Aroeira salsa e Ipê-Amarelo) 
Figura 23 - AID da área locacional 2 (predominância de solo exposto) 
Figura 24 - Um dos animais encontrados na AID (lagarto - Tropidurus torquatus) 
Figura 25 - Trajeto da Área 1 até o Hospital Regional 
Figura 26 - Trajeto da Área 1 até o UBS Cohab 
Figura 27 - Trajeto da Área 2 até o Hospital Regional 
Figura 28 - Trajeto da Área 2 até a UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo 
Figura 29 - Uso e Cobertura da Terra 2013 
 
Figura 30 - Ocupação do Solo na área 1 
Figura 31 - Uso e Ocupação do solo 
Figura 32 - Rota entre a área e as universidades locais 
Figura 33 - Comércio local área 1 
Figura 34 - Comércio local área 1 
Figura 35 - Comércio local área 2 
Figura 36 - Comércio local área 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS E GÁFICOS 
 
Tabela 1 – Identificação do Empreendedor 
Tabela 2 – Identificação da Consultoria 
Tabela 3 - Inventário da flora da Área de influência direta (AID) 
Tabela 4 - Inventário da flora (Área locacional 2) 
Tabela 5 – Inventário da Mastofauna encontrada na região 
Tabela 6 - Inventário da Avifauna encontrada na região 
Tabela 7 - Inventário da Herpetofauna encontrada na região 
Tabela 8 - População Urbana e Total de Presidente Prudente em 2000 e 2010 
Tabela 9 - Sistema de classificação da cobertura e uso da terra 
Tabela 10 - Critérios escolhidos para a caracterização dos impactos ambientais 
Tabela 11 - Escala de significância 
Tabela 12 - Programas de Monitoramento 
 
Gráfico 1 - Totalidade de impactos identificados por fase do empreendimento 
Gráfico 2 - Totalidade de impactos identificados no Meio Biótico, Físico e Socioeconômico 
Gráfico 3 - Impactos negativos e positivos identificados 
Gráfico 4 - Relação entre impactos negativos 
Gráfico 5 - Relação entre os impactos positivos identificados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 7 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 7 
2.1 Identificação do empreendedor 7 
2.2 Identificação da Empresa Consultora responsável pela elaboração do EA 7 
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 8 
3.1 Descrição do Empreendimento 8 
3.2 Objetivos e Justificativas do Projeto 11 
3.3 Legislação pertinente 11 
4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 15 
5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 16 
5.1 Meio Físico 17 
5.2 Meio Biótico 29 
5.3 Meio Socioeconômico 44 
6 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 56 
6.1 Alterações no Meio Físico 56 
6.2 Alterações no Meio Biótico 59 
6.3 Alterações no Meio Antrópico 60 
7 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS 65 
9 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO 66 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 72 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 73 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente Estudo Ambiental visa auxiliar na análise de viabilidade técnica-ambiental 
pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) do condomínio residencial Villa 
Bella, a ser implantado no município de Presidente Prudente (SP). 
O empreendimento denominado Condomínio Residencial Villa Bella propõe-se a 
atender à crescente demanda por moradia na região de Presidente Prudente, com foco 
prioritário na população de baixa renda e que dispõe de rendimento familiar até 4 salários 
mínimos, apoiando assim o aumento de habitações de interesse social. 
 
 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
2.1 Identificação do empreendedor 
 
Tabela 1 – Identificação do Empreendedor 
Nome/Razão Social TAUBATÉ CONSTRUTORA LTDA 
CNPJ 19.065.297/0003-87 
Endereço RUA FLORIANO BORGES, 450 
Representante legal/Telefone JOÃO OLIVEIRA / (18) 3221 - 0987 
 
2.2 Identificação da Empresa Consultora responsável pela elaboração do EA 
 
Tabela 2 – Identificação da Consultoria 
Nome POLICAMPOS CONSULTORIA 
AMBIENTAL LTDA 
CNPJ 19.066.287/0003-90 
Endereço RUA ROGE MARIANO, 220 
Responsável geral/Telefone ENG. ANA FONTANETTI / (11) 99699 - 
0000 
 
 
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
3.1 Descrição do Empreendimento 
O empreendimento em questão consiste no Condomínio Residencial Villa Bella 
localizado no município de Presidente Prudente - SP (Figura 1), compreendendo um 
empreendimento de interesse social, o que significa que será composto por habitações 
destinadas à população de Classe E e D, ou seja, famílias que recebem até 4 salários mínimos 
(IBGE, 2016). O Condomínio Residencial Villa Bella possuíra uma área de 4.624 m² e possuirá 
de espaços internos de lazer. 
 
Figura 1 - Planta do Condomínio Residencial Villa Velha 
 
Fonte: Mampei Funada 
 
 Se tratando-se de alternativas locacionais, o Condomínio Residencial Villa Bella terá 
a possibilidade de implantação em duas áreas em Presidente Prudente, estas sendo: Área 1 - R. 
José Bortoleto - Uep2-S.2, Pres. Prudente - SP, 19061-160, coordenadas -22.131466; - 
51.411685 (Figura 2), tendo um córrego mais próximo à 278,48 m, e estando perto de 
restaurantes, mercados, hospitais e colégios. 
 
 
 
Figura 2 - Alternativa locacional 1
 
Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. 
 
Área 2 - Rua José Petrin, Parque das Cerejeiras, Pres. Prudente - SP, 19061-340, tendo 
como coordenadas: -22.130444; -51.419615 (Figura 3), o corpo d’água mais próximo fica a 
163,83 m. 
Figura 3 - Alternativa locacional 2 
 
Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. 
 
 
As áreas de alternativa locacional possuem fácil acesso. Para a área 1, partindo-se do 
município de São Paulo, o acesso ao empreendimento é realizado por meio da via BR-374, 
depois, pega-se a saída 567 e segue-se na Avenida Joaquim Constantino, depois, virando à 
esquerda na Rua José Bortoleto. Para chegar na área 2, o mesmo é feito,entretanto, segue-se 
na Avenida Joaquim Constantino, depois, vira-se à esquerda na Rua José Petrin. 
Em Presidente Prudente, a principal via de acesso ao empreendimento na área 1 é pela 
Rua Padre João Goetz, já para a área 2, a principal via de acesso é pela Avenida Luiz Cesário. 
O projeto do empreendimento irá conter toda infraestrutura interna, compreendendo: 
− Terraplenagem 
− Sistema de abastecimento de água tratada e redes de distribuição. 
− Sistema de esgotamento sanitário incluindo redes coletoras, estação elevatória de 
esgotos e interceptor para afastamento dos esgotos até a ETE Presidente Prudente. 
− Rede de drenagem de águas pluviais. 
− Pavimentação das vias e implantação de passeios, guias e sarjetas. 
− Rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública. 
− Urbanização e paisagismo. 
− Acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais. 
− Sinalização de trânsito vertical e horizontal. 
O projeto será divididos da seguinte forma: planejamento, implantação e operação. A 
fase de planejamento consistirá na elaboração do projeto, onde será definido os custos, 
tamanho, localização e engenharia. 
Na fase de implantação será iniciado a construção do Condomínio Residencial Villa 
Bella, será nessa etapa que ocorrerá a supressão da vegetação e terraplenagem, além do tráfico 
de veículos pesados. Será construído um depósito, instalações provisórias de água, energia, 
lâmpadas e vasos sanitários para os funcionários. Nessa etapa haverá, principalmente, a geração 
de resíduos sólidos da construção civil. 
Por fim, na etapa de operação os proprietários já estarão residindo no Condomínio 
Residencial Villa Bella, nessa fase haverá o aumento na geração de resíduos sólidos urbanos 
e efluentes, além do aumento no consumo de água e energia. Para o correto funcionamento do 
empreendimento, terá manutenção nos serviços de água, esgoto, energia e também nas áreas 
de lazer, pavimentação e urbanismo. 
 
 
 
3.2 Objetivos e Justificativas do Projeto 
O Condomínio Residencial Villa Bella tem como principal objetivo fornecer moradia 
para as classes E e D, que dispõe de rendimento familiar entre 0 e 4 salários mínimos, atendendo 
ao direito à moradia assegurado na Constituição da República, sobre a necessidade de criar 
medidas a fim de resolver de forma segura e ambientalmente equilibrada os problemas das 
ocupações desordenadas. Seguindo essa justificativa, o condomínio corresponde às 
necessidades e limitações da maioria da população da cidade, pois tendo como base que em 
2017, segundo o IBGE, o salário médio do município de Presidente Prudente era de 2.6 salários 
mínimos. 
A evolução do mercado de trabalho no município de Presidente Prudente é também um 
dos fatores que justifica a instalação do empreendimento. Sob o ponto de vista socioeconômico, 
o condomínio gerará empregos diretos e indiretos, principalmente na fase de implantação, além 
da arrecadação de impostos e tributos. Outro ponto a se considerar é a pressão no uso do solo 
de ocupações irregulares, assim, com a construção do projeto, o mesmo contribui para a 
diminuição de ocupações desordenadas na região. 
Referente a economia, o PIB per capita de Presidente Prudente é de R$33.101,42 
(IBGE, 2016) e comparando a outros municípios do estado de São Paulo, ocupa a 179º posição 
de 645º no total, refletindo o momento econômico favorável e que proporciona o crescimento 
da infraestrutura da região. 
Nesse sentido, o Condomínio Residencial Villa Bella contribuirá com o mercado 
imobiliário, gerará empregos diretos e indiretos, arrecadará mais impostos e tributos e atenderá 
as necessidades e limitações da população em geral do município. 
 
