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ESTUDO AMBIENTAL DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VILLA BELLA EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP ADRIELLE FLORES POLI ALANA FERREIRA MARTINS PESSIN ANA CAROLINA CAMPOZANO ANA CAROLINA FONTANETTI PINTO ANA LUISA PELOSI DE SOUZA Presidente Prudente - SP Dezembro de 2019 ESTUDO AMBIENTAL DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VILLA BELLA EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP Relatório apresentado à Professora Renata Ribeiro Araújo como exigência para obtenção da nota parcial da disciplina de Estudo de Impacto Ambiental do curso de Engenharia Ambiental da FCT Unesp. Presidente Prudente – SP Dezembro de 2019 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Planta do Condomínio Residencial Villa Velha Figura 2 - Alternativa locacional 1 Figura 3 - Alternativa locacional 2 Figura 4 - Área de influência indireta Figura 5 – Temperatura média (ºC) Figura 6 – Umidade relativa (%) Figura 7 – Precipitação acumulada (mm) Figura 8 - Principais classes de solos no perímetro urbano de Presidente Prudente Figura 9 - Tipo de solo e foco erosivo da área de influência direta da alternativa locacional 1 Figura 10 - Área de influência direta da alternativa locacional 2 Figura 11 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente Figura 12 - Vista da área de influência direta da alternativa locacional 1 Figura 13 - Mapa geomorfológico semidetalhado ampliado de Presidente Prudente Figura 14 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente-SP ampliado Figura 15 - UGRHI 21 e 22 município de Presidente Prudente/SP Figura 16 - Área de influência direta da alternativa locacional 1, referente à bacia do Córrego do Limoeiro, Presidente Prudente/SP Figura 17 - Recorte do Córrego do Limoeiro em Presidente Prudente/SP Figura 18 - Localização da área locacional 2 na Bacia do Córrego do Limoeiro Figura 19 - Área de influência indireta (município), vegetação predomina uma formação arbórea esparsa Figura 20 - Vegetação encontrada na área de influência direta (área 1) Figura 21 - Plantas encontradas na AID (Jaqueira, Mangueira, Jatobá e Cajueiro) Figura 22 - Plantas encontradas na AID (Grama-batatais, Oiti, Aroeira salsa e Ipê-Amarelo) Figura 23 - AID da área locacional 2 (predominância de solo exposto) Figura 24 - Um dos animais encontrados na AID (lagarto - Tropidurus torquatus) Figura 25 - Trajeto da Área 1 até o Hospital Regional Figura 26 - Trajeto da Área 1 até o UBS Cohab Figura 27 - Trajeto da Área 2 até o Hospital Regional Figura 28 - Trajeto da Área 2 até a UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo Figura 29 - Uso e Cobertura da Terra 2013 Figura 30 - Ocupação do Solo na área 1 Figura 31 - Uso e Ocupação do solo Figura 32 - Rota entre a área e as universidades locais Figura 33 - Comércio local área 1 Figura 34 - Comércio local área 1 Figura 35 - Comércio local área 2 Figura 36 - Comércio local área 2 LISTA DE TABELAS E GÁFICOS Tabela 1 – Identificação do Empreendedor Tabela 2 – Identificação da Consultoria Tabela 3 - Inventário da flora da Área de influência direta (AID) Tabela 4 - Inventário da flora (Área locacional 2) Tabela 5 – Inventário da Mastofauna encontrada na região Tabela 6 - Inventário da Avifauna encontrada na região Tabela 7 - Inventário da Herpetofauna encontrada na região Tabela 8 - População Urbana e Total de Presidente Prudente em 2000 e 2010 Tabela 9 - Sistema de classificação da cobertura e uso da terra Tabela 10 - Critérios escolhidos para a caracterização dos impactos ambientais Tabela 11 - Escala de significância Tabela 12 - Programas de Monitoramento Gráfico 1 - Totalidade de impactos identificados por fase do empreendimento Gráfico 2 - Totalidade de impactos identificados no Meio Biótico, Físico e Socioeconômico Gráfico 3 - Impactos negativos e positivos identificados Gráfico 4 - Relação entre impactos negativos Gráfico 5 - Relação entre os impactos positivos identificados SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 7 2.1 Identificação do empreendedor 7 2.2 Identificação da Empresa Consultora responsável pela elaboração do EA 7 3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 8 3.1 Descrição do Empreendimento 8 3.2 Objetivos e Justificativas do Projeto 11 3.3 Legislação pertinente 11 4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 15 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 16 5.1 Meio Físico 17 5.2 Meio Biótico 29 5.3 Meio Socioeconômico 44 6 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 56 6.1 Alterações no Meio Físico 56 6.2 Alterações no Meio Biótico 59 6.3 Alterações no Meio Antrópico 60 7 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS 65 9 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO 66 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 72 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 73 1 INTRODUÇÃO O presente Estudo Ambiental visa auxiliar na análise de viabilidade técnica-ambiental pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) do condomínio residencial Villa Bella, a ser implantado no município de Presidente Prudente (SP). O empreendimento denominado Condomínio Residencial Villa Bella propõe-se a atender à crescente demanda por moradia na região de Presidente Prudente, com foco prioritário na população de baixa renda e que dispõe de rendimento familiar até 4 salários mínimos, apoiando assim o aumento de habitações de interesse social. 2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 2.1 Identificação do empreendedor Tabela 1 – Identificação do Empreendedor Nome/Razão Social TAUBATÉ CONSTRUTORA LTDA CNPJ 19.065.297/0003-87 Endereço RUA FLORIANO BORGES, 450 Representante legal/Telefone JOÃO OLIVEIRA / (18) 3221 - 0987 2.2 Identificação da Empresa Consultora responsável pela elaboração do EA Tabela 2 – Identificação da Consultoria Nome POLICAMPOS CONSULTORIA AMBIENTAL LTDA CNPJ 19.066.287/0003-90 Endereço RUA ROGE MARIANO, 220 Responsável geral/Telefone ENG. ANA FONTANETTI / (11) 99699 - 0000 3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 3.1 Descrição do Empreendimento O empreendimento em questão consiste no Condomínio Residencial Villa Bella localizado no município de Presidente Prudente - SP (Figura 1), compreendendo um empreendimento de interesse social, o que significa que será composto por habitações destinadas à população de Classe E e D, ou seja, famílias que recebem até 4 salários mínimos (IBGE, 2016). O Condomínio Residencial Villa Bella possuíra uma área de 4.624 m² e possuirá de espaços internos de lazer. Figura 1 - Planta do Condomínio Residencial Villa Velha Fonte: Mampei Funada Se tratando-se de alternativas locacionais, o Condomínio Residencial Villa Bella terá a possibilidade de implantação em duas áreas em Presidente Prudente, estas sendo: Área 1 - R. José Bortoleto - Uep2-S.2, Pres. Prudente - SP, 19061-160, coordenadas -22.131466; - 51.411685 (Figura 2), tendo um córrego mais próximo à 278,48 m, e estando perto de restaurantes, mercados, hospitais e colégios. Figura 2 - Alternativa locacional 1 Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. Área 2 - Rua José Petrin, Parque das Cerejeiras, Pres. Prudente - SP, 19061-340, tendo como coordenadas: -22.130444; -51.419615 (Figura 3), o corpo d’água mais próximo fica a 163,83 m. Figura 3 - Alternativa locacional 2 Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. As áreas de alternativa locacional possuem fácil acesso. Para a área 1, partindo-se do município de São Paulo, o acesso ao empreendimento é realizado por meio da via BR-374, depois, pega-se a saída 567 e segue-se na Avenida Joaquim Constantino, depois, virando à esquerda na Rua José Bortoleto. Para chegar na área 2, o mesmo é feito,entretanto, segue-se na Avenida Joaquim Constantino, depois, vira-se à esquerda na Rua José Petrin. Em Presidente Prudente, a principal via de acesso ao empreendimento na área 1 é pela Rua Padre João Goetz, já para a área 2, a principal via de acesso é pela Avenida Luiz Cesário. O projeto do empreendimento irá conter toda infraestrutura interna, compreendendo: − Terraplenagem − Sistema de abastecimento de água tratada e redes de distribuição. − Sistema de esgotamento sanitário incluindo redes coletoras, estação elevatória de esgotos e interceptor para afastamento dos esgotos até a ETE Presidente Prudente. − Rede de drenagem de águas pluviais. − Pavimentação das vias e implantação de passeios, guias e sarjetas. − Rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública. − Urbanização e paisagismo. − Acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais. − Sinalização de trânsito vertical e horizontal. O projeto será divididos da seguinte forma: planejamento, implantação e operação. A fase de planejamento consistirá na elaboração do projeto, onde será definido os custos, tamanho, localização e engenharia. Na fase de implantação será iniciado a construção do Condomínio Residencial Villa Bella, será nessa etapa que ocorrerá a supressão da vegetação e terraplenagem, além do tráfico de veículos pesados. Será construído um depósito, instalações provisórias de água, energia, lâmpadas e vasos sanitários para os funcionários. Nessa etapa haverá, principalmente, a geração de resíduos sólidos da construção civil. Por fim, na etapa de operação os proprietários já estarão residindo no Condomínio Residencial Villa Bella, nessa fase haverá o aumento na geração de resíduos sólidos urbanos e efluentes, além do aumento no consumo de água e energia. Para o correto funcionamento do empreendimento, terá manutenção nos serviços de água, esgoto, energia e também nas áreas de lazer, pavimentação e urbanismo. 