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1) Aproveitando a oportunidade conferida por seu empregador, Renan aderiu ao Programa de Demissão Voluntária ofertado pela empresa e recebeu 10 salários adicionais de indenização (u m salário por cada ano trabalhado), além das verbas típicas da dispensa sem justa causa. No mesmo período, Renan dispensou sua empregada doméstica. 
 
Diante da situação, responda aos itens a seguir. 
 
A) Haverá recolhimento de FGTS sobre a indenização de 10 salários adicionais? 
Justifique em qualquer hipótese. 
 
B) Analise se, em eventual reclamação trabalhista movida pela empregada doméstica de Renan, poderia haver penhora da conta do FGTS do empregador para que os valores lá depositados sirvam para pagamento da doméstica na fase executória. Justifique. 
 
 
Comentário 
 
A) Não haverá recolhimento de FGT S uma vez que a natureza indenizatória da verba, não se constituindo em f ato gera dor do FGTS, de acordo com o Artigo 15, da Lei nº 8.036/90. 
 
B) Não será possível, uma vez que as contas do FGTS são absolutamente impenhoráveis, de acordo com o artigo 2º, § 2º, da Lei nº 8.036/90. Vejamos o que 
diz o artigo: 
Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta 
lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obriga ções. 
§ 2º As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis.
2) Paulo, soldador, trabalha na empresa Tubo Forte Ltda.. Em abril de 2013, o sindicato representativo da categoria de Paulo firmou acordo coletivo com a empresa Tubo Forte Ltda., no qual estabelecia a concessão de v ale refeição. Tal acordo teve validade de um ano e, até hoje, não houve outra norma coletiva negociada. Em razão disso, desde que houve o decurso do prazo de vigência do acordo, a empresa cessou o pagamento do benefício. 
 
Na qualidade de advogado de Paulo , responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
 
A) O que você deverá alegar em eventual ação trabalhista? 
 
B) Qual o princípio de direito do trabalho está envolvido na questão? 
 
 
Comentário 
 
A) A reclamação trabalhista deve ser ajuizada pedindo o restabelecimento do pagamento, bem como os pagamentos atrasados, uma vez que o direito ao benefício integrou o contrato de trabalho do Reclamante Paulo. Tal direito só poderá ser suprimido por outra norma coletiva específica, como determina a Súmula 277, do TST. Vejamos: 
“I – As condições de trabalho alcançada s por f orça de sentença normativa, convenção coletiva ou acordos coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. 
II – Ressalva-se da regra enunciada no item I o período compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei no. 8542, revogada p ela Medida Provisória no. 1709, convertida na Lei no. 10192, de 14.02.2001.” 
 
B) Trata-se do princípio da condição mais benéfica, que se houver alguma alteração no contrato que o torne menos favorável ao empregado, tal alteração não irá produzir efeitos, tendo em vista que o empregado tem direito adquirido à norma mais favorável. No entanto, se a alteração for favorável ao empregado, produzirá os efeitos pretendidos. Ou ainda, o princípio da ultratividade da norma coletiva, assegurado pela súmula 277 do TST. 
 
 
3) Extraída carta de sentença nos autos da reclamação trabalhista movida por Jubert Machado contra a Sapataria Monte Belo Ltda., foram homologados os cálculos e citado o devedor para pagamento que, no prazo legal, ofereceu um bem como garantia, comprovando documentalmente a propriedade do referido bem. O juiz conferiu vista à parte contrária, que não aceitou o bem ofertado, desejando a penhora em dinheiro, com base nos artigos 882 da CLT e 655, I, do CPC. Feita a conclusão, o juiz determinou que a penhora recaísse sobre dinheiro, tendo o valor sido bloqueado das contas do executado. 
 
A partir do caso apresentado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
 
A) À luz da jurisprudência consolidada do TST, analise se a decisão do juiz está correta. 
 
B) Se a empresa discorda da decisão judicial de apreensão de dinheiro, indique de qual medida ela poderia valer-se para tentar a reversão e em que pra zo. 
 
 
Comentário 
 
A) Não. Tratando-se de execução provisória e tendo a empresa oferecido um bem, ele deveria ser aceito, de acordo com a Súmula 417, III, do TST. “III - Em se t ratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução s e processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC.” 
 
