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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
Aula 01, 02 e 03: Juizados especiais cíveis estaduais
• Conceito: São órgãos que integram o Poder Judiciário destinados a promover a conciliação e o processamento, e julgamento de causas de menor complexidade, de forma mais célere e gratuita.
• ORIGEM E NORMATIZAÇÃO: Surgiram no Rio Grande do Sul, em 1982, através da implantação de um sistema responsável pela análise de causas de pequeno valor econômico, causas até 20 vezes o salário mínimo. Posteriormente, adveio a
Lei Federal nº 7.244/1984 a qual dispôs sobre os Juizados de Pequenas Causas mantendo o valor da causa, mas excluindo ações de alimentos, ações fiscais, acidentes do trabalho, ações que envolvessem a Fazenda Pública, falimentares, estado e capacidade das pessoas.
Em 1995, os Juizados de Pequenas Causas se estenderam por todo o território nacional através da Lei Federal nº 9.099 e passaram a ser denominados de Juizados Especiais Cíveis com competência para causas de menor complexidade e de valor até 40 vezes o salário mínimo.
Princípios norteadores (art. 2º)
Simplicidade; 
Informalidade;
Oralidade;
Economia Processual;
Celeridade. 
Competência (art.3º e 4º)
• Competência em razão do valor da causa:
** Causas que não excedam 40 vezes o salário mínimo.
Obs.: Segundo a legislação, uma vez proposta ação judicial acima deste valor, o autor estará renunciando ao valor que exceder a competência dos juizados em razão do valor da causa.
• Competência em razão da matéria:
** Ações de despejo para uso próprio
** Ações possessórias sobre bens imóveis 
Obs.: A Lei 9.099/95 faz referência ao art. 275, do CPC/73, o qual definia as ações que tramitariam, na justiça comum, pelo procedimento sumário, porém o novo CPC extinguiu o procedimento sumário de modo que as ações que antes tramitavam pelo rito sumário devem ser propostas perante os JEC.
Obs.: Considerando a complexidade das causas, estão excluídas as de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
• Competência em razão do território
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.
Questão objetiva
Sobre a competência dos juizados especiais cíveis, é correto afirmar que:
A) O reclamante poderá apresentar qualquer ação de despejo, desde que observado o valor de 40 salários mínimos;
B) Não poderá ser ajuizada ação de reintegração de posse no juizado especial cível;
C) O reclamante poderá propor ação de ressarcimento por danos em prédio urbano com pedido de indenização superior a 40 salários-mínimos;
D) Tendo em vista o princípio da simplicidade previsto no artigo 2º, da Lei nº 9.099/95, demandas juridicamente complexas não são admitidas no juizado especial cível, sendo adequado o procedimento ordinário do juízo comum.
Estrutura
Os Juizados Especiais Cíveis são compostos de: 
- Juiz Togado
- Juiz Leigo
- Conciliador
• Juízes Togados: serão responsáveis pela homologação das sentenças proferidas pelos juízes leigos.
• Juízes Leigos: são auxiliares de justiça selecionados entre advogados com mais de cinco anos de experiência, estando impedidos de atuarem como advogados em causas perante os Juizados Especiais durante o desempenho da função de juiz leigo. 
• Conciliadores: são auxiliares de justiça selecionados entre bacharéis de Direito.
Legitimidade ativa (art.3º)
• Poderão propor ações judicias perante os Juizados Especiais Cíveis tanto as pessoas físicas com 18 anos completos e plenamente capazes bem como as pessoas jurídicas classificadas como microempresas, os micro empreendedores individuais e empresas de pequeno porte. 
• Poderão também propor ações nos JECsas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Lei nº 9.790/99) além da Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (Lei nº 10.194/01).
• Obs.: Nas causas até 20 vezes o salário mínimo, as partes poderão comparecer independentemente de estarem representadas por advogado, porém na hipótese de uma das partes se fazer presente, assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, a outra parte poderá, se assim desejar, ter assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial na forma da lei local.
• Atenção! Não podem atuar como parte por expressa determinação legal, o réu preso, o incapaz, a massa falida e o insolvente civil.
Legitimidade passiva 
• Poderão assumir o polo passivo perante os JECs qualquer pessoa capaz e pessoas jurídicas, observando-se que estas poderão se fazer representar por preposto credenciado com carta de preposição com poderes para transigir em face da audiência de conciliação. 
Questão - Pode apresentar reclamação no juizado especial cível:
A) Órgão estadual criado e estruturado por lei específica para a defesa do consumidor;
B) O maior de 16 anos, desde que assistido na forma da legislação civil;
C) O condomínio residencial em face do condômino para cobrança de dívida condominial;
D) Empresas públicas, excluídas as controladas pela União.
Procedimento - petição inicial
** Com base no princípio da informalidade e da oralidade o pedido do autor poderá ser realizado oralmente perante a Secretaria dos Juizados Especiais a qual reduzirá a termo o pedido realizado ou também apresentar na forma escrita. 
Requisitos da PI: obedecerá ao art.319 do NCPC porém, sendo realizado pela parte, poderá ser de forma simples e clara devendo apresentar o nome do autor e do réu, estado civil, profissão, endereço; posteriormente, apresentará os fatos e fundamentos de seu pedido e após realizar o pedido e atribuir o seu valor . 
