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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS ALAN DONAVAN CLEITON CARDOSO EDINA TREVISO ELAINE SILVA JACKSON FILIPE DE ABREU KARLA DIAS THAYANE CARMINATI MARIO BEBBER NETO VICTOR BRASIL ACESSIBILIDADE URBANA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES SÃO JOSÉ 2015 ALAN DONAVAN CLEITON CARDOSO EDINA TREVISO ELAINE SILVA JACKSON FILIPE DE ABREU KARLA DIAS THAYANE CARMINATI MARIO BEBBER NETO VICTOR BRASIL ACESSIBILIDADE URBANA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES Trabalho referente a atividade prática supervisionada 2015/1 do curso de engenharia civil apresentado ao Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis. SÃO JOSÉ 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 5 3 ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 7 4 CONCLUSÃO ............................................................................................... 16 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 17 6 FICHA DE ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ........................ 18 4 1 INTRODUÇÃO Acessibilidade baseia-se em ter acesso a um conjunto de lugares ou um lugar que seja. Não somente permitir que pessoas com necessidades especiais participem de atividades gerais de uma sociedade, comunidade em fim, mas também fazer com que todos os serviços necessários cheguem a toda populações, visando sua adaptação e locomoção, destruindo todas as barreiras. O presente trabalho tem como objetivo avaliar e contribuir, a atual situação dos acessos para pessoas que possuem necessidades especiais na área urbana. Foi baseado em relação a diversas pesquisas literárias e com a própria vivencia e os meios que nos cercam durante todos os dias. Nossos bairros ainda não estão preparados para receber de igual para igual nossos portadores de necessidades, algumas coisas devem ser melhoradas e muitas outras devem ser feitas para que isso seja possível. Segundo o IBGE (2010) em 2010, cerca de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter ao menos um tipo de deficiência. De todas as deficiências, a motora atingia cerca de 3,2 milhões de pessoas. Contudo devemos também nos ater a soluções e melhorias, para outras necessidades como visão, audição que muitas vezes impedem o direito de ir e vir das pessoas por falta de sinalização adequada. A intenção é que, com este material possamos contribuir para uma melhora notável nas formas de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, já que hoje isso está muito precário em nossos bairros e comércio. 5 2 DESENVOLVIMENTO Segundo a Política Nacional de Educação Especial, são portadores de deficiência pessoas que apresentam expressivas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais adquiridas ou congênitas. Pessoas portadoras de necessidades especiais são aquelas que apresentam permanente ou temporária cognitiva, sensorial física ou múltipla. Nas últimas décadas é significativo o aumento de pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade, isso é agravado com outro caso, o da violência, deixando muitas pessoas deficientes temporários e até mesmo permanentes. Na região da grande Florianópolis, o acesso aos portadores de deficiência, apresenta muitas falhas em relação à mobilidade, gerando dificuldades de locomoção, comunicação e livre acesso a todos os ambientes, sendo estes públicos ou privados. Tendo em vista tamanha importância do problema, o CREA criou em dois de dezembro de 2004, o Decreto nº 5296 o qual relata a definição de acessibilidade. O mesmo diz que a “acessibilidade está associada a dar condições aos portadores de deficiência ou mobilidade reduzida de utilizar com segurança e autonomia em transportes, edificações, condomínios, loteamentos, meio de comunicação, passagens urbanas e rurais”. Este decreto definiu que barreiras é qualquer obstáculo que possa impedir o livre acesso, movimento e circulação, tais como: transporte público sem elevador para cadeirantes, semáforos sem sinal auditivo, passeios sem pisos táteis, entre outros. O direito de ir e vir é garantido a todo cidadão brasileiro, mas alguns não conseguem exercê-lo devido à falta