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Trabalho de psicologia do Pensamento e da linguagem (SIA)

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Trabalho de psicologia do Pensamento e da linguagem
NOMES……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
Tema: Aquisição da Linguagem
UNESA – Universidade Estácio de Sá
Fundamentação Teórica
 
	Quando falamos de palavras, raramente nos preocupamos em distinguir as palavras faladas das palavras escritas. Contudo, pronunciar uma palavra não é o mesmo que escrevê-la, e as ações de falar e escrever geralmente ocorrem em circunstâncias diferentes. Pior ainda, falamos frequentemente do uso das palavras, como se elas fossem coisas e não um comportamento.
Toda criança é, em princípio, capaz de tomar a língua de sua comunidade como língua materna e de adquirir simultaneamente mais de uma língua. A aquisição de cada língua irá requerer a identificação de seu sistema fonológico, sua morfologia, seu léxico, o que há de peculiar em sua sintaxe e no modo como relações semânticas se estabelecem. Diante da variabilidade das línguas, a criança terá de lidar com uma série de variáveis nessa identificação. A despeito disso, o processo de aquisição da linguagem apresenta um padrão de desenvolvimento, em grande parte, comum aos diferentes indivíduos nas diferentes línguas, o que remete àquilo que, na linguagem, é comum à espécie humana.
Cabe a uma teoria da aquisição da linguagem explicar esse fato, considerando de que modo a aquisição de uma língua específica pode elucidar o processo pelo qual a aquisição espontânea de qualquer língua humana se realiza. Uma teoria da aquisição da linguagem pode, portanto, ser concebida como um modelo da dinâmica desse processo. Essa teoria deverá caracterizar o modo como a criança lida com o material linguístico de que dispõe, extraindo dele informação relevante sobre a língua em questão, e explicar de que forma esse processo se faz viável para qualquer língua.
O desenvolvimento de uma teoria da aquisição da linguagem faz supor uma concepção ou modelo do estado estável do desenvolvimento a ser atingido e do estado inicial desse processo. Não há, contudo, no estudo da aquisição da linguagem, total consenso quanto ao modo de se conceberem os estados inicial e "final". Isso se deve, por um lado, à duplicidade de objetos a que o termo linguagem pode remeter ¾ língua e forma de expressão verbal, o que dá margem a diferentes modos de se conceber o problema de aquisição. Por outro lado, as divergências decorrem do confronto de diferentes tradições ou posturas epistemológicas no tratamento de um problema interdisciplinar.
O modelo inatista de aquisição de linguagem toma os seres humanos como os únicos dotados de uma faculdade da linguagem. Faculdade esta que nos permite falar, diferenciando-nos dos animais que não possuem essa característica. Esse aspecto nos seria dado através de nossa biologia, ou seja, nos genes dos humanos há algum componente que nos permite desenvolver a fala.A linguagem na visão inatista é tida como um objeto natural, específica da espécie. 
Uma dotação genética representada no cérebro, resultante do desencadeamento de um dispositivo, inscrito na mente do sujeito falante. Desse modo o homem possuiria uma Gramática Universal (GU), responsável por oferecer os princípios universais pertencentes à faculdade da linguagem. Essa gramática nos possibilitaria fazer uma série de marcações (positivo ou negativo) a respeito da língua materna. Esses seriam os parâmetros que estabeleceríamos para determinar o que funciona ou não em uma determinada língua.
Já a teoria interacionista estruturalista de aquisição de linguagem confere ao outro um papel de destaque na aquisição da linguagem. É o adulto (pai, mãe) que significa os gestos e balbucios da criança, conferindo-lhes status de linguagem. Nessa teoria a criança é capturada pela linguagem que possui ordem própria e que tem significado no uso coletivo. Ela é capturada e mantém relações com essa língua passando por estágios (não lineares, pois podem estar em mais de um estágio ao mesmo tempo), sempre baseada ou guiada pelo representante da linguagem (o outro),ou seja, a linguagem é adquirida pela experiência da criança com o meio e de forma interacionista.
Já a teoria interacionista estruturalista de aquisição de linguagem confere ao outro um papel de destaque na aquisição da linguagem. É o adulto (pai, mãe) que significa os gestos e balbucios da criança, conferindo-lhes status de linguagem. Nessa teoria a criança é capturada pela linguagem que possui ordem própria e que tem significado no uso coletivo. Ela é capturada e mantém relações com essa língua passando por estágios (não lineares, pois podem estar em mais de um estágio ao mesmo tempo), sempre baseada ou guiada pelo representante da linguagem (o outro),ou seja, a linguagem é adquirida pela experiência da criança com o meio e de forma interacionista.
Fases específicas que serão pesquisadas:
 
10-12 meses:
 
