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Aula 03 Raciocínio Lógico p/ AFT - 2016 (Com videoaulas) Professor: Marcos Piñon 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 92 AULA 03: Lógica (Parte 3) Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) SUMÁRIO PÁGINA 1. Resolução das questões da Aula 02 1 2. Lógica da Argumentação 42 3. Exercícios Comentados nesta aula 77 4. Exercícios Propostos 81 5. Gabarito 92 1 - Resolução das questões da Aula 02 Como de costume, vamos começar com a resolução das questões que deixei na aula passada! 133 - (MPS - 2009 / CESPE) Considerando as proposições P, Q e R e os símbolos lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧∧ (e); → (se ..., então), é correto afirmar que a proposição ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) é uma tautologia. Solução: A primeira maneira que vem na cabeça para resolver esta questão é ir logo construindo a tabela verdade. Vamos lá: P Q R ~P ~Q ~P→R ~(~P→R) P∧~Q ~(P∧~Q) ~(~P→R)→ ~(P∧~Q) V V V F F V F F V V V V F F F V F F V V V F V F V V F V F V V F F F V V F V F V F V V V F V F F V V F V F V F F V F V V F F V V V V F F V V F F F V V F V F V V Olhando para a última coluna da tabela-verdade, podemos ver que se trata de uma tautologia. Acontece que na hora da prova, construir uma tabela desse tamanho leva bastante tempo e, se não tivermos uma atenção espetacular, pode 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 92 nos levar a cometer algum erro por desatenção. Assim, vou mostrar uma maneira mais simples de resolver esta questão, sem precisar construir esta tabela. Primeiro, vamos olhar com atenção a proposição: ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) Destaquei os termos para mostrar que temos uma condicional. Já sabemos que uma condicional só será falsa quando o primeiro elemento for verdadeiro e o segundo elemento for falso (V → F). Assim, basta testar o primeiro elemento sendo verdadeiro e verificar o comportamento do segundo. Se houver a possibilidade de ele ser falso, poderemos concluir que a condicional poderá ser falsa e que a proposição não será uma tautologia. Tomando ~((~P) → R) como verdadeiro, temos: ~((~P) → R) = V Vimos a negação da condicional “~(p → q) = p ∧ ~q”: ~((~P) → R) = ~P ∧ ~R = V Para que uma conjunção seja verdadeira, as duas proposições simples devem ser verdadeiras. Assim, temos que ~P é verdadeiro e ~R também é verdadeiro (ou seja, tanto P quanto R são falsos). Por fim, considerando que P e R sejam falsos (para que o primeiro termo da condicional seja verdadeiro), resta verificar se o segundo termo da condicional pode ser falso: ~(P ∧ (~Q)) Substituindo o P por F, temos: ~(F ∧ (~Q)) Não sabemos se Q é verdadeiro ou falso, mas sabemos que numa conjunção, quando uma de suas proposições simples é falsa, seu valor lógico também é falso. ~(F) = V Assim, independentemente do valor lógico de Q, o segundo termo da condicional sempre será verdadeiro para P considerado falso. Logo, podemos concluir que temos uma tautologia, pois não existe a possibilidade de a condicional ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) possui um valor lógico diferente de Verdadeiro. Item correto! Na prova, essa questão acabou sendo anulada, pois havia um erro de impressão que eu corrigi para que vocês pudessem treinar. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 92 134 - (DETRAN/DF - 2008 / CESPE) A proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é sempre falsa. Solução: A questão está afirmando que a proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é sempre falsa, ou seja, a proposição é uma contradição. Para verificar isso, basta construir sua tabela-verdade. Vamos lá: A B ~A ~B A v B (~A) ∧ (~B) (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] V V F F V F F V F F V V F F F V V F V F F F F V V F V F Olhando para a última coluna, percebemos que realmente é uma contradição. Assim, este item está correto! 135 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma tautologia. Solução: Nessa questão, como temos apenas duas variáveis (A e B), vamos direto construir a tabela-verdade: A B ~B A ∧ (~B) A ∧ B ~(A ∧ B) A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) V V F F V F V V F V V F V V F V F F F V V F F V F F V V Percebemos pela última coluna da tabela que realmente a proposição A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma tautologia. Item correto! 136 - (MPS - 2010 / CESPE) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧∧ (e); → (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia. Solução: Mais uma para treinar. Podemos ir direto para a tabela-verdade: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 92 P Q ~P (~P) ∧ Q (~P) v Q (~P) ∧ Q → (~P) v Q V V F F V V V F F F F V F V V V V V F F V F V V Aqui nós já podemos marcar essa questão como certa. Para quem quiser outra forma de resolver essa questão, podemos fazer a seguinte análise, que vale para muitas questões desse tipo: Queremos saber se a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia. Para ela não ser uma tautologia é necessário que para alguma combinação dos possíveis valores lógicos de P e Q, a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q seja falsa. Temos uma condicional. A condicional só é falsa quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda proposição é falsa. Com isso, devemos testar se existe alguma possibilidade de, ao mesmo tempo, (~P) ∧ Q ser verdadeira e (~P) v Q ser falsa. Vamos testar? (~P) ∧ Q: Temos uma conjunção, que só será verdadeira quando (~P) e Q forem verdadeiras ao mesmo tempo. Assim, resta testar se o (~P) v Q será falsa, considerando (~P) verdadeira e Q também verdadeira. (~P) v Q (substituindo (~P) e Q por V) V v V (que possui valor lógico verdadeiro) Portanto, podemos concluir que não existe nenhuma possibilidade de a proposição (~P) ∧ Q ser verdadeira e a proposição (~P) v Q ser falsa ao mesmo tempo, o que torna a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q sempre verdadeira, ou seja, uma tautologia. Item correto! 137 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Independentemente dos valores lógicos atribuídos às proposições A e B, a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tem somente o valor lógico F. Solução: Poderíamos construir a tabela-verdade e verificar se temos somente o valor lógico F para a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A). Mas eu vou resolver essa questão pelo outro método mostrado na questão anterior. Vamos lá! Devemos prestar atenção no seguinte, a questão afirma que a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) será sempre falsa, independentemente dos valores lógicos de A e B. Comose trata de uma condicional, para testar se existe alguma possibilidade de essa proposição ser verdadeira, devemos lembrar que a condicional será verdadeira sempre que a primeira proposição for falsa ou quando as duas proposições forem verdadeiras. Ora, existe alguma possibilidade de 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 92 [(A → B) ∧ (~B)] ser falsa? É o que veremos agora, pois basta isso para que a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tenha pelo menos um valor lógico verdadeiro. [(A → B) ∧ (~B)] Temos aqui uma conjunção, que será falsa sempre que qualquer uma de suas proposições for falsa. Assim, basta que (A → B) seja falsa ou (~B) seja falsa. Ora, basta que B seja verdadeira para que (~B) seja falsa. Logo, haverá pelo menos uma possibilidade na qual a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) será verdadeira, o que torna o item errado. Só para ilustrar, vou construir a tabela-verdade: A B ~A ~B A → B [(A → B) ∧ (~B)] [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) V V F F V F V V F F V F F V F V V F V F V F F V V V V V Podemos perceber que temos uma tautologia, que é o oposto do que a questão está afirmando. Perceba que sempre que B for verdadeira (linhas 1 e 3), [(A → B) ∧ (~B)] será falsa, como mostramos acima. Item errado! 