3.2 Objetivos e Justificativas do Projeto O Condomínio Residencial Villa Bella tem como principal objetivo fornecer moradia para as classes E e D, que dispõe de rendimento familiar entre 0 e 4 salários mínimos, atendendo ao direito à moradia assegurado na Constituição da República, sobre a necessidade de criar medidas a fim de resolver de forma segura e ambientalmente equilibrada os problemas das ocupações desordenadas. Seguindo essa justificativa, o condomínio corresponde às necessidades e limitações da maioria da população da cidade, pois tendo como base que em 2017, segundo o IBGE, o salário médio do município de Presidente Prudente era de 2.6 salários mínimos. A evolução do mercado de trabalho no município de Presidente Prudente é também um dos fatores que justifica a instalação do empreendimento. Sob o ponto de vista socioeconômico, o condomínio gerará empregos diretos e indiretos, principalmente na fase de implantação, além da arrecadação de impostos e tributos. Outro ponto a se considerar é a pressão no uso do solo de ocupações irregulares, assim, com a construção do projeto, o mesmo contribui para a diminuição de ocupações desordenadas na região. Referente a economia, o PIB per capita de Presidente Prudente é de R$33.101,42 (IBGE, 2016) e comparando a outros municípios do estado de São Paulo, ocupa a 179º posição de 645º no total, refletindo o momento econômico favorável e que proporciona o crescimento da infraestrutura da região. Nesse sentido, o Condomínio Residencial Villa Bella contribuirá com o mercado imobiliário, gerará empregos diretos e indiretos, arrecadará mais impostos e tributos e atenderá as necessidades e limitações da população em geral do município. 3.3 Legislação pertinente Este tópico tem o objetivo de caracterizar o contexto normativo, contemplando os aspectos legais das possíveis restrições ambientais decorrentes da implantação do condomínio. Para esta caracterização serão analisadas as principais normas legais em relação a implantação do condomínio em nível federal, estadual e municipal, contendo leis e resoluções sobre: licenciamento ambiental, espécies ameaçadas de extinção, espaços especialmente protegidos, parcelamento do solo e aspectos de controle de poluição. 3.3.1 Principais normas legais pertinentes a nível federal - Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988: traz no artigo 225 que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. Em especial no inciso IV, o artigo estabelece a necessidade de apresentação de estudo prévio de impacto ambiental para atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente. - Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986: estabelece critérios básicos e diretrizes gerais para a Avaliação de Impacto Ambiental, definindo impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam ao meio ambiente em geral. - Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997: considera a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente; - Resolução CONAMA 307/02 (alterada pelas Resoluções 348/2004, 431/2011, 448/2012 e 469/2015): fornece as diretrizes para o gerenciamento dos resíduos de construção civil, considerando a necessidade de implementação dessas diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil; - Lei Federal Nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 (regulamentada pelo Decreto Nº 99.274, de 06/06/90): dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana; - Lei Federal Nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997: institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, baseada em fundamentos, como: a água é um bem de domínio público e é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico. Quando em situações de escassez, o seu uso prioritário é para o consumo humano e a dessedentação de animais, e etc; - Portaria IBAMA Nº 37-N, de 03 de Abril de 1992: reconhece as espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção as que estão presentes na Lista de Classificação Taxonômica das espécies de acordo com o Sistema Cronquist (1988). A presença de determinada espécie na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, implica que todas as suas subespécies - se existirem - estão ameaçadas; - Lei Federal N° 12.651, de 25 de maio de 2012: dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, estabelecendo normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos; - Resolução CONAMA Nº 1, de 31 de janeiro de 1994: Define vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de São Paulo. 3.3.2 Principais normas legais pertinentes a nível estadual - Lei Nº 9.509, de 20 demarço de 1997, que trata no 2° Artigo, Inciso V sobre “controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, direta ou indiretamente, possam causar degradação ao meio ambiente, adotando medidas preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes”; - Decreto Nº 8.468, de 08 de setembro de 1976: dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente, tratando sobre a ilegalidade de lançamento ou liberação de poluentes nas águas, no ar ou no solo, assim como, aborda acerca de qual o enquadramento das classes dos rios pelos seus usos e etc; - Lei Estadual N° 7.663, de 30 de dezembro de 1991: Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Esta Lei determina que a implantação de projetos que demandem a utilização dos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos e/ou a execução de obras e serviços que alterem seu regime, qualidade ou quantidade deverão ser previamente autorizadas e licenciadas pelos órgãos e entidades competentes; - Lei N° 7550, de 31 de março de 1992: Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento, e dá outras providências. Ela tem por finalidade disciplinar o planejamento e a execução das ações, obras e serviços de Saneamento no Estado, respeitando a autonomia dos Municípios; - Lei Estadual N° 10.780, de 09 de março de 2001: Dispõe sobre a reposição florestal no Estado de São Paulo e dá outras providências. Deste modo, fica obrigada a reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que explorem, suprimam, utilizem, consumam ou transformem produtos ou subprodutos florestais; - Lei n° 13.007, de 15 de maio de 2008: Institui o Programa de Proteção e Conservação das Nascentes de Água. Tem como objetivo: identificação e localização, através de levantamento cartográfico, das nascentes de água existentes no Estado, sendo que esses dados devem ser universalizados para que medidas como de recuperação e educação ambiental possam ser adotadas para essas áreas; dentre outros objetivos; - Decreto Estadual N° 42.838, de 04 de fevereiro de 1998: Declara as Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção e as Provavelmente Ameaçadas de Extinção no Estado de São Paulo e dá providências correlatas; - Resolução SMA Nº 54, de 30 novembro de 2004: Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente; - Resolução SMA N° 34, de 27 de agosto de 2003: Dispõe sobre as medidas necessárias à proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico quando do licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades potencialmente causadores de significativo impacto ambiental, sujeitos à apresentação de EIA/RIMA, e dá providências correlatas; - Resolução SMA N° 48, de 21 de setembro de 2004: Apresenta lista das espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado de São Paulo, considerando que a conservação das espécies em estado selvagem garante o acesso das futuras gerações aos recursos genéticos e assim a importância da conservação "In situa" vem sendo gradativamente e melhor entendida e aceita, pois a ocorrência e a manutenção da variabilidade genética só são possíveis em estado natural; - Resolução SMA N° 56, de 27 de dezembro de 2006: Estabelece a gradação de impacto ambiental para fins de cobrança de compensação ambiental decorrente do licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental; - Resolução SMA N° 18, de 11 de abril de 2007: Disciplina procedimentos para a autorização de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados. Levando em consideração a necessidade de recuperação das Áreas de Preservação Permanente, sobretudo pela importância que essas áreas desempenham; - Decreto N° 52.053, de 13 de agosto de 2007: Reestrutura o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais – GRAPROHAB. Objetivando centralizar e agilizar a tramitação dos projetos de parcelamento do solo para fins residenciais e de núcleos habitacionais a serem implantados, localizados em área urbana ou de expansão urbana, assim definidas por legislação municipal; - Resolução SMA N° 14, de 13 de março de 2008: Dispõe sobre os procedimentos para supressão de vegetação nativa para parcelamento do solo ou qualquer edificação em área urbana; - Norma Técnica L11.032, de julho de 1992: método de ensaio para a determinação do nível de ruído em ambientes internos e externos de áreas habitadas. 