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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIAS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM ELETRÔNICA ANALÓGICA – CCE1278 PROF. WASHINGTON BOMFIM Relatório da Prática IV – POLARIZAÇÃO DO DIODO Realizada em 6/09/2017 Turma 3002 Adalberto Lucio Silva Ayrton Teixeira Gutierrez Neto Gabriel do Nascimento Trindade de Souza Resumo – Nesta experiência será realizada a medição da polarização do diodo , onde também calcularemos o Vo para sabermos se a posição do diodo influencia na medição do Vo. Palavras-chave – Diodo , Polarização direta, Polarização indireta e protoboard. I. Introdução O diodo semicondutor é um componente que pode comportar-se como condutor ou isolante elétrico, dependendo da forma como a tensão é aplicada aos seus terminais. Essa característica permite que o diodo semicondutor possa ser utilizado em diversas aplicações, como, por exemplo, na transformação de corrente alternada em corrente contínua. O diodo semicondutor é representado em diagramas de circuitos eletrônicos pelo símbolo ilustrado abaixo. O terminal da seta representa o material p, denominado de anodo do diodo, enquanto o terminal da barra representa o material n, denominado de catodo do diodo.[1] Figura 1. Representação do diodo pn A identificação dos terminais do componente real pode aparecer na forma de um símbolo impresso sobre o corpo do componente ou ainda o catodo do diodo pode ser identificado através de um anel impresso na superfície do componente: Imagem 2. Representação do diodo A aplicação de tensão sobre o diodo estabelece a forma como o componente se comporta eletricamente. A tensão pode ser aplicada ao diodo pela polarização direta ou pela polarização inversa do componente.[1] Polarização direta é uma condição que ocorre quando o lado p é submetido a um potencial positivo relativo ao lado n do diodo. Nessa situação, o polo positivo da fonte repele as lacunas do material p em direção ao polo negativo, enquanto os elétrons livres do lado n são repelidos do polo negativo em direção ao polo positivo.[1] Imagem 3. Representação da Polarização direta Na situação ilustrada abaixo, o valor da tensão aplicada ao diodo é inferior ao valor Vγ da barreira de potencial. Nessa condição, a maior parte dos elétrons e lacunas não têm energia suficiente para atravessar a junção.[1] Imagem 4. Representação da Polarização direta V<Vb Como resultado, apenas alguns elétrons e lacunas têm energia suficiente para penetrar a barreira de potencial, produzindo uma pequena corrente elétrica através do diodo. Se a tensão aplicada aos terminais do diodo excede o valor da barreira de potencial, lacunas do lado p e elétrons do lado n adquirem energia superior àquela necessária para superar a barreira de potencial, produzindo como resultado um grande aumento da corrente elétrica através do diodo. Quando o diodo está polarizado diretamente, conduzindo corrente elétrica sob a condição V > Vγ , diz-se que o diodo está em condução.[1] Imagem 5. Representação da Polarização direta V>Vb A polarização inversa de um diodo ocorre quando o lado n fica submetido a um potencial positivo relativo ao lado p do componente. Nessa situação, os polos da fonte externa atraem os portadores livres majoritários em cada lado da junção; ou seja, elétrons do lado n e lacunas do lado p são afastados das proximidades da junção.[2] Imagem 6 . Representação da Polarização Inversa. Com o afastamento dos portadores majoritários, aumenta não só a extensão da região de cargas descobertas, como também o valor da barreira de potencial através da junção. Com o aumento da barreira de potencial, torna-se mais difícil o fluxo, através da junção, de elétrons injetados pela fonte no lado p e de lacunas no lado n. Como resultado, a corrente através do diodo tende praticamente a um valor nulo.[2] Imagem 7. Representação da Polarização Inversa II. Materiais e métodos A. Materiais 1 resistor 10KΩ; Multímetro Digital; Fonte regulável de tensão continua; 1 Diodo; Protoboard. B. Métodos Conforme materiais dados em laboratório foram montados os circuitos em série entre a fonte ajustável de 5V, o resistor e o Diodo na polarização direta para os circuitos 1 e 4 (Figuras 3 e 6), em seguida foi invertida o sentido de polarização do diodo ficando no sentido inverso para os circuitos 2 e 3 (Figuras 4 e 5). Foram coletadas as tensões conforme as tabelas a seguir, nos dando a condição de analisar com que tensão o diodo conduz e as características dele ligado no sentido inverso podendo medir em cima do diodo e resistor as seguintes unidades vo1, vo2, vo3 e vo4. Figura 8. Multímetro, aparelho de medição Figura 9. Resistor e Diodo Figura 10. Circuito 1 – Polarização Direta Figura 11. Circuito 2 – Polarização Inversa Figura 12. Circuito 3 – Polarização Inversa Figura 13. Circuito 4 – Polarização Direta Figura 14. Fonte Regulável III. Resultados e discussão Resultados: Tabela I Polarização do diodo Diodo está conduzindo? Vo Teórico Vo medido c/ Multímetro Direta Sim 4,3V 4,2V Tabela I. Circuito I Tabela II Polarização do diodo Diodo está conduzindo? Vo Teórico Vo medido c/ Multímetro Inversa Não 0V 0V Tabela II. Circuito II Tabela III Polarização do diodo Diodo está conduzindo? Vo Teórico Vo medido c/ Multímetro Inversa Não 5V 5V Tabela III. Circuito III Tabela IV Polarização do diodo Diodo está conduzindo? Vo Teórico Vo medido c/ Multímetro Direta Sim 4,3V 4,2V Tabela IV. Circuito IV IV. Conclusões Neste experimento apresentado, passamos a conhecer os conceitos de polarização direta e inversa do diodo observando o comportamento da tensão nos circuitos. Vimos que quando o diodo é polarizado diretamente, passa a se comportar como uma chave eletrônica fechada, havendo uma resistência muito baixa entre anodo e catodo. Isto implica em uma tensão muito baixa entre esses dois eletrodos (definida como barreira de potencial) no valor de 0,7V. Agora quando o mesmo é polarizado inversamente, comporta-se como uma chave eletrônica aberta e a resistência entre anodo a catodo torna-se extremamente elevada, pois verificamos durante a medição que a tensão entre anodo e catodo tende a igualar-se a tensão da fonte. Concluímos o experimento com êxito. V. Referências bibliográficas [1] Wendling,Marcelo. “Diodo-semicondutor”. Disponível em< http://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/2---diodo-semicondutor.pdf > Acessado no dia 10 de setembro de 2017. [2] Gussow, Milton, Eletricidade Básica, ed.II. São Paulo: Pearson Makron Books, 1997.
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