3.3 Legislação pertinente 
Este tópico tem o objetivo de caracterizar o contexto normativo, contemplando os 
aspectos legais das possíveis restrições ambientais decorrentes da implantação do condomínio. 
Para esta caracterização serão analisadas as principais normas legais em relação a implantação 
do condomínio em nível federal, estadual e municipal, contendo leis e resoluções sobre: 
licenciamento ambiental, espécies ameaçadas de extinção, espaços especialmente protegidos, 
parcelamento do solo e aspectos de controle de poluição. 
 
3.3.1 Principais normas legais pertinentes a nível federal 
- Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988: traz no artigo 225 que todos 
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à 
 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. Em 
especial no inciso IV, o artigo estabelece a necessidade de apresentação de estudo prévio de 
impacto ambiental para atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente. 
- Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986: estabelece critérios 
básicos e diretrizes gerais para a Avaliação de Impacto Ambiental, definindo impacto 
ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas 
que, direta ou indiretamente afetam ao meio ambiente em geral. 
- Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997: considera a necessidade 
de revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a 
efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, 
instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente; 
- Resolução CONAMA 307/02 (alterada pelas Resoluções 348/2004, 431/2011, 
448/2012 e 469/2015): fornece as diretrizes para o gerenciamento dos resíduos de construção 
civil, considerando a necessidade de implementação dessas diretrizes para a efetiva redução 
dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil; 
- Lei Federal Nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 (regulamentada pelo Decreto Nº 
99.274, de 06/06/90): dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e 
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Tem por objetivo a 
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, 
no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional 
e à proteção da dignidade da vida humana; 
- Lei Federal Nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997: institui a Política Nacional de 
Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, baseada 
em fundamentos, como: a água é um bem de domínio público e é um recurso natural limitado, 
dotado de valor econômico. Quando em situações de escassez, o seu uso prioritário é para o 
consumo humano e a dessedentação de animais, e etc; 
- Portaria IBAMA Nº 37-N, de 03 de Abril de 1992: reconhece as espécies da 
flora brasileira ameaçadas de extinção as que estão presentes na Lista de Classificação 
Taxonômica das espécies de acordo com o Sistema Cronquist (1988). A presença de 
determinada espécie na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, 
implica que todas as suas subespécies - se existirem - estão ameaçadas; 
- Lei Federal N° 12.651, de 25 de maio de 2012: dispõe sobre a proteção da 
vegetação nativa, estabelecendo normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de 
 
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de 
matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção 
dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus 
objetivos; 
- Resolução CONAMA Nº 1, de 31 de janeiro de 1994: Define vegetação 
primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial e avançado de regeneração da Mata 
Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação 
nativa no Estado de São Paulo. 
 
3.3.2 Principais normas legais pertinentes a nível estadual 
- Lei Nº 9.509, de 20 demarço de 1997, que trata no 2° Artigo, Inciso V sobre 
“controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, 
direta ou indiretamente, possam causar degradação ao meio ambiente, adotando medidas 
preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes”; 
- Decreto Nº 8.468, de 08 de setembro de 1976: dispõe sobre a prevenção e o 
controle da poluição do meio ambiente, tratando sobre a ilegalidade de lançamento ou liberação 
de poluentes nas águas, no ar ou no solo, assim como, aborda acerca de qual o enquadramento 
das classes dos rios pelos seus usos e etc; 
- Lei Estadual N° 7.663, de 30 de dezembro de 1991: Estabelece normas de 
orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Esta Lei determina que a implantação de projetos que 
demandem a utilização dos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos e/ou a execução de 
obras e serviços que alterem seu regime, qualidade ou quantidade deverão ser previamente 
autorizadas e licenciadas pelos órgãos e entidades competentes; 
- Lei N° 7550, de 31 de março de 1992: Dispõe sobre a Política Estadual de 
Saneamento, e dá outras providências. Ela tem por finalidade disciplinar o planejamento e a 
execução das ações, obras e serviços de Saneamento no Estado, respeitando a autonomia dos 
Municípios; 
- Lei Estadual N° 10.780, de 09 de março de 2001: Dispõe sobre a reposição 
florestal no Estado de São Paulo e dá outras providências. Deste modo, fica obrigada a 
reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que explorem, suprimam, utilizem, 
consumam ou transformem produtos ou subprodutos florestais; 
- Lei n° 13.007, de 15 de maio de 2008: Institui o Programa de Proteção e 
Conservação das Nascentes de Água. Tem como objetivo: identificação e localização, através 
 
de levantamento cartográfico, das nascentes de água existentes no Estado, sendo que esses 
dados devem ser universalizados para que medidas como de recuperação e educação ambiental 
possam ser adotadas para essas áreas; dentre outros objetivos; 
- Decreto Estadual N° 42.838, de 04 de fevereiro de 1998: Declara as Espécies 
da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção e as Provavelmente Ameaçadas de Extinção no 
Estado de São Paulo e dá providências correlatas; 
- Resolução SMA Nº 54, de 30 novembro de 2004: Dispõe sobre procedimentos 
para o licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente; 
- Resolução SMA N° 34, de 27 de agosto de 2003: Dispõe sobre as medidas 
necessárias à proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico quando do licenciamento 
ambiental de empreendimentos e atividades potencialmente causadores de significativo 
impacto ambiental, sujeitos à apresentação de EIA/RIMA, e dá providências correlatas; 
- Resolução SMA N° 48, de 21 de setembro de 2004: Apresenta lista das espécies 
da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado de São Paulo, considerando que a conservação das 
espécies em estado selvagem garante o acesso das futuras gerações aos recursos genéticos e 
assim a importância da conservação "In situa" vem sendo gradativamente e melhor entendida 
e aceita, pois a ocorrência e a manutenção da variabilidade genética só são possíveis em estado 
natural; 
- Resolução SMA N° 56, de 27 de dezembro de 2006: Estabelece a gradação de 
impacto ambiental para fins de cobrança de compensação ambiental decorrente do 
licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental; 
- Resolução SMA N° 18, de 11 de abril de 2007: Disciplina procedimentos para 
a autorização de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados. Levando em consideração 
a necessidade de recuperação das Áreas de Preservação Permanente, sobretudo pela 
importância que essas áreas desempenham; 
- Decreto N° 52.053, de 13 de agosto de 2007: Reestrutura o Grupo de Análise e 
Aprovação de Projetos Habitacionais – GRAPROHAB. Objetivando centralizar e agilizar a 
tramitação dos projetos de parcelamento do solo para fins residenciais e de núcleos 
habitacionais a serem implantados, localizados em área urbana ou de expansão urbana, assim 
definidas por legislação municipal; 
- Resolução SMA N° 14, de 13 de março de 2008: Dispõe sobre os procedimentos 
para supressão de vegetação nativa para parcelamento do solo ou qualquer edificação em área 
urbana; 
 
- Norma Técnica L11.032, de julho de 1992: método de ensaio para a 
determinação do nível de ruído em ambientes internos e externos de áreas habitadas. 
 
3.3.3 Principais normas legais pertinentes a nível municipal 
- Lei Orgânica do Município de Presidente Prudente: Trata no Artigo 180° “A 
Lei Municipal de cujo processo de elaboração as entidades da comunidade participarão, disporá 
sobre zoneamento, parcelamento do solo, seu uso e suas ocupações, as construções e 
edificações, a proteção ao meio ambiente, o licenciamento e a fiscalização e os parâmetros 
básicos, objetos do Plano Diretor.”; 
- LEI COMPLEMENTAR Nº 230 de 2018: Dispõe sobre a Lei do Plano Diretor 
do Município, e dá outras providências. A presente norma tem como objetivo primordial a 
organização do espaço territorial do Município de Presidente Prudente, visando alcançar o 
desenvolvimento sustentável, a função social da cidade e da propriedade; 
- LEI COMPLEMENTAR Nº 153 de 2008: Dispõe sobre a Lei de Zoneamento 
do Uso e Ocupação do Solo, da Área Urbana do município de Presidente Prudente e dá outras 
providências; 
- LEI COMPLEMENTAR N° 154 de 008: tem por objetivo a orientação e 
controle de todo parcelamento do solo efetuado no território do Município de Presidente 
Prudente, assegurando a observância das normas federais relativas à matéria e zelando pelos 
interesses do município, no que diz respeito às necessidades para seu desenvolvimento; 
- LEI COMPLEMENTAR Nº 138 de 2005: Institui o novo perímetro urbano de 
Presidente Prudente; 
- Código de Obras N° 49 de 1949: Dispõe sobre Reformulação do Código de 
Obras do Município de Presidente Prudente, instituído pela Lei nº 49, de 20 de fevereiro de 
1949. 
 
 
4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 
 
As áreas de influência de um empreendimento são aquelas que terão alguma 
interferência causada pelo empreendimento. Tal interferência pode ser considerada positiva ou 
negativa e ocorre desde o planejamento do condomínio, até a implantação e operação (quando 
o condomínio já se encontra ocupado com moradores). 
 