3.3.3 Principais normas legais pertinentes a nível municipal - Lei Orgânica do Município de Presidente Prudente: Trata no Artigo 180° “A Lei Municipal de cujo processo de elaboração as entidades da comunidade participarão, disporá sobre zoneamento, parcelamento do solo, seu uso e suas ocupações, as construções e edificações, a proteção ao meio ambiente, o licenciamento e a fiscalização e os parâmetros básicos, objetos do Plano Diretor.”; - LEI COMPLEMENTAR Nº 230 de 2018: Dispõe sobre a Lei do Plano Diretor do Município, e dá outras providências. A presente norma tem como objetivo primordial a organização do espaço territorial do Município de Presidente Prudente, visando alcançar o desenvolvimento sustentável, a função social da cidade e da propriedade; - LEI COMPLEMENTAR Nº 153 de 2008: Dispõe sobre a Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo, da Área Urbana do município de Presidente Prudente e dá outras providências; - LEI COMPLEMENTAR N° 154 de 008: tem por objetivo a orientação e controle de todo parcelamento do solo efetuado no território do Município de Presidente Prudente, assegurando a observância das normas federais relativas à matéria e zelando pelos interesses do município, no que diz respeito às necessidades para seu desenvolvimento; - LEI COMPLEMENTAR Nº 138 de 2005: Institui o novo perímetro urbano de Presidente Prudente; - Código de Obras N° 49 de 1949: Dispõe sobre Reformulação do Código de Obras do Município de Presidente Prudente, instituído pela Lei nº 49, de 20 de fevereiro de 1949. 4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO As áreas de influência de um empreendimento são aquelas que terão alguma interferência causada pelo empreendimento. Tal interferência pode ser considerada positiva ou negativa e ocorre desde o planejamento do condomínio, até a implantação e operação (quando o condomínio já se encontra ocupado com moradores). No estudo ambiental do Condomínio Residencial Villa Bella foram consideradas duas áreas de influência: direta e indireta. Para definir quais as áreas de influência direta e indireta são levantadas quais as interferências que o empreendimento pode causar e se estas interferências são em nível local, municipal, regional, estadual. A área de influência direta do empreendimento compreende o espaço diretamente ocupado pelo condomínio, onde serão realizadas as obras para sua implantação, ou seja, um espaço de 68x68 metros. A área de influência indireta compreende toda a malha urbana do município de Presidente Prudente, pois a implantação do condomínio pode afetar indiretamente os meios bióticos, físicos e socioeconômicos. Por exemplo, a construção impermeabiliza o solo, podendo afetar a drenagem urbana, e também possibilita que moradores de bairros mais distantes do município, que possuem renda média/baixa, morem em bairros mais centrais. Desta forma, a área de influência é considerada para realizar o diagnóstico ambiental para que se possa definir se a área desejada pode ou não receber o empreendimento. Figura 4 - Área de influência indireta Fonte: Google Earth, 2019. Modificada pelo autor. 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL A área de influência indireta das duas alternativas locacionais é a malha urbana do município de Presidente Prudente e a área de influência direta 1 e 2, situam-se nela. Portanto, as características de meio físico,biológico e social tratadas nas áreas de influência indireta são as mesmas. 5.1 Meio Físico a) Climatologia Área de Influência Indireta e Área de Influência Direta 1 e 2 Para a caracterização da climatologia das áreas de influencia diretamente afetadas e da área de influência indiretamente afetada foram utilizadas informações referente a temperatura do ar, umidade do ar e precipitação foram observados as séries históricas das Normais Climatológicas, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1961 e 1990. - Temperatura do Ar Presidente Prudente localiza-se na área de influência do clima tropical sub-quente e úmido, com 1 ou 2 meses secos (IBGE, 2002). A figura 3 permite a compreensão da temperatura do ar na localidade do empreendimento, conforme dados obtidos do INMET (1961-1990). Figura 5 – Temperatura média (ºC) Fonte: INMET. Observa-se que a distribuição das temperaturas mínima, máxima e média segue um padrão condizente com a realidade tropical. Durante o início e fim do ano, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, são registradas as temperaturas mais altas na região. Já no meio do ano, nos meses de junho e julho as temperaturas são mais baixas. - Umidade do ar A seguir o gráfico evidencia os valores de umidade relativa do ar na localidade do empreendimento. Figura 6 – Umidade relativa (%) Fonte: INMET Assim como ocorre com a temperatura, a distribuição da umidade varia ao longo do ano. De janeiro a junho podem ser observados números relativamente altos. Já durante os meses de julho, agosto e setembro a umidade cai. Nos meses finais, outubro, novembro e dezembro, a umidade volta a subir, atingindo o pico novamente. - Precipitação Observa-se o regime de precipitação na região onde será implantado o empreendimento. Figura 7 – Precipitação acumulada (mm) Fonte: INMET. O período mais chuvoso compreende os meses de setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro (primavera e verão). Já em março, abril, maio, junho, julho e agosto (outono e inverno) os valores de precipitação são significativamente mais baixos. b) Terra/Solo - Geologia Área de Influência Indireta A malha urbana do município de Presidente Prudente localiza-se na bacia sedimentar do Paraná, onde afloram as rochas do Grupo Bauru. O Grupo Bauru é constituído pelas Formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina, Marília, Formação Itaqueri e por sedimentos correlatos à esta última Formação e a AII está sobre o afloramento da Formação Adamantina (IPT, 1981). Na AII do empreendimento ocorrem sedimentos da Formação Adamantina, possuindo como principais características (SIGRH, 2019): ● Arenitos muito finos de cores marrom-avermelhado claro a bege, e lamitos argilosos marrom-escuro; ● Feições de preenchimento de canais rasos, com estratificação cruzada acanalada; ● Corpos tabulares com estratificação sigmoidal interna, e com estratificação plano-paralela e estruturas de fluxo aquoso de regime inferior dominante maciço. Tipos de solo predominante: os solos predominantes na região de Presidente Prudente são os Argissolos Vermelhos e os Latossolos Vermelhos (Nunes; Fushimi, 2011). De acordo com a Embrapa “Latossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B latossólico precedido de qualquer tipo de horizonte A dentro de 200 cm a partir da superfície do solo ou dentro de 300cm se o horizonte A apresenta mais que 150cm de espessura.” Para os Argissolos, a Embrapa define como: “Argissolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade baixa ou com argila de atividade alta desde que conjugada com saturação por bases baixa ou com caráter alumínico na maior parte do horizonte B, e satisfazendo ainda aos seguintes requisitos: a. Horizonte plíntico, se presente, não satisfaz aos critérios para Plintossolos; b. Horizonte glei, se presente, não satisfaz aos critérios para Gleissolos” (Embrapa, 2018). Entretanto, na malha urbana do município de Presidente Prudente também encontra-se solos da classe Neossolos e Planossolos, como pode-se observar na Figura 6. Neossolos são definido como solos pouco evoluídos, constituídos por material mineral ou por material orgânico e Planossolos são caracterizados como solos constituídos por material mineral com horizonte A ou E seguido de horizonte B plânico (Embrapa, 2018). Figura 8 - Principais classes de solos no perímetro urbano de Presidente Prudente Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. Área de Influência Direta 1 Após visita in situ na área de influência direta da alternativa locacional 1, foi identificado que o solo da região predominante é o latossolo vermelho, que possui uma cor mais avermelhada “devido aos teores mais altos e à natureza dos óxidos de ferro presentes no material originário em ambientes bem drenados, e características de cor, textura e estrutura uniformes em profundidade (Embrapa)”. Na área de estudo a cobertura vegetal é gramínea e essa é uma área com focos de erosão. Figura 9 - Tipo de solo e foco erosivo da área de influência direta da alternativa locacional 1 Fonte: Autores, 2019. Área de Influência Direta 2 Através da visita in situ na área de influência direta da alternativa locacional 2, foi identificado que o solo da região predominante é o Argissolo Vermelho-amarelo Ácrico, tal solo, de acordo com a Embrapa, apresenta “baixa a média fertilidade natural, necessitando de corretivos e fertilizantes, para se obter uma boa produtividade das culturas, e do uso de matéria orgânica no horizonte superficial, principalmente nos solos de textura arenosa.” Figura 10 - Área de influência direta da alternativa locacional 2 Fonte: Imagem do autor, 2019. - Geomorfologia Área de Influência Indireta O relevo pode ser entendido como um dos componentes da superfície terrestre, relacionando-se com as rochas que o sustentam e com os solos que o recobrem. Na formação do aspecto escultural do relevo