Por volta dos 10 meses apercebemo-nos que a variedade de sons balbuciados se reduz, verificando-se, desta forma, contornos de uma especialização linguística e abandonando-se a procura anterior de produzir sons pelo simples prazer auditivo. Agora o bebê encontra-se numa fase de reduplicação silábica. Brinca com formas repetidas, apresentando uma estrutura que assenta na combinação consoante/vogal (CV/CV) repetida em cadeia (“mamama” ou “babababa”). À estrutura reduplicada consoante/vogal (CV/CV), sucedem-se as produções de não reduplicação como “ma”, “pa”, situação que parece ser claramente influenciada pelas capacidades auditivas da criança. Sim-Sim (1998) diz, a propósito deste fato, que é nesta fase (entre os 10/12 meses) que se verifica um afastamento entre o comportamento dos bebês surdos e ouvintes, até aqui tão semelhantes em termos desenvolvimentais. A autora continua afirmando que, embora se verifique um decréscimo de produção fônica em ambas as populações, nos bebês surdos ocorre o silêncio, enquanto nos bebês ouvintes assistimos a uma qualitativa melhoria articulatória e a um aumento na diversidade de sons produzidos. Registra, agora, uma aproximação mais clara da palavra, sendo que na grande maioria dos casos surgem as proto-palavras, isto é uma utilização consistente de uma cadeia fônica por parte da criança, para designar um objeto, pessoa ou situação sem que esta designação tenha qualquer correspondência com o léxico que constitui a língua mãe, tal o caso de “pu-pu” para almofada ou de “mo-mo” para chupeta. (Sim-Sim, 1998).
Um dado importante e que não podemos deixar de referir é que, durante o período de balbucio, o gesto aparece como complemento da comunicação que se pretende estabelecer (Berger & Thompson 1997). Um dos primeiros gestos a ser usado pela criança é o de apontar. Aos 9 meses o bebê é já capaz de vocalizar e apontar para um objeto, deixando bem claro ao adulto a mensagem que lhe quer transmitir.
2-3 anos:
 
A maioria das crianças começa a falar no decorrer do segundo ano de vida; por volta dos dois anos de idade conhece, pelo menos, 50 palavras e as combina em frases curtas com duas ou três palavras, iniciando a fala telegráfica.A taxa de aprendizagem de palavras aumenta dramaticamente, e começa a aparecer, com alguma consistência, palavras com funções gramaticais, como artigos e preposições.
São capazes de inferir, apenas a partir do tom excitado da voz de um adulto e do contexto físico, que uma palavra nova deve referir-se a um determinado objeto.Começa a desenvolver a habilidade de responder, conseguindo assim desenvolver o diálogo assumindo a reciprocidade.Demonstra habilidade crescente em chamar atenção do que deseja seja por nomeação, expressão dos atributos, ou comentários.
Ainda apresenta características da fala pré-linguística e não revela frustração se não for compreendida.Nesta idade se inicia a fase da fala linguística, onde a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela o valor de frase. Por exemplo, diz “ua”, apontando para a porta da casa, expressando um pensamento completo “eu quero ir pra rua”. Essas palavras com valor de frases são chamadas de holófrases.
Entre os dois e três anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super-regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções.
Participantes:
 
 Método:
 
Pesquisa de campo, qualitativa, explicativa e descritiva.
 
 Instrumentos:
 
	Observação, entrevista e questionário. Será uma pesquisa semiaberta direcionada aos pais das crianças que responderão a um questionário e autorizarão previamente a gravação de um vídeo mostrando a interação destas crianças em seu ambiente.
 
 Aparelho utilizado ou equipamento:
 
	Câmera para gravação em áudio e vídeo.
 
Procedimento:
 
	As entrevistas serão realizadas nas residências e serão gravadas com áudio para posterior avaliação.
 
	As crianças que participaram deste estudo, já estão inseridas no convívio dos próprios pesquisadores, para diminuir o estranhamento delas em frente aos equipamentos da câmera e de pessoas desconhecidas. 
 
	Desta forma obtermos comportamentos mais autênticos da realidade da criança.
 
	Os materiais utilizados para a execução dos experimentos serão: Notebook, DVDs, músicas e câmeras diversas.
 
	Ocorreu a seguinte divisão prévia das atividades:
 
	As Gravações serão realizadas na residência dos pais das crianças, as gravações acontecerão na frequência de 2 vezes por semana durante 1 mês e repeitaremos o melhor horário para os pais e as crianças.
 
CONCLUSÃO
A linguagem é construída a partir da sociedade humana, sendo um produto social, nascido da necessidade que o ser humano tem de se comunicar com seus semelhantes. A criança nasce inserida em um mundo de linguagem, um universo repleto de simbolização que, aos poucos, vão tomando forma e se desenvolvendo conforme os aprendizados do dia a dia.
O contato com o adulto, que nomeia os objetos, estabelece relações e situações, que irão auxilia-las na construção de significados. As experiências do cotidiano oferecem elementos para a criança organizar seu pensamento, interagir com o meio e fazer suas próprias escolhas e quando isso não acontece compromete todo o desenvolvimento linguístico da mesma.
A linguagem é condição básica para que a criança entre no mundo e nele interfira, é uma ferramenta necessária e imprescindível para a troca e comunicação com o mundo e, também, para a relação consigo mesma.

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