de acessibilidade. Quando falamos em acessibilidade nos referimos às pessoas portadoras de deficiência e a necessidade de condições especiais para que elas possam se locomover de forma independente como: rampas de acesso, elevadores, semáforos sonoros e até piso e caminho tátil. Por mais que as escolas e faculdades estejam se atualizando quanto a isso, ainda existem algumas dificuldades de estrutura em algumas instituições de ensino e nos transportes da cidade. As leis que 6 determinam melhorias para os deficientes físicos existem, mas é necessário que sejam respeitadas. Atualmente arquitetos e engenheiros junto com o poder público e privado vêm buscando aprimorar e inovar diversos meios de construção para facilitar a acessibilidade. Visando tais problemas, os acadêmicos do curso de Engenharia Civil do Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis realizaram uma pesquisa de campo na região de trabalho ou moradia relatando falhas e mostrando soluções para as mesmas, tendo em vista facilitar o livre acesso. 7 3 ESTUDO DE CASO Residência da acadêmica Edina Treviso; Localizada no loteamento San Marino apresenta ruas calçadas, porém com muitos declives, o que dificulta a mobilidade de cadeirantes, idosos e pessoas com deficiência físicas temporárias. O loteamento não possui semáforos, porém sendo uma área residencial a velocidade máxima permitida é de 30 km/h facilitando a travessia não só de pessoas com deficiência, mas também de pessoas comuns. Para a liberação do habite-se é necessário que o proprietário construa passeio com pisos táteis para facilitar a mobilidade dos deficientes visuais, todavia os passeios não possuem rampa de acesso. Analisando essas dificuldades, a proposta para melhoria seria a construção de rampas de acesso aos passeios e residência e a instalação de semáforos. Figura 1. Área desidencial do acadêmico Edina Treviso. 8 Residência da acadêmica Thayane Carminati; Localizada no Residencial Figueira no bairro Sertão do Maruim o qual possui seis blocos com quatro andares cada, o mesmo não possui elevador estando de acordo com a legislação, porém não há um fácil acesso para portadores de necessidade especiais. Não dispõem de pisos táteis no interior do condomínio dificultando a locomoção de deficientes visuais, não possui asfalto gerando desnível e pedras soltas, causando dificuldade de locomoção de pessoas com deficiência. Analisando essas dificuldades seriam necessárias melhorias, com a implantação de um projeto de acessibilidade onde sejam solucionados os problemas, aplicando pisos táteis, asfaltando o interior do condomínio, para um projeto completo seria necessário à instalação de elevadores ou a construção de rampas de acesso externas para haver o livre acesso de deficientes em todos os ambientes.Figura 2. Área de subida do prédio da acadêmica Thayane. 9 Figura 3. Área residêncial da acadêmica Thayane. Residência do acadêmico Jackson Filipe de Abreu; Localizada no bairro Areias em São José, na Rua Manoel Rosa, a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais diversas é extremamente precária nessa região. Nem todas as ruas são calçadas, não existem rampas de acesso nas calçadas para cadeirantes, não possui calçadas adequadas para deficientes visuais, semáforos são inexistentes. É uma região com muitos morros o que dificulta ainda mais o acesso de pessoas com necessidades. Esses problemas poderiam ser resolvidos pelo governo responsável, junto de um apelo popular para que ninguém seja impedido do seu direito básico de ir e vir, para qualquer lugar que deseje. Nem tudo é possível que se resolva imediatamente, mas se alguma iniciativa for tomada as mudanças podem ocorrer mais rapidamente. 