B) Mandado de segurança, no prazo de 120 dias como determina a Súmula nº 417, 
III, do TST, já citada na alternativa anterior. 
4) Jocimar é auxiliar de laboratório, ganha R$ 2.300,00 mensais e ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Recuperação Fármacos Ltda., sua empregadora, requerendo o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade. Designada perícia pelo juiz, foi constatado pelo expert que no local de trabalho o frio era excessivo, sem a entrega de equipamento de proteção individual adequado, além de perigoso, pois Jocimar trabalhava ao lado de um tanque da empresa onde havia grande quantidade de combustível armazenado. Contudo, a empresa impugnou expressamente o laudo pericial, afirmando que o perito designado era um engenheiro de segurança do Trabalho, e não um médico do trabalho, como deveria ser. 
 
Diante do caso, responda: 
 
A) Analise, de acordo com a CLT, a possibilidade de condenação da empresa nos dois adicionais desejados, justificando. 
 
B) Caso Jocimar postulasse o adicional de insalubridade, alegando que o ruído era excessivo, analise se seria possível o deferimento do adicional se a perícia constatou que o único elemento insalubre presente no local era o frio. Justifique. 
 
 
Comentário 
 
A) Não é possível o deferimento de ambos os adicionais cumulativamente, como disposto na C LT, em seu artigo 19 3, § 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade ou periculosidade que porventura lhe seja devido. Vejamos o artigo: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosa s, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012) § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
B) Possível, uma vez que o juiz não fica adstrito ao agente agressor indicado pela parte, como determina a Súmula 293, do TST, a seguir: “A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.”
QUESTÕES DA SEGUNDA FASE - XII EXAME UNIFIC ADO 
 
 
1) Determinado empresário pretende contratar Gustavo para prestar serviços em dois turnos que se alternam, compreendendo horário diurno e noturno de trabalho. 
Considerandoque a atividade da em presa não se desenvolve continuamente e que não há norma coletiva disciplinando a relação de trabalho, responda, de forma fundamentada, às indagações a seguir. 
 
a) Qual deve ser o limite diário de duração do trabalho de Gustavo? 
 
b) Na hipótese, como será tratado o período de trabalho que estiver compreendido entre às 22 horas de um dia e às 05 horas do dia seguinte? 
 
 
Comentário 
 
a) Trata-se de empregado que trabalha em turno ininterruptos de revezamento e, portanto, de acordo com aquilo determinado no artigo 7°da CF, o limite diário será de 6 horas. Vejamos o artigo: 
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;” 
O entendimento contido na OJ 36 0 do TST está em harmonia com o artigo citado com relação à jornada especial. Ao exercer a tividades em sistema de alternância de turno (mesmo qu e em dois turnos de trabalho, que englobem em t odo ou em parte, o horário diurno e o noturno) será empregada a alternância de horário, prejudicial a saúde. É irrelevante se tal atividade é realizada de forma ininterrupta. 
 
b) Não há incompatibilidade do artigo 7° da CF e o artigo 37° que diz: 
No caso do art . 36, lavrado o termo de reclamação, determinar-se- á a realizarão de diligência para instrução do feito, observado, se for o caso o disposto no § 2º do art.29, notificando-se posteriormente o reclamado por carta registrada, caso persista a recusa, para que, em dia e hora previamente designados, venha prestar esclarecimentos ou efetuar as devidas anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou sua entrega. Parágrafo único. Não comparecendo o reclamado, lavrar-se-á termo de ausência, sendo considerado revel e confesso sobre os termos da reclamação feita, devendo as anotações serem efetuadas por despacho da autoridade que tenha processado a reclamação. 
O empregado, portanto, tem direito à redução da hora noturna. Tal redução deve compreender os turnos ininterruptos de revezamento. 
 
Entendimento a respeito do assunto da OJ 39 5 do TST: “O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos Art.. 73, § 1º, da CLT e no Art. 7º, XIV, da Constituição Federal”. 
 
 
2) Um ex-empregado ajuíza reclamação trabalhista cont ra a ex-empregadora (a empresa “A”) e outra que, segundo alega, integra o mesmo grupo econômico (a empresa “B”). Em defesa a empresa “A” afirma que pagou tudo ao reclamante, nada mais lhe devendo, enquanto a empresa “B” sustenta sua ilegitimidade passiva, negando a existência de grupo econômico. Considerando que: 
1) as reclamadas possuem advogados diferentes; 
2) que o pedido foi julgado procedente, condenando-se solidariamente as rés; e 
3) que a empresa “A” recorreu efetuando o recolhimento das custas e depósito recursal, responda às indagações a seguir. 
 
a) O prazo para recurso das empresas é diferenciado, haja vista terem procuradores diferentes?
b) A empresa “ B” deverá efetuar depósito recursal para viabilizar o recurso, no qual insistirá na sua absolvição por não integrar com a litisconsorte um grupo econômico? 
 