**Da mesma forma que se admite no procedimento comum, excepcionalmente o pedido genérico, nos JECs a parte também poderá fazer o pedido genérico.
Obs.: Em se tratando de pedidos cumulados o valor não poderá ultrapassar 40 salários mínimos. 
Contestação e contrapedido (art.30 e art.31) 
Contestação - O réu apresentará sua defesa escrita ou oralmente em sala de audiência.
ENUNCIADO 10 – A contestação poderá ser apresentada até a audiência de Instrução e Julgamento.
Contrapedido - A legislação permite que o réu faça, na peça de contestação, pedido em seu favor desde que fundado nos mesmos fatos que constituem a controvérsia apresentada pelo autor. 
Realizado o pedido o autor terá o direito de se manifestar, o que poderá ser na mesma audiência em que foi apresentada a defesa ou poderá ser designada nova data.
Obs.: Realizado o pedido junto a Secretaria dos JEC será designada, no prazo de 15 dias, a audiência de conciliação da qual o réu deverá participar e para tanto será citado.
Audiência de conciliação
** A primeira audiência realizada nos JECsserá de conciliação, sendo presidida pelo juiz ou pelo conciliador. 
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. 
Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo juiz togado, mediante sentença com eficácia de título executivo.
Audiência de instrução 
* Não havendo acordo entre as partes, será realizada a segunda audiência prevista para os JECs, a audiência de instrução. Se não causa prejuízo ao réu, a audiência de conciliação, não tendo sido obtido o acordo, poderá ser convertida em audiência de instrução, caso contrário será designada uma data específica para estaaudiência.
• A finalidade da audiência de instrução é a colheita de prova oral podendo ocorrer, também, o julgamento do conflito.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento, serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença. 
Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.
Sentença 
• Estrutura: motivação e dispositivo. É dispensado o relatório face a simplicidade e informalidade do procedimento.
• Mesmo sendo realizado pedido genérico a sentença deverá ser líquida uma vez que não há, nos Juizados Especiais, o procedimento de liquidação de sentença, não podendo a condenação ultrapassar o limite de 40 salários mínimos, sob pena de ser considerada ineficaz.
• O réu será devidamente intimado da sentença bem como do fato de que, ocorrendo o trânsito em julgado, deverá cumprir a determinação judicial pois não há, nos JECs, intimação do trânsito em julgado.
Recursos
• Recurso Inominado: caberá RI das sentenças proferidas em Juizados Especiais com exceção das sentenças homologatórias.
- Advogado: a interposição de recurso, independentemente do valor da causa, exige a participação do advogado;
- Prazo: a parte prejudicada poderá interpor o recurso no prazo de 10 dias;
 - Competência: compete à Turma Recursal o julgamento do recurso; a turma será composta de três juízes togados de primeiro grau. O colegiado nos Juizados Especiais não assume a forma de Tribunal. 
- Efeito: não possui efeito suspensivo, a penas devolutivo.
- Preparo: o preparo deverá ser realizado em 48 horas do protocolo do recurso.
• Embargos declaratórios: caberá embargos declaratórios para esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; corrigir erro material.
Prazo: a interposição dos embargos deverá ser dar em cinco dias da intimação da decisão.
Efeito: Interruptivo, interrompendo o prazo para o recurso inominado.
• Recurso extraordinário: conforme Súmulas 640 e 727 do Supremo Tribunal Federal, “é cabível o recurso extraordinário contra decisão proferida pelo juiz de primeiro grau nas causas de alçada ou por turma Recursal de Juizado Especial Cível ou Criminal”, havendo repercussão geral. (Art. 102, III da CF/88 e Art. 1035 NCPC)
Cumprimento de sentença e execução
Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações (...)
• Na audiência em que foi proferida a sentença, a parte já será intimada de que, ocorrido o trânsito em julgado, a determinação judicial deverá ser cumprida, não ocorrendo nova intimação.
• Nas obrigações de entregar coisa e de fazer o juiz poderá determinar multa diária face o inadimplemento da obrigação. O valor da multa, arbitrada de acordo com a situação econômica do devedor, poderá ser majorada ou reduzida.
Art. 52 (...) V_ (...) Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado
Em se tratando de quantia certa, alguns procedimento são simplificados ressaltando a característica do procedimento junto aos JEC:
** possibilita a alienação dos objetos penhorados pelo próprio devedor, credor ou terceira pessoa idônea, porém, o preço sendo inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas;
** será dispensada a publicação de ditais em jornais quando os bens penhorados forem de pequeno valor;
** o devedor poderá oferecer embargos nos próprios autos da execução podendo versar sobre: falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia; manifesto excesso de execução; erro de cálculo ou causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença.
Em se tratando de execução de título extrajudicial, tem-se que:
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei.
§1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.
§2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado.
§3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes poderá requerer ao juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior.
4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.
Interesses transindividuais
• Difusos;
• Coletivos;
• Individuais Homogêneos.
Questão (Defensor Público/DPE/AC/2012) Assinale a opção correta acerca dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos.
A) As lesões a direitos individuais homogêneos e disponíveis podem ser investigadas pelo MP.
B) A revista íntima praticada pelo empregador constitui lesão ao direito individual homogêneo no âmbito da relação jurídica de emprego.
C) Direitos coletivos são os de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.