a atuação simultânea e desigual do clima adquire papel relevante que, conjuntamente com as características geológicas, resultam em um processo dinâmico responsável pela criação de formas particulares do relevo (Ross, 1996). Figura 11 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. Os relevos predominantes associados com as formações geológicas e pedológicas da AII são: ● Topos suavemente ondulados das colinas convexizadas, onde predominam os Latossolos Vermelhos e as altitudes variam de 320 a 480 metros. ● Colos sujeitos a erosões, onde predominam os Latossolos Vermelhos e altitudes variam de 380 a 460 metros. ● Patamares convexidades possuem tendência à erosão laminar, há o predomínio de Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelho-Amarelos e altitudes variam de 300 a 400 metros ● Domínio das vertentes côncavas, convexas e retilíneas, com ocorrência de solos rasos a desenvolvidos (Argissolos Vermelhos-Amarelos) ou solos rasos (Neossolos Regolíticos). Área de Influência Direta 1 Na visita in loco foi possível ter uma visão geral da área, pois a mesma está localizada no topo de uma colina. A área encontra-se no domínio geológico dos sedimentos da Formação Adamantina, portanto, há presença de colinas com topos suavemente ondulados. Figura 12 - Vista da área de influência direta da alternativa locacional 1 Fonte: Autores, 2019. Figura 13 - Mapa geomorfológico semidetalhado ampliado de Presidente Prudente Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. Área de Influência Direta 2 Na visita in loco foi possível identificar que a área está localizada em umavertente, entretanto, o local foi passado por um processo de terraplanagem. A área encontra-se no domínio geológico dos sedimentos da Formação Adamantina, portanto, há presença de topos suavemente ondulados e com colinas convexizadas. Figura 14 - Mapa geomorfológico semidetalhado do município de Presidente Prudente-SP ampliado Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. c) Recursos Hídricos Área de Influência Indireta De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresenta 12 grandes bacias hidrográficas ou regiões hidrográficas. Assim, a malha urbana do município de Presidente Prudente localiza-se na Região Hidrográfica da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, sendo que a bacia hidrográfica do Rio Paraná se subdivide em bacias hidrográficas menores. Dessa forma, a área de influência indireta do empreendimento está inserida na Unidade de Gerenciamento de Recurso Hídrico do Rio do Peixe (21) e do Pontal do Paranapanema (22), conforme pode-se observar na Figura 15, visto que grande parte do território do município insere-se na UGRHI 21 – Rio do Peixe, correspondendo às sub-bacias hidrográficas 1.1 Rio do Peixe, 1.2 Córrego do Pereira e 1.3 Rio Mandaguari, sendo que esta última ainda pode ser subdividida, destacando-se a sub-bacia 1.3.1 Córrego da Onça. A UGRHI-22 encontra-se encravada entre os rios Paraná e Paranapanema, que são dotados de barramentos e reservatórios de água estruturados para geração de energia elétrica. Há que se mencionar, ainda, o engendrar da estrutura produtiva da região, cuja ocupação e uso do solo explicitam um histórico de conflitos sociais e impactos ambientais negativos, implicando em degradação das águas, ampliação de processos erosivos e aumento da suscetibilidade dos solos a este tipo processo (LEAL, 2000). Destaca-se que no perímetro urbano do município encontra-se o divisor de águas das duas unidades hidrográficas. Deste modo, tanto as nascentes da sub-bacia hidrográfica do Rio Mandaguari, afluente do Rio do Peixe quanto as nascentes do Rio Santo Anastácio encontram- se na área urbana. A porção sul (Figura 15) do município pertence à UGRHI 22 - Pontal do Paranapanema, correspondendo às sub-bacias hidrográficas 2.1 – Rio do Peixe, subdividida ainda em 2.1.1 Córrego do Cedro e 2.2 – Córrego do Limoeiro, com destaque para sua sub-bacia 2.2.1 Córrego do Veado. Figura 15 - UGRHI 21 e 22 município de Presidente Prudente/SP Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. Área de Influência Direta 1 Com relativo à área de influência direta da alternativa locacional 1 (-22.131466, - 51.411685), a mesma está localizada na Bacia do Córrego do Limoeiro (Figura 13). A Bacia do Córrego do Limoeiro está inserida no manancial do Balneário da Amizade. A implantação dos bairros residenciais Maré Mansa e Parque Imperial surgiram em meados dos anos 2000 nas margens da Estrada Intermunicipal Arthur Boigues Filho, principal via de acesso entre os municípios de Álvares Machado e Presidente Prudente. A estrada constitui-se em uma das áreas com o maior avanço da malha urbana tendo, recentemente, as suas margens ocupadas por loteamentos, condomínios fechados, estabelecimentos comerciais e indústrias. Figura 16 - Área de influência direta da alternativa locacional 1, referente à bacia do Córrego do Limoeiro, Presidente Prudente/SP Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. A área do córrego Limoeiro era caracterizada pela sensibilidade ambiental em decorrência da suscetibilidade a erosão e presença de nascentes hídricas (Figura 14). Assim como ocorre em tantas outras cidades, Melazzo (1993) afirma que a especulação imobiliária influência o desenho e o crescimento urbano da cidade. A expansão territorial incorpora áreas descontínuas à malha urbana. É necessário considerar o poder do capital em transformar as condições do loteamento (FROIS, 2015). É possível entender como aconteceu a ocupação da Bacia do Córrego do Limoeiro, a fim de entender a relação com o corpo d’água, por meio da evolução da implantação dos loteamentos. É possível perceber que a ocupação da área se iniciou por meio da implantação de um loteamento desconexo à malha urbana consolidada (FROIS, 2015). Figura 17 - Recorte do Córrego do Limoeiro em Presidente Prudente/SP Fonte: FUSHIMI, 2011. Área de Influência Direta 2 Para tanto, com relação à caracterização da AID, a área locacional 2 (-22.131448, - 51.420234), a mesma também localiza-se na Bacia do Córrego do Limoeiro, portanto possui as mesmas características da área 1, como pode ser observado na Figura 29. Figura 18 - Localização da área locacional 2 na Bacia do Córrego do Limoeiro Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. 5.2 Meio Biótico a) Flora Área de Influência Indireta Inserido no bioma “Mata Atlântica”, o perímetro urbano do município de Presidente Prudente era originalmente recoberto por “Floresta Estacional Semidecidual”, com formações ciliares (Aluviais) e submontanas. O processo de apropriação e ocupação das terras que hoje compõem o município, inicialmente através da extração madeireira, depois, a cultura cafeeira e algodoeira, a pecuária e, mais recentemente, o cultivo de cana de açúcar em grandes extensões; resultou na supressão quase total dessa cobertura original, restando atualmente um pequeno percentual, restrito a poucos, pequenos e dispersos fragmentos. No município, existe uma diversidade significativa no que se refere à ocupação do solo, porque os bairros mais antigos são densamente habitados e possuem quantidade significativa de vegetação arbórea nas ruas e fundos de quintais. Os bairros mais recentes, que são a grande maioria, apresentam-se com construções esparsas com gramado e vegetação arbórea esparsa. Assim, com relação à caracterização da área de influência indireta do empreendimento com respeito à cobertura vegetal, encontra-se no Bioma Mata Atlântica, bioma que é caracterizado pela vegetação florestal predominante e relevo diversificado, ocorrendo predomínio de florestas estacionais semideciduais, a principal característica é o fato que 20 a 50% das árvores perdem as folhas no período seco do ano. Com relação a situação atual, o município apresenta 72,776 Km² ainda recobertos por vegetação arbórea (incluídas aquelas utilizadas para plantios arbóreos homogêneos tais como seringais e eucaliptais), que equivalem a 12,98% de sua extensão territorial total (560,637 Km², segundo IBGE, 2016). Portanto, a área ainda recoberta por remanescentes florestais (Figura 19) arbóreos se restringe ao conjunto de pequenos fragmentos dispersos pelo município, com maior frequência nas porções centro e sul. Figura 19 - Área de influência indireta (município), vegetação predomina uma formação arbórea esparsa Fonte: João Paulo de Oliveira Pimenta, 2016. Área de Influência Indireta 1 Para tanto, para a identificação das plantas existentes na área direta do empreendimento (área em que será implantado o condomínio), foram realizadas amostragem do terreno. Assim, pode-se observar de acordo com a Figura 20, que na área 1 há existência de espécies arbóreas. Figura 20 - Vegetação encontrada na área de influência direta (área 1) Fonte: Autores, 2019. Para a verificação da cobertura vegetal da área de influência direta do empreendimento, foi realizado um inventário básico, para conhecimento das flora na região. Assim, na área de influência direta, ao todo foram encontradas 11 árvores, dentre as quais podemos observar na Tabela 1. Tabela 3 - Inventário da flora da Área de influência direta (AID) Planta/Nome popular Nome Científico Descrição Jaqueira (2 árvores) Artocarpus heterophyllus Árvoretropical de grande porte, pertencente à família das Moraceae, nativa da