 
Comentário 
 
a) O prazo não ser á diferenciado, pois há entendimento do T ST, onde a aplicação do 
artigo 191 do CPC é vedada quando se refere ao pro cesso trabalhista. Apesar do princípio da subsidiariedade defender que no caso d e omissão da CLT, se dá aplicação do Código de Processo Civil, o processo trabalhista t em como princípio norteador o princípio da celeridade, o que não seria respeitado se o prazo fosse duplicado. Justificando assim a não aplicabilidade de tal artigo na situação posta em questão. 
 
b) Será desnecessário o depósito recursal pela empresa “B” , pois havendo condenação solidária e já havendo recolhimento pela empresa “A”, que não requereu sua exclusão da lide, o depósito por ela feito poderá ser aproveitado pela empresa “B”, na forma da Súmula n. 128, III, do TST: 
I - É ô nus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. (Ex.: Súmula nº 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5 º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. ( Ex.: OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia su a exclusão da lide. ( Ex.: OJ nº 19 0 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000).
3) Serafim Almeida ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador postulando o pagamento de horas extras e verbas resilitórias. Em audiência, entabulou acordo com o reclamado, que foi homologado judicialmente, no qual conferiu quitação geral quanto ao extinto contrato de trabalho. Tempos depois contratou novo advogado e ajuizou nova demanda contra a mesma empresa, desta feita pedindo apenas diferença em razão de equiparação salarial – verba não perseguida na 1ª ação. 
 
Diante desse quadro, responda aos itens a seguir. 
 
A) Analise a validade, ou não, de um acordo judicial no qual a parte concede quitação sobre objeto que não foi postulado na petição inicial, justificando em qualquer hipótese. 
 
B) Informe o fenômeno jurídico que inviabiliza o prosseguimento da 2ª ação ajuizada, apresentando o fundamento legal respectivo. 
 
 
Comentário 
 
a) De acordo com a Orientação Jurisprudencial 132 da SDI-2, do TST: “Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista.” É válido, portanto, conferir quitação mesmo de verba não postulada. 
 
b) Conforme o Artigo 301, §1°, do CPC: Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. Ocorrerá, portanto, o fenômeno da coisa julgada.
) O juiz deferiu o pagamento de férias vencidas + 1 /3 em reclamação trabalhista, sob o undamento de inexistência de comprovação d e fruição ou pagamento destas, já que a empresa ré não produziu qualquer prova da alegação de que o empregado gozara ou recebera as férias. Transitada em julgado a decisão, a ré ajuizou ação rescisória juntando recibo da época da rescisão do contrato de trabalho do autor, no qual estava comprovado o pagamento do período de férias objeto da condenação. Alegou tratar-se de documento novo , mas que nãofoi juntado por esquecimento do advogado. 
 
a) Qual o entendimento do TST acerca de documento novo para efeitos de ajuizamento de Ação Rescisória? Fundamente. 
 
b) Qual deverá ser a decisão sobre o cabimento ou não da Ação Rescisória nesta hipótese? Fundamente. 
 
 
Comentário 
 
a) De acordo com a Súmula 402 do TST: Documento novo é o cronologicamente velho, já existente ao tempo da decisão res cindenda, mas ignorado pelo interessado ou de impossível utilização, à época, no processo. Não é documento novo apto a viabilizar a desconstituição de julgado: a) sentença normativa proferida ou transitada em julgado posteriormente à sentença rescindenda; 
b) sentença normativa preexistente à sentença rescindenda, mas não exibida no processo principal, e m virtude de negligência da parte, quando podia e deveria louvar-se de documento já existente e não ignorado quando emitida a decisão rescindenda. 
 
A parte não conhecia ou era de impossível utilização. 
 
b) O pedido da ação rescisória (é uma ação autônoma ou remédio, que tem como objetivo desfazer os efeitos de sentença já transitada em julgado, ou seja, da qual já não caiba mais qualquer recurso, tendo em vista vício existente que a torne anulável) deve ser julgado como improcedente, pois a hipótese sitada na questão não se refere a documento novo de acordo com a Súmula 402 do TST.
QUESTÕES DE SEGUNDA FASE - XI EX AME UNIFICADO 
 
 
1) Roberto interpôs Recurso Ordinário ao ter ciência de que foi julgado improcedente o seu pedido de re conhecimento de vínculo empregatício em face da empresa NOVATEC LÍNEA COMPU TADORES LTDA. Ele não juntou declaração de miserabilidade na petição inicial e no recurso, mas requereu, em pedido expresso no apelo, o benefício da gratuidade de justiça, afirmando não ter recursos para recolher o valor das custas sem prejuízo do seu sustento e de sua família. O juiz prolator da sentença negou seguimento ao recurso, considerando-o deserto. 
 