138 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A negação da proposição “se Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem mais de 30 anos” é “se Paulo não está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa não tem mais de 30 anos”. Solução: Nessa questão, devemos saber a negação de uma proposição “se...então...”. Vimos na aula passada que essa negação é dada por: ~(p → q) = p ∧ ~q Assim, transformando a sentença para a linguagem simbólica, temos: se Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem mais de 30 anos p: Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos q: Luísa tem mais de 30 anos Assim, a negação fica: Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos e Luísa não tem mais de 30 anos p q → p ~q ∧ 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 92 Portanto, o item está errado! 139 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) As proposições na forma ~(A ∧ B) têm exatamente três valores lógicos V, para todos os possíveis valores lógicos de A e B. Solução: Nessa questão, podemos simplesmente construir a tabela-verdade e verificar quantos valores lógicos serão V e quantos serão F. Podemos, também, lembrar que ~(A ∧ B) é equivalente a ~A v ~B. Como já temos decorada a tabela-verdade de uma disjunção, sabemos que ela possui três valores lógicos V e um valor lógico F. Logo, o item está correto! Segue a tabela- verdade para ilustrar: A B ~A ~B A ∧ B ~(A ∧ B) ~A v ~B V V F F V F F V F F V F V V F V V F F V V F F V V F V V 140 - (TRT - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. Solução: Começamos passando a sentença para a linguagem simbólica: “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão” Reescrevendo essa sentença, temos: “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e o juiz determinou a libertação de um ladrão” Batizando as proposições simples, temos: A: O juiz determinou a libertação de um estelionatário B: O juiz determinou a libertação de um ladrão Portanto, temos uma conjunção (proposição composta do tipo “A ∧ B”). Vimos na aula passada que a negação dessa conjunção é dada por “~A v ~B”. Assim, temos: ~A: O juiz não determinou a libertação de um estelionatário 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 92 ~B: O juiz não determinou a libertação de um ladrão Assim, ~A v ~B é dado por: “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário ou o juiz não determinou a libertação de um ladrão” Voltando para o enunciado da questão, é informado que a negação é dada por “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. Ora, isso é o mesmo que “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário e não determinou a libertação de um ladrão” (“nem” = “e” + “não”). Na linguagem simbólica essa sentença é dada por: ~A ∧ ~B. Portanto, o item está errado! 141 - (TRE/ES - 2009 / CESPE) A negação da proposição “A pressão sobre os parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários” está corretamente redigida na seguinte forma: “A pressão sobre os parlamentares para não diminuir e aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários”. Solução: Essa questão é bem parecida com esta última que acabamos de resolver. Vamos começar passando a sentença para a linguagem simbólica: “A pressão sobre os parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários” Reescrevendo, temos: “A pressão sobre os parlamentares para diminuir o percentual de reajuste dos seus próprios salários ou a pressão sobre os parlamentares para não aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários” Batizando as proposições simples, temos: A: A pressão sobre os parlamentares para diminuir o percentual de reajuste dos seus próprios salários B: A pressão sobre os parlamentares para não aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários” Temos aqui uma disjunção (A v B). Já sabemos que a negação da disjunção é dada por: ~A ∧ ~B. Assim, temos: ~A: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir o percentual de reajuste dos seus próprios salários ~B: A pressão sobre os parlamentares para aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários” 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 92 ~A ∧ ~B: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir o percentual de reajuste dos seus próprios salários e a pressão sobre os parlamentares para aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários Reescrevendo para simplificar a sentença, temos: ~A ∧ ~B: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir e aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários Comparando com o enunciado da questão, concluímos que ela está correta! 142 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Considere as seguintes proposições. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. B: Sílvia vai ao teatro. Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão ~(A v B) corresponde à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”. Solução: Nessa questão, temos quem é A e quem é B e devemos encontrar quem é ~(A v B). Ora, já sabemos que: ~(A v B) = ~A ∧ ~B Assim, temos: ~A: Jorge não briga com sua namorada Sílvia ~B: Sílvia não vai ao teatro Assim, ~A ∧ ~B: Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvianão vai ao teatro. Voltando para o enunciado, vemos que a questão está correta! 143 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.” é logicamente equivalente à proposição “Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”. Solução: Vamos começar passando a proposição para a linguagem simbólica: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 92 “Havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.” A: Havia um caixa eletrônico em frente ao banco B: O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião Temos, portanto, uma disjunção (A v B). Já sabemos que sua negação é ~A ∧ ~B. Assim, temos: ~A: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco ~B: O dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião Assim, ~A ∧ ~B é dado por: ~A ∧ ~B: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco e o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião Comparando com o enunciado, vemos que a questão está errada já que é dito que a negação da proposição é equivalente a “Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”. Vejam, a diferença está no conectivo. 144 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”. Solução: Mais uma questão bem parecida com essas últimas que nós acabamos de resolver. Queremos a negação de “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado”. Passando para a linguagem simbólica, temos: “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado” A: Pedro não sofreu acidente de trabalho B: Pedro está aposentado Portanto, temos uma disjunção A v B. Já sabemos que a negação dessa disjunção é dada por ~A ∧ ~B. Assim, ~A: Pedro sofreu acidente de trabalho ~B: Pedro não está aposentado Com isso, ~A ∧ ~B é dado por: ~A ∧ ~B: Pedro sofreu acidente de trabalho e Pedro não está aposentado 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 92 Comparando com o enunciado da questão, percebemos o erro na troca do conectivo “e” pelo “ou”. Portanto, a questão está errada! 