D) Os direitos difusos são determináveis porque os seus titulares são identificados conforme o grupo, categoria ou classe em que estejam inseridos.
E) Os direitos individuais homogêneos, derivados de relação jurídica idêntica, são indivisíveis, e seus titulares, indeterminados. 
 Obs.: Letra A
Ação civil pública
Conceito: Instrumento processual criado para a proteção de interesses difusos, sendo utilizada, excepcionalmente, para a defesa de interesses coletivos ou individuais homogêneos. Poderá ter como objeto obrigação de fazer, não fazer ou de indenizar. 
Ex.: construção de passarela para deficientes físicos. 
Normatização: Lei nº 7.347/85
Obs.: Na Constituição Federal, a ACP é apenas referida entre as atribuições do Ministério Público, no art. 129, III.
Em leis esparsas:
Lei 8.842/94 e 10.741/03;
Lei 7.853/89 (Estatuto das Pessoas Portadoras de Deficiência);
Lei 7.913/89 (ACP de responsabilidade por danos causados aos investidores
no mercado de valores imobiliários);
Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
• Lei 7337/85 – 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo;
V - por infração da ordem econômica;
VI - à ordem urbanística;
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos;
VIII – ao patrimônio público e social. 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. 
Foro Competente: 
Regra Geral o foro competente é o do local onde ocorrer o dano.
Obs.: Se a União, suas autarquias ou empresas públicas forem interessadas, a ação deve ser ajuizada na Justiça Federal. Porém, o STF já assentou, na Súmulan.º 183, que “compete ao juiz estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo.
Decisão: A procedência da ACP fará coisa julgada erga omnes, podendo resultar:
a) no cumprimento de obrigação de pagar,
b) no cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
c) ou em sanção diversa prevista especificamente na lei (ex.: improbidade adm.).
Obs.: Quando impossível o retorno ao status quo ante não restará outra alternativa senão a condenação em obrigação de pagar, de natureza indenizatória, sendo, para tanto, um fundo especial para a reparação de direitos difusos lesados. Quando a condenação se referir à obrigação de fazer ou não fazer, poderá ser aplicada Ex officio multa diária para a hipótese de descumprimento.
Questão - Em ação judicial, foi proferida sentença condenatória de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado, pode-se afirmar que: 
O credor poderá, de imediato, requerer o cumprimento da sentença sendo aplicado de plano a multa de 10% sobre o valor da condenação e dos honorários. 
 O devedor poderá requerer o parcelamento do débito. 
O credor deverá obrigatoriamente requerer a liquidação da sentença visando ao seu cumprimento. 
O devedor deverá arcar com multa de 10% sobre o valor da condenação e dos honorários caso não efetue o pagamento no prazo definido em lei. 
Obs.: Letra D
AULA 04: PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO
DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
Conceito
Execução forçada, é a utilização de meios coercitivos com o objetivo de satisfazer o interesse do credor diante de obrigação inadimplida tendo como fundamento título executivo judicial (cumprimento de sentença) ou título executivo extrajudicial (ação autônoma de execução).
Princípios da execução
Além dos princípios processuais constitucionais como, por exemplo, o da ação e do contraditório, a execução possui alguns princípios específicos tais como:
1.Princípio do Título (Art.783; 784, 515) — a base de toda execução será um título executivo sendo este definido em lei.
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
2. Princípio da Patrimonialidade (Art. 789) — a execução é real de modo que respondem pela execução os bens do devedor, presentes ou futuros.
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
3. Princípio da Adequação (Art. 798) — com base na obrigação contemplada no título se identificará a modalidade de execução e meio coercitivo necessário para a satisfação do credor.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada; (...)
4. Princípio da Disponibilidade (Art. 775) — o credor, com base no princípio da disponibilidade, poderá dispor de toda a execução ou de apenas alguns atos desta.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único. 
Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I -serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II -nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
5. Princípio da Dignidade Humana (Art. 836) — a execução deverá respeitar a
Dignidade do devedor de modo que os atos coercitivos não poderão leva – lo à miserabilidade
.
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
§1 - Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
§2 - Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.
6. Princípio da Menor Onerosidade do Devedor (Art. 805) — aliado ao princípio da dignidade humana o credor deverá optar pelo meio menos gravoso ao devedor quanto de mais de uma forma puder ser cumprida a execução.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. 
Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
7. Princípio da lealdade Processual (Art.774) — a lealdade processual é dever tanto do exequente quanto do executado, violada a boa – fé processual poderão as partes responderem por litigância de má – fé; de modo que, em se tratando de execução, alguns comportamentos do executado conduzem a identificação de seu ato como atentatório à dignidade da justiça incidindo na aplicação de multa de até 20%.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I -frauda a execução;
II -se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III -dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV -resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. 
Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
8.Princípio da Economicidade (Art. 780) — a relação processual deverá se desenvolver à forma mais célere e com o menor custo para as partes, no que se refere à execução poderá o exequente cumular várias execuções promovendo a economia processual.
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
Questão (OAB): 
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética e os princípios da execução, assinale a afirmativa correta. 
A) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa à forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
B) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. 
C) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, desde que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. 
D) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
Características
Cumprimento de sentença: trata - se de uma forma imediata de execução, caracterizada pela prévia atividade de cognição necessária para que adquira a certeza necessária para desencadear o processo de execução. Não se trata, portanto, de processo autônomo. (Ação sincrética)
Execução de título extrajudicial: trata-se de umaforma mediata de execução, caracterizada por ser um processo autônomo e, portanto, não depende de nenhum processo antecedente, pois o título já possui a liquidez e a certeza exigida para a execução.