No estudo ambiental do Condomínio Residencial Villa Bella foram consideradas duas 
áreas de influência: direta e indireta. Para definir quais as áreas de influência direta e indireta 
são levantadas quais as interferências que o empreendimento pode causar e se estas 
interferências são em nível local, municipal, regional, estadual. 
A área de influência direta do empreendimento compreende o espaço diretamente 
ocupado pelo condomínio, onde serão realizadas as obras para sua implantação, ou seja, um 
espaço de 68x68 metros. A área de influência indireta compreende toda a malha urbana do 
município de Presidente Prudente, pois a implantação do condomínio pode afetar indiretamente 
os meios bióticos, físicos e socioeconômicos. Por exemplo, a construção impermeabiliza o 
solo, podendo afetar a drenagem urbana, e também possibilita que moradores de bairros mais 
distantes do município, que possuem renda média/baixa, morem em bairros mais centrais. 
Desta forma, a área de influência é considerada para realizar o diagnóstico ambiental 
para que se possa definir se a área desejada pode ou não receber o empreendimento. 
 
Figura 4 - Área de influência indireta 
Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. 
 
 
5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
 
A área de influência indireta das duas alternativas locacionais é a malha urbana do 
município de Presidente Prudente e a área de influência direta 1 e 2, situam-se nela. Portanto, 
 
as características de meio físico,biológico e social tratadas nas áreas de influência indireta são 
as mesmas. 
 
5.1 Meio Físico 
 
a) Climatologia 
 
Área de Influência Indireta e Área de Influência Direta 1 e 2 
 Para a caracterização da climatologia das áreas de influencia diretamente afetadas e da 
área de influência indiretamente afetada foram utilizadas informações referente a temperatura 
do ar, umidade do ar e precipitação foram observados as séries históricas das Normais 
Climatológicas, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 
1961 e 1990. 
 
- Temperatura do Ar 
Presidente Prudente localiza-se na área de influência do clima tropical sub-quente e 
úmido, com 1 ou 2 meses secos (IBGE, 2002). A figura 3 permite a compreensão da 
temperatura do ar na localidade do empreendimento, conforme dados obtidos do INMET 
(1961-1990). 
 
Figura 5 – Temperatura média (ºC)
 
Fonte: INMET. 
 
 
Observa-se que a distribuição das temperaturas mínima, máxima e média segue um 
padrão condizente com a realidade tropical. Durante o início e fim do ano, nos meses de 
dezembro, janeiro e fevereiro, são registradas as temperaturas mais altas na região. Já no meio 
do ano, nos meses de junho e julho as temperaturas são mais baixas. 
 
- Umidade do ar 
A seguir o gráfico evidencia os valores de umidade relativa do ar na localidade do 
empreendimento. 
 
Figura 6 – Umidade relativa (%)
 
Fonte: INMET 
 
Assim como ocorre com a temperatura, a distribuição da umidade varia ao longo do 
ano. De janeiro a junho podem ser observados números relativamente altos. Já durante os meses 
de julho, agosto e setembro a umidade cai. Nos meses finais, outubro, novembro e dezembro, 
a umidade volta a subir, atingindo o pico novamente. 
 
- Precipitação 
Observa-se o regime de precipitação na região onde será implantado o 
empreendimento. 
 
Figura 7 – Precipitação acumulada (mm)
Fonte: INMET. 
 
O período mais chuvoso compreende os meses de setembro, outubro, novembro, 
dezembro, janeiro e fevereiro (primavera e verão). Já em março, abril, maio, junho, julho e 
agosto (outono e inverno) os valores de precipitação são significativamente mais baixos. 
 
b) Terra/Solo 
 
- Geologia 
 
Área de Influência Indireta 
A malha urbana do município de Presidente Prudente localiza-se na bacia sedimentar 
do Paraná, onde afloram as rochas do Grupo Bauru. O Grupo Bauru é constituído pelas 
Formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina, Marília, Formação Itaqueri e por sedimentos 
correlatos à esta última Formação e a AII está sobre o afloramento da Formação Adamantina 
(IPT, 1981). Na AII do empreendimento ocorrem sedimentos da Formação Adamantina, 
possuindo como principais características (SIGRH, 2019): 
● Arenitos muito finos de cores marrom-avermelhado claro a bege, e lamitos 
argilosos marrom-escuro; 
● Feições de preenchimento de canais rasos, com estratificação cruzada 
acanalada; 
 
● Corpos tabulares com estratificação sigmoidal interna, e com estratificação 
plano-paralela e estruturas de fluxo aquoso de regime inferior dominante maciço. 
 
Tipos de solo predominante: os solos predominantes na região de Presidente Prudente 
são os Argissolos Vermelhos e os Latossolos Vermelhos (Nunes; Fushimi, 2011). De acordo 
com a Embrapa “Latossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando 
horizonte B latossólico precedido de qualquer tipo de horizonte A dentro de 200 cm a partir da 
superfície do solo ou dentro de 300cm se o horizonte A apresenta mais que 150cm de 
espessura.” 
Para os Argissolos, a Embrapa define como: “Argissolos são solos constituídos por 
material mineral, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A ou E, com 
argila de atividade baixa ou com argila de atividade alta desde que conjugada com saturação 
por bases baixa ou com caráter alumínico na maior parte do horizonte B, e satisfazendo ainda 
aos seguintes requisitos: 
a. Horizonte plíntico, se presente, não satisfaz aos critérios para Plintossolos; 
b. Horizonte glei, se presente, não satisfaz aos critérios para Gleissolos” (Embrapa, 
2018). 
 Entretanto, na malha urbana do município de Presidente Prudente também encontra-se 
solos da classe Neossolos e Planossolos, como pode-se observar na Figura 6. Neossolos são 
definido como solos pouco evoluídos, constituídos por material mineral ou por material 
orgânico e Planossolos são caracterizados como solos constituídos por material mineral com 
horizonte A ou E seguido de horizonte B plânico (Embrapa, 2018). 
 
Figura 8 - Principais classes de solos no perímetro urbano de Presidente Prudente 
 
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
Área de Influência Direta 1 
Após visita in situ na área de influência direta da alternativa locacional 1, foi 
identificado que o solo da região predominante é o latossolo vermelho, que possui uma cor 
mais avermelhada “devido aos teores mais altos e à natureza dos óxidos de ferro presentes no 
material originário em ambientes bem drenados, e características de cor, textura e estrutura 
uniformes em profundidade (Embrapa)”. Na área de estudo a cobertura vegetal é gramínea e 
essa é uma área com focos de erosão. 
 
Figura 9 - Tipo de solo e foco erosivo da área de influência direta da alternativa locacional 1
 
 Fonte: Autores, 2019. 
 
Área de Influência Direta 2 
Através da visita in situ na área de influência direta da alternativa locacional 2, foi 
identificado que o solo da região predominante é o Argissolo Vermelho-amarelo Ácrico, tal 
solo, de acordo com a Embrapa, apresenta “baixa a média fertilidade natural, necessitando de 
corretivos e fertilizantes, para se obter uma boa produtividade das culturas, e do uso de matéria 
orgânica no horizonte superficial, principalmente nos solos de textura arenosa.” 
 
 
Figura 10 - Área de influência direta da alternativa locacional 2
Fonte: Imagem do autor, 2019. 
 
- Geomorfologia 
 
Área de Influência Indireta 
O relevo pode ser entendido como um dos componentes da superfície terrestre, 
relacionando-se com as rochas que o sustentam e com os solos que o recobrem. Na formação 
do aspecto escultural do relevo a atuação simultânea e desigual do clima adquire papel 
relevante que, conjuntamente com as características geológicas, resultam em um processo 
dinâmico responsável pela criação de formas particulares do relevo (Ross, 1996). 
 
Figura 11 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente 
 
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
Os relevos predominantes associados com as formações geológicas e pedológicas da 
AII são: 
 
● Topos suavemente ondulados das colinas convexizadas, onde predominam os 
Latossolos Vermelhos e as altitudes variam de 320 a 480 metros. 
● Colos sujeitos a erosões, onde predominam os Latossolos Vermelhos e 
altitudes variam de 380 a 460 metros. 
● Patamares convexidades possuem tendência à erosão laminar, há o predomínio 
de Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelho-Amarelos e altitudes variam de 300 
a 400 metros 
● Domínio das vertentes côncavas, convexas e retilíneas, com ocorrência de 
solos rasos a desenvolvidos (Argissolos Vermelhos-Amarelos) ou solos rasos 
(Neossolos Regolíticos). 
 
Área de Influência Direta 1 
Na visita in loco foi possível ter uma visão geral da área, pois a mesma está localizada 
no topo de uma colina. A área encontra-se no domínio geológico dos sedimentos da 
Formação Adamantina, portanto, há presença de colinas com topos suavemente ondulados. 
 
Figura 12 - Vista da área de influência direta da alternativa locacional 1
 
 Fonte: Autores, 2019. 
 