10 Figura 4. Área desidencial do acadêmico Jackson Abreu. Residência do acadêmico Alan Donavan; Localizada no Condomínio Ilha dos Açores no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Sua região é vasta em ciclovia e passeios, facilitando a mobilidade. Encontra-se várias faixas de travessia de pedestres, algumas com mau planejamento. Visto que o condomínio localiza-se em uma rodovia de grande fluxo de veículos, com velocidade limitada de 60 Km/h, são encontrados semáforos para facilitar a travessia dos pedestres. Nas dependências do condomínio, não há pisos táteis, apenas revestimento de bloquetes sextavados, sem dificultar a locomoção. O condomínio não possui elevador, o que dificulta a mobilidade de um possível cadeirante, residindo no 4º andar, por exemplo. Analisando estas situações, fica evidente a necessidade de elevadores e pisos táteis no interior do condomínio, assim como adequação e manutenção de rampas fora dele. 11 Área comercial da acadêmica Karla Stefany Dias; Localizada no Bairro Bom Viver-Biguaçu com divisa ao Bairro Serraria no município de São Jose. Com ruas pavimentadas, porém com poucos espaços de calçadas "as quais se faz necessários para os pedestres", neste bairro localizam-se muitas salas comercias e são em frente á essas salas que se encontram as calçadas citadas, ou seja, em frente às residências do bairro o espaço destinado à calçada é apenas de 20 á 30 cm no máximo, o que não se possibilita o espaço para tapetes táteis, deixando assim as pessoas com necessidades especiais sem o acesso devido. Em frente em algumas salas comercias existem rampas, porém para chegar até ela, é necessário que os “cadeirantes” andem no acostamento da rua, por onde passam vários carros, ciclistas e pedestres. Também o que é raro encontrar é faixas de pedestres, sendo a única localizada em frente a uma escola, e poucas lombadas, facilitando o tráfego em alta velocidade, ocasionando acidentes. Ainda assim é comum vermos indivíduos colocando lixeiras na calçada, calçadas com degraus, prédios públicos e privados sem rampas de acesso, nesta mesma rua encontramos uma "casa do povo" interligado a secretaria da assistência social, sem rampa, sem vaga para idoso, sem vaga para deficiente. Para assegurar que isso não aconteça, seria necessário que se cumpra o "(Art. 10 Revogam-se as disposições em contrário. Biguaçu, 22 de Novembro de 2012. JOSÉ CASTELO DESCHAMPS Prefeito Municipal Lei nº 3306/2012, de 22/11/2012 sancionada em 22/11/2012 Reg. e public. /data Roberta Borba Rodrigues Gerente de Protocolo e Expediente Anexo I Dos conceitos e denominações a) Escadaria: Escadaria. b) Beco: Acesso para algumas residências que possuam até 2,00m de caixa. c) Servidão: Acesso para algumas residências (sem saída) que possuam até 4,00m, sendo obrigatórios 1,00m de calçada em um dos lados (3,00m pista de rolamento, 1,00m calçada). d) Rua: De 4,00 á 7,00m, obrigatório calçada dos dois lados no mínimo de 1,00m. e) Rua: De 7,00 á 10,00m, obrigatório calçada dos dois lados no mínimo de 1,50m de cada lado. f) Avenidas: Vias de pistas duplas (6m de pista de rolamento de cada lado) e canteiro central, calçadas de no 12 mínimo 1,50m de cada lado (pista para bicicletas e caminhada opcional). g) Rodovia: via rural pavimentada. h) Estrada: via rural não pavimentada. i) Via pública: via urbana, tal como: rua, avenida, viela, caminhos. j) Servidão de passagem/trânsito: acesso determinado por ordem judicial a lote encravado.)”, junto com o secretario de obras da prefeitura, tendo as calçadas do tamanho certo, com os tapetes táteis, incluindo com rampas e faixas de pedestres, para que as pessoas com necessidades possam se deslocar com mais tranquilidade e segurança. Figura 5. Área residencia da acadêmica Karla Dias. Residência do Acadêmico Mario Bebber Neto Localizada no bairro Kobrasol, em São José, situada na Rua Altino Sebastião Pereira. O prédio não conta com elevadores e o acesso aos 13 apartamentos ocorre apenas por escada, o que é comum no bairro, devido à maioria dos prédios serem antigos, tempo o qual não era levado em conta essa preocupação. Sobre o bairro, conta com ruas asfaltadas, boa sinalização visual, precária sinalização auditiva, calçada com pisos táteis intercalando com outras não táteis gerando dificuldades aos deficientes visuais. Postes de luz próximos de muros e alguns ainda no meio da calçada, dificultando a passagem de cadeirantes. Calçadas com desníveis e a grande maioria sem rampa de acesso. Sabendo que a população que possui algum tipo de deficiência física necessita de acessibilidade especial, seria coerente modificar a infraestrutura para facilitar o trajeto, o qual é essencial, e que proporciona uma melhor qualidade de vida. Figura 6. Área desidencial do acadêmico Mario Bebber. Residência do Acadêmico Victor Martinelli Brasil Localizada no bairro Kobrasol, em São José, situada na Avenida Governador Adolfo Konder. O prédio conta com rampa de acesso, escadas com corrimão e elevadores. A calçada possui sinalização para deficientes visuais e rampa para cadeirantes. Nas ruas adjacentes não se percebe o mesmo cuidado, muitas calçadas irregulares e esburacadas, sem rampas ou a sinalização para deficientes visuais. 