145 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O cartão de Joana tem final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo” é “O cartão de Joana tem final ímpar e Joana recebe acima do salário mínimo”. Solução: Viram que as questões se repetem bastante? Só mais uma questão desse tipo. Passando para a linguagem simbólica, temos: “O cartão de Joana tem final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo” A: O cartão de Joana tem final par B: Joana não recebe acima do salário mínimo Assim, devemos negar uma disjunção “A v B”. A essa altura já devemos estar carecas de saber que a negação de “A v B” é dada por “~A ∧ ~B”. Assim, temos: ~A: O cartão de Joana não tem final par ~B: Joana recebe acima do salário mínimo ~A ∧ ~B: O cartão de Joana não tem final par e Joana recebe acima do salário mínimo Comparando com o enunciado, vemos que a primeira proposição simples está diferente “O cartão de Joana tem final ímpar”. Mas será que está diferente mesmo? Será que dizer que “O cartão de Joana não tem final par” e dizer “O cartão de Joana tem final ímpar” são coisas diferentes? Nesse caso, podemos afirmar que se trata da mesma coisa! Qualquer cartão só poderá ter em seu final os números 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Ora, 0, 2, 4, 6 e 8 são números pares e 1, 3, 5, 7 e 9 são números ímpares. Logo, se o final não é par, com certeza ele será ímpar. Portanto, nesse caso, dizer que “o final não é par” é o mesmo que dizer que “o final é ímpar”. Assim, a questão está correta! 146 - (TRT - 2009 / CESPE) As proposições (~A) v (~B) e A → B têm os mesmos valores lógicos para todas as possíveis valorações lógicas das proposições A e B. Solução: Bom, a melhor maneira de resolver logo essa questão é construir a tabela-verdade e verificar se as duas proposições são equivalentes: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 92 A B ~A ~B (~A) v (~B) A → B V V F F F V V F F V V F F V V F V V F F V V V V Podemos perceber que as proposições não são equivalentes, já que para os mesmos valores lógicos de A e B, essas proposições possuem valores lógicos diferentes. Logo, a questão está errada! 147 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Se A e B são proposições, então ~(A ↔ B) tem as mesmas valorações que [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)]. Solução: Vamos para a tabela-verdade? A B ~A ~B A ↔ B ~(A ↔ B) ~A → ~B ~B → ~A [~A → ~B] ∧ [~B → ~A] V V F F V F V V V V F F V F V V F F F V V F F V F V F F F V V V F V V V Olhando para os valores lógicos de ~(A ↔ B) e de [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)], vemos que as duas proposições não possuem os mesmos valores lógicos. Assim, concluímos que a questão está errada! Acontece que essa tabela-verdade deu um trabalhão. Será que não tem outra forma de resolver essa questão? Tem sim! Vamos a ela! Lembram que A ↔ B é o mesmo que (A → B) ∧ (B → A)? Assim, temos: A ↔ B = (A → B) ∧ (B → A) ~(A ↔ B) = ~[(A → B) ∧ (B → A)] Vimos na aula passada que A → B é equivalente a ~B → ~A, e, de forma semelhante, B → A é equivalente a ~A → ~B. Voltando para a nossa expressão, temos: ~(A ↔ B) = ~[(A → B) ∧ (B → A)] ~(A ↔ B) = ~[(~B → ~A) ∧ (~A → ~B)] Vimos, também na aula passada, que A ∧ B é o mesmo que B ∧ A. Assim, podemos reescrever nossa expressão: ~(A ↔ B) = ~[(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 92 Comparando com o enunciado da questão, temos: ~(A ↔ B) = ~[(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] (o que acabamos de demonstrar) ~(A ↔ B) = [(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] (o enunciado da questão) Assim, podemos concluir que a questão está errada, já que o resultado apresentado no enunciado da questão é o oposto do resultado demonstrado aqui. Bom, essas são duas maneiras de resolver essa questão. Acho que ainda deu muito trabalho. Existe, ainda, uma terceira, que às vezes é bem mais simples. Vamos a ela! Podemos simplesmente ir testando os possíveis valores lógicos de A e B e verificando o resultado nas proposições ~(A ↔ B) e [(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)]. Vamos lá: Testando A e B verdadeiros: ~(A ↔ B) ~(V ↔ V) ~(V) = F [(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] [(~V → ~V) ∧ (~V → ~V)] [(F → F) ∧ (F → F)] [(V) ∧ (V)] = V Já nesse primeiro teste podemos concluir que as proposições ~(A ↔ B) e [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)] não possuem as mesmas valorações. Portanto, o item está errado! 148 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) As proposições A ∧∧ (~B) ∧ (~C) e ~[A →→ (B v C)] têm os mesmos valores lógicos, independentemente dos valores lógicos das proposições A, B eC. Solução: Bom, a primeira maneira de resolver esta questão é construir a tabela-verdade das duas proposições e fazer a comparação. Porém, olhando com cuidado para as proposições, podemos tirar as seguintes conclusões: A ∧ (~B) ∧∧ (~C): Estamos diante de uma conjunção. Ela só será verdadeira quando todos os seus elementos forem verdadeiros, ou seja, quando “A”, “~B” e “~C” forem verdadeiros ao mesmo tempo, ou seja, A verdadeira, B falsa e C falsa. Em qualquer outra situação, a proposição será falsa. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 92 ~[A →→ (B v C)]: Estamos diante da negação de uma condicional. Assim, como a condicional só será falsa quando o primeiro elemento for verdadeiro e o segundo elemento for falso, a negação da condicional é o oposto, ou seja, ela só será verdadeira quando o primeiro elemento for verdadeiro e o segundo elemento for falso (quando A for verdadeira e (B v C) for falsa, ou seja, tanto B quanto C forem falsas). Em qualquer outra situação esta negação será falsa. Resumindo: Proposição 1: V (A verdadeira, B falsa, C falsa) F (qualquer outra combinação) Proposição 2: V (A verdadeira, B falsa, C falsa) F (qualquer outra combinação) Assim, concluímos que a questão está correta. Só para ilustrar, segue a tabela- verdade: A B C ~B ~C A ∧ (~B) ∧ (~C) B v C A → (B v C) ~[A → (B v C)] V V V F F F V V F V V F F V F V V F V F V V F F V V F V F F V V V F F V F V V F F F V V F F V F F V F V V F F F V V F F V V F F F F V V F F V F 149 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) As proposições [A v (~B)] → (~A) e [(~A) ∧∧∧∧ B] v (~A) são equivalentes. Solução: Aqui só temos duas variáveis, o que indica que a tabela-verdade pode ser a melhor opção. Vamos desenhá-la? A B ~A ~B A v (~B) [A v (~B)] → (~A) (~A) ∧ B [(~A) ∧ B] v (~A) V V F F V F F F V F F V V F F F F V V F F V V V F F V V V V F V Bom, podemos perceber que a questão está correta! 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 92 150 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A proposição “Se havia um caixa eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião” é logicamente equivalente à proposição “Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia um caixa eletrônico em frente ao banco”. Solução: Começamos passando para a linguagem simbólica: A: havia um caixa eletrônico em frente ao banco B: o dinheiro ficou com Gavião Proposição 1: Se havia um caixa eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião Proposição 1: A → B Proposição 2: Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia um caixa eletrônico em frente ao banco Proposição 2: ~B → ~A Portanto, a questão quer saber se (A → B) é equivalente a (~B → ~A). Lembram dessa equivalência? Já vimos algumas questões onde ela apareceu. Item correto! 151 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Se A for a proposição “Todos os policiais são honestos”, então a proposição ~A estará enunciada corretamente por “Nenhum policial é honesto”. Solução: Lembrando a aula passada, vimos que a negação de “existe... que é...” é dada por “todo... não é...” e a negação de “todo... é...” é dado por “existe... que não é...”. Assim, A: Todos os policiais são honestos ~A: Existe policial que não é honesto Portanto, a questão está errada, já que afirmar que “Nenhum policial é honesto” não é o mesmo que afirmar que “Existe policial que não é honesto”. Assim, o item está errado! 152 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) Dizer que “todas as senhas são números ímpares” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que “pelo menos uma das senhas não é um número ímpar”. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 92 Solução: Vamos lá: A: Todas as senhas são números ímpares ~A: pelo menos uma das senhas não é um número ímpar A proposição “A” será verdadeira se realmente TODAS as senhas forem números ímpares. Caso pelo menos uma das senhas não seja um número ímpar, a proposição “A” será falsa. Assim, do ponto de vista lógico, podemos concluir que esta questão está correta! 153 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) Se a proposição A → (B v C) é F, então a proposição (A ∧∧ B) v (A ∧ C) é V. Solução: A questão afirma que se a proposição A → (B v C) é falsa, então a proposição (A ∧∧ B) v (A ∧∧∧∧ C) é verdadeira. Poderíamos simplesmente construir a tabela- verdade e verificar isso. Como aparecem três variáveis, teríamos uma tabela com 8 linhas, o que dá um bom trabalho. Com isso, vamos fazer de outra forma. Para a proposição A →→ (B v C) ser falsa, devemos ter A verdadeira e (B v C) falsa, ou seja, A verdadeira, B falsa e C falsa, ao mesmo tempo. Agora, resta testar estes valores na proposição (A ∧∧ B) v (A ∧ C) e verificar se ela é verdadeira: (A ∧ B) v (A ∧ C) (V ∧ F) v (V ∧ F) (F) v (F) = F Assim, podemos concluir que a questão está errada. Segue a tabela-verdade, caso você prefira esta forma de resolução. A B C B v C A → (B v C) A ∧ B A ∧ C (A ∧ B) v (A ∧ C) V V V V V V V V V V F V V V F V V F V V V F V V V F F F F F F F F V V V V F F F F V F V V F F F F F V V V F F F F F F F V F F F Podemos observar na quarta linha da tabela que a proposição A → (B v C) é falsa e a proposição (A ∧ B) v (A ∧ C) também é falsa. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 92 154 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Toda pessoa pobre é violenta” é equivalente a “Existe alguma pessoa pobre que não é violenta”. Solução: Devemos saber que a negação de uma proposição do tipo “Todo ... é ...” corresponde a “Existe ... que não é ...”. Assim: P: “Toda pessoa pobre é violenta”. ~P: “Existe pessoa pobre que não é violenta”. Item correto. 155 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Se houver corrupção, os níveis de violência crescerão” é equivalente a “Se não houver corrupção, os níveis de violência não crescerão”. Solução: Vamos começar passando as duas proposições para a linguagem simbólica: p: Houver corrupção. q: Os níveis de violência crescerão. ~p: Não houver corrupção. ~q: Os níveis de violência não crescerão. p → q: Se houver corrupção, os níveis de violência crescerão. ~p → ~q: Se não houver corrupção, os níveis de violência não crescerão. Portanto, devemos verificar se “~(p → q)” é equivalente a “~p → ~q”. Sabemos que a negação de uma proposição do tipo “p → q” é “p ∧ ~q”. Assim, devemos verificar se “p ∧ ~q” é equivalente a “~p → ~q”. De forma direta, sabemos que uma conjunção qualquer possui três valores lógicos falsos e um valor lógico verdadeiro e que uma condicional qualquer possui um valor lógico falso e três valores lógicos verdadeiros. Portanto, as proposições “p ∧ ~q” e “~p → ~q” não podem ser equivalentes. Segue a tabela-verdade que prova o que falei acima: p q ~p ~q p → q~(p → q) p ∧ ~q ~p → ~q V V F F V F F V V F F V F V V V F V V F V F F F F F V V V F F V 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 92 Item errado. 156 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que Jorge não seja pobre, mas pratique atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um contraexemplo para a afirmação: “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos”. Solução: Um contraexemplo para a afirmação “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos” é um exemplo que negue esta afirmação, ou seja, é um exemplo que confirme que “Existe indivíduo pobre que não pratica atos violentos”. Assim, como Jorge não é pobre, ele não pode ser um contraexemplo. Item errado. (Texto para a questão 157) Com a finalidade de reduzir as despesas mensais com energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas de circulação, sensores de presença e de claridade natural que atendem à seguinte especificação: P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural suficiente no recinto. Acerca dessa situação, julgue o item seguinte. 157 - (TCDF - 2012 / CESPE) A negação da especificação P é logicamente equivalente à proposição “A luz não permanece acesa se, e somente se, não há movimento ou há claridade natural suficiente no recinto”. Solução: Nessa questão, vamos começar passando a especificação P para a linguagem simbólica: P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural suficiente no recinto. p: A luz permanece acesa q: Há movimento r: Há claridade natural suficiente no recinto P: p ↔ (q ∧~r) Agora, passamos a proposição do enunciado (vou chamar de Q) para a linguagem simbólica: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 92 Q: “A luz não permanece acesa se, e somente se, não há movimento ou há claridade natural suficiente no recinto” Q: ~p ↔ (~q v r) Portanto, queremos saber se ~[p ↔ (q ∧ ~r)] é equivalente a ~p ↔ (~q v r). Para descobrir se essas duas proposições são ou não são equivalentes, temos mais de uma maneira. A primeira é tentar desenvolver as duas proposições para chegarmos em algo mais simples: ~[p ↔ (q ∧ ~r)] Lembrando que A ↔ B = (A → B) ∧ (B → A), temos: ~{[p → (q ∧ ~r)] ∧ [(q ∧ ~r) → p]} Lembrando que A → B = ~B → ~A, temos: ~{[~(q ∧ ~r) → ~p] ∧ [~p → ~(q ∧ ~r)]} Lembrando que ~(A ∧ B) = ~A v ~B, temos: ~{[(~q v r) → ~p] ∧ [~p → (~q v r)]} Lembrando, também que p ∧ q = q ∧ p, temos: ~{[~p → (~q v r)] ∧ [(~q v r) →→ ~p]} Desenvolvendo a segunda proposição, temos: ~p ↔ (~q v r) [~p → (~q v r)] ∧ [(~q v r) → ~p] Perceberam que as proposições em azul são iguais? Pois é, podemos concluir que a proposição “~P” é a negação da proposição do enunciado (Q), ou seja, não são equivalentes. Outra possibilidade é utilizar a tabela-verdade: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 92 p q r ~p ~q ~r q ∧ ~r p ↔ (q ∧ ~r) ~[p ↔ (q ∧ ~r)] ~q v r ~p ↔ (~q v r) V V V F F F F F V V F V V F F F V V V F F V V F V F V F F F V V F V F F F V V F F V V F F V V V F F F V F V V F V F V F V V F V F F F F V V V F F V F V V F F F V V V F V F V V Podemos ver que quando uma proposição é verdadeira, a outra é falsa, e vice- versa, exatamente o que tínhamos concluído acima, que uma é o oposto da outra, ou seja, elas são contraditórias. Item errado. 158 - (MPU - 2013 / CESPE) A negação da proposição “Não apareceram interessados na licitação anterior e ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração” está corretamente expressa por “Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser repetida sem prejuízo para a administração”. Solução: Nessa questão, vamos começar passando a proposição para a linguagem simbólica: “Não apareceram interessados na licitação anterior e ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração” p: Não apareceram interessados na licitação anterior q: A licitação não pode ser repetida sem prejuízo para a administração p ∧ q: Não apareceram interessados na licitação anterior e ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração Devemos, então, negar uma conjunção p ∧ q. Sabemos que: ~(p ∧ q) = ~p v ~q Assim, temos: ~p: Apareceram interessados na licitação anterior ~q: A licitação pode ser repetida sem prejuízo para a administração ~p v ~q: Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser repetida sem prejuízo para a administração 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 92 Portanto, item correto. (Texto para as questões 159 a 162) — Mário, você não vai tirar férias este ano de novo? Você trabalha demais! — Ah, João, aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias. Considerando o diálogo acima, julgue os itens seguintes, tendo como referência a declaração de Mário. 