Figura 13 - Mapa geomorfológico semidetalhado ampliado de Presidente Prudente 
 
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
Área de Influência Direta 2 
Na visita in loco foi possível identificar que a área está localizada em umavertente, 
entretanto, o local foi passado por um processo de terraplanagem. A área encontra-se no 
domínio geológico dos sedimentos da Formação Adamantina, portanto, há presença de topos 
suavemente ondulados e com colinas convexizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente-SP 
ampliado
 
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
 
c) Recursos Hídricos 
 
Área de Influência Indireta 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil 
apresenta 12 grandes bacias hidrográficas ou regiões hidrográficas. Assim, a malha urbana do 
município de Presidente Prudente localiza-se na Região Hidrográfica da Bacia Hidrográfica do 
Rio Paraná, sendo que a bacia hidrográfica do Rio Paraná se subdivide em bacias hidrográficas 
menores. 
Dessa forma, a área de influência indireta do empreendimento está inserida na Unidade 
de Gerenciamento de Recurso Hídrico do Rio do Peixe (21) e do Pontal do Paranapanema (22), 
conforme pode-se observar na Figura 15, visto que grande parte do território do município 
insere-se na UGRHI 21 – Rio do Peixe, correspondendo às sub-bacias hidrográficas 1.1 Rio do 
Peixe, 1.2 Córrego do Pereira e 1.3 Rio Mandaguari, sendo que esta última ainda pode ser 
subdividida, destacando-se a sub-bacia 1.3.1 Córrego da Onça. 
 
A UGRHI-22 encontra-se encravada entre os rios Paraná e Paranapanema, que são 
dotados de barramentos e reservatórios de água estruturados para geração de energia elétrica. 
Há que se mencionar, ainda, o engendrar da estrutura produtiva da região, cuja ocupação e uso 
do solo explicitam um histórico de conflitos sociais e impactos ambientais negativos, 
implicando em degradação das águas, ampliação de processos erosivos e aumento da 
suscetibilidade dos solos a este tipo processo (LEAL, 2000). 
 Destaca-se que no perímetro urbano do município encontra-se o divisor de águas das 
duas unidades hidrográficas. Deste modo, tanto as nascentes da sub-bacia hidrográfica do Rio 
Mandaguari, afluente do Rio do Peixe quanto as nascentes do Rio Santo Anastácio encontram-
se na área urbana. 
 A porção sul (Figura 15) do município pertence à UGRHI 22 - Pontal do Paranapanema, 
correspondendo às sub-bacias hidrográficas 2.1 – Rio do Peixe, subdividida ainda em 2.1.1 
Córrego do Cedro e 2.2 – Córrego do Limoeiro, com destaque para sua sub-bacia 2.2.1 Córrego 
do Veado. 
Figura 15 - UGRHI 21 e 22 município de Presidente Prudente/SP
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
Área de Influência Direta 1 
 Com relativo à área de influência direta da alternativa locacional 1 (-22.131466, - 
51.411685), a mesma está localizada na Bacia do Córrego do Limoeiro (Figura 13). 
 A Bacia do Córrego do Limoeiro está inserida no manancial do Balneário da Amizade. 
A implantação dos bairros residenciais Maré Mansa e Parque Imperial surgiram em meados 
 
dos anos 2000 nas margens da Estrada Intermunicipal Arthur Boigues Filho, principal via de 
acesso entre os municípios de Álvares Machado e Presidente Prudente. A estrada constitui-se 
em uma das áreas com o maior avanço da malha urbana tendo, recentemente, as suas margens 
ocupadas por loteamentos, condomínios fechados, estabelecimentos comerciais e indústrias. 
Figura 16 - Área de influência direta da alternativa locacional 1, referente à bacia do Córrego 
do Limoeiro, Presidente Prudente/SP
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
A área do córrego Limoeiro era caracterizada pela sensibilidade ambiental em 
decorrência da suscetibilidade a erosão e presença de nascentes hídricas (Figura 14). Assim 
como ocorre em tantas outras cidades, Melazzo (1993) afirma que a especulação imobiliária 
influência o desenho e o crescimento urbano da cidade. A expansão territorial incorpora áreas 
descontínuas à malha urbana. É necessário considerar o poder do capital em transformar as 
condições do loteamento (FROIS, 2015). 
 É possível entender como aconteceu a ocupação da Bacia do Córrego do Limoeiro, a 
fim de entender a relação com o corpo d’água, por meio da evolução da implantação dos 
 
loteamentos. É possível perceber que a ocupação da área se iniciou por meio da implantação 
de um loteamento desconexo à malha urbana consolidada (FROIS, 2015). 
 
Figura 17 - Recorte do Córrego do Limoeiro em Presidente Prudente/SP
 
 Fonte: FUSHIMI, 2011. 
 
Área de Influência Direta 2 
 Para tanto, com relação à caracterização da AID, a área locacional 2 (-22.131448, -
51.420234), a mesma também localiza-se na Bacia do Córrego do Limoeiro, portanto possui 
as mesmas características da área 1, como pode ser observado na Figura 29. 
 
Figura 18 - Localização da área locacional 2 na Bacia do Córrego do Limoeiro
 
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
5.2 Meio Biótico 
 
a) Flora 
 
 Área de Influência Indireta 
Inserido no bioma “Mata Atlântica”, o perímetro urbano do município de Presidente 
Prudente era originalmente recoberto por “Floresta Estacional Semidecidual”, com formações 
ciliares (Aluviais) e submontanas. O processo de apropriação e ocupação das terras que hoje 
compõem o município, inicialmente através da extração madeireira, depois, a cultura cafeeira 
e algodoeira, a pecuária e, mais recentemente, o cultivo de cana de açúcar em grandes 
extensões; resultou na supressão quase total dessa cobertura original, restando atualmente um 
pequeno percentual, restrito a poucos, pequenos e dispersos fragmentos. 
 No município, existe uma diversidade significativa no que se refere à ocupação do solo, 
porque os bairros mais antigos são densamente habitados e possuem quantidade significativa 
de vegetação arbórea nas ruas e fundos de quintais. Os bairros mais recentes, que são a grande 
 
maioria, apresentam-se com construções esparsas com gramado e vegetação arbórea esparsa. 
 Assim, com relação à caracterização da área de influência indireta do empreendimento 
com respeito à cobertura vegetal, encontra-se no Bioma Mata Atlântica, bioma que é 
caracterizado pela vegetação florestal predominante e relevo diversificado, ocorrendo 
predomínio de florestas estacionais semideciduais, a principal característica é o fato que 20 a 
50% das árvores perdem as folhas no período seco do ano. Com relação a situação atual, o 
município apresenta 72,776 Km² ainda recobertos por vegetação arbórea (incluídas aquelas 
utilizadas para plantios arbóreos homogêneos tais como seringais e eucaliptais), que equivalem 
a 12,98% de sua extensão territorial total (560,637 Km², segundo IBGE, 2016). Portanto, a área 
ainda recoberta por remanescentes florestais (Figura 19) arbóreos se restringe ao conjunto de 
pequenos fragmentos dispersos pelo município, com maior frequência nas porções centro e sul. 
 
Figura 19 - Área de influência indireta (município), vegetação predomina uma formação 
arbórea esparsa
 
Fonte: João Paulo de Oliveira Pimenta, 2016. 
 
Área de Influência Indireta 1 
Para tanto, para a identificação das plantas existentes na área direta do empreendimento 
(área em que será implantado o condomínio), foram realizadas amostragem do terreno. Assim, 
pode-se observar de acordo com a Figura 20, que na área 1 há existência de espécies arbóreas. 
 
 
Figura 20 - Vegetação encontrada na área de influência direta (área 1)
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
Para a verificação da cobertura vegetal da área de influência direta do empreendimento, 
foi realizado um inventário básico, para conhecimento das flora na região. Assim, na área de 
influência direta, ao todo foram encontradas 11 árvores, dentre as quais podemos observar na 
Tabela 1. 
 
Tabela 3 - Inventário da flora da Área de influência direta (AID) 
Planta/Nome popular Nome Científico Descrição 
Jaqueira 
(2 árvores) 
Artocarpus heterophyllus 
 
 
Árvoretropical de grande 
porte, pertencente à família 
das Moraceae, nativa da 
Índia. Esta espécie produz o 
maior de todos os frutos 
comestíveis que crescem 
diretamente sobre o tronco de 
árvore, a jaca, que é cultivada 
principalmente na Ásia e no 
Brasil. 
Mangueira Mangifera indica Árvores grandes e frondosas, 
 
(3 árvores) podendo atingir entre 35 e 40 
metros de altura, com um raio 
de copa próximo de 10 
metros. Suas folhas botânicas 
são perenes, entre 15 e 35 
centímetros de comprimento 
e entre seis e 16 centímetros 
de largura 
Oiti 
(1 árvore) 
Licania tomentosa Espécie originária da Mata 
Atlântica, popular nas áreas 
urbanas, é muito utilizada na 
arborização de várias cidades 
brasileiras do Nordeste e 
outras diversas regiões do 
país. Seu mastro tem madeira 
resistente, de enorme 
permanência, aconselhável 
para a construção civil, 
estacas, postes, dormentes, 
construções de paquetes e 
vários outros usos 
Ipê-amarelo-flor-de-algodão 
(1 árvore) 
Handroanthus serratifolius É uma árvore com porte que 
varia de médio a grande e 
pode atingir de 15 a 30 
metros de altura. Possui o 
tronco fissurado formando 
finas placas que se soltam em 
pequenas quantidades. Suas 
flores são de cor amarelo-
dourado e se formam em 
cachos. As vagens são 
bipartidas com comprimento 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nordeste_Oriental
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Handroanthus_serratifolia&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor
 
em torno de 35 cm, com 
coloração marrom-escura, 
rugosa e sem pelos, que se 
abrem soltando sementes. 
Jatobá 
(1 árvore) 
 Hymenaea sp. Árvore alcança até 40 metros 
de altura e tem um tronco 
com diâmetro de quase um 
metro. Sua madeira é 
bastante utilizada para 
construção em vigas, 
portas.Seu fruto fica maduro 
entre os meses de julho a 
setembro, possui casca dura e 
em média duas sementes por 
fruto 
Cajueiro 
(1 árvore) 
Anacardium occidentale Originária da região nordeste 
do Brasil, com arquitetura de 
copa tortuosa e de diferentes 
portes. Na natureza existem 
dois tipos: o comum (ou 
gigante) e o anão. O tipo 
comum pode atingir entre 5 e 
12 metros de altura, mas em 
condições muito propícias 
pode chegar a 20 metros. O 
tipo anão possui altura média 
de 4 metros. 
Aroeira salsa 
(2 árvores) 
Schinus molle 
 
Nativa do Brasil, perene, com 
altura entre 4-8 metros de 
altura e muito ornamental. 
Possui tronco com 25-35 cm 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
 
de diâmetro, revestido por 
casca grossa e escamosa. 
 