Diante deste panorama, responda justificadamente: 
 
a) Considerando que Roberto não juntou a declaração de miserabilidade, analise se é possível o deferimento da gratuidade de justiça na hipótese retratada. 
 
b) Analise se, tecnicamente, a decisão que negou seguimento ao recurso está correta. 
 
 
Comentário 
 
a) De acordo tanto com o Art. 790, §3, da CLT: 
“Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecer á às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumento s, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar a s custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.” 
A gratuidade de justiça, está também regulamentada na Lei n° 060/50. TST entende que esse benefício deve ser requerido a qualquer tempo e em qualquer grau dejurisdição. Se, porém, na fase recursal, o prazo alusivo aos recurso – OJ nº 2 69 da SDI-I do TST –, o que ocorreu no caso em ex am, seria possível o juiz deferir de ofício da gratuidade, desde que presentes os requisitos do artigo citado acima. 
 
b) A jurisprudência consolidada preconiza que basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado quanto ao seu estado de miserabilidade para que se configure a situação econômica que justifique a concessão de tal benefício, n a forma da OJ nº 304 da SDI-I do TST. Sendo assim, tecnicamente, está incorreta a decisão que denegou seguimento ao recurso porque, comprovado o preenchimento dos requisitos para sua concessão, poderia o Juiz de origem conceder a gratuidade, ou, ao menos, deixar o recurso ter seguimento para que o julgador de 2º grau decidisse sobre a concessão do benefício requerido em sede recursal. 
 
 
2) João, empregado da empresa Beta, sentiu-se mal durante o exercício da sua atividade e procurou o departamento médico do empregador, que lhe concedeu 15 (quinze) dias de afastamento do trabalho para o devido tratamento. Após o decurso do prazo, João retornou ao seu mister mas, 10 ( dez) dias depois, voltou a sentir o mesmo problema de saúde, tendo sido encaminhado ao INSS, onde obteve benefício de auxílio doença comum. 
Diante da situação, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
 
a) A quem competirá o pagamento do salário em relação aos primeiros 15 dias de afastamento? 
b) Caso o INSS concedesse de plano a João, dada a gravidade da situação, a aposentadoria por invalidez comum, que efeito jurídico o benefício previdenciário teria sobre o contrato de trabalho? 
 
 
Comentário 
 
a) Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no c aso do s d emais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto e le permanecer incapaz. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 ( trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do requerimento. 
§ 2º O dispo sto no § 1º não se aplica quando o auxílio-doença for decorrida de acidente do trabalho. 
Portanto, nos primeiros 15 dias de afastamento, quando por motivo de doença a empregadora deverá pagar o salário. Também conforme o Art. 476 da CLT e o Decreto n. 3.048/99, Art. 75. 
 
b) Art. 475 - O empregado que for aposenta do por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas lei s de previdência social para a efetivação do benefício. 
§ 1º Recuperando o empregado a capa cidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porem, ao empregador o direito de indenizá-lo por recisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478. 
§ 1º - Recuper ando o empregado a capacida de de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- á assegurado o direito à função que o cupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos t ermos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. (Redação dada pela Lei nº 4.824, de 5.11.196 5) 
§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato. De acordo com o artigo acima, portanto, o contrato ficará suspenso até que haja a recuperação
3) Em reclamação trabalhista movida por uma empregada contra o ex-empregador, o pedido de indenização por dano moral foi julgado improcedente na sentença. Inconformada, a empregada recorreu e o TRT deferiu parcialmente este pedido. Irresignada com o valor deferido, que entendia insuficiente, a empregada ainda manejou recurso de revista, sendo mantidap elo TST a quantia já fixada. Adveio em seguida o trânsito em julgado. 
 
Diante dessa situação, responda aos seguintes itens. 
 
a) A partir de quando será computada a correção monetária do pedido de dano moral? 
Justifique sua resposta. 
 
b) Se os juros não fossem requeri dos n a petição inicial, analise se haveria julgamento extra petita se o juiz os deferisse. Justifique sua resposta. 
 