159 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A negação da declaração de Mário pode ser corretamente expressa pela seguinte proposição: “Aquele que não trabalha com o que não gosta não está sempre de férias”. Solução: Nessa questão, devemos escrever a negação da declaração de Mário. Mário disse: "Aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias." Bom, essa frase pode ser reescrita da seguinte forma: "Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias" Passando a frase reescrita para a linguagem simbólica, temos: p: O indivíduo trabalha com o que gosta q: O indivíduo está sempre de férias p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias Temos, então, uma condicional. Sabemos que a negação da condicional é dada por: ~(p → q) = p ∧ ~q Assim, podemos escrever a negação: p: O indivíduo trabalha com o que gosta ~q: O indivíduo não está sempre de férias p ∧ ~q: O indivíduo trabalha com o que gosta e não está sempre de férias Para ficar no formato da frase original, podemos reescrever esta frase da seguinte forma: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 92 p ∧∧ ~q: Aquele trabalha com o que gosta e não está sempre de férias. Portanto, item errado. 160 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A declaração de Mário é equivalente a “Se o indivíduo trabalhar com o que gosta, então ele estará sempre de férias”. Solução: Vimos na solução da questão anterior justamente esta equivalência, quando fizemos a reescritura. A frase dita por Mário nada mais é do que uma condicional. Assim, concluímos que o item está correto. 161 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A proposição “Enquanto trabalhar com o que gosta,o indivíduo estará de férias” é uma forma equivalente à declaração de Mário. Solução: Novamente, podemos perceber que esta frase do enunciado e a frase dita por Mário expressam a mesma informação, que é "Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias". Item correto. Achei interessantes essas questões da prova do Serpro, para que a gente não fique bitolado achando que só existe condicional no formato "Se ... então ...". 162 - (SERPRO - 2013 / CESPE) “Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta” é uma proposição equivalente à declaração de Mário. Solução: Vimos que a declaração de Mário pode ser reescrita da seguinte forma: "Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias" Assim, devemos comparar se esta proposição é equivalente a: "Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta" Passando as duas para a linguagem simbólica, temos: p: O indivíduo trabalha com o que gosta q: O indivíduo está sempre de férias 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 92 p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias q → p: Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta E então? p → q é equivalente a q → p? Já sabemos muito bem que p → q é equivalente a ~q → ~p e não a q → p. Portanto, o item está errado. (Texto para as questões 163 e 164) Considerando que, P, Q e R são proposições conhecidas, julgue os próximos itens. 163 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A proposição [(P ∧ Q) →→ R] v R é uma tautologia, ou seja, essa proposição é sempre verdadeira independentemente dos valores lógicos de P, Q e R. Solução: Um forma de resolver esta questão é construir a tabela-verdade da proposição [(P ∧ Q) → R] v R e verificar se seu valor lógico é sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos de P, Q e R. Outra forma de resolver é analisar a proposição [(P ∧ Q) → R] v R e verificar se é possível ela ser falsa, o que faria com que não fosse uma tautologia: [(P ∧ Q) → R] v R Temos aqui uma disjunção, que só será falsa se (P ∧ Q) → R for falsa e R também for falsa ao mesmo tempo. Assim, considerando o R falso, temos: [(P ∧ Q) → R] v R [(P ∧ Q) → F] v F Bom, para que (P ∧ Q) → F seja falsa, basta que P e Q sejam verdadeiras ao mesmo tempo. Assim, podemos concluir que para P verdadeira, Q verdadeira e R falsa, a proposição [(P ∧ Q) → R] v R será falsa, ou seja, não será uma tautologia. [(P ∧ Q) → R] v R [(V ∧ V) → F] v F [(V) → F] v F [F] v F = F Item errado. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 92 164 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A Proposição ~[(P → Q) v Q] é equivalente à proposição P ∧ (~Q), em que ~P é a negação de P. Solução: Como temos apenas duas variáveis, P e Q, vamos construir a tabela-verdade e verificar se as proposições são equivalentes: P Q ~Q P → Q (P → Q) v Q ~[(P → Q) v Q] P ∧ (~Q) V V F V V F F V F V F F V V F V F V V F F F F V V V F F Portanto, as duas proposições são equivalentes. Item correto. (Texto para as questões 165 a 169) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma proposição que deve ser julgada se, do ponto de vista lógico, é equivalente à proposição “Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para agir”. 165 - (INPI - 2013 / CESPE) Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para agir. Solução: Vamos começar passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: “Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para agir” P: O administrador for autorizado por lei Q: O administrador detém a competência para agir P → Q: Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para agir Agora, devemos comparar esta condicional com a seguinte proposição: Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para agir Vejam que há uma relação se causa e consequência nesta proposição, pois é dito que quando o administrador for autorizado por lei, ele terá a competência para agir, ou seja, ter a competência para agir é uma consequência da autorização dada pela lei. Assim, podemos representar esta proposição também pela mesma condicional P → Q. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 92 Item correto. 166 - (INPI - 2013 / CESPE) Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência para agir. Solução: Mais uma questão parecida. Agora devemos comparar a proposição P → Q, com a seguinte proposição: Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência para agir Novamente podemos perceber uma relação de causa e consequência nesta proposição. Vejam que o administrador deter a competência para agir é uma consequência da autorização por lei. Item correto. 167 - (INPI - 2013 / CESPE) Desde que seja autorizado por lei, o administrador detém a competência para agir. Solução: Mais uma questão semelhante. Podemos perceber mais uma vez a relação de causa e consequência. O “desde que” possui o mesmo significado do “se”, o que torna as proposições equivalentes. Item correto. 168 - (INPI - 2013 / CESPE) O administrador detém a competência para agir, pois foi autorizado por lei. Solução: Aqui também temos a relação de causa e consequência, já que a autorização legal foi suficiente para o administrador deter a competência de agir. Item correto. 169 - (INPI - 2013 / CESPE) Somente se for autorizado por lei, o administrador deterá a competência para agir. Solução: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 92 Essa foi a mais complicada, pois o “somente se” confundiu muito aluno. A sutileza aqui é a restrição que o termo “somente” impõe à frase. Numa condicional qualquer A → B, sempre que o A é verdadeiro o B também será verdadeiro, mas é possível o A ser falso e o B ser verdadeiro que a condicional continua verdadeira. Nessa questão, o “somente” impede esta segunda possibilidade, o que faz com que não possamos representar esta proposição pela condicional. Item errado. (Texto para as questões 170 a 175) Considerando a proposição P: Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo, quando você toma uma decisão, o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores, julgue os próximos itens a respeito de proposições logicamente equivalentes. 