Índia. Esta espécie produz o maior de todos os frutos comestíveis que crescem diretamente sobre o tronco de árvore, a jaca, que é cultivada principalmente na Ásia e no Brasil. Mangueira Mangifera indica Árvores grandes e frondosas, (3 árvores) podendo atingir entre 35 e 40 metros de altura, com um raio de copa próximo de 10 metros. Suas folhas botânicas são perenes, entre 15 e 35 centímetros de comprimento e entre seis e 16 centímetros de largura Oiti (1 árvore) Licania tomentosa Espécie originária da Mata Atlântica, popular nas áreas urbanas, é muito utilizada na arborização de várias cidades brasileiras do Nordeste e outras diversas regiões do país. Seu mastro tem madeira resistente, de enorme permanência, aconselhável para a construção civil, estacas, postes, dormentes, construções de paquetes e vários outros usos Ipê-amarelo-flor-de-algodão (1 árvore) Handroanthus serratifolius É uma árvore com porte que varia de médio a grande e pode atingir de 15 a 30 metros de altura. Possui o tronco fissurado formando finas placas que se soltam em pequenas quantidades. Suas flores são de cor amarelo- dourado e se formam em cachos. As vagens são bipartidas com comprimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica https://pt.wikipedia.org/wiki/Nordeste_Oriental https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Handroanthus_serratifolia&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor em torno de 35 cm, com coloração marrom-escura, rugosa e sem pelos, que se abrem soltando sementes. Jatobá (1 árvore) Hymenaea sp. Árvore alcança até 40 metros de altura e tem um tronco com diâmetro de quase um metro. Sua madeira é bastante utilizada para construção em vigas, portas.Seu fruto fica maduro entre os meses de julho a setembro, possui casca dura e em média duas sementes por fruto Cajueiro (1 árvore) Anacardium occidentale Originária da região nordeste do Brasil, com arquitetura de copa tortuosa e de diferentes portes. Na natureza existem dois tipos: o comum (ou gigante) e o anão. O tipo comum pode atingir entre 5 e 12 metros de altura, mas em condições muito propícias pode chegar a 20 metros. O tipo anão possui altura média de 4 metros. Aroeira salsa (2 árvores) Schinus molle Nativa do Brasil, perene, com altura entre 4-8 metros de altura e muito ornamental. Possui tronco com 25-35 cm https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil de diâmetro, revestido por casca grossa e escamosa. Grama batatais Paspalum notatum Folhas longas, firmes e pouco pilosas, de coloração verde-clara. É rizomatosa, isto é, o caule fica abaixo do solo e emite as folhas para cima. Usada na região como pasto para o gado. Fonte: Autoria, 2019. Sendo assim, pode-se observar nas Figuras 21 e 22 as plantas encontradas na AID do Condomínio. Figura 21 - Plantas encontradas na AID (Jaqueira, Mangueira, Jatobá e Cajueiro) Fonte: LORENZI, 2009. Figura 22 - Plantas encontradas na AID (Grama-batatais, Oiti, Aroeira salsa e Ipê-Amarelo) Fonte: LORENZI, 2009. Área Influência Direta 2 Para tanto, para a identificação das plantas existentes na AID do condomínio (área em que será implantado o condomínio), foram realizadas visitas no terreno. Assim, pode-se observar de acordo com a Figura 23, que na área 2 o uso do solo é predominantemente de solo exposto, logo, não existem muitas espécies arbóreas como foi observado na área locacional 1. Figura 23 - AID da área locacional 2 (predominância de solo exposto) Fonte: Imagem do autor, 2019. Pode-se observar de acordo com a Figura 23 que o terreno para implantação do Condomínio Villa Bella encontra-se sob situação de solo exposto, assim somente poucas espécies arbóreas foram encontradas na área, dentre as quais estão especificadas na Tabela 2. Tabela 4 - Inventário da flora (Área locacional 2) Planta/Nome popular Nome científico Descrição Grama batatais Paspalum notatum Folhas longas, firmes e pouco pilosas, de coloração verde-clara. Usada como pasto para o gado. Mangueira (3 árvores) Mangifera indica Árvores grandes e frondosas, podendo atingir entre 35 e 40 metros de altura, com um raio de copa próximo de 10 metros. Suas folhas botânicas são perenes, entre 15 e 35 centímetros de comprimento e entre seis e 16 centímetros de largura Braquiária Urochloa Nativa da África, algumas espécies foram introduzidas no Brasil como plantas forrageiras e transformaram-se em uma espécie invasora de diversos ecossistemas brasileiros, como o cerrado. Como invasora, ela compete com o desenvolvimento das gramíneas nativas e sufoca o desenvolvimento dos campos nativos. Fonte: LORENZI, 2009. b) Fauna Área de Influência Indireta Para caracterização de fauna da Área de Influência Indireta o estudo baseou-se em dados secundários, analisando que os animais encontrados no município estão intimamente associados às fisionomias vegetais relacionadas aos biomas da região. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistemas https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerrado Com base nisso, a Secretaria do Meio Ambiente (2008) afirma que no município, há possibilidade de encontrar-se alta riqueza de espécies de lagartos e aves, uma vez que, ainda existem alguns fragmentos de Cerrado aberto apresentando populações relativamente grandes de alguns animais, mas que vem sofrendo declínio populacional por conta da pressão humana no desenvolvimento da cidade. Área de Influência Direta 1 Quanto a Área de Influência Direta do empreendimento, o estudo baseou-se em dados primários, assim como, em dados secundários. Foi levado em consideração a fisionomia vegetal do município relacionada aos biomas da região e também o histórico de uso e ocupação local, que com o processo de urbanização, resultou no surgimento de gramíneas/pastagem atraindo animais majoritariamente na forma de aves, calangos de pequeno porte, e entre outros, o que foi comprovado pelas análises feitas em campo. Os mamíferos, as aves e os répteis e anfíbios encontradas nas Áreas de Influência tanto Direta como Indireta podem ser observadas logo abaixo, com suas características e suas respectivas áreas. Algumas delas habitam as áreas devido a presença de alimento e abrigo na região. Tabela 5 – Inventário da Mastofauna encontrada na região Mamíferos Nome Científico Origem Área Características Gambá Didelphis marsupialis Do Canadá ao norte da Argentina. Brasil, Paraguai AII Apresenta corpo maciço, pescoço grosso, focinho alongado e pontudo, membros curtos e cauda preênsil, bastante grossa, redonda e afilada, só peluda na base, tendo pequenas escamas revestindo a parte restante. Morcego Noctilio leporinus Presente em todas as partes do mundo AII Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue. Possui hábitos noturnos. Fonte: REIS, N.R. et all. (2011). Tabela 6 - Inventário da Avifauna encontrada na região Aves Nome Científico Origem Área Características Quero- Quero Vanellus chilensis América do Sul AID e AII Prefere viver em campos, praias arenosas, brejos, mangues e várzeas úmidas, onde predominantemente a vegetação é rasteira, tolerando habitats degradados e a presença humana. Urubu Cathartes aura Sul do Canadá até a América do Sul AII e AID Seu habitat natural são brejos, cambarazal, campos naturais,cerradão, cerrado, mata ciliar, bordas de mata, mata seca, rios, corixos e baías. Pomba Columba livia Brasil AID e AII As pombas domésticas medem aproximadamente 30 centímetros e podem ser brancas, pintadas, preto avermelhadas ou acinzentadas. Alimentam-se de sementes. Constroem seus ninhos em https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9ctar https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3len https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3len https://pt.wikipedia.org/wiki/Artr%C3%B3pode https://pt.wikipedia.org/wiki/Vertebrado https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue locais protegidos contra chuvas e ventos fortes. Pardal Passer domesticus É atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica no mundo AID e AII Pássaros desta espécie são encontrados em habitats abertos, sendo geralmente em qualquer parte da zona urbana, tanto em grandes metrópoles como em lugarejos. Bem-Ti- Vi Pitangus sulphuratus América do Sul e Central AID e AII Os bem-te-vis apresentam asas regulares, arredondadas e cauda alongada. O bem-te-vi come de tudo desde frutas e flores até insetos e ovos de passarinhos. Coruja Athene cunicularia São encontradas em todos os continentes, com exceção da Antártida. AII Tem voô suave e silencioso. Ela tem que virar a pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo). Rolinha- Cinzenta Columbina passerina É encontrada em Aruba, Bermuda, no Sul dos EUA, México e Caribes, também é encontrada no Brasil. AID e AII Mede entre 15,5 e 18 centímetros de comprimento e pesa entre 22 e 50 gramas. É uma das menores espécies de columbídeos das Américas e está entre as menores da família. http://www.infoescola.com/geografia/antartica-antartida/ Gavião Buteo brachyurus É encontrado desde o sul dos Estados Unidos e México até a Argentina e Paraguai, e em todo o Brasil. AII e AID Mede cerca de 35 a 45 centímetros de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos. O padrão e quantidade de barras em sua cauda é variável nas aves da Flórida - EUA, especialmente em imaturos, e existem evidências