 
Comentário 
 
a) A partir do acórdão proferido pelo TRT, que foi a 1ª que a arbitrou OU a partir da decisão do TRT, na forma da Súmula n. 439 do TST. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT. 
 
b) Não haveria julgamento extra petita, pois os juros incluem-se na liquidação na forma da Súmula 211 do TST (“Os juro s de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação”). Podem ainda ser considerados pedidos implícitos, na forma da Súmula 211 do TST OU CPC, Art. 
293.
4) Numa reclamação trabalhista o autor formulou pedido de verbas resilitórias e horas extras. Na 1ª audiência, ocorrida 40 dias após o desligamento, a empresa reconheceu que não pagou as verbas devidas pela saída, e requereu o seu adiamento, face à ausência de suas testemunhas, o que foi deferido. Na 2ª audiência, agora com a presença das testemunhas, ofereceu, no início da sessão, o paga mento das verbas resilitórias incontroversas adicionadas da multa do Art. 477, § 8 º, da C LT. Diante dessa situação, responda: 
 
a) Comente se a empresa, nesta situação, fica sujeita a algum pagamento adicional em relação às verbas da ruptura. 
 
b) Analise, na mesma situação, caso o empregador do autor fosse um Município, se haveria algum pagamento adicional. 
 
 
Comentário 
 
a) Art. 467 – Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do T rabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% ( cinquenta por cento). Não tendo quitado os direitos devidos na 1ª audiência, ficará sujeita ao pagamento de 50% das verbas resilitórias, conforme Art. 467, caput, da CLT. Não tendo quitado os direitos devidos na 1ª audiência, ficará sujeita ao pagamento de 50% das verbas resilitórias, que seria o dinheiro devido ao empregado, pelo empregador, pela extinção do contrato de trabalho. 
 
b) Caso o empregador fosse um Município, o artigo 467 da CLT seria inaplicável, conforme parágrafo único do citado diploma. Vejamos: 
"Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e as suas autarquias e fundações públicas.”
QUESTÕES DE SEGUNDA FASE X EXAME UNIFICADO 
 
 
1) Jéssica é gerente de uma sapataria e é responsável por oito funcionários da filial, orientando as atividades e fiscalizando as tarefas por eles realizadas, tomando todas as medidas necessárias para o bom andamento dos serviços, inclusive punindo-os, quando necessário. Jéssica cumpre jornada de 2ª a 6ª feira das 10:00 h às 20:00 h com intervalo de uma hora para refeição e aos sábados da s 10:00 às 17:00 h com pausa alimentar de uma hora e meia. No seu contracheque existem, na coluna de crédito, os títulos “salário” – R$ 3.00 0,00 – e “gratificação de f unção” – R$ 1.000,00. 
 
Com base na hipótese acima, responda aos itens a seguir. 
 
a) Quais são os elemento s necessários para que um empregado seja considerado ocupante de cargo de confiança? 
 
b) Analise e justifique se é possível à empregada em questão reivindicar o pagamento de horas extras. 
 
 
Comentário 
 
a) Art. 62 – Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I – os empregados qu e exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo t al condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; 
II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de g estão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
Diante da citação do artigo acima e a inda, de acordo com a exigência doutrinária, deverá existir a conjugação do elemento subjetivo ( poder de mando, controle direção, gestão) e do objetivo (padrão salarial diferenciado ou gratificação de função, se houver, de no mínimo 40% do salário do cargo efetivo) . 
 
b) De acordo com o parágrafo único do artigo citado ac ima, Jéssica, terá direito a horas extras, pois como a gratificação recebida era inferior aos 40% citados no artigo, e ela não exerce cargo de confiança, tem por tanto, limite de jorna da (avaliamos ainda a falta do elemento objetivo), de acordo com o mesmo dispositivo. 
 
 
2) Numa reclamação trabalhista movida em litisconsórcio passivo, o autor e a empresa reclamada “X” (sociedade de economia mista) foram vencidos reciprocamente em alguns pedidos, tendo ambos se quedado inertes no prazo recursal. Porém, a empresa reclamada “Y ” (pessoa jurídica de direito privado), vencida também em relação a alguns pedidos na referida ação trabalhista, interpôs recurso ordinário, com observância dos pressupostos legais de admissibilidade, tendo inclusive efetuado o preparo. Em seguida, o Juiz do Trabalho notificou as partes para que oferecessem suas razões de contrariedade, em igual prazo ao que teve o recorrente. 
 