170 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a: Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão, então o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores. Solução:Vamos começar passando a proposição P para a linguagem simbólica: P: Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo, quando você toma uma decisão, o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores A: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo B: você toma uma decisão C: o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores P: A → (B → C) Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão, então o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores (A ∧∧∧∧ B) →→ C Bom, agora nós temos algumas maneiras para comparar as duas proposições e verificar se elas são ou não são equivalentes. Uma delas é construir a tabela- 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 92 verdade das duas proposições. Outra opção é tentar atribuir valores às proposições simples e checar os valores lógicos resultantes. Vejamos: A proposição P: A → (B → C) só será falsa quando A for verdadeira e B → C for falsa. A proposição B → C só será falsa quando B for verdadeira e C for falsa. Assim, podemos concluir que A → (B → C) só será falsa quando A for verdadeira, B for verdadeira e C for falsa. Agora vamos analisar a proposição do enunciado. A proposição (A ∧ B) → C só será falsa quando A ∧ B for verdadeira e C for falsa. A proposição A ∧ B só será verdadeira quando A for verdadeira e B for verdadeira. Assim, podemos concluir que (A ∧ B) → C só será falsa quando A for verdadeira, B for verdadeira e C for falsa, da mesma forma que a proposição P. Portanto, podemos concluir que elas são equivalentes. Apenas para demonstrar o que concluímos acima, segue a tabela verdade: A B C B → C A → (B → C) A ∧ B (A ∧ B) → C V V V V V V V V V F F F V F V F V V V F V V F F V V F V F V V V V F V F V F F V F V F F V V V F V F F F V V F V Item correto. 171 - (INPI - 2013 / CESPE) A negação da proposição “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão” é logicamente equivalente a “cada um busca o pior para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão”. Solução: Nessa questão, devemos negar a proposição “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão”. Temos aqui uma conjunção: A: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo B: você toma uma decisão 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 92 A ∧ B: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão Sabemos que a negação de uma conjunção é dada por: ~(A ∧ B) = ~A v ~B Com isso, temos: ~A: cada um não busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo. (poderia ser também “ninguém busca o melhor para si...”) ~B: você não toma uma decisão. ~A v ~B: cada um não busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão Vejam que “não buscar o melhor” não é o mesmo que “buscar o pior”. Assim, concluímos que a negação está errada. Item errado. 172 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a “ninguém busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão e o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores”. Solução: Já vimos que P é representada por A → (B → C). Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: ninguém busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão e o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores (~A v ~B) ∧ C Já vimos que a proposição P só é falsa quando A for verdadeira, B for verdadeira e C for falsa. Já a proposição do enunciado desta questão poderá ser falsa quando C for falsa ou quando ~A v ~B for falsa. A proposição ~A v ~B será falsa quando A for verdadeira e B for verdadeira ao mesmo tempo. Assim, concluímos que (~A v ~B) ∧ C será falsa quando C for falsa, independentemente dos valores lógicos de A e B, ou quando A e B forem verdadeiras independentemente do valor lógico de C. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 92 Como as duas proposições são falsas em situações diferentes, concluímos que elas não são equivalentes. Segue a tabela-verdade que demonstra isso: A B C ~A ~B B → C A → (B → C) ~A v ~B (~A v ~B) ∧ C V V V F F V V F F V V F F F F F F F V F V F V V V V V V F F F V V V V F F V V V F V V V V F V F V F F V V F F F V V V V V V V F F F V V V V V F Item errado. 173 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a “se sua escolha não depende da reação dos outros jogadores, então cada um busca o pior para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão”. Solução: Já sabemos que P: A → (B → C). Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: se sua escolha não depende da reação dos outros jogadores, então cada um busca o pior para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão Aqui já podemos perceber que a proposição pintada de verde não se relaciona com a proposição batizada de A na proposição P, pois vimos que “buscar o pior” não é a negação de “buscar o melhor”, o que impossibilita que elas sejam equivalentes. Item errado. 174 - (INPI - 2013 / CESPE) A negação da proposição P é logicamente equivalente a “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão ou o resultado de sua escolha não depende da reação dos outros jogadores”. Solução: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 92 A proposição P é A → (B → C). Negando esta proposição temos: ~[A → (B → C)] Negamos a primeira condicional: A ∧ ~(B → C) Agora, negamos a segunda condicional: A ∧ (B ∧ ~C) Agora, vamos comparar esta proposição com a proposição do enunciado: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão ou o resultado de sua escolha não depende da reação dos outros jogadores A ∧ B v ~CPodemos perceber que há uma diferença no segundo operador, que na negação de P é uma conjunção e que na proposição do enunciado é uma disjunção. Portanto, estas proposições não são equivalentes. Item errado. 175 - (INPI - 2013 / CESPE) Se é falsa a proposição “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo”, então é verdadeira a proposição P independentemente do valor lógico de suas demais proposições simples constituintes. Solução: Bom, a proposição P é dada por A → (B → C). A questão afirma que se A for falsa a proposição P será verdadeira, independentemente dos valores lógicos de B e de C, o que é verdade, pois numa condicional se a primeira proposição (o antecedente) for falsa então a condicional será verdadeira independentemente do valor lógico do consequente. Item correto. (Texto para as questões 176 e 177) Das proposições P, Q, R, S e C listadas a seguir, P, Q, R e S constituem as premissas de um argumento, em que C é a conclusão: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 92 P: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, uma vez que o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva muito tempo. Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, já que o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva muito tempo. R: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. S: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. C: Se o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento, ou o desenvolvimento de um software não leva muito tempo, então a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. Com base nessa argumentação, julgue os itens seguintes. 176 - (INPI - 2014 / CESPE) A negação da proposição “O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva muito tempo” está corretamente expressa por “O desenvolvimento de um remédio não exige muito investimento ou não leva muito tempo”. Solução: Passando a proposição que devemos negar para a linguagem simbólica, temos: p: O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento. q: O desenvolvimento de um remédio leva muito tempo. p ∧ q: “O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva muito tempo” Devemos, então, negar uma conjunção. Devemos saber que a negação da conjunção p ∧ q é dada por ~p v ~q. Assim, resta passar a proposição ~p v ~q para a linguagem corrente. ~p v ~q: “O desenvolvimento de um remédio NÃO exige muito investimento ou NÃO leva muito tempo” Item correto. 