de que o mesmo possa ocorrer no Brasil. Fonte: MATOS (2011) / Wikiaves (2019). Tabela 7 - Inventário da Herpetofauna encontrada na região Répteis e Anfíbios Nome Científico Origem Área Características Lagarto Tropidurus torquatus Todo o Brasil. Também ocorre na Venezuela, Paraguai, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Bolívia e Argentina. ADA e AID Lagarto com hábitos diurnos e terrestres, mas também sobe em árvores com grande velocidade e agilidade. É uma espécie territorialista e intimida outros da mesma espécie com movimentos da cabeça, para cima e para baixo. Correm rapidamente para buracos quando ameaçados e também sobem facilmente em pedras, muros e paredes. São muito ativos nas horas mais quentes do dia Sapo Rhinella icterica Em quase todo o Brasil e também na Argentina e AII Tem hábitos noturnos e terrícolas. Possuem grandes glândulas paratóides com toxinas, localizadas Paraguai. na cabeça atrás dos olhos. O veneno dessas glândulas é expelido através de ação mecânica. Essa espécie se adapta bem nos mais variados ambientes, como campos abertos, florestas e áreas antropizadas. Fonte: BÉRNILS, 2010. Figura 24 - Um dos animais encontrados na AID (lagarto - Tropidurus torquatus) Fonte: Autores, 2019. Área de Influência Direta 2 Quanto a Área de Influência Direta da área locacional 2, o estudo baseou-se em dados primários, assim como, em dados secundários. Levando em consideração a fisionomia vegetal do município relacionada aos biomas da região e o histórico de uso e ocupação local. Foi encontrado, majoritariamente, na Área de Influência Direta espécies de aves, uma vez que a área locacional 2 já passou por processos de aterro e nivelamento, com remoção e movimentação de terra, o que afugenta alguns tipos de animais como, por exemplo, mamíferos e anfíbios, animais que geralmente buscam abrigo fixo. Os mamíferos, as aves e os répteis e anfíbios da área locacional 2 são praticamente os mesmos da área locacional 1, possuindo então características semelhantes ou iguais. Sendo que a única diferença em relação a quais animais foram encontrados nas alternativas locacionais é que na Área de Influência Direta da área locacional 2 encontrou-se um tipo de ave doméstica, galinha (Gallus gallus domesticus), ave que tem bico pequeno, pernas escamosas e asas curtas e largas, assim como, crista carnuda. Elas cacarejam, são animais ovíparos e podem chegar até 80 cm de altura. 5.3 Meio Socioeconômico a) População e Dinâmica Populacional Área de Influência Indireta e Área de Influência Direta 1 e 2. Tanto a Área de Influência Direta como a Indireta, possuem os mesmos dados sobre população. Para análises populacionais, utilizou-se de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima que a população de Presidente Prudente em 2019 é de um total de 228.743 pessoas, isto seguindo a data de referência de 1º de julho. Quando comparado a outros municípios, no âmbito nacional a cidade ocupa a 126° posição em relação a município com maior número de habitantes. No âmbito estadual, a cidade ocupa a 36º posição e na esfera de microrregião o município encontra-se em 1º lugar. Esses dados do IBGE são importantes, pois o Tribunal de Contas da União (TCU) utiliza desses critérios populacionais para realizar o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios para observar se eles são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Processos matemáticos utilizando métodos demográficos são realizados para se chegar aos números. Esses processos se baseiam na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). Dentre os dados levantados pelo IBGE, deve-se ressaltar os sobre renda da população do município, pois dados como esse auxiliam nos cálculos de determinação do grau de desigualdade social da cidade e quantos por cento da população está em empregos formais. Informações como essas apontam o bom desenvolvimento ou não da cidade na esfera social. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bico https://pt.wikipedia.org/wiki/Asa https://pt.wikipedia.org/wiki/Crista A estimativa feita pelo IBGE, em porcentagem, de trabalhadores formais em relação à população como um todo de Presidente Prudente para 2019 é de cerca de 34%. O salário médio mensal dos trabalhadores formais da cidade é de 2,6 salários mínimos, ficando em 421° lugar quando comparada sua renda com outros municípios no âmbito nacional, na esfera estadual encontra-se na 153° posição e no campo da microrregião ocupa o 1º lugar. Outros dados que são gerados pelo IBGE é sobre a distribuição numérica da população urbana e da rural, informações importante para analisar o êxodo dos cidadãos rurais para as áreas urbanas. Essa saída das pessoas do campo para as cidades fica denotada na figura abaixo, pois mesmo que a população rural cresça em número tal como a urbana, ela não tem um aumento em porcentagem como a população urbana possui. Tabela 8 - População Urbana e Total de Presidente Prudente em 2000 e 2010 População População (2000) % do Total (2000) População (2010) % do Total (2010) População Urbana 185.229 97,91 % 203.375 97,96 % População total 189.186 100,00 % 207.610 100,00 % Fonte: Atlasde Desenvolvimento Humano, 2010. b) Serviços Públicos Área de Influência Indireta Toda a área de influência indireta possui abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto realizada pela Sabesp, que realiza o serviço em Presidente Prudente desde 1978. A cidade é abastecida por dois sistemas: uma estação de tratamento e sete poços profundos, com capacidade de 814,2 litros por segundo. Toda água que chega à estação de tratamento vem majoritariamente do Rio do Peixe, mas também vem do Rio Santo Anastácio e quando necessário (em períodos de seca) do Balneário da Amizade. O esgoto é processado na Estação de Tratamento Esgoto de Presidente Prudente com capacidade de 499,7 litros por segundo. No município é feita a coleta de 99,4% de esgoto gerado que posteriormente, é 100% tratado. (Sabesp, 2019) O município também conta com serviço de saúde pública, com um Hospital Regional para atendimento de emergência, além de uma série de Unidades de Saúde, dentre elas 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). (Governo de Presidente Prudente, 2019). Área de Influências Direta 1 A área de influência direta conta com uma proximidade de unidades de saúde pelo SUS. Se situa a 1,1 quilômetros do HR, hospital regional, para atendimento emergencial e a 3,2 quilômetros de distância, se localiza uma Unidade Básica de Saúde, a UBS Cohab, tornando a área de fácil acesso a serviços de saúde. As figuras a seguir demonstram os trajetos realizados para chegar no HR e da UBS Cohab: Figura 25 - Trajeto da Área 1 até o Hospital Regional Fonte: Google Maps, 2019. Figura 26 - Trajeto da Área 1 até o UBS Cohab Fonte: Google Maps, 2019. Área de Influência Direta 2 Como a localização da Área 2 se situa próxima à Área 1, utiliza-se os mesmos dados secundários utilizados na Área 1. O município possui tratamento de água e coleta e tratamento de esgoto realizados pela Sabesp. O município também conta com serviço de saúde pública, com um Hospital Regional para atendimento de emergência, além de 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). (Governo de Presidente Prudente, 2019). A área de influência direta conta com uma proximidade de unidades de saúde pelo SUS. Se situa a 2,9 quilômetros do HR, hospital regional, para atendimento emergencial e a 1.7 quilômetros de distância, se localiza uma Unidade Básica de Saúde, a UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo. As imagens a seguir representam a distância e trajeto da área ao HR e à UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo: Figura 27 - Trajeto da Área 2 até o Hospital Regional Fonte: Google Maps, 2019. Figura 28 - Trajeto da Área 2 até a UBS II Parque Cedral Dr Italo Honório Cerávolo Fonte: Google Maps, 2019. c) Uso/Ocupação Atual da Terra Área de Influência Indireta De acordo com o sistema de classificação da cobertura e uso da terra, contido no Manual Técnico de Uso da Terra, pelo IBGE, a área de influência indireta se enquadra na classe de Área Antrópica Não Agrícola, subclasse Áreas Urbanizadas, que compreendem áreas de uso intensivo, estruturadas por edificações e sistema viário, onde predominam as superfícies artificiais não agrícolas (CENSO DEMOGRÁFICO 2010, 2011), e na unidade Cidades, que contêm centro populacional permanente, altamente organizado, com funções urbanas e políticas próprias (MANUAL TÉCNICO DE USO DA TERRA, IBGE). Tabela 9 - Sistema de classificação da cobertura e uso da terra Fonte: IBGE, 2013. Assim, o uso e ocupação do solo do município de Presidente Prudente é representado pela Figura 29. Figura 29 - Uso e Cobertura da Terra 2013 Fonte: Moroz-Caccia Gouveia et all (2016). Modificada pelo autor. Pode-se observar a predominância de área urbana no perímetro urbano, seguida de cobertura herbácea e/ou arbustiva com algumas porções de solo exposto. Área de Influência Direta 1 A Área de Influência Direta possui parte de solo exposto, apresenta, predominantemente, gramíneas e também fragmentos de vegetação, como é possível observar na figura 30 (vegetação). Figura 30 - Ocupação do Solo na área 1 Fonte: Autores, 2019. Área de Influência Direta 2 A área de influência direta possui