Grama batatais Paspalum notatum Folhas longas, firmes e 
pouco pilosas, de coloração 
verde-clara. É rizomatosa, 
isto é, o caule fica abaixo do 
solo e emite as folhas para 
cima. Usada na região como 
pasto para o gado. 
Fonte: Autoria, 2019. 
 
Sendo assim, pode-se observar nas Figuras 21 e 22 as plantas encontradas na AID do 
Condomínio. 
 
 
Figura 21 - Plantas encontradas na AID (Jaqueira, Mangueira, Jatobá e Cajueiro)
Fonte: LORENZI, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22 - Plantas encontradas na AID (Grama-batatais, Oiti, Aroeira salsa e Ipê-Amarelo)
Fonte: LORENZI, 2009. 
 
Área Influência Direta 2 
Para tanto, para a identificação das plantas existentes na AID do condomínio (área em 
que será implantado o condomínio), foram realizadas visitas no terreno. Assim, pode-se 
observar de acordo com a Figura 23, que na área 2 o uso do solo é predominantemente de solo 
exposto, logo, não existem muitas espécies arbóreas como foi observado na área locacional 1. 
 
Figura 23 - AID da área locacional 2 (predominância de solo exposto)
Fonte: Imagem do autor, 2019. 
 
Pode-se observar de acordo com a Figura 23 que o terreno para implantação do 
Condomínio Villa Bella encontra-se sob situação de solo exposto, assim somente poucas 
espécies arbóreas foram encontradas na área, dentre as quais estão especificadas na Tabela 2. 
 
Tabela 4 - Inventário da flora (Área locacional 2) 
Planta/Nome popular Nome científico Descrição 
Grama batatais Paspalum notatum Folhas longas, firmes e 
pouco pilosas, de 
coloração verde-clara. 
Usada como pasto para o 
gado. 
Mangueira 
(3 árvores) 
Mangifera indica Árvores grandes e 
frondosas, podendo 
atingir entre 35 e 40 
metros de altura, com um 
 
raio de copa próximo de 
10 metros. Suas folhas 
botânicas são perenes, 
entre 15 e 35 centímetros 
de comprimento e entre 
seis e 16 centímetros de 
largura 
Braquiária Urochloa Nativa da África, 
algumas espécies foram 
introduzidas no Brasil 
como plantas forrageiras 
e transformaram-se em 
uma espécie invasora de 
diversos ecossistemas 
brasileiros, como o 
cerrado. Como invasora, 
ela compete com o 
desenvolvimento das 
gramíneas nativas e 
sufoca o 
desenvolvimento dos 
campos nativos. 
Fonte: LORENZI, 2009. 
 
 
b) Fauna 
 
Área de Influência Indireta 
Para caracterização de fauna da Área de Influência Indireta o estudo baseou-se em 
dados secundários, analisando que os animais encontrados no município estão intimamente 
associados às fisionomias vegetais relacionadas aos biomas da região. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistemas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerrado
 
Com base nisso, a Secretaria do Meio Ambiente (2008) afirma que no município, há 
possibilidade de encontrar-se alta riqueza de espécies de lagartos e aves, uma vez que, ainda 
existem alguns fragmentos de Cerrado aberto apresentando populações relativamente grandes 
de alguns animais, mas que vem sofrendo declínio populacional por conta da pressão humana 
no desenvolvimento da cidade. 
 
Área de Influência Direta 1 
Quanto a Área de Influência Direta do empreendimento, o estudo baseou-se em dados 
primários, assim como, em dados secundários. Foi levado em consideração a fisionomia 
vegetal do município relacionada aos biomas da região e também o histórico de uso e ocupação 
local, que com o processo de urbanização, resultou no surgimento de gramíneas/pastagem 
atraindo animais majoritariamente na forma de aves, calangos de pequeno porte, e entre outros, 
o que foi comprovado pelas análises feitas em campo. 
Os mamíferos, as aves e os répteis e anfíbios encontradas nas Áreas de Influência tanto 
Direta como Indireta podem ser observadas logo abaixo, com suas características e suas 
respectivas áreas. Algumas delas habitam as áreas devido a presença de alimento e abrigo na 
região. 
 
Tabela 5 – Inventário da Mastofauna encontrada na região 
Mamíferos Nome 
Científico 
Origem Área Características 
Gambá Didelphis 
marsupialis 
Do Canadá ao 
norte da 
Argentina. 
Brasil, 
Paraguai 
AII Apresenta corpo maciço, 
pescoço grosso, focinho 
alongado e pontudo, membros 
curtos e cauda preênsil, 
bastante grossa, redonda e 
afilada, só peluda na base, 
tendo pequenas escamas 
revestindo a parte restante. 
 
Morcego Noctilio 
leporinus 
Presente em 
todas as partes 
do mundo 
AII Os morcegos têm a dieta mais 
variada entre os mamíferos, 
pois podem comer frutos, 
sementes, folhas, néctar, pólen, 
artrópodes, pequenos 
vertebrados, peixes e sangue. 
Possui hábitos noturnos. 
Fonte: REIS, N.R. et all. (2011). 
 
Tabela 6 - Inventário da Avifauna encontrada na região 
Aves Nome 
Científico 
Origem Área Características 
Quero- 
Quero 
Vanellus 
chilensis 
América do Sul AID e AII Prefere viver em campos, praias 
arenosas, brejos, mangues e 
várzeas úmidas, onde 
predominantemente a vegetação 
é rasteira, tolerando habitats 
degradados e a presença 
humana. 
Urubu Cathartes 
aura 
Sul do Canadá 
até a América do 
Sul 
AII e AID Seu habitat natural são brejos, 
cambarazal, campos naturais,cerradão, cerrado, mata ciliar, 
bordas de mata, mata seca, rios, 
corixos e baías. 
Pomba Columba 
livia 
Brasil AID e AII As pombas domésticas medem 
aproximadamente 30 
centímetros e podem ser 
brancas, pintadas, preto 
avermelhadas ou acinzentadas. 
Alimentam-se de sementes. 
Constroem seus ninhos em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9ctar
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3len
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3len
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artr%C3%B3pode
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vertebrado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
 
locais protegidos contra chuvas e 
ventos fortes. 
Pardal Passer 
domesticus 
É atualmente a 
espécie de ave 
com maior 
distribuição 
geográfica no 
mundo 
AID e AII Pássaros desta espécie são 
encontrados em habitats abertos, 
sendo geralmente em qualquer 
parte da zona urbana, tanto em 
grandes metrópoles como em 
lugarejos. 
Bem-Ti-
Vi 
Pitangus 
sulphuratus 
América do Sul 
e Central 
AID e AII Os bem-te-vis apresentam asas 
regulares, arredondadas e cauda 
alongada. O bem-te-vi come de 
tudo desde frutas e flores até 
insetos e ovos de passarinhos. 
Coruja Athene 
cunicularia 
São encontradas 
em todos os 
continentes, com 
exceção da 
Antártida. 
AII Tem voô suave e silencioso. Ela 
tem que virar a pescoço, pois 
seus grandes olhos estão 
dispostos lado a lado num 
mesmo plano. Essa disposição 
frontal proporciona à coruja uma 
visão binocular (enxerga um 
objeto com ambos os olhos e ao 
mesmo tempo). 
Rolinha- 
Cinzenta 
Columbina 
passerina 
É encontrada em 
Aruba, 
Bermuda, no Sul 
dos EUA, 
México e 
Caribes, também 
é encontrada no 
Brasil. 
AID e AII Mede entre 15,5 e 18 
centímetros de comprimento e 
pesa entre 22 e 50 gramas. É 
uma das menores espécies de 
columbídeos das Américas e está 
entre as menores da família. 
http://www.infoescola.com/geografia/antartica-antartida/
 
Gavião Buteo 
brachyurus 
É encontrado 
desde o sul dos 
Estados Unidos 
e México até a 
Argentina e 
Paraguai, e em 
todo o Brasil. 
AII e AID Mede cerca de 35 a 45 
centímetros de comprimento, 
sendo as fêmeas maiores que os 
machos. O padrão e quantidade 
de barras em sua cauda é 
variável nas aves da Flórida - 
EUA, especialmente em 
imaturos, e existem evidências 
de que o mesmo possa ocorrer 
no Brasil. 
Fonte: MATOS (2011) / Wikiaves (2019). 
 