Competência (Art.516 e 781)
• Cumprimento de sentença: considerando tratar-se de título judicial deve-se observar a competência funcional, de modo que efetuar-se-á perante:
** os tribunais, nas causas de sua competência originária;
** o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
** o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Obs.: Nas hipóteses de juízo inferior e quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos 
em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
• Ação de execução de título extrajudicial: em razão de tratar-se de título extrajudicial a competência será definida com base na territorialidade podendo ser proposta:
** no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
** tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
** sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro do exequente;
** havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
** a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Questão (OAB):
Raul ajuizou ação de indenização por danos materiais, pelo rito ordinário, em face de Sérgio, pretendendo ressarcir-se dos prejuízos suportados com o conserto de seu táxi, decorrentes de uma colisão no trânsito causada por imprudência do réu. O pedido foi julgado procedente, mas a determinação do valor exato da condenação dependia de apuração do quantum debeatur, relativo às consequências do ato ilícito. Diante da atual sistemática do Código de Processo Civil, é correto afirmar que a liquidação de sentença, na hipótese: 
A) É considerada simples incidente processual, devendo o juiz, de ofício, iniciá-la, determinando a citação do réu. 
B) Constitui-se em processo autônomo, iniciado mediante requerimento da parte interessada, do qual será citado o réu. 
C) Constitui-se em fase do processo de conhecimento, iniciada mediante requerimento da parte interessada, do qual será intimada a parte contrária. 
D) Constitui-se em procedimento autônomo, devendo o juiz, de ofício, iniciá-lo, mediante intimação das partes.
Espécies de execução
**Quanto à espécie de título executivo, tem-se a:
Execução de título extrajudicial — tem por base títulos pautados no pacto negocial entre o credor e o devedor a exemplo da nota promissória.
Obs.: Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
Execução de título judicial — tem por base título executivo produzindo em ação judicial como, por exemplo, a sentença.
**Quanto à prática dos atos para efetividade da execução, tem-se a:
Execução Direta — está pautada na sub-rogação na qual o Estado-juiz substitui a conduta do devedor na prática de atos coercitivos visando à efetividade do direito do credor como, por exemplo, nas execuções da obrigação de pagar quantia certa.
Execução Indireta — é aquela em que o Estado-juiz promove a execução da obrigação contando com a colaboração do devedor, o executado, forçando-o a cumprir a obrigação inadimplida como, por exemplo, nas execuções de obrigações de fazer.
**Quanto a espécies de obrigação vinculada ao título executivo, tem-se a:
Execução por quantia certa — tem por base título executivo que contemple obrigação de pagar quantia certa, tendo como meio coercitivo a expropriação podendo esta ser realizada por meio da adjudicação dos bens penhorados, alienação ou pela apreensão de frutos e rendimentos de estabelecimento ou empresas.
Execução para entrega de coisa — é a execução cujo título contempla obrigação de entrega de coisa certa ou incerta, tendo como meio coercitiva o desapossamento e meio coercitivo secundário à imposição de multa conhecida como meio coercitivo psicológico.
Execução de obrigação de fazer — é a execução cujo título contempla obrigação de entrega de fazer ou não fazer, tendo como meio coercitivo a transformação e meio coercitivo secundário a imposição de multa.
Aula 05: Partes. Responsabilidade patrimonial. Fraude à execução.
Partes: São os sujeitos legitimados para a relação processual, tanto ativa como passivamente, são caracterizados pela parcialidade. 
“(...) a legitimidade das partes é requisito para que a execução forçada possa chegar ao seu desfecho normal, com a satisfação do crédito exequendo. A ausência de legitimidade, ativa ou passiva, deverá levar o juiz a proferirsentença, pondo termo à execução, que terá, assim, desfecho anômalo.” 
• Legitimidade Ativa para a execução:
Possui legitimidade ativa aquele que detém o crédito inadimplido estando ele previsto no título executivo, bem como seus sucessores a título de legitimidade superveniente ou que recebeu o direito por ato intervivos bem como o Ministério Público nas hipóteses previstas em lei. Desta forma, poderão estar no polo ativo da execução: 
Ministério Público
Espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor
Cessionário
Sub-rogado legal ou convencional.
Cessão: quando o credor transfere seu direito de crédito a terceiro. 
Sub-rogação: quando terceiro assume o pagamento do débito assumindo a posição do credor originário. 
• Legitimidade Ativa para a execução: Possui legitimidade passiva tanto o devedor originário, que portanto detém legitimidade originária como aquele que, por ato inter-vivos ou causa mortis, recebeu tal titularidade, assumindo a legitimidade superveniente ou derivada. Desta forma, poderão estar no polo ativo da execução: 
- o devedor, previsto no título;
- o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
- o novo devedor que assumiu a obrigação, com o consentimento do credor; 
- o fiador do débito constante em título extrajudicial;
- o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
- o responsável tributário.
Obs.: Em se tratando de cumprimento de sentença, o fiador somente poderá atuar no polo passivo se tiver participado do processo do qual se originou o título executivo judicial.