Considerando os fatos narrados acima, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
 
a) Analise a possibilidade de o autor recorrer, ou não, dos pedidos em que foi vencido, e de que maneira isso se daria, se possível for. 
 
b) Caso ambas as empresas tivessem recorrido ordinariamente, e tendo a empresa “Y” requerido sua exclusão da lide, analise e justifique quanto à necessidade, ou não, de a reclamada “X” efetuar preparo.
Comentário 
 
a) Diante da situação, terá o reclamante que manifestar sua inconcordância por meio de um recurso adesivo. Tal instituto fica subordinado ao recurso principal e é regido pelo dispositivo do CPC, aplicável ao caso em questão: 
 
Art. 500.do CPC: 
I - poderá ser interposto perante a autoridade judiciária competente para admitir o recurso principal, dentro de dez (10) dias contados da publicação do despacho, que o admitiu; 
II - será admissível na apelação e no recurso extraordinário; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. 
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. 
 
b) Sabendo que preparo se constitui pelo pagamento de um tributo da espécie de taxa, e que por ser a Empresa “X” sociedade de economia mista, concluímos que a mesma possui obrigação de efetuar o preparo, uma vez que dele não é isento. 
 
 
Questão 3) DEMÉTRIO ajuizou reclamação trabalhista pleiteando o pagamento de multas previstas no instrumento normativo de sua categoria, cujo destinatário é o empregado lesado,em virtude do descumprimento, pelo empregador, da quitação do adicional de 50% sobre as horas extras e do acréscimo de 1/3 nas férias. Em contestação, a reclamada sustentou que tais multas eram indevidas porque se tratava de meras repetições de dispositivo legal, sendo que a CLT não prevê multa para o empregador nessas hipóteses. Adiciona e comprova que, n o tocante à multa pelo descumprimento do terço de férias, isso já é objeto de ação anterior ajuizada pelo mesmo reclamante e que tramita em outra Vara, atualmente em fase de recurso.
Responda, justificadamente, aos itens a seguir: 
 
a) Analise se são válidas as multas previstas no instrumento normativo. 
 
b) Informe que fenômeno jurídico processual ocorreu em relação ao pedido de multa pela ausência de pagamento do terço das férias. 
 
Comentário 
 
a) Verificando a Súmula n. 384, II do TST: 
II- É aplicável multa prevista em instrumento normativo (sentença normativa, convenção ou acordo coletivo) em caso de descumprimento de obrigação prevista em lei, mesmo que a norma coletiva seja mera repetição de texto legal. 
Diante da avaliação desse dispositivo, podemos concluir que as multas são válidas e aplicáveis, no caso de descumprimento de obrigação prevista em lei, ainda que a norma coletiva seja mera repetição de texto normativo. 
 
b) Litispendência, diante do Artigo 301, §1° e §3°, do CPC: 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
 
 
4) Pedro trabalhou numa empresa de 10.02.2011 a 20.05.2 013, quando foi dispensado sem justa causa e recebeu as verbas devi das. Após, ajuizou ação pleiteando a participação nos lucros (PL) de 2013, prevista em acordo coletivo, requerendo que o cálculo fosse proporcional ao tempo trabalhado. Defendendo-se, a empresa advoga que a parcela é indevida porque uma das condições para o recebimento da PL, prevista no acordo coletivo, é que o empregado esteja com o contrato em vigor no mês de dezembro de 2013, o que não ocorre no caso.
Diante dessa situação, responda: 
 
a) Pedro tem direito à participação proporcional nos lucros de 2 013? Justifique sua resposta. 
 
b) Analise se a participação nos lucros está sujeita a alguma incidência tributária. Justifique sua resposta. 
 
 
Comentário 
 
a) Pedro terá direito à participação proporcional, pois a jurisprudência não entende que haja exigência de acordo coletivo. Vejamos OJ 390, do TST: 
“PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL A OS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)”. 
Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou normaregulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa.” 
 
b) Está sujeita à contribuição fiscal ou recolhe Imposto de Renda, conforme Lei 10.101/00, Art. 3º, § 5º. Vejamos: “Art. 3° A participação de qu e t rata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade. § 5° As participações de que trata este artigo serão tributadas na fonte, em separado dos demais rendimentos recebido s no mês, como antecipação do imposto de renda devido na declaração de rendimentos da pessoa física, competindo à pessoa jurídica a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto

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