Tabela 7 - Inventário da Herpetofauna encontrada na região 
Répteis e 
Anfíbios 
Nome 
Científico 
Origem Área Características 
 Lagarto Tropidurus 
torquatus 
Todo o Brasil. 
Também ocorre 
na Venezuela, 
Paraguai, 
Colômbia, 
Guiana Francesa, 
Guiana, 
Suriname, 
Bolívia e 
Argentina. 
ADA 
e AID 
Lagarto com hábitos diurnos e 
terrestres, mas também sobe em 
árvores com grande velocidade e 
agilidade. 
É uma espécie territorialista e 
intimida outros da mesma espécie 
com movimentos da cabeça, para 
cima e para baixo. Correm 
rapidamente para buracos quando 
ameaçados e também sobem 
facilmente em pedras, muros e 
paredes. São muito ativos nas horas 
mais quentes do dia 
Sapo Rhinella 
icterica 
Em quase todo o 
Brasil e também 
na Argentina e 
AII Tem hábitos noturnos e terrícolas. 
Possuem grandes glândulas 
paratóides com toxinas, localizadas 
 
Paraguai. na cabeça atrás dos olhos. O veneno 
dessas glândulas é expelido através 
de ação mecânica. 
Essa espécie se adapta bem nos 
mais variados ambientes, como 
campos abertos, florestas e áreas 
antropizadas. 
Fonte: BÉRNILS, 2010. 
 
Figura 24 - Um dos animais encontrados na AID (lagarto - Tropidurus torquatus)
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
Área de Influência Direta 2 
Quanto a Área de Influência Direta da área locacional 2, o estudo baseou-se em dados 
primários, assim como, em dados secundários. Levando em consideração a fisionomia vegetal 
do município relacionada aos biomas da região e o histórico de uso e ocupação local. 
Foi encontrado, majoritariamente, na Área de Influência Direta espécies de aves, uma 
vez que a área locacional 2 já passou por processos de aterro e nivelamento, com remoção e 
movimentação de terra, o que afugenta alguns tipos de animais como, por exemplo, mamíferos 
e anfíbios, animais que geralmente buscam abrigo fixo. 
 
Os mamíferos, as aves e os répteis e anfíbios da área locacional 2 são praticamente os 
mesmos da área locacional 1, possuindo então características semelhantes ou iguais. Sendo que 
a única diferença em relação a quais animais foram encontrados nas alternativas locacionais é 
que na Área de Influência Direta da área locacional 2 encontrou-se um tipo de ave doméstica, 
galinha (Gallus gallus domesticus), ave que tem bico pequeno, pernas escamosas e asas curtas 
e largas, assim como, crista carnuda. Elas cacarejam, são animais ovíparos e podem chegar até 
80 cm de altura. 
 
5.3 Meio Socioeconômico 
 
a) População e Dinâmica Populacional 
 
Área de Influência Indireta e Área de Influência Direta 1 e 2. 
Tanto a Área de Influência Direta como a Indireta, possuem os mesmos dados sobre 
população. 
Para análises populacionais, utilizou-se de dados secundários do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), que estima que a população de Presidente Prudente em 2019 é 
de um total de 228.743 pessoas, isto seguindo a data de referência de 1º de julho. Quando 
comparado a outros municípios, no âmbito nacional a cidade ocupa a 126° posição em relação 
a município com maior número de habitantes. No âmbito estadual, a cidade ocupa a 36º posição 
e na esfera de microrregião o município encontra-se em 1º lugar. 
Esses dados do IBGE são importantes, pois o Tribunal de Contas da União (TCU) 
utiliza desses critérios populacionais para realizar o cálculo do Fundo de Participação de 
Estados e Municípios para observar se eles são referência para vários indicadores sociais, 
econômicos e demográficos. 
Processos matemáticos utilizando métodos demográficos são realizados para se chegar 
aos números. Esses processos se baseiam na projeção da população estadual e na tendência de 
crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos 
Censos Demográficos (2000 e 2010). 
Dentre os dados levantados pelo IBGE, deve-se ressaltar os sobre renda da população 
do município, pois dados como esse auxiliam nos cálculos de determinação do grau de 
desigualdade social da cidade e quantos por cento da população está em empregos formais. 
Informações como essas apontam o bom desenvolvimento ou não da cidade na esfera social. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Asa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crista
 
A estimativa feita pelo IBGE, em porcentagem, de trabalhadores formais em relação à 
população como um todo de Presidente Prudente para 2019 é de cerca de 34%. O salário médio 
mensal dos trabalhadores formais da cidade é de 2,6 salários mínimos, ficando em 421° lugar 
quando comparada sua renda com outros municípios no âmbito nacional, na esfera estadual 
encontra-se na 153° posição e no campo da microrregião ocupa o 1º lugar. 
Outros dados que são gerados pelo IBGE é sobre a distribuição numérica da população 
urbana e da rural, informações importante para analisar o êxodo dos cidadãos rurais para as 
áreas urbanas. Essa saída das pessoas do campo para as cidades fica denotada na figura abaixo, 
pois mesmo que a população rural cresça em número tal como a urbana, ela não tem um 
aumento em porcentagem como a população urbana possui. 
 
Tabela 8 - População Urbana e Total de Presidente Prudente em 2000 e 2010 
População População 
(2000) 
% do Total 
(2000) 
População 
(2010) 
% do Total 
(2010) 
População Urbana 185.229 97,91 % 203.375 97,96 % 
População total 189.186 100,00 % 207.610 100,00 % 
Fonte: Atlasde Desenvolvimento Humano, 2010. 
 
b) Serviços Públicos 
 
Área de Influência Indireta 
Toda a área de influência indireta possui abastecimento de água e coleta e tratamento 
de esgoto realizada pela Sabesp, que realiza o serviço em Presidente Prudente desde 1978. 
A cidade é abastecida por dois sistemas: uma estação de tratamento e sete poços 
profundos, com capacidade de 814,2 litros por segundo. Toda água que chega à estação de 
tratamento vem majoritariamente do Rio do Peixe, mas também vem do Rio Santo Anastácio 
e quando necessário (em períodos de seca) do Balneário da Amizade. O esgoto é processado 
na Estação de Tratamento Esgoto de Presidente Prudente com capacidade de 499,7 litros por 
segundo. No município é feita a coleta de 99,4% de esgoto gerado que posteriormente, é 100% 
tratado. (Sabesp, 2019) 
O município também conta com serviço de saúde pública, com um Hospital Regional 
para atendimento de emergência, além de uma série de Unidades de Saúde, dentre elas 12 
 
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). (Governo 
de Presidente Prudente, 2019). 
 
Área de Influências Direta 1 
A área de influência direta conta com uma proximidade de unidades de saúde pelo SUS. 
Se situa a 1,1 quilômetros do HR, hospital regional, para atendimento emergencial e a 3,2 
quilômetros de distância, se localiza uma Unidade Básica de Saúde, a UBS Cohab, tornando a 
área de fácil acesso a serviços de saúde. As figuras a seguir demonstram os trajetos realizados 
para chegar no HR e da UBS Cohab: 
 
Figura 25 - Trajeto da Área 1 até o Hospital Regional
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Figura 26 - Trajeto da Área 1 até o UBS Cohab
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Área de Influência Direta 2 
Como a localização da Área 2 se situa próxima à Área 1, utiliza-se os mesmos dados 
secundários utilizados na Área 1. O município possui tratamento de água e coleta e tratamento 
de esgoto realizados pela Sabesp. 
 O município também conta com serviço de saúde pública, com um Hospital Regional 
para atendimento de emergência, além de 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas 
Unidades de Pronto Atendimento (UPA). (Governo de Presidente Prudente, 2019). 
 A área de influência direta conta com uma proximidade de unidades de saúde pelo SUS. 
Se situa a 2,9 quilômetros do HR, hospital regional, para atendimento emergencial e a 1.7 
quilômetros de distância, se localiza uma Unidade Básica de Saúde, a UBS II Parque Cedral 
Dr Italo Honório Cerávolo. As imagens a seguir representam a distância e trajeto da área ao 
HR e à UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo: 
 
Figura 27 - Trajeto da Área 2 até o Hospital Regional
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Figura 28 - Trajeto da Área 2 até a UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
 
c) Uso/Ocupação Atual da Terra 
 
Área de Influência Indireta 
De acordo com o sistema de classificação da cobertura e uso da terra, contido no Manual 
Técnico de Uso da Terra, pelo IBGE, a área de influência indireta se enquadra na classe de 
Área Antrópica Não Agrícola, subclasse Áreas Urbanizadas, que compreendem áreas de uso 
intensivo, estruturadas por edificações e sistema viário, onde predominam as superfícies 
artificiais não agrícolas (CENSO DEMOGRÁFICO 2010, 2011), e na unidade Cidades, que 
contêm centro populacional permanente, altamente organizado, com funções urbanas e 
políticas próprias (MANUAL TÉCNICO DE USO DA TERRA, IBGE). 
 
Tabela 9 - Sistema de classificação da cobertura e uso da terra
 
Fonte: IBGE, 2013. 
 
Assim, o uso e ocupação do solo do município de Presidente Prudente é representado 
pela Figura 29. 
 
 
Figura 29 - Uso e Cobertura da Terra 2013
Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 
 
Pode-se observar a predominância de área urbana no perímetro urbano, seguida de 
cobertura herbácea e/ou arbustiva com algumas porções de solo exposto. 
 