Responsabilidade patrimonial:
Débito + Responsabilidade = Obrigação
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
• responsabilidade patrimonial primária: aquele que detém o débito sujeitará seu patrimônio ao cumprimento da obrigação, ou seja, o patrimônio do devedor responderá pelo cumprimento de suas obrigações;
• responsabilidade patrimonial secundária: quando o patrimônio de sujeitos, que não participaram da relação obrigacional, sujeitam seu patrimônio ao cumprimento desta.
• do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
• do sócio, nos termos da lei;
• do devedor, ainda que em poder de terceiros;
• do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
• alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; 
• cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada emrazão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
• do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Questão: O devedor possui responsabilidade primária, respondendo com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. No que tange à responsabilidade patrimonial secundária, assinale a alternativa incorreta:
a) do sócio, conforme o previsto na lei.
b) do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida. (Sua resposta).
c) do devedor, quando em poder de terceiros.
d) do sucessor a título universal, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória
Obs.: Letra “D”
Fraude à execução
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I -quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão 
Reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no 
Respectivo registro público, se houver;
II -quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de Execução, na forma do art. 828;
III -quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV -quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V -nos demais casos expressos em lei.
Obs.: A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 774. Considera-se atentatório à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I -frauda a execução; (...)
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superiora vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
Aula 06: Competência. Título executivo. Liquidação de sentença
Competência
• No que se refere ao cumprimento de sentença, a legislação traz a competência fundamentada não apenas pautada no critério territorial mas, também, no critério da funcionalidade. Desta forma, será realizado perante: 
- Os tribunais, nas causas de sua competência originária;
- O juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
- O juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Obs.: Em se tratando de cumprimento de sentenças proferidas na primeira instância e das sentenças penal condenatória, sentença arbitral, sentença estrangeira e acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Em se tratando de execução de título extrajudicial, a legislação se mostra flexível sendo adotado o critério da territorialidade de modo que o exequente deverá observar o seguinte:
- A execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
- Tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
- Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
- Havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
- A execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Título executivo: conceito. Características
Toda execução forçada tem por base um título executivo, documento formal no qual consta uma obrigação que vincula no mínimo dois sujeitos. 
É o pressuposto legal da execução, sem ele não existirá execução. 
Os títulos executivos possuem três características:
Título Executivo: Líquido, Exigível, Certo
Espécies de título executivo
• Títulos executivos judiciais: são provenientes do Poder Judiciário, resultam de um processo judicial e autorizam o cumprimento forçado do ato decisório, a exemplo das sentenças. Via de regra são líquidos, porém, em se tratando de títulos ilíquidos, estes deverão ser submetidos ao procedimento de liquidação. 
Obs.: a sentença penal, a sentença estrangeira e a sentença arbitral serão executadas no juízo cível competente e não pelo juízo que proferiu o ato.
• Títulos executivos extrajudiciais: são apenas os provenientes de pacto negocial, de manifestação de vontade das partes e que autorizam a propositura da ação de execução de título extrajudicial, a exemplo de uma nota promissória, de um cheque. São títulos líquidos por natureza de modo que não se submetem ao procedimento de liquidação.
Segundo a legislação (art. 515) são títulos judiciais:
1. As decisões proferidas, no processo civil, que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
2. A decisão homologatória de auto composição judicial; 
3. A decisão homologatória de auto composição extrajudicial de qualquer natureza;
4.O formal e a certidão de partilha, em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
5.o crédito de auxiliar da justiça, quando custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
6. A sentença penal condenatória transitada em julgado;
7. A sentença arbitral;
8. A sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
9. A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.
Segundo a legislação (art. 784) são títulos extrajudiciais:
1. a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
2. a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
3. o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
4. o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
5. o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
6. o contrato de seguro de vida em caso de morte;
Segundo a legislação (art.515) são títulos extrajudiciais:
7. o crédito decorrente de foro e laudêmio;
8. o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
9. a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
10. o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
11. a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
12. todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Questão:
No que se refere aos títulos executivos, analise as assertivas abaixoe assinale a alternativa que corresponde aos títulos judiciais: 
I. A sentença condenatória proferida no juízo arbitral.
II. A sentença condenatória proferida no processo civil, que reconheça a existência de obrigação de pagar e fazer.
III. A sentença penal condenatória transitada em julgado.
IV. O formal de partilha e a certidão de partilha.
V. A sentença homologatória de transação extrajudicial.
A) Todas as assertivas estão corretas.
B) todas as assertivas estão incorretas.
C) Somente as assertivas I e IV estão corretas.
D) Somente as assertivas II e III estão corretas.
E) As assertivas I e V estão incorretas. Obs.: letra A
Liquidação de sentença
Conceito: Procedimento destinado a identificar o valor do título executivo, o quantum a ser imposto ao devedor sempre que o ato decisório for ilíquido. Processar-se-á a partir de requerimento tanto do credor como do devedor.
Ainda que a sentença tenha uma parte líquida e uma ilíquida poderá o credor promover, simultaneamente, a execução da parte líquida e a liquidação da parte ilíquida. 
Se depender exclusivamente de cálculo aritmético o credor poderá promover o cumprimento de sentença apresentando estes junto ao requerimento.
Arbitramento: quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação.
Procedimento comum: quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
Obs.: Súmula n. 344, STJ: A liquidação por forma diversa estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.