majoritariamente solo exposto, apresentando também gramíneas e poucos fragmentos de vegetação, como é possível observar na figura a seguir (figura 33). Nela não é realizada nenhuma atividade atualmente. Figura 31 - Uso e Ocupação do solo Fonte: Imagem do autor, 2019. d) Atividades Econômicas Área de Influência Direta 1 As atividades econômicas da área 1 são movimentadas, pois se trata de uma região do município com suas atividades econômicas do setor terciário bem desenvolvidas e estabelecidas. Além disso, é uma região universitária, uma vez que se encontra entre duas universidades importantes para o município, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), campus 1, o que torna a região atrativa e com muito potencial econômico, com caráter residencial, universitário e comercial, isso porque a área 1 também fica a cerca de 350 metros da Rua Padre João Goetz, onde há a maior movimentação econômica e comercial do bairro. Além disso, a área escolhida fica a cerca de 1,7 km do Parque do Povo, principal ponto de referência do município, é considerada uma das áreas mais valorizadas da cidade de Presidente Prudente, que hoje conta com pistas de skate, piscinas, conjuntos desportivos, ciclovias, pistas de cooper, campo de futebol society, lanchonetes e playground, e se estende desde a Avenida Manoel Goulart até a Avenida Brasil (principal avenida comercial, dando acesso ao centro de Prudente e ao camelô). Na imagem a seguir, figura 32, é possível visualizar https://pt.wikipedia.org/wiki/Skate https://pt.wikipedia.org/wiki/Piscina https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclovia https://pt.wikipedia.org/wiki/Cooper https://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_society a rota entre as universidades mencionadas e o Parque do Povo à leste da área. Figura 32 - Rota entre a área e as universidades locais Fonte: Google Maps, 2019. Com relação ao comércio local, na região do lote 1 são encontradas escolas de inglês, de natação, conveniências, creches, mercados, colégios, padarias, lanchonetes, postos de gasolina, hospitais, delegacia, condomínios, restaurantes, igreja, cemitério, clubes de futebol, biblioteca, farmácias, entre outros estabelecimentos, o que é visualizado nas figuras 33 e 34, a seguir, a partir dos mapas, onde é possível se localizar pelo pino vermelho, que representa a localização da área escolhida. Figura 33 - Comércio local área 1 Fonte: Google Maps, 2019. Figura 34 - Comércio local área 1 Fonte: Google Maps, 2019. Área de Influência Direta 2 A área 2, sendo próxima da área 1 (cerca de 1,8 km de distância entre as duas), possui atividades econômicas semelhantes da primeira estudada, uma vez que também se trata de uma região que possui o setor terciário bem desenvolvido e estabelecido, e também se encontra relativamente perto da mesmas universidades (um pouco mais longe que a área anterior), a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Além disso, a segunda área escolhida fica a cerca de 3,2 km do Parque do Povo, ponto de referência municipal, como já foi mencionado anteriormente nesse documento. Com relação ao comércio local, na região do lote 2 são encontradas lojas variadas, auto peças, lojas automotivas, postos de gasolina, cervejarias e botecos, lojas de móveis, informática e celulares, de sementes, salões, marmorarias, restaurantes, armazéns, condomínios, entre outros, o que é visualizado nas figuras 35 e 36, a seguir, a partir dos mapas, onde é possível se localizar pelopino vermelho, que representa a localização da área escolhida. Figura 35 - Comércio local área 2 Fonte: Google Maps, 2019. Figura 36 - Comércio local área 2 Fonte: Google Maps, 2019. A região se apresenta menos residencial, com um comércio mais típico de proximidades com rodovias, uma vez que a área escolhida se encontra a cerca de 2,4km da Rodovia Raposo Tavares (à carro, contabilizando o retorno), denominada SP-270, do estado de São Paulo, que se inicia no final da Rua Reação, no distrito do Butantã, zona oeste da capital e termina na divisa de estado com o Mato Grosso do Sul, no município de Presidente Epitácio. É uma das principais rodovias no entorno de Presidente Prudente, visto que atravessa o estado, e portanto, é também um ponto de referência importante para a área 2 escolhida. 6 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 6.1 Alterações no Meio Físico a) Ar 6.1.1 Aumento das partículas em suspensão Durante a fase de implantação do Condomínio, instalação de infraestruturas e obras civis, poderá ser gerado poeira, aumentando a taxa de partículas em suspensão na localidade de implantação do Condomínio Residencial. https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado) https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito https://pt.wikipedia.org/wiki/Butant%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Oeste_de_S%C3%A3o_Paulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_Epit%C3%A1cio 6.1.2 Alteração do ambiente sonoro Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá uma perturbação sonora ao meio ambiente, pois haverá intensa movimentação de maquinário, como também a circulação de pessoas quando o Condomínio estiver em pleno funcionamento. Portanto, o aumento dos ruídos pode afugentar espécies animais nativas da região. A produção de ruídos pode afetar nos aspectos reprodutivos de determinadas espécies, principalmente de aves, que utilizam vocalizações como parte fundamental de sua corte. 6.1.3 Alteração da qualidade do ar (local) Durante a fase de implantação do Condomínio residencial poderão ser gerados poluentes decorrente do uso de maquinário, como por exemplo a emissão de material particulado no canteiro de obras. 6.1.4 Geração de poluentes atmosféricos Durante a fase de implantação do Condomínio, poderão ser gerados poluentes atmosféricos. Demolição, movimentação de terra, serviços de corte, raspagem, lixamento, perfuração, quebra, são as principais atividades que geram partículas. Além disso, movimentação e armazenamento de materiais pulverulentos (agregados, aglomerantes, argamassas, resíduos), também são fontes emissoras de partículas. b) Água 6.1.6 Alteração da qualidade da água superficial Durante a fase de implantação do Condomínio poderão ser gerados resíduos e demais materiais, os quais poderão ser carreados gerando alteração da qualidade da água superficial. 6.1.7 Assoreamento do corpo hídrico Durante a fase de implantação do Condomínio serão gerados materiais decorrentes da instalação de infraestruturas e obras civis, consequentemente esses materiais poderão ser carreados para o corpo d’água mais próximo, aumentando assim a possibilidade de assoreamento do corpo hídrico. 6.1.8 Poluição por efluentes líquidos/resíduos sólidos Durante a fase de operação, o uso do Condomínio Residencial resultará em poluição por efluentes líquidos e resíduos sólidos. Consequentemente, tais materiais poderão ser prejudiciais para o meio ambiente. c) Solo 6.1.9 Contaminação do solo Durante as fases de implantação e operação do empreendimento poderão ocorrer vazamentos de fluidos de equipamentos durante a construção da obra. 6.2.0 Impermeabilização do solo Processo ocorre pela compactação do solo por máquinas, equipamentos e pessoas, gerando a diminuição do arraste das partículas do solo. 6.2.1 Inicialização de Processos erosivos Durante a fase de implantação, após a retirada da cobertura vegetal da área de influência direta do Condomínio, o solo ficará descoberto, consequentemente havendo a possibilidade da existência de processos erosivos. 6.2.2 Alteração da estrutura e uso do solo Durante a fase de implantação do Condomínio, ou seja, terraplanagem, instalação de infraestruturas e obras civis, o solo será modificado estruturalmente, ocasionando prejuízos para a biota. d) Geomorfologia/Geologia 6.2.3 Alteração do relevo Durante a fase de implantação ocorrerá o processo de terraplanagem, gerando a modificação do relevo. Consequentemente, visto que a área de influência direta do Condomínio encontra-se em uma área de vertente e topo de colina, poderão ser desencadeados alguns impactos ambientais urbanos, como por exemplo erosões, assoreamento, movimento de massa. 6.2 Alterações no Meio Biótico a) Flora 6.2.1 Diminuição da cobertura vegetal A área de implantação do Condomínio Residencial possui espécies vegetais, consequentemente, para a instalação do empreendimento as mesmas serão retiradas, havendo uma diminuição da cobertura vegetal na área de influência direta. 6.2.2 Alteração na paisagem (ambiente) As atividades de supressão de vegetação e a realização dos serviços de terraplenagem incorrem em uma modificação da paisagem local. Serão introduzidos novos elementos edificados na paisagem, o que resultará na transformação radical do caráter rural atualmente predominante. b) Fauna 6.2.3 Afugentamento e possibilidade de mortalidade de fauna Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem provocar a mortalidade da fauna na área de influência direta do Condomínio, bem como provocar o afugentamento da fauna. 6.2.4 Dispersão de espécies Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem induzir a dispersão de espécies existentes na área de influência direta do Condomínio. 