Área de Influência Direta 1 
A Área de Influência Direta possui parte de solo exposto, apresenta, 
predominantemente, gramíneas e também fragmentos de vegetação, como é possível observar 
na figura 30 (vegetação). 
 
 
Figura 30 - Ocupação do Solo na área 1
Fonte: Autores, 2019. 
 
Área de Influência Direta 2 
 A área de influência direta possui majoritariamente solo exposto, apresentando também 
gramíneas e poucos fragmentos de vegetação, como é possível observar na figura a seguir 
(figura 33). Nela não é realizada nenhuma atividade atualmente. 
 
Figura 31 - Uso e Ocupação do solo
 
Fonte: Imagem do autor, 2019. 
 
d) Atividades Econômicas 
 
Área de Influência Direta 1 
As atividades econômicas da área 1 são movimentadas, pois se trata de uma região do 
município com suas atividades econômicas do setor terciário bem desenvolvidas e 
estabelecidas. Além disso, é uma região universitária, uma vez que se encontra entre duas 
universidades importantes para o município, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a 
Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), campus 1, o que torna a região atrativa e com 
muito potencial econômico, com caráter residencial, universitário e comercial, isso porque a 
área 1 também fica a cerca de 350 metros da Rua Padre João Goetz, onde há a maior 
movimentação econômica e comercial do bairro. 
 Além disso, a área escolhida fica a cerca de 1,7 km do Parque do Povo, principal ponto 
de referência do município, é considerada uma das áreas mais valorizadas da cidade de 
Presidente Prudente, que hoje conta com pistas de skate, piscinas, conjuntos desportivos, 
ciclovias, pistas de cooper, campo de futebol society, lanchonetes e playground, e se estende 
desde a Avenida Manoel Goulart até a Avenida Brasil (principal avenida comercial, dando 
acesso ao centro de Prudente e ao camelô). Na imagem a seguir, figura 32, é possível visualizar 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Skate
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piscina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclovia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cooper
https://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_society
 
a rota entre as universidades mencionadas e o Parque do Povo à leste da área. 
 
Figura 32 - Rota entre a área e as universidades locais
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Com relação ao comércio local, na região do lote 1 são encontradas escolas de inglês, 
de natação, conveniências, creches, mercados, colégios, padarias, lanchonetes, postos de 
gasolina, hospitais, delegacia, condomínios, restaurantes, igreja, cemitério, clubes de futebol, 
biblioteca, farmácias, entre outros estabelecimentos, o que é visualizado nas figuras 33 e 34, a 
seguir, a partir dos mapas, onde é possível se localizar pelo pino vermelho, que representa a 
localização da área escolhida. 
 
Figura 33 - Comércio local área 1
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Figura 34 - Comércio local área 1
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Área de Influência Direta 2 
A área 2, sendo próxima da área 1 (cerca de 1,8 km de distância entre as duas), possui 
atividades econômicas semelhantes da primeira estudada, uma vez que também se trata de uma 
região que possui o setor terciário bem desenvolvido e estabelecido, e também se encontra 
relativamente perto da mesmas universidades (um pouco mais longe que a área anterior), a 
 
Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). 
Além disso, a segunda área escolhida fica a cerca de 3,2 km do Parque do Povo, ponto de 
referência municipal, como já foi mencionado anteriormente nesse documento. 
 Com relação ao comércio local, na região do lote 2 são encontradas lojas variadas, auto 
peças, lojas automotivas, postos de gasolina, cervejarias e botecos, lojas de móveis, informática 
e celulares, de sementes, salões, marmorarias, restaurantes, armazéns, condomínios, entre 
outros, o que é visualizado nas figuras 35 e 36, a seguir, a partir dos mapas, onde é possível se 
localizar pelopino vermelho, que representa a localização da área escolhida. 
 
Figura 35 - Comércio local área 2
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Figura 36 - Comércio local área 2
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
 A região se apresenta menos residencial, com um comércio mais típico de proximidades 
com rodovias, uma vez que a área escolhida se encontra a cerca de 2,4km da Rodovia Raposo 
Tavares (à carro, contabilizando o retorno), denominada SP-270, do estado de São Paulo, que 
se inicia no final da Rua Reação, no distrito do Butantã, zona oeste da capital e termina na 
divisa de estado com o Mato Grosso do Sul, no município de Presidente Epitácio. É uma das 
principais rodovias no entorno de Presidente Prudente, visto que atravessa o estado, e portanto, 
é também um ponto de referência importante para a área 2 escolhida. 
 
 
6 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
6.1 Alterações no Meio Físico 
 
a) Ar 
 
6.1.1 Aumento das partículas em suspensão 
Durante a fase de implantação do Condomínio, instalação de infraestruturas e obras 
civis, poderá ser gerado poeira, aumentando a taxa de partículas em suspensão na localidade 
de implantação do Condomínio Residencial. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Butant%C3%A3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Oeste_de_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_Epit%C3%A1cio
 
 
6.1.2 Alteração do ambiente sonoro 
Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá uma perturbação 
sonora ao meio ambiente, pois haverá intensa movimentação de maquinário, como também a 
circulação de pessoas quando o Condomínio estiver em pleno funcionamento. Portanto, o 
aumento dos ruídos pode afugentar espécies animais nativas da região. A produção de ruídos 
pode afetar nos aspectos reprodutivos de determinadas espécies, principalmente de aves, que 
utilizam vocalizações como parte fundamental de sua corte. 
 
6.1.3 Alteração da qualidade do ar (local) 
Durante a fase de implantação do Condomínio residencial poderão ser gerados 
poluentes decorrente do uso de maquinário, como por exemplo a emissão de material 
particulado no canteiro de obras. 
 
6.1.4 Geração de poluentes atmosféricos 
Durante a fase de implantação do Condomínio, poderão ser gerados poluentes 
atmosféricos. Demolição, movimentação de terra, serviços de corte, raspagem, lixamento, 
perfuração, quebra, são as principais atividades que geram partículas. Além disso, 
movimentação e armazenamento de materiais pulverulentos (agregados, aglomerantes, 
argamassas, resíduos), também são fontes emissoras de partículas. 
 
b) Água 
 
 6.1.6 Alteração da qualidade da água superficial 
Durante a fase de implantação do Condomínio poderão ser gerados resíduos e demais 
materiais, os quais poderão ser carreados gerando alteração da qualidade da água superficial. 
 
 6.1.7 Assoreamento do corpo hídrico 
Durante a fase de implantação do Condomínio serão gerados materiais decorrentes da 
instalação de infraestruturas e obras civis, consequentemente esses materiais poderão ser 
carreados para o corpo d’água mais próximo, aumentando assim a possibilidade de 
assoreamento do corpo hídrico. 
 
 
 
 6.1.8 Poluição por efluentes líquidos/resíduos sólidos 
 Durante a fase de operação, o uso do Condomínio Residencial resultará em poluição 
por efluentes líquidos e resíduos sólidos. Consequentemente, tais materiais poderão ser 
prejudiciais para o meio ambiente. 
 
c) Solo 
 
 6.1.9 Contaminação do solo 
Durante as fases de implantação e operação do empreendimento poderão ocorrer 
vazamentos de fluidos de equipamentos durante a construção da obra. 
 
 6.2.0 Impermeabilização do solo 
 Processo ocorre pela compactação do solo por máquinas, equipamentos e pessoas, 
gerando a diminuição do arraste das partículas do solo. 
 
 6.2.1 Inicialização de Processos erosivos 
Durante a fase de implantação, após a retirada da cobertura vegetal da área de influência 
direta do Condomínio, o solo ficará descoberto, consequentemente havendo a possibilidade da 
existência de processos erosivos. 
 
 6.2.2 Alteração da estrutura e uso do solo 
 Durante a fase de implantação do Condomínio, ou seja, terraplanagem, instalação de 
infraestruturas e obras civis, o solo será modificado estruturalmente, ocasionando prejuízos 
para a biota. 
 
d) Geomorfologia/Geologia 
 
6.2.3 Alteração do relevo 
Durante a fase de implantação ocorrerá o processo de terraplanagem, gerando a 
modificação do relevo. Consequentemente, visto que a área de influência direta do Condomínio 
encontra-se em uma área de vertente e topo de colina, poderão ser desencadeados alguns 
impactos ambientais urbanos, como por exemplo erosões, assoreamento, movimento de massa. 
 
 
 
6.2 Alterações no Meio Biótico 
 
 a) Flora 
 
6.2.1 Diminuição da cobertura vegetal 
A área de implantação do Condomínio Residencial possui espécies vegetais, 
consequentemente, para a instalação do empreendimento as mesmas serão retiradas, havendo 
uma diminuição da cobertura vegetal na área de influência direta. 
 
6.2.2 Alteração na paisagem (ambiente) 
As atividades de supressão de vegetação e a realização dos serviços de terraplenagem 
incorrem em uma modificação da paisagem local. Serão introduzidos novos elementos 
edificados na paisagem, o que resultará na transformação radical do caráter rural atualmente 
predominante. 
 
b) Fauna 
 
6.2.3 Afugentamento e possibilidade de mortalidade de fauna 
Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, 
movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem provocar a mortalidade da 
fauna na área de influência direta do Condomínio, bem como provocar o afugentamento da 
fauna. 
 
6.2.4 Dispersão de espécies 
Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, 
movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem induzir a dispersão de 
espécies existentes na área de influência direta do Condomínio. 
 