Questão: (OAB) Raul ajuizou ação de indenização por danos materiais, pelo rito ordinário, em face de Sérgio, pretendendo ressarcir-se dos prejuízos suportados com o conserto de seu táxi, decorrentes de uma colisão no trânsito causada por imprudência do réu. O pedido foi julgado procedente, mas a determinação do valor exato da condenação dependia de apuração do quantum debeatur, relativo às consequências do ato ilícito. 
Diante da atual sistemática do Código de Processo Civil, é correto afirmar que a liquidação de sentença, na hipótese:
a) É considerada simples incidente processual, devendo o juiz, de ofício, iniciá-la, determinando a citação do réu.
b) Constitui-se em processo autônomo, iniciado mediante requerimento da parte interessada, do qual será citado o réu.
c) Constitui-se em fase do processo de conhecimento, iniciada mediante requerimento da parte 
d) Constitui-se em procedimento autônomo, devendo o juiz, de ofício, iniciá-lo, mediante intimação das partes
Obs.: Letra C
Aula 07: Cumprimento de sentença por quantia certa contra devedor solvente fundada em título executivo judicial. Impugnação.
Regras gerais do cumprimento de sentença Requerimento:
 O cumprimento de sentença poderá ser requerido tanto pelo autor como pelo réu.
Obs.: Princípios da Inércia e do Dispositivo
O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
Protesto: Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
§1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão.
§2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento voluntário.
§3º O executado que tiver proposto ação rescisória, para impugnar a decisão exequenda, pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à margem do título protestado.
§4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação.
Questão
I. Considerando o proferimento de sentença condenatória, tem-se que, o réu não poderá requerer o cumprimento desta por se tratar de ato postulatório do autor. 
II. A legislação processual prevê duas modalidades de liquidação de sentença: procedimento comum e arbitramento.
III. O prazo para cumprimento voluntário de sentença condenatória de obrigação de pagar será definido pelo magistrado. 
IV. Uma das formas de incentivar o pagamento do débito, uma vez ajuizada a ação de execução, será a redução dos honorários fixados quando do despacho da inicial. 
V. Tendo sido constatado erro de avaliação, a parte intimada não poderá questionar tal erro.
A) F, F, V, V, V 
B) V, V, F, F, V 
C) F, V, V, V, V 
D) F, V, F, V, F 
• Intimação para cumprimento da obrigação
- pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos. 
- por carta, com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV.
- por meio eletrônico, quando, no caso do §1º, do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos.
- por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
Obs.: Formulado após um ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento.
Não cumprimento voluntário: 
o devedor , intimado para o cumprimento da sentença, terá 15 dias para -lo sob pena de:
- Incidir multa de 10% sobre o valor;
- Incidir multa de 1-% sobre os honorários advocatícios.
Efetuado o pagamento parcial, no prazo de 15 dias, a multa e os honorários incidirão sobre o restante.
Impugnação ao cumprimento de sentença
 Prazo: 15 dias
• Matérias: 
a) falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
b) ilegitimidade de parte;
c) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
d) penhora incorreta ou avaliação errônea;
e) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
f) incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
d) qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Questão - Em ação judicial, foi proferida sentença condenatória de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado, pode-se afirmar que: 
A) O credor poderá, de imediato, requerer o cumprimento da sentença sendo aplicado de plano a multa de 10% sobre o valor da condenação e dos honorários. 
B) O devedor poderá requerer o parcelamento do débito. 
C) O credor deverá, obrigatoriamente, requerer a liquidação da sentença visando ao seu cumprimento. 
D) O devedor deverá arcar com multa de 10% sobre o valor da condenação e dos honorários caso não efetue o pagamento no prazo definido em lei. 
Obs.: letra D
Aula 08: Ação de execução de título extrajudicial por quantia certa
Conceito: Ação na qual se utilizam meios coercitivos com o objetivo de satisfazer o interesse do credor diante de obrigação de pagar inadimplida, tendo como fundamento título executivo extrajudicial.
Petição inicial
• Estrutura da Petição Inicial prevista no art. 319
• Em se tratando de título de crédito deverá estar acompanhada do original quando título de circulação.
• Além dos requisitos previstos para a inicial do procedimento comum, deverá conter:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
d) a prova de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento;
e) Indicar a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;f) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
g) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
• Obs.: No despacho da inicial, o julgador fixará de plano os honorários advocatícios.
Citação do devedor
• No processo de execução, vai além da integralização da relação processual, pois visa ao cumprimento da execução no prazo de 3 dias;
• Efetuando o pagamento no prazo o devedor receberá um desconto de 10% do valor dos honorários advocatícios fixados quando do despacho da petição inicial.
 É uma forma de estimular o devedor ao pagamento voluntário;
• No mandado, constará, ainda, que não efetuado o pagamento, no prazo, poderá opor-se à execução por meio de embargos a serem oferecidos no prazo de 15 dias.
Parcelamento
Não havendo condições de cumprir o pagamento integral do débito o devedor poderá requerer o parcelamento do débito, sendo, por tanto, uma forma de estimular o cumprimento da obrigação.
Porém, havendo interesse no parcelamento estará RENUNCIANDO o direito de opor embargos.
Condições:
• Requerimento
• Pagamento de 25% de imediato
• Parcelamento do restante em seis vezes
Obs.: O não pagamento de alguma das parcelas implicará na imposição de multa de 10% sobre o restante do débito prosseguindo a execução.