6.2.5 Destruição e redução de habitats Algumas atividades na fase de implantação, como supressão de vegetação, movimentação de terra e a instalação do canteiro de obras podem potencializar os impactos de fragmentação de habitats iniciado na área no passado. 6.2.6 Destruição de ninhos de reprodução e alimentação de aves Durante a fase de implantação do Condomínio, ações como a supressão de vegetação existente na área, bem como a instalação de infraestruturas e obras civis podem provocar a destruição de ninhos de reprodução e alimentação de aves. 6.3 Alterações no Meio Antrópico 6.3.1 Criação de expectativas e inquietação junto à população Durante a fase de planejamento do empreendimento, a divulgação da instalação do Condomínio no local gerará expectativas e inquietação junto à população. 6.3.2 Aumento da taxa de emprego Durante a fase de implantação do empreendimento, serão contratada mão de obra para a instalação do Condomínio no local, assim serão gerados empregos diretos e indiretos gerados são de caráter predominantemente temporário. 6.3.3 Aumento da oferta habitacional O Condomínio em questão é destinado para o público de baixa e média renda, assim, considerando que o mesmo se localizará dentro da área urbana de Presidente Prudente haverá o aumento da oferta habitacional, podendo ter consequências no aumento na demanda por serviços de educação e saúde no local. 6.3.4 Aumento da arrecadação tributária A implantação do empreendimento aumentará a arrecadação de impostos em função da aquisição de materiais e prestação de serviços. Esse impacto tem o caráter negativo e potencial gerado pela possibilidade de aumento do IPTU das residências do entorno pela valorização imobiliária, porém este impacto torna-se positivo no caso do municípioaplicar essa arrecadação em melhoria na infraestrutura e serviços públicos ao entorno. Assim, considerou- se como impacto positivo. 6.3.5 Alteração da paisagem e uso e ocupação da terra A construção de uma edificação na localidade, assim como a supressão da vegetação gerará alteração na paisagem e nas características cênicas do local de implantação, bem como no uso e ocupação da terra, caracterizando-se como um impacto de caráter negativo. 6.3.6 Alteração da qualidade de vida A construção do Condomínio Residencial Villa Bella proporcionará a moradia para a população de baixa e média renda, consequentemente, geração melhoria da qualidade de vida. 6.3.7 Aumento da demanda por serviços e equipamentos de educação e saúde A construção do Condomínio Residencial Villa Bella acarretará no aumento da demanda por serviços de saúde e educação no local/bairro de implantação do Condomínio, considerando a quantidade de pessoas que serão realocadas para a área. 6.4 Ponderação dos Impactos Ambientais Após a identificação dos impactos ambientais, de acordo com a Resolução CONAMA Nº 001/86, que define como impacto ambiental “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”. Há a necessidade de investigar-se os impactos ambientais, considerando-se as três fases do processo de licenciamento ambiental: implantação, operação e desativação. Para isso foi feita a escolha de critérios para caracterizá-los. Os critérios escolhidos estão na Tabela 8. Tabela 10 - Critérios escolhidos para a caracterização dos impactos ambientais Fonte: Autores, 2019. Como observado na Tabela 9, para cada um dos critérios selecionados para a caracterização dos impactos foi estabelecido pesos. Em relação a magnitude, a mesma foi dividida em pequena, média e grande, a qual foi caracterizada como peso 4 (Tabela 9). Tabela 11 - Escala de significância Escala de Significância (Importância) Pequena = 0 a 12 Média = 13 a 23 Grande = 24 a 30 Fonte: Autores, 2019. Dessa forma, a importância de cada impacto foi calculada com base na soma ponderada dos critérios de categoria (positivo e negativo), duração (temporário e permanente), prazo (imediato, médio prazo e longo prazo), reversibilidade (reversível e irreversível), como também a magnitude (pequena, média e grande). Em seguida, cada impacto foi caracterizado e depois ponderado de acordo com os pesos dados. Ao final, obteve-se a Matriz de Leopold adaptada (Apêndice A, B, C e D). Dessa forma, os resultados das matrizes elaboradas nesse estudo podem ser observados nos Gráficos 1, 2, 3, 4 e 5. A partir disso, foi possível tirar conclusões sobre a viabilidade de instalação do empreendimento. Gráfico 1 - Totalidade de impactos identificados por fase do empreendimento Fonte: Autores, 2019. Gráfico 2 - Totalidade de impactos identificados no Meio Biótico, Físico e Socioeconômico Fonte: Autores, 2019. Gráfico 3 - Impactos negativos e positivos identificados Fonte: Autores, 2019. Gráfico 4 - Relação entre impactos negativos Fonte: Autores, 2019. Gráfico 5 - Relação entre os impactos positivos identificados Fonte: Autores, 2019. 7 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS As medidas mitigadoras e compensatórias são realizadas a fim de reduzir ou eliminar os impactos causados pelo empreendimento. As medidas mitigadoras são preferíveis às compensatórias, já que as mitigadoras evitam que um impacto negativo ocorra, já as compensatórias são utilizadas para reduzir os impactos considerados irreversíveis, compensando-os com outras ações. No meio biótico, para que sejam evitados os impactos, serão realizadas as seguintes medidas mitigadoras e compensatórias: reflorestamento compensatório, redução da área de desmatamento (mantendo áreas verdes), barreiras vegetais, execução de programa de recomposição paisagística, exigência de áreas não pavimentadas em cada propriedade do condomínio. Tais medidas diminuirão a retirada de mata nativa, mantendo parte da fauna já existente e compensando com reflorestamento a vegetação que for retirada, além disso, mantendo a estética da região com um projeto de paisagismo. No meio físico, medidas mitigadoras e compensatórias podem ser divididas em ar, terra e água. No ar, as medidas a serem tomadas são: barreiras físicas para contenção do som e das partículas em suspensão, regulagem e manutenção de máquinas e equipamentos para que emitam o mínimo de gases e compensação da emissão de gases por meio do reflorestamento de áreas próximas ao local, principalmente próximas ao corpo d’água. Quanto ao solo, deve-se realizar a instalação de canais de drenagem em áreas mais impermeabilizadas, revegetação de taludes, evitar concentração de fluxos de escoamento superficial, bacias de retenção temporária de águas superficiais, criação de área específica e de acordo com as normas para armazenamento de materiais perigosos, plano de gerenciamento de resíduos sólidos, redução da área de desmatamento, mantendo áreas verdes e evitando que uma maior área seja impermeabilizada. As medidas mitigadoras referente ao solo evitam a contaminação do solo, processos erosivos e, consequentemente, são referentes ao lençol freático, pois evitando a contaminação do solo, diminui as chances de contaminação do lençol freático. Além disso, evitar que diminua a infiltração no solo é favorável para que se mantenha um bom volume de água no lençol freático. Já para reduzir os impactos sobre a qualidade da água, deve-se, primeiramente evitar a contaminação do solo, assim os contaminantes não chegam ao lençol freático. Deve-se realizar a gestão dos efluentes gerados durante a instalação e operação para que não corra o risco de chegar ao corpo d’água mais próximo e, também, recuperar a bacia de drenagem, com ações de recomposição da vegetação nas áreas desmatadas próximas a bacia do local, evitando o assoreamento do corpo hídrico. No meio socioeconômico, a grande maioria dos impactos são positivos, por isso não serão necessárias muitas medidas mitigadoras. Para compensar a alteração da paisagem deve- se realizar um projeto de paisagismo a fim de melhorar a estética da área. Para compensar o aumento da demanda de transporte público e de manutenção de vias de acesso deve-se realizar campanhas de divulgação das leis e educação no trânsito. Implantação de sinalização horizontal e vertical de alerta e de controle. Além disso, há o aumento dos níveis de ruído e incômodos à vizinhança, o que é compensado pelo seu monitoramento. 9 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO Define-se como monitoramento ambiental o processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, visando identificar e avaliar qualitativa e quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as variações temporais. Logo buscou-se propor medidas a fim de se evitar e/ou minimizar os impactos negativos e maximizar os positivos, além de ações de acompanhamento da evolução da qualidade ambiental que permitam adoções de medidas complementares de controle sempre que necessário. Em casos de impactos ambientais não mitigáveis foram propostas medidas compensatórias. Os Planos e Programas de Controle e Monitoramento Ambiental (PCMA) são um norteador das ações mitigadoras contidas nos projetos executivos de minimização dos impactos ambientais avaliados no EIA/RIMA na fase de Licenciamento Prévio. Os programas de controle e monitoramento ambientais propostos para o empreendimento estão discriminados a seguir. Tabela 12 – Programas de Monitoramento Programa de Controle de Erosão e Assoreamento Objetivo Minimizar a ocorrência de movimentação de massa e perda
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