177 - (INPI - 2014 / CESPE) A proposição Q é equivalente a “Se o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 92 muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo”. Solução: Relembrando a proposição Q: Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, já que o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva muito tempo. Passando para a linguagem simbólica, temos: p: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo q: O desenvolvimento de um software não exige muito investimento r: O desenvolvimento de um software não leva muito tempo Q: (q v r) → p Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: “Se o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo” (q v r) → p: Se o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo. Portanto, as duas proposições são equivalentes. Item correto. (Texto para as questões 178 a 181) Considerando a proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”, julgue os itens a seguir. 178 - (MPOG - 2015 / CESPE) A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar” é logicamente equivalente à proposição P. Solução: Começamos passando a proposição P para a linguagem simbólica: P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar” 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 92 p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja P: p → q Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou chamá-la de “Q”): Q: “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja Q: ~p v q Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições são equivalentes: p q ~p p → q ~p v q V V F V V V F F F F F V V V V F F V V V Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes. Item correto. 179 - (MPOG - 2015 / CESPE) A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P. Solução: Mais uma questão que propõe uma proposição equivalente à P. Assim, temos: P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja P: p → q Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou chamá-la de “R”): 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 92 R: “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o bastante” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja Q: ~q → ~p Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições são equivalentes: p q ~p ~q p → q ~q → ~p V V F F V V V F F V F F F V V F V V F F V V V V Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes. Item correto. 180 - (MPOG - 2015 / CESPE) Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for verdadeira, então a proposição P será necessariamente falsa. Solução: Bom, a única relação entre a proposição desse enunciado e a proposição P, é que ficamos sabendo que João desejava algo (ir à Lua), e não conseguiu. Ora, nada foi dito sobre ele ter se esforçado ou não para conseguir ir à lua. Para a proposição P ser falsa, necessariamente João deveria se esforçar bastante e não conseguir o que desejava, mas não temos informação sobre seu esforço, o que faz com que não possamos afirmar que a proposição P será necessariamente falsa. Item errado.181 - (MPOG - 2015 / CESPE) A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”. Solução: Agora, queremos a negação da proposição P. Como a proposição P é uma condicional do tipo p → q, sua negação é dada por p ∧ ~q. Porém, a proposição 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 92 sugerida no enunciado não representa p ∧ ~q, mas sim ~p ∧ q, o que faz com que ela não possa ser considerada negação para P: “João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja ~p ∧ q: João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava Item errado. 182 - (ATA-MF - 2014 / ESAF) A negação da proposição “se Paulo trabalha oito horas por dia, então ele é servidor público” é logicamente equivalente à proposição: a) Paulo trabalha oito horas por dia ou é servidor público. b) Paulo trabalha oito horas por dia e não é servidor público. c) Paulo trabalha oito horas por dia e é servidor público. d) Se Paulo não trabalha oito horas por dia, então não é servidor público. e) Se Paulo é servidor público, então ele não trabalha oito horas por dia. Solução: Começamos passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: “se Paulo trabalha oito horas por dia, então ele é servidor público” p: Paulo trabalha oito horas por dia q: Paulo é servidor público p → q: Se Paulo trabalha oito horas por dia, então ele é servidor público Vimos que a negação da condicional é dada por: ~(p → q) = p ∧ ~q Assim, temos: p ∧ ~q: Paulo trabalha oito horas por dia e NÃO é servidor público Resposta letra B. 183 - (Mtur - 2014 / ESAF) Assinale qual das proposições das opções a seguir é uma tautologia. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 92 a) p v q →→ q b) p ∧ q → q c) p ∧∧ q ↔ q d) (p ∧∧ q) v q e) p v q ↔ q Solução: Uma forma de resolver esta questão é construindo a tabela verdade de cada alternativa. Vejamos: a) p v q → q p q p v q p v q → q V V V V V F V F F V V V F F F V Logo, esta proposição não é uma tautologia. b) p ∧ q → q p q p ∧ q p ∧ q → q V V V V V F F V F V F V F F F V Logo, esta proposição é uma tautologia. c) p ∧∧ q ↔ q p q p ∧ q p ∧ q ↔ q V V V V V F F V F V F F F F F V Logo, esta proposição não é uma tautologia. d) (p ∧ q) v q 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 92 p q p ∧ q (p ∧ q) v q V V V V V F F F F V F V F F F F Logo, esta proposição não é uma tautologia. e) p v q ↔ q p q p v q p v q ↔ q V V V V V F V F F V V V F F F V Logo, esta proposição não é uma tautologia. Resposta letra B. 184 - (Mtur - 2014 / ESAF) A proposição “se Catarina é turista, então Paulo é estudante” é logicamente equivalente a a) Catarina não é turista ou Paulo não é estudante. b) Catarina é turista e Paulo não é estudante. c) Se Paulo não é estudante, então Catarina não é turista. d) Catarina não é turista e Paulo não é estudante. e) Se Catarina não é turista, então Paulo não é estudante. Solução: Nessa questão, vamos começar passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: “se Catarina é turista, então Paulo é estudante” p: Catarina é turista q: Paulo é estudante p → q: Se Catarina é turista, então Paulo é estudante Bom, poderíamos agora construir a tabela verdade desta condicional e de todas as alternativas da questão e compará-las, encontrando assim a proposição equivalente. Outro caminho seria lembrar da equivalência da condicional: p → q = ~q → ~p 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 92 Assim, vamos verificar se existe alguma alternativa que expressa esta equivalência: ~q → ~p: Se Paulo NÃO é estudante, então Catarina NÃO é turista Resposta letra C. 185 - (STN - 2013 / ESAF) A negação da proposição “se Curitiba é a capital do Brasil, então Santos é a capital do Paraná” é logicamente equivalente à proposição: a) Curitiba não é a capital do Brasil e Santos não é a capital do Paraná. b) Curitiba não é a capital do Brasil ou Santos não é a capital do Paraná. c) Curitiba é a capital do Brasil e Santos não é a capital do Paraná. d) Se Curitiba não é a capital do Brasil, então Santos não é a capital do Paraná. e) Curitiba é a capital do Brasil ou Santos não é a capital do Paraná. Solução: Começamos passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: “se Curitiba é a capital do Brasil, então Santos é a capital do Paraná” p: Curitiba é a capital do Brasil q: Santos é a capital do Paraná p → q: Se Curitiba é a capital do Brasil, então Santos é a capital do Paraná Vimos que a negação da condicional é dada por: ~(p → q) = p ∧ ~q Assim, temos: p ∧ ~q: Curitiba é a capital do Brasil e Santos NÃO é a capital do Paraná Resposta letra C. 186 - (CGU - 2012 / ESAF) Seja D um conjunto de pontos da reta. Sejam K, F e L categorias possíveis para classificar D. Uma expressão que equivale logicamente à afirmação “D é K se e somente se D é F e D é L” é: a) Se D é F ou D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F e D não é L. b) Se D é F e D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F ou D não é L. c) D não é F e D não é L se e somente se D não é K. d) Se D é K, então D é F e D é L e, se D não é K, então D não é F ou D não é L. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 92 e) D é K se e somente se D é F ou D é L. Solução: Essa questão parece bastante confusa, mas vamos iluminar nossas idéias da seguinte forma. Vamos batizar as proposições: p: D é K q: D é F r: D é L Assim, devemos encontrar entre as alternativas uma proposição equivalente a: p ↔ (q ∧ r) Sabemos que numa bicondicional qualquer, temos a seguinte equivalência: p ↔ q = (p → q) ∧ (q → p) Assim, temos: p ↔ (q ∧ r) = [p → (q ∧ r)] ∧ [(q ∧ r) → p] Sabemos também que há a seguinte equivalência na condicional: p → q = ~q → ~p Assim, temos: [p → (q ∧ r)] ∧ [(q ∧ r) → p] = [p → (q ∧ r)] ∧ [~p → ~(q ∧ r)] realizando a negação da conjunção, temos: [p → (q ∧ r)] ∧ [~p → ~(q ∧ r)] = [p →→ (q ∧∧∧∧ r)] ∧∧ [~p →→ (~q v ~r)] Agora, resta passarmos esta proposição destacada em azul para a linguagem corrente: [p → (q ∧ r)] ∧ [~p → (~q v ~r)]: Se D é K, então D é F e D é L e, se D não é K, então D não é F ou D não é L Resposta letra D. 187 - (AFRFB - 2012 / ESAF) A afirmação “A menina temolhos azuis ou o menino é loiro” tem como sentença logicamente equivalente: a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis. b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 92 c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro. d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro. e) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis. Solução: Passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica, temos: A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro p: A menina tem olhos azuis q: O menino é loiro p v q: A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro Vimos na aula passada a seguinte equivalência: p → q = ~p v q Chamando o “~p” de k, temos: ~k → q = k v q Assim, podemos encontrar a equivalência de p v q, que seria ~p → q: ~p → q: Se a menina NÃO tem olhos azuis, então o menino é loiro. Resposta letra C. 188 - (ATRFB - 2012 / ESAF) A negação da proposição “se Paulo estuda, então Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição a) Paulo não estuda e Marta não é atleta. b) Paulo estuda e Marta não é atleta. c) Paulo estuda ou Marta não é atleta. d) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta. e) Paulo não estuda ou Marta não é atleta. Solução: Mais uma vez, começamos passando a proposição do enunciado para a linguagem simbólica: Se Paulo estuda, então Marta é atleta p: Paulo estuda q: Marta é atleta 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 92 p → q: Se Paulo estuda, então Marta é atleta Vimos que a negação de uma condicional é dada por: ~(p → q) = p ∧ ~q Assim, temos: p ∧ ~q: Paulo estuda e Marta NÃO é atleta Resposta letra B. 189 - (APO - 2010 / ESAF) Considere os símbolos e seus significados: ~ negação, ∧∧ - conjunção, v - disjunção, 䶏䶏䶏䶏 - contradição e Τ - tautologia. Sendo F e G proposições, marque a expressão correta. a) (F v G) ∧ ~(~F ∧ ~G) = 䶏. b) (F v G) ∧∧∧∧ (~F ∧∧ ~G) = Τ. c) (F v G) ∧ (~F ∧ ~G) = 䶏. d) (F v G) ∧∧ (~F ∧ ~G) = F v G. e) (F v G) ∧ ~(~F ∧ ~G) = F ∧∧ G. Solução: Podemos perceber que entre as alternativas temos apenas duas proposições compostas distintas: (F v G) ∧∧ ~(~F ∧∧∧∧ ~G), nas letras "a" e "e", e (F v G) ∧∧ (~F ∧∧∧∧ ~G), nas letras "b", "c" e "d". Vamos analisar cada uma: Itens "a" e "e": (F 鮒鮒 G) 物 ~ (~F 物 ~G) (F v G) ∧ ~ (~F ∧ ~G) (F v G) ∧ (F v G) (F v G); que não é uma contradição (letra "a"), e é diferente de F 䴑 G (letra "e"). Portanto, itens incorretos. Itens "b", "c" e "d": (F 鮒鮒 G) 物 (~F 物 ~G) Fazendo a tabelinha-verdade, temos: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 92 F G ~F ~G F v G ~F ∧ ~G (F v G) ∧ (~F ∧ ~G) V V F F V F F V F F V V F F F V V F V F F F F V V F V F Assim, concluímos que esta expressão é uma contradição. Resposta letra C. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ufa!!! Agora, vamos à teoria da aula de hoje. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 92 2 – Lógica da Argumentação Considere a proposição: FHC foi um bom presidente Você saberia me dizer se essa proposição é verdadeira ou falsa? Bom, para isso, teríamos que definir o que vem a ser um bom presidente. Podemos avaliar as conquistas na área econômica, as melhorias na área social, os prêmios internacionais, a quantidade de escândalos de corrupção, etc. Veja que cada um desses itens pode ter um peso maior ou menor a depender de quem avalia, pois o conceito de “bom presidente” é um conceito subjetivo. Para um grupo de pessoas, essa afirmação é considerada verdadeira, já para outro grupo de pessoas, esta afirmação é considerada falsa. “Mas aonde você quer chegar, professor?” Bom, o que eu quero dizer é que o objetivo da Lógica da Argumentação não é a avaliação do conteúdo em si, mas a forma com que as informações são apresentadas, se determinado raciocínio foi ou não bem construído, se podemos chegar a alguma conclusão baseada no raciocínio apresentado, independentemente dos valores subjetivos dos conceitos. Vejamos um exemplo: Marcos é um uma pessoa legal. Será que podemos avaliar se essa proposição é verdadeira ou falsa? Mais uma vez seria muito subjetivo, além de não sabermos de que Marcos estamos falando. Agora, se eu falo “Marcos é uma pessoa legal, pois ele é baiano e todo baiano é legal”. Nesse caso, estamos diante de uma conclusão baseada em alguns fatos que foram apresentados. Assim, independentemente do Marcos que estou me referindo, sabendo que todo baiano é legal e que Marcos é baiano, eu posso afirmar sem nenhuma dúvida que ele é legal. No estudo da Lógica da Argumentação, nos baseamos em regras de inferência lógica. A argumentação centra-se essencialmente em alcançar conclusões por meio do raciocínio lógico, isto é, fatos baseados em premissas. O argumento é uma sequência determinada (finita) de proposições (premissas) que leva a uma proposição final, uma conclusão do argumento. Observe esse argumento: Todo baiano é legal (premissa) Marcos é baiano (premissa) Marcos é uma pessoa legal (conclusão) 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 03 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 92 Nesse argumento as duas premissas podem ser chamadas de antecedentes e dão suporte à conclusão, que pode ser chamada de consequente. Podemos utilizar um diagrama para mostrar que este argumento é válido. Vejamos: Observando o diagrama, podemos perceber que Marcos está dentro do conjunto dos baianos (elipse amarela), pois ele é baiano, e o conjunto dos baianos está dentro do conjunto das pessoas legais (elipse verde), pois todo baiano é legal. Vimos conjuntos na primeira aula, e esse conceito dos diagramas é muito útil para o que estamos estudando agora. Vejam que você pode até discordar e dizer que nem todo baiano é legal. Tudo bem, mas, baseado nas informações de que “todo baiano é legal” é uma premissa verdadeira e que “Marcos é baiano” também é uma premissa verdadeira, podemos afirmar que “Marcos é legal” é uma conclusão verdadeira baseada nessas duas premissas. Um argumento é constituído de proposições P1, P2, P3, ..., Pn, chamadas de premissas, que servem de base para afirmar que uma outra proposição C é verdadeira, chamada de conclusão. Quando temos apenas duas premissas e uma conclusão, estamos diante de um Silogismo. Assim, o silogismo nada mais é do que uma argumentação com duas premissas e uma conclusão. No estudo da Lógica da Argumentação o que nos interessa são os “Argumentos Válidos”.
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