QUESTÃO (OAB) - João vendeu para seu vizinho Pedro, por R$ 10.000,00, um automóvel usado, tendo as partes, para tanto, celebrado contrato de compra e venda assinado pelo devedor e por duas testemunhas. Na ocasião, ficou acordado que João entregaria o veículo a Pedro mediante o pagamento, no ato, de R$ 4.000,00, sendo o restante da dívida pago em três parcelas mensais de R$ 2.000,00 cada. Sucede, entretanto, que, depois de pagar R$ 4.000,00 e receber o automóvel de João, Pedro não cumpriu sua obrigação quanto ao valor remanescente.
Tendo em vista essa situação hipotética e considerando os princípios e as regras atinentes ao processo de execução, assinale a afirmativa correta. 
A) Não satisfeita a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo, a execução poderá ser instaurada por João, desde que notifique previamente Pedro.
B) João não poderá prosseguir com a execução caso Pedro cumpra a obrigação no curso da demanda, hipótese em que caberá àquele arcar com as custas processuais e os honorários. 
C) O adimplemento parcial da prestação não impede que João ajuíze a execução quanto à parcela da obrigação que não foi realizada. 
D) O inadimplemento relativo, assim como o inadimplemento absoluto, autoriza o ajuizamento da ação executiva para a entrega de coisa, desde que preenchidos os demais requisitos necessários.
Defesa do executado
Embargos à execução:
• Prazo: 15 dias
• Natureza jurídica: ação de conhecimento
• Não requer garantia de juízo ou efetivação da penhora
• Defesa nos embargos: as mesmas do processo de conhecimento (contestação...)
• Encerramento: Sentença
•Conteúdo
Objeção de pré-executividade:
• Prazo: não há prazo previsto na legislação
• Natureza jurídica: incidente processual
• Não requer garantia de juízo ou efetivação da penhora
• Defesa na exceção: impugnação
• Encerramento: decisão interlocutória ou sentença se promover a extinção da execução
• Conteúdo: matérias de ordem pública e que não tenham sido já decididas em sede de embargo
 
Ações Autônomas:
Para que a ação autônoma possa ser percebida como meio de oposição a execução exige-se que haja prejudicialidade entre as ações, de modo que o processo autônomo irá suspender a execução, e, sendo procedente, acabará promovendo a extinção da execução.
Questão: (OAB) - Mário foi citado em processo de execução, em virtude do descumprimento de obrigação consubstanciada em nota promissória por ele emitida. Alegando excesso de execução, por ter efetuado o pagamento parcial da dívida, Mário opôs embargos à execução. Sobre esses embargos, assinale a afirmativa correta. 
A) Constituem-se em ação autônoma, razão pela qual serão autuados e distribuídos livremente em homenagem ao princípio do juiz natural. 
B) São cabíveis tanto nas execuções autônomas quanto no cumprimento de sentença.
C) Em regra, suspendem a execução. 
D) Seu oferecimento independe de efetivação da penhora, depósito ou caução.
Obs.: Resposta letra D
Aula 09: Etapa comum ao cumprimento de sentença/execução por quantia certa contra: penhora e expropriação dos bens.
Conceito
Ato coercitivo de natureza processual através do qual bens do devedor são constritos para cumprimento da obrigação.
A penhora só é considerada efetiva quando depositados os bens penhorados.
Obs.: Toda execução é real... recai sobre o patrimônio do devedor!
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios
Obs.: Muito embora a penhora recaia sobre todos os bens do devedor a lei põe a salvo alguns bens, considerados impenhoráveis. Apenas os bens passíveis de alienação podem ser constritos através da penhora.
Bens impenhoráveis: São considerados bens não passíveis de penhora:
a) os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; a exemplo dos bens gravados com cláusula de impenhorabilidade e inalienabilidade;
b) os bens móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem A residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
d) os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal;
e) os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
f) o seguro de vida;
g) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
i) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
j) a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
k) os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
l) os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
**A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição
.
** A impenhorabilidade de vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, pensões e quantias recebidas por liberalidade de terceiro destinadas ao sustento do devedor e sua família, bem como a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais.
Considerando a existência de bens do devedor a legislação estabelece uma ordem preferencial para serem penhorados, salientando que a preferência é a penhora de valores; porém, não se levará a efeito a penhora quando o produto da execução dos bens encontrados for totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
A penhora de bens se dará na seguinte ordem:
1. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
2. títulos da dívida pública da União, dosestados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
3. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
4. veículos de via terrestre;
5. bens imóveis;
6. bens móveis em geral;
7. semoventes;
8. navios e aeronaves;
9. ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
10. percentual do faturamento de empresa devedora;
11. pedras e metais preciosos;
12. direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
13. outros direitos.
QUESTÃO - Em relação à execução por quantia certa:
A) mesmo que não haja outros bens, são impenhoráveis os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis;
B) não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis, mas podem ser executados os bens inalienáveis;
C) pode ser oposta a impenhorabilidade à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem;
D) são absolutamente impenhoráveis os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
E) é penhorável o seguro de vida, por não ter natureza alimentícia. 