14 As ruas são asfaltadas e há grande tráfego de carros, que estacionam em local proibido, incluindo em cima da faixa de pedestre e na frente de rampas de acesso. Cabe a prefeitura uma melhor fiscalização nas ruas, calçadas e seus acessos e a polícia juntamente com a guarda municipal orientar e cobrar dos motoristas que estacionam seus carros e motocicletas nos locais indevidos, ajudando a colaborar com a circulação de pessoas com necessidades especiais, visando sempre uma melhora na qualidade de vida de todos. Residência do Acadêmico Cleiton Wanderlei Cardoso Localizada no bairro Freitas, em Paulo Lopes, situada na Rua Rufino Manoel de Jesus. A região possui ruas asfaltadas e bem sinalizadas, contudo, a acessibilidade para pessoas que possuem necessidades especiais é praticamente zero. As ruas não possuem calçadas e mesmo não possuindo tráfico intenso de veículos, acabam impossibilitando a passagem segura de pedestres, principalmente aqueles que possuem alguma deficiência física. O descaso dos governantes da cidade e dos órgãos fiscalizadores é evidente, já que nenhuma das ruas está de acordo com as regras da construção civil, e para que fossem normalizadas seria necessária uma grande remodelagem de todo o bairro. Figura 7.Área residêncial do acadêmico Cleiton. Residência da Acadêmica Elaine Maria Localizado na principal via do Monte Serrat, a General Vieira da rosa, situado na região central da grande Florianópolis. Na comunidade existem muitos obstáculos com becos, ruelas, servidões e escadarias, muitas vezes sem 15 a presença de calçada ou calçamento em bom estado, tendo alguns riscos físicos para os moradores, principalmente para pessoas com deficiência física. Analisando essas dificuldades, o que poderia amenizar ou mesmo resolver suas necessidades de acessibilidade seria um teleférico. As escadas poderiam ser substituídas por rampas de acesso e também poderiam ser aplicados pisos táteis para deficientes visuais. Figura 8 e 6. Área residencial da acadêmica Elaine. 16 4 CONCLUSÃO Levando-se em conta o que foi observado percebe-se que a acessibilidade é um tema de extrema importância da atualidade. Pessoas com algum tipo de deficiência são cidadãos como qualquer outro e tem o direito de poder se locomover com autonomia, independência e segurança, Contudo, é evidente que em grande parte do Brasil existem grandes problemas em relação à acessibilidade. A fiscalização de obras por todo o país não é suficiente nem eficaz, já que muitas são executadas sem seguir as normas estabelecidas, gerando grandes obstáculos àquelas pessoas que necessitam de um “país acessível”. É crescente a cada ano o número de indivíduos com deficiência, sendo assim, torna-se de extrema importância a melhorias de nossas cidades. “Somos todos responsáveis pelo resgate da cidadania dos portadores de deficiência física”. 17 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23&Cod=803 http://uninovafapi.edu.br/eventos/jic2006/trabalhos/FISIOTERAPIA/Oral/93%20- %20AVALIA%C7%C3O%20DA%20ACESSIBILIDADE%20PARA%20PORTAD ORES%20DE%20NECESSIDADES%20ESPECIAIS,%20CADEIRANTES,%20 NA%20ZONA%20URBANA%20.pdf http://jornalocasarao.com/2014/06/02/as-dificuldades-de-portadores-da- deficiencia-fisica/ http://www.significados.com.br/acessibilidade/ http://www.tecmundo.com.br/tutorial/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt- citacao-2-de-4-.htm www.ibge.gov.br/ http://www3.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao.pdf www.crea-sc.org.br/ www.mec.gov.br/ 18 6 FICHA DE ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS 19 20 21 22 23 24 25 26 27
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