6.2.5 Destruição e redução de habitats 
Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, 
movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem potencializar os impactos de 
fragmentação de habitats iniciado na área no passado. 
 
 
 
6.2.6 Destruição de ninhos de reprodução e alimentação de aves 
Durante a fase de implantação do Condomínio, ações como a supressão de vegetação 
existente na área, bem como a instalação de infraestruturas e obras civis podem provocar a 
destruição de ninhos de reprodução e alimentação de aves. 
 
 
6.3 Alterações no Meio Antrópico 
 
6.3.1 Criação de expectativas e inquietação junto à população 
Durante a fase de planejamento do empreendimento, a divulgação da instalação do 
Condomínio no local gerará expectativas e inquietação junto à população. 
 
6.3.2 Aumento da taxa de emprego 
Durante a fase de implantação do empreendimento, serão contratada mão de obra para 
a instalação do Condomínio no local, assim serão gerados empregos diretos e indiretos gerados 
são de caráter predominantemente temporário. 
 
6.3.3 Aumento da oferta habitacional 
O Condomínio em questão é destinado para o público de baixa e média renda, assim, 
considerando que o mesmo se localizará dentro da área urbana de Presidente Prudente haverá 
o aumento da oferta habitacional, podendo ter consequências no aumento na demanda por 
serviços de educação e saúde no local. 
 
6.3.4 Aumento da arrecadação tributária 
A implantação do empreendimento aumentará a arrecadação de impostos em função da 
aquisição de materiais e prestação de serviços. Esse impacto tem o caráter negativo e potencial 
gerado pela possibilidade de aumento do IPTU das residências do entorno pela valorização 
imobiliária, porém este impacto torna-se positivo no caso do municípioaplicar essa 
arrecadação em melhoria na infraestrutura e serviços públicos ao entorno. Assim, considerou-
se como impacto positivo. 
 
6.3.5 Alteração da paisagem e uso e ocupação da terra 
A construção de uma edificação na localidade, assim como a supressão da vegetação 
gerará alteração na paisagem e nas características cênicas do local de implantação, bem como 
 
no uso e ocupação da terra, caracterizando-se como um impacto de caráter negativo. 
 
6.3.6 Alteração da qualidade de vida 
A construção do Condomínio Residencial Villa Bella proporcionará a moradia para a 
população de baixa e média renda, consequentemente, geração melhoria da qualidade de vida. 
 
6.3.7 Aumento da demanda por serviços e equipamentos de educação e saúde 
A construção do Condomínio Residencial Villa Bella acarretará no aumento da 
demanda por serviços de saúde e educação no local/bairro de implantação do Condomínio, 
considerando a quantidade de pessoas que serão realocadas para a área. 
 
 
6.4 Ponderação dos Impactos Ambientais 
 
Após a identificação dos impactos ambientais, de acordo com a Resolução CONAMA 
Nº 001/86, que define como impacto ambiental “qualquer alteração das propriedades físicas, 
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia 
resultante das atividades humanas”. Há a necessidade de investigar-se os impactos ambientais, 
considerando-se as três fases do processo de licenciamento ambiental: implantação, operação 
e desativação. Para isso foi feita a escolha de critérios para caracterizá-los. Os critérios 
escolhidos estão na Tabela 8. 
 
Tabela 10 - Critérios escolhidos para a caracterização dos impactos ambientais
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
 
Como observado na Tabela 9, para cada um dos critérios selecionados para a 
caracterização dos impactos foi estabelecido pesos. Em relação a magnitude, a mesma foi 
dividida em pequena, média e grande, a qual foi caracterizada como peso 4 (Tabela 9). 
 
Tabela 11 - Escala de significância 
Escala de Significância (Importância) 
Pequena = 0 a 12 
Média = 13 a 23 
Grande = 24 a 30 
Fonte: Autores, 2019. 
 
Dessa forma, a importância de cada impacto foi calculada com base na soma ponderada 
dos critérios de categoria (positivo e negativo), duração (temporário e permanente), prazo 
(imediato, médio prazo e longo prazo), reversibilidade (reversível e irreversível), como 
também a magnitude (pequena, média e grande). 
 Em seguida, cada impacto foi caracterizado e depois ponderado de acordo com os 
pesos dados. Ao final, obteve-se a Matriz de Leopold adaptada (Apêndice A, B, C e D). 
Dessa forma, os resultados das matrizes elaboradas nesse estudo podem ser observados 
nos Gráficos 1, 2, 3, 4 e 5. A partir disso, foi possível tirar conclusões sobre a viabilidade de 
instalação do empreendimento. 
 
 
Gráfico 1 - Totalidade de impactos identificados por fase do empreendimento
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
Gráfico 2 - Totalidade de impactos identificados no Meio Biótico, Físico e Socioeconômico
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
 
Gráfico 3 - Impactos negativos e positivos identificados
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
Gráfico 4 - Relação entre impactos negativos
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
 
Gráfico 5 - Relação entre os impactos positivos identificados 
 
Fonte: Autores, 2019. 
 
 
7 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS 
 
 As medidas mitigadoras e compensatórias são realizadas a fim de reduzir ou eliminar 
os impactos causados pelo empreendimento. As medidas mitigadoras são preferíveis às 
compensatórias, já que as mitigadoras evitam que um impacto negativo ocorra, já as 
compensatórias são utilizadas para reduzir os impactos considerados irreversíveis, 
compensando-os com outras ações. 
 No meio biótico, para que sejam evitados os impactos, serão realizadas as seguintes 
medidas mitigadoras e compensatórias: reflorestamento compensatório, redução da área de 
desmatamento (mantendo áreas verdes), barreiras vegetais, execução de programa de 
recomposição paisagística, exigência de áreas não pavimentadas em cada propriedade do 
condomínio. Tais medidas diminuirão a retirada de mata nativa, mantendo parte da fauna já 
existente e compensando com reflorestamento a vegetação que for retirada, além disso, 
mantendo a estética da região com um projeto de paisagismo. 
 No meio físico, medidas mitigadoras e compensatórias podem ser divididas em ar, terra 
e água. No ar, as medidas a serem tomadas são: barreiras físicas para contenção do som e das 
 
partículas em suspensão, regulagem e manutenção de máquinas e equipamentos para que 
emitam o mínimo de gases e compensação da emissão de gases por meio do reflorestamento 
de áreas próximas ao local, principalmente próximas ao corpo d’água. 
Quanto ao solo, deve-se realizar a instalação de canais de drenagem em áreas mais 
impermeabilizadas, revegetação de taludes, evitar concentração de fluxos de escoamento 
superficial, bacias de retenção temporária de águas superficiais, criação de área específica e de 
acordo com as normas para armazenamento de materiais perigosos, plano de gerenciamento de 
resíduos sólidos, redução da área de desmatamento, mantendo áreas verdes e evitando que uma 
maior área seja impermeabilizada. As medidas mitigadoras referente ao solo evitam a 
contaminação do solo, processos erosivos e, consequentemente, são referentes ao lençol 
freático, pois evitando a contaminação do solo, diminui as chances de contaminação do lençol 
freático. Além disso, evitar que diminua a infiltração no solo é favorável para que se mantenha 
um bom volume de água no lençol freático. 
Já para reduzir os impactos sobre a qualidade da água, deve-se, primeiramente evitar a 
contaminação do solo, assim os contaminantes não chegam ao lençol freático. Deve-se realizar 
a gestão dos efluentes gerados durante a instalação e operação para que não corra o risco de 
chegar ao corpo d’água mais próximo e, também, recuperar a bacia de drenagem, com ações 
de recomposição da vegetação nas áreas desmatadas próximas a bacia do local, evitando o 
assoreamento do corpo hídrico. 
 No meio socioeconômico, a grande maioria dos impactos são positivos, por isso não 
serão necessárias muitas medidas mitigadoras. Para compensar a alteração da paisagem deve-
se realizar um projeto de paisagismo a fim de melhorar a estética da área. Para compensar o 
aumento da demanda de transporte público e de manutenção de vias de acesso deve-se realizar 
campanhas de divulgação das leis e educação no trânsito. Implantação de sinalização horizontal 
e vertical de alerta e de controle. Além disso, há o aumento dos níveis de ruído e incômodos à 
vizinhança, o que é compensado pelo seu monitoramento. 
 
 
9 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO 
 
Define-se como monitoramento ambiental o processo de coleta de dados, estudo e 
acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, visando identificar e avaliar 
qualitativa e quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado 
momento, assim como as variações temporais. Logo buscou-se propor medidas a fim de se 
 
evitar e/ou minimizar os impactos negativos e maximizar os positivos, além de ações de 
acompanhamento da evolução da qualidade ambiental que permitam adoções de medidas 
complementares de controle sempre que necessário. Em casos de impactos ambientais não 
mitigáveis foram propostas medidas compensatórias. 
Os Planos e Programas de Controle e Monitoramento Ambiental (PCMA) são um 
norteador das ações mitigadoras contidas nos projetos executivos de minimização dos impactos 
ambientais avaliados no EIA/RIMA na fase de Licenciamento Prévio. Os programas de 
controle e monitoramento ambientais propostos para o empreendimento estão discriminados a 
seguir. 
 
Tabela 12 – Programas de Monitoramento 
Programa de Controle de Erosão e Assoreamento 
Objetivo 
Minimizar a ocorrência de movimentação de massa e perda

Continue navegando