Obs.: Letra “D”
Avaliação
Avaliação: visa identificar o valor do objeto penhorado para adequar à execução
Oficial de Justiça - Perito
Dispensa:
- Quando uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
- Quando se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa;
- Quando se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito negociáveis em bolsa;
- Quando se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação.
Nova Avaliação:
- Quando qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na
Avaliação ou dolo do avaliador;
- Quando se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem;
- Quando o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação
Modificação da penhora
a) Substituição do bem penhorado: ocorre 10 dias após intimação do executado e desde que lhe seja menos onerosa e não oferte prejuízo ao executado.
b) Redução da penhora: ocorre após a avaliação mediante requerimento do interessado desde que o valor dos bens penhorado seja consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios;
c) Ampliação da penhora: ocorre após a avaliação se o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.
Depósito
Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, lavrando - se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais.
Serão preferencialmente depositados:
- As quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o estado ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz.
- Os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial.
- Os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante caução idônea, em poder do executado.
Obs.: Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente.
Questão: (OAB) Mário foi citado em processo de execução, em virtude do descumprimento de obrigação consubstanciada em nota promissória por ele emitida. 
Alegando excesso de execução, por ter efetuado o pagamento parcial da dívida, Mário opôs embargos à execução. Sobre esses embargos, assinale a afirmativa correta. 
A) Constituem-se em ação autônoma, razão pela qual serão autuados e distribuídos livremente, em homenagem ao princípio do juiz natural. 
B) São cabíveis tanto nas execuções autônomas quanto no cumprimento de sentença.
C) Em regra, suspendem a execução. 
D) Seu oferecimento independe de efetivação da penhora, depósito ou caução.
Obs.: letra “D”
Expropriação
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
Adjudicação
Conceito:
Adjudicação é o ato judicial através do qual se transfere ao exequente os bens penhorados ou os respectivos rendimentos arrecadados no processo, como forma de pagamento do seu crédito contra o executado.
Art. 877. Transcorrido o prazo de 5 (cinco) dias, contado da última intimação, e decididas eventuais questões, o juiz ordenará a lavratura do auto de adjudicação.
§1º Considera - se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se estiver presente, pelo executado, expedindo-se:
I - a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel;
II - a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel.
Alienação
• Alienação: - Iniciativa particular
- Leilão judicial eletrônico ou presencial
Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.
§1º O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de corretagem.
§2º A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se:
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel;
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel
Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não efetivada a adjudicação ou a alienação por iniciativa particular.
§1º O leilão do bem penhorado será realizado por leiloeiro público.
§2º Ressalvados os casos de alienação a cargo de corretores de bolsa de valores, todos os demais bens serão alienados em leilão público.
O leilão deverá ser precedido de EDITAL visando à ampla divulgação do ato: 
Descrição do bem e suas características;
Valor da avaliação, preço mínimo para alienação, condições de pagamento;
Comissão do leiloeiro;
Local onde os bens se encontram ou identificação dos autos do processo no caso de créditos ou direitos;
Sítio, na rede mundial de computadores, e o período em que se realizará o leilão, salvo se este se der de modo presencial, hipótese em que serão indicados o local, o dia e a hora de sua realização;
Indicação de local, dia e hora de segundo leilão presencial, não havendo interessado no primeiro; 
Menção da existência de ônus, recurso ou processo pendente sobre os bens a serem leiloados.
No leilão, poderão dar lance todas as pessoas que estejam na administração de seus bens, com exceção:
A) dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos liquidantes, quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;
B) dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam encarregados;
c) do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão, do chefe de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos objeto de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade;
D) dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a que servirem ou que estejam sob sua administraçãodireta ou indireta;
E) dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam encarregados;
F) dos advogados de qualquer das partes.
**Os bens penhorados não poderão ser adquiridos no leilão por preço vil, sendo considerado vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação.
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano.
§1 Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução idônea, o preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em leilão.
§2º Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz impor-lhe-á multa de vinte por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz, valendo a decisão como título executivo.
§3º Sem prejuízo do disposto nos §§1oe 2o, o juiz poderá autorizar a locação do imóvel no prazo do adiamento.
§4º Findo o prazo do adiamento, o imóvel será submetido a novo leilão.
** Efetivada a arrematação, salvo pronunciamento judicial em sentido diverso, o pagamento deverá ser realizado de imediato pelo arrematante, por depósito judicial ou por meio eletrônico.
** Havendo interesse em adquirir o bem penhorado em prestações poderá apresentar, a proposta por escrito, sem suspender o leilão:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao da avaliação;
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja considerado vil.
Obs.: A proposta conterá a oferta de pagamento de pelo menos 25% do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30 meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do próprio bem, quando se quando se tratar de imóveis.
Art.903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o §4º deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos.
§1º Ressalvadas outras situações previstas neste Código, a arrematação poderá, no entanto, ser:
I – invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;
II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art.804;
III - resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
§2º O juiz decidirá acerca das situações referidas no §1º, se for provocado em até 10 (dez) dias após o aperfeiçoamento da arrematação.
** Não havendo qualquer alegação de invalidade ou ineficácia, será expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a ordem de entrega ou mandado de imissão na posse.
**Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário.
**O arrematante poderá desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito que tiver feito, se provar, nos dez dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não mencionado no edital; se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado alegar alguma das situações previstas no §1º do art. 903 ou se uma vez